Chiang Kai-shek

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Chiang Kai-shek
蔣介石
蔣中正
Chiang Kai-shek
Chiang Kai-shek
Chefe do Governo Nacional da China
Período 10 de outubro de 1928
até 15 de dezembro de 1931
Antecessor(a) Gu Weijun
Sucessor(a) Lin Sen
Período 1 de agosto de 1943
até 20 de maio de 1948
Antecessor(a) Lin Sen
Sucessor(a) Li Zongren
Presidente da República da China
(Taiwan)
Período 1 de março de 1950
até 5 de abril de 1975
Antecessor(a) Li Zongren
Sucessor(a) Yan Jia-kan
Diretor-Geral do Kuomintang
Período 1 de abril de 1938
até 5 de abril de 1975
Sucessor(a) Chiang Ching-kuo
Dados pessoais
Nascimento 31 de outubro de 1887
Zhejiang, Dinastia Qing
Morte 5 de abril de 1975 (87 anos)
Taipei, Taiwan
Nacionalidade Chinês
Cônjuge Mao Fumei
Yao Yecheng
Chen Jieru
Soong May-ling
Filhos(as) Chiang Ching-kuo
Chiang Wei-kuo (adotado)
Partido Kuomintang
Religião Metodismo
Profissão Militar, estadista, político
Assinatura Assinatura de Chiang Kai-shek
Serviço militar
Lealdade Taiwan República da China
Anos de serviço 1923-1975
Graduação Generalíssimo (特級上將)
Conflitos Revolução Xinhai
Expedição do Norte
Guerra das Planícies Centrais

Guerra Civil Chinesa
Segunda Guerra Sino-Japonesa
Segunda Guerra Mundial

Condecorações Nacionais:

Estrangeiras

Chiang Kai-shek ( /ˈæŋ kˈʃɛk,_iˈɑːŋ/;[1] 3 de outubro de 1887 – 5 de abril de 1975), também conhecido como Generalíssimo Chiang ou Chiang Chungcheng, romanizado como Chiang Chieh-shih ou Jiang Jieshi, foi um político e militar chinês que serviu como Presidente da República da China, de forma intermitente, de 1928 e 1949, e depois de Taiwan de 1950 a 1975. Ele foi reconhecido como legítimo governante de toda a China até 1971, período em que as Nações Unidas passaram a Resolução 2 758.

Chiang foi um influente membro do movimento Kuomintang (KMT), o Partido Nacionalista Chinês, além de um grande aliado de Sun Yat-sen. Chiang se tornou o comandante da Academia Militar Whampoa e substituiu Sun como líder do KMT após o Golpe de Canton, em 1926. Após ter neutralizado a ala esquerdista do partido, Chiang liderou a Expedição do Norte, conquistando toda a China após derrotar o Governo de Beiyang e pacificado os Senhores da guerra da China.[2]

De 1928 a 1948, Chiang serviu como presidente e generalíssimo do Governo Nacional da República da China. Chiang era um nacionalista, promovendo a cultura tradicional chinesa no chamado "movimento nova vida". Incapaz de manter as boas relações que seu antecessor tinha com o Partido Comunista da China (PCC), Chiang tentou expurga-los do país através do massacre de Xangai de 1927 e depois reprimiu várias rebeliões, primeiro na região de Cantão e depois em outros territórios. Com o passar dos anos, seu governo foi ficando cada vez mais autoritário, embora perdesse apoio nas zonas rurais e ainda havia a crescente ameaça dos socialistas que, apesar das repressões, ganhavam apoiadores e atiçavam uma guerra civil contra o governo de Chiang Kai-shek.[3]

No começo da Segunda Guerra Sino-Japonesa, que mais tarde se tornou o teatro de operações da China na Segunda Guerra Mundial, o marechal Zhang Xueliang sequestrou Chiang e o obrigou a estabelecer a Segunda Frente Unida, com os Comunistas. Após a derrota dos japoneses, o plano americano (a "Missão Marshall"), tentou negociar um governo de coalizão, mas falhou. Em 1946, a Guerra Civil Chinesa recomeçou a todo o vapor, com as forças do Partido Comunista, lideradas por Mao Zedong, derrotando os exércitos do KMT e proclamando a República Popular da China em 1949. O governo de Chiang e o que sobrou de suas tropas recuaram para Taiwan, onde ele impôs lei marcial e perseguiu todos os socialistas, críticos e opositores do seu regime na ilha no que ficou conhecido como "Terror Branco". Após evacuar para Taiwan, o governo de Chiang e seus apoiadores continuaram a declarar sua intenção de, um dia, retomar a China dos comunistas. Chiang governaria Taiwan como presidente e Diretor-geral do Kuomintang até sua morte em outubro de 1975, um ano antes da morte de Mao.[4][5]

Assim como Mao, Chiang Kai-shek é considerado uma figura controversa. Seus apoiadores o creditam por ter desempenhado um grande papel durante a vitória dos Aliados da Segunda Guerra Mundial e ter unificado a nação, sendo também um símbolo nacional e uma figura importante na resistência contra os japoneses, os soviéticos e os comunistas. Detratores e críticos o denunciam como um ditador, um autocrata autoritário que reprimiu e expurgou seus opositores a todo o custo, com prisões arbitrárias, torturas e assassinatos a todos que não apoiavam o Kuomintang e outros.[6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. "Chiang Kai-shek". Random House Webster's Unabridged Dictionary.
  2. Zarrow, Peter Gue (2005). China in War and Revolution, 1895–1949. [S.l.: s.n.] pp. 230–231 
  3. «Chiang Kai-shek (1887-1975)». BBC. Consultado em 14 de abril de 2019 
  4. Crozier, Brian. 2009. The Man Who Lost China. ISBN 0-684-14686-X
  5. Fenby, Jonathan. 2003. Generalissimo Chiang Kai-Shek and the China He Lost. The Free Press, ISBN 0-7432-3144-9
  6. Taylor, Jay. 2009. The Generalissimo: Chiang Kai-shek and the Struggle for Modern China. Belknap Press of Harvard University Press, Cambridge, Massachusetts ISBN 978-0-674-03338-2

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Roberts, John A. G., History of China (título original), Palgrave MacMillan, 1999 (primeira edição), 2006 (segunda edição), ISBN 978-989-8285-39-3

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


Precedido por
Wallis, Duquesa de Windsor
Pessoa do Ano
1937
com Soong May-ling
Sucedido por
Adolf Hitler
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