Cerco de Lilibeu (278 a.C.)

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Disambig grey.svg Nota: Não confundir com o Cerco de Lilibeu de 250 a.C., durante a Primeira Guerra Púnica.
Cerco de Lilibeu
Guerra Pírrica
Data 278 a.C.
Local Lilibeu (moderna Marsala, na Itália)
Desfecho Vitória cartaginesa
Beligerantes
Cartago Cartago   Reino do Epiro
  Siracusa
Comandantes
  Pirro
Lilibeu está localizado em: Sicília
Lilibeu
Localização do Lilibeu no que é hoje a Sicília

O Cerco de Lilibeu foi um cerco realizado durante a Guerra Pírrica, em 278 a.C., quando um exército epirota-siracusano, liderado pelo rei Pirro de Epiro, tentou capturar a cidade portuária de Lilibeu, uma das principais bases cartaginesas na Sicília.

História[editar | editar código-fonte]

Adiando sua campanha na península Itálica, Pirro cruzou para a Sicília para lutar contra os cartagineses que estavam cercando Siracusa.[1] Pirro conseguiu escapar da frota cartaginesa, desembarcou em Catana e entrou em Siracusa, onde foi proclamado comandante.[1] Logo em seguida, Pirro expulsou o exército cartaginês, capturou as cidades de Panormo e Érix e recusou as propostas de Cartago de render todo o território siciliano, com exceção de Lilibeu, que eles precisavam se quisessem manter o controle sobre a Sardenha.

A cidade de Lilibeu (a moderna Marsala), ficava na ponta ocidental da Sicília, e era o porto de ligação da ilha com o norte da África, servindo como posto avançado cartaginês nas rotas para a Sardenha. Pirro cercou a cidade, mas, depois de dois meses, percebeu que as fortificações eram poderosas demais para serem tomadas e, sem intenção nenhuma de se ver arrastado para um longo bloqueio naval, levantou o cerco e partiu.[2] Depois de Lilibeu, Pirro decidiu levar a guerra com o Cartago para a África, utilizando a sua frota e a recém-incorporada frota siracusana, um total de mais de 200 navios,[3] mas os preparativos foram frustrados pela resistência dos gregos sicilianos às pesadas demandas exigidas por Pirro.[2]

Porém, Pirro rapidamente passou a ser detestado pelos gregos sicilianos por causa de seu comportamento autoritário. A última gota para eles foi a execução de Toenão de Siracusa, um dos governantes da cidade, acusado de conspirar com ele. Os gregos sicilianos se revoltaram, com algumas cidades se aliando aos cartagineses e os mercenários mamertinos, que controlavam Messana. Neste ponto, Pirro decidiu voltar para o sul da Itália para ajudar os samnitas e tarantinos, que estavam perdendo a guerra para a República Romana[4].

Referências

  1. a b Venning & Drinkwater 2011, p. 80
  2. a b Cowan 2007, p. 66
  3. Mommsen 2008, p. 107
  4. Plutarco 1920, 23.3–6.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]