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Children of Men

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Children of Men
Os Filhos do Homem (prt)
Filhos da Esperança (bra)
Children of Men
Pôster promocional
 Estados Unidos
 Reino Unido
2006 •  cor •  109 min 
Gênero drama
ficção científica
Direção Alfonso Cuarón
Produção Marc Abraham
Eric Newman
Hilary Shor
Iain Smith
Tony Smith
Roteiro Alfonso Cuarón
Timothy J. Sexton
David Arata
Mark Fergus
Hawk Ostby
Baseado em P. D. James
Elenco Clive Owen
Julianne Moore
Michael Caine
Clare-Hope Ashitey
Chiwetel Ejiofor
Pam Ferris
Danny Huston
Música John Tavener
Cinematografia Emmanuel Lubezki
Edição Alfonso Cuarón
Alex Rodríguez
Companhia(s) produtora(s) Strike Entertainment
Relativity Media
Hit and Run Productions
Distribuição Universal Pictures
Lançamento 22 de setembro de 2006
Idioma inglês
Orçamento US$ 76 milhões[1]
Receita US$ 69.959.751[1]

Children of Men (Brasil: Filhos da Esperança / Portugal: Os Filhos do Homem) é um filme britânico-americano de 2006 livremente adaptado do romance The Children of Men, de P. D. James, dirigido por Alfonso Cuarón. Em 2027, duas décadas depois da infertilidade humana ter deixado a sociedade à beira do colapso, imigrantes em situação ilegal buscam refúgio na Inglaterra, onde o último governo em funcionamento impõe leis opressivas sobre a imigração. Clive Owen interpreta o funcionário público Theo Faron, que deve ajudar uma refugiada africana grávida a escapar do caos. Children of Men também é estrelado por Julianne Moore, Michael Caine, Claire-Hope Ashitey, Pam Ferris e Chiwetel Ejiofor.

O filme foi lançado no dia 22 de setembro de 2006 no Reino Unido e em 25 de dezembro nos Estados Unidos, com os críticos notando as relações entre a data de estreia no Natal e os temas de esperança, redenção e fé. Children of Men foi bem recebido pela crítica especializada e foi reconhecido por suas realizações em fotografia, direção de arte, roteiro e suas inovativas sequências de ação em planos sequências. O filme foi indicado nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia e Melhor Edição no Oscar 2007. Venceu dois BAFTA Award e recebeu o Saturn Award de Melhor Filme de Ficção Científica.

O ano é 2027 e a pessoa mais jovem do mundo, com 18 anos de idade, foi esfaqueada até a morte. A infertilidade mundial, de causas desconhecidas, levou a inquietação social, violência, caos e o colapso da sociedade. O Reino Unido, que ainda possui um governo, é inundado por pedidos de asilo. Em resposta, ele se tornou um estado policial militarizado enquanto as Forças Armadas britânicas lutam para impedir imigrantes. Sequestrado por um grupo que luta pelos direitos dos imigrantes, conhecido como "Os Peixes", o antigo ativista e agora burocrata Theo Faron é levado até a líder, sua ex-esposa Julian Taylor. O casal se separou em 2008 depois que seu filho morreu de uma pandemia de gripe. Julian oferece a Theo dinheiro para que ele consiga papéis de imigração para uma jovem chamada Kee. Theo consegue os documentos por meio de seu primo Nigel, um ministro do governo. Entretanto, os documentos exigem que o refugiado seja acompanhado, então Theo concorda em levar Kee em troca de mais dinheiro. Luke, um membro d'Os Peixes, leva Theo, Kee, Julian e Miriam, uma antiga parteira, para a costa e para um barco. Eles são emboscados por uma gangue armada e Julian é fatalmente baleada. Dois policiais param o carro, porém Luke os mata e eles escapam para uma casa.[2]

Kee revela a Theo sua gravidez, e que Julian havia dito para ela apenas confiar nele. Julian queria levá-la até o "Projeto Humano", um grupo de cientistas que busca encontrar a cura para a infertilidade, supostamente sediado nos Açores. Todavia, Luke propõe manter Kee na Inglaterra e ela concorda em ficar. Mais tarde naquela noite, Theo acorda e vê Luke se encontrar com outros membros. Ele descobre que a morte de Julian foi orquestrada pelos Peixes para que eles pudessem usar o bebê de Kee como uma ferramenta para apoiar a revolução iminente. Theo acorda Kee e Miriam e eles roubam o carro, escapando pelo refúgio recôndito do hippie Jasper Palmer, um antigo cartunista político e amigo de Theo. Um plano é formulado para que eles embarquem no navio Tomorrow, do Projeto Humano, que chegará em breve no campo de refugiados de Bexhill-on-Sea. Jasper propõe que Syd, uma guarda do campo, os coloque para dentro. Os Peixes seguem o grupo até o refúgio de Jasper, porém Theo, Kee e Miriam escapam. Jasper fica para trás com o objetivo de lhes dar um pouco de tempo. Jasper é morto pelos Peixes à sangue frio, apavorando Theo, que assiste ao assassinato antes de fugir com Kee e Miriam.[2]

Mais tarde, eles se encontram com Syd, que os transporta para Bexhill como prisioneiros. Quando Kee começa a entrar em trabalho de parto no ônibus, Miriam distrai o desconfiado guarda, sendo levada embora. Theo e Kee são levados ao campo, onde as condições são apavorantes, caóticas e violentas. Eles conhecem Marichka, que lhes dá um quarto onde Kee tem o bebê, uma menina. No dia seguinte, Syd encontra Theo e Kee, tendo os conectado com as mortes dos dois policiais, e ameaça delatá-los. Ele também conta que uma guerra entre os refugiados, incluindo os Peixes, e o exército começou. O grupo ataca Syd e escapa. No meio do violento conflito entre os refugiados e as tropas britâncias, os Peixes capturam Kee. Theo consegue encontrar ela e o bebê em um prédio de apartamentos que está sob pesado fogo do exército. Os combatentes param de lutar momentaneamente, percebendo a presença de um bebê, permitindo que Theo, Kee e sua filha escapem.[2]

Marichka os leva até um barco no esgoto, porém se recusa a ir com eles. Enquanto Theo começa a remar, ele revela que foi baleado. Eles então testemunham um bombardeiro em Bexhill pela Força Aérea Real. Kee revela a Theo que ela chamará o bebê de Dylan em homenagem ao filho dele. Theo perde a consciência enquanto o Tomorrow se aproxima.[2]

  • Clive Owen como Theo Faron, um antigo ativista que ficou devastado pela morte de seu filho devido a uma pandemia de gripe.[3] Theo é o "arquétipo do homem ordinário" que relutantemente se torna um salvador.[4][5] Contratado em abril de 2005,[6] Owen passou várias semanas com Cuarón e Sexton colaborando sobre seu papel. Impressionado pelas ideias criativas do ator, Cuarón e Sexton o colocaram no time de roteiristas.[7] Histórias anteriores aos eventos do filme, que desenvolviam o personagem de Theo, foram removidas durante a edição: uma cena mostrando ele roubando comprovantes de gasolina de seu trabalho foi retirada para enfatizar as informasções visuais sobre as verbais. "Clive foi de grande ajuda", disse Cuarón, "Eu enviaria a ele um grupo de cenas, então eu ouviria suas opiniões e instintos".[8]
  • Julianne Moore como Julian Taylor. Para Julian, Cuarón queria uma atriz que tinha "credibilidade de liderança, inteligência [e] independência".[7] Moore foi contratada em junho de 2005.[9] "Ela é muito divertida de se trabalhar", disse o diretor, "Ela está puxando o tapete em baixo de seus pés o tempo todo. Você não sabe onde ficar, porque ela vai caçoar de você".[7]
  • Michael Caine como Jasper Palmer. Caine baseou Palmer em suas experiências com seu amigo John Lennon;[7] foi a primeira vez que ele interpretou um personagem que fumava maconha.[10] Cuarón explica, "Uma vez com as roupas e tudo ele iria para frente do espelho e começava a olhar para si mesmo, e sua linguagem corporal começava a mudar. Michael amou. Ele acreditou ser esse cara".[10] Os desenhos de Jesper, vistos em sua casa, foram feitos por Steve Bell.
  • Claire-Hope Ashitey como Kee, uma personagem inexistente no livro. O papel da imigrante em situação ilegal africana foi escrito para o filme, baseado nas opinões de Cuarón sobre a hipótese da origem única humana e a situação de povos desfavorecidos:[11] "O fato dessa criança ser de uma mulher africana tem a ver com o fato da humanidade ter nascido na África. Nós estamos colocando o futuro da humanidade nas mãos dos desprovidos e criando uma nova humanidade a partir disso".[12]
  • Chiwetel Ejiofor como Luke
  • Pam Ferris como Miriam
  • Peter Mullan como Syd
  • Charlie Hunnam como Patric
  • Danny Huston como Nigel, o primo de Theo e um alto oficial do governo britânico. Nigel é chefe do programa "Artes das Artes" do Ministério das Artes, que "resgata" trabalhos como David, de Michelangelo, e Guernica, de Pablo Picasso.
  • Oana Pellea como Marichka
  • Paul Sharma como Ian
  • Jacek Koman como Tomasz

P. D. James, que gostou do filme,[13] e os roteiristas de Children of Men venceram o USC Scripter Award pela adaptação do romance original; Howard Rodman, presidente da USC School of Cinematic Arts Writing Division, descreveu a adaptação do livro para a tela como "roteirização do mais alto nível", apesar de Gerschatt ter notado que o roteiro tinha pouca semelhança com o romance: o gênero do bebê foi mudado, assim como a personagem que estava grávida (Julian, no romance); Theo, que morre no filme, não morreu no romance.[14] O filme também foi indicado na categoria de Melhor Roteiro Adaptado no Oscar 2007.[15]

Children of Men também foi indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Fotografia (Emmanuel Lubezki) e Melhor Edição (Alfonso Cuarón e Alex Rodríguez).[15] O filme venceu o BAFTA Award nas categorias de Melhor Fotografia (Lubezki) e Melhor Desenho de Produção (Jim Clay, Geoffrey Kirkland e Jennifer Williams), ainda sendo indicado ao prêmio de Melhores Efeitos Visuais (Frazer Churchill, Paul Corbould, Michael Eames e Tim Webber).[16] O diretor de fotografia Emmanuel Lubezki venceu o prêmio de Melhor Fotografia para um filme nas premiações da American Society of Cinematographers.[17] A Australian Cinematographers Society também premiou Lubezki com o Prêmio Internacional de Fotografia por seu trabalho em Children of Men.[18]

O filme venceu o Saturn Award de Melhor Filme de Ficção Científica entregue pela Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films,[19] e ainda foi indicado ao Prêmio Hugo de Melhor Apresentação Dramática, Forma Longa.[20]

Referências

  1. a b «Children of Men (2006)». Box Office Mojo. Consultado em 9 de janeiro de 2012 
  2. a b c d Cuarón, Alfonso (Diretor). Children of Men. Estados Undios: Universal Pictures, 2006
  3. Vineberg, Steve (6 de fevereiro de 2007). «Rumors of a birth». The Christian Century. 124 (3) 
  4. Meyer, Carla (3 de janeiro de 2007). «Children of Men». Sacramento Bee 
  5. Williamson, Kevin (3 de janeiro de 2007). «Man of action». Calgary Sun. Consultado em 9 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 27 de setembro de 2007 
  6. Snyder, Gabriel (27 de abril de 2005). «Owen having U's children». Variety. Consultado em 9 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 12 de novembro de 2012 
  7. a b c d Voynar, Kim (25 de dezembro de 2006). «Interview: Children of Men Director Alfonso Cuaron». Moviefone. Consultado em 9 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 15 de janeiro de 2012 
  8. Debruge, Peter (19 de fevereiro de 2007). «Editors cut us in on tricky sequences». Variety 
  9. Snyder, Gabriel (15 de junho de 2005). «Moore makes way to U's 'Children'». Variety. Consultado em 9 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 3 de março de 2012 
  10. a b «Interview: Alfonso Cuaron». Consultado em 9 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 12 de outubro de 2007 
  11. Wagner, Annie (28 de dezembro de 2006). «Politics, Bible Stories, and Hope». The Stranger. Consultado em 9 de janeiro de 2012 
  12. Hannerson, Evan (19 de dezembro de 2006). «Brave new world. Clive Owen embarks on a mission to ensure humanity's survival». Daily News. Consultado em 9 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 30 de setembro de 2007 
  13. «P.D. James Pleased With Film Version of Children of Men». The IWJ Blog. 8 de janeiro de 2007. Consultado em 8 de janeiro de 2012 
  14. Kit, Boris (13 de janeiro de 2007). «Scripter goes to Children of Men». The Hollywood Reporter. Consultado em 8 de janeiro de 2012. Cópia arquivada em 15 de setembro de 2007 
  15. a b «Children of Men». Academy Awards Database. The Academy of Motion Picture Arts and Sciences. Consultado em 8 de janeiro de 2012 [ligação inativa]
  16. «Children of Men». Awards Database. British Academy of Film and Television Arts. Consultado em 9 de janeiro de 2012 
  17. «21st Annual ASC Awards — 2006». American Society of Cinematographers. Consultado em 9 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 8 de agosto de 2011 
  18. «Emmanuel Lubezki AMC ASC». Australian Cinematographers Society. 5 de maio de 2007. Consultado em 9 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 17 de junho de 2007 
  19. «Past Saturn Awards». The Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films. Consultado em 9 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 9 de fevereiro de 2010 
  20. «2007 Hugo Awards». The Hugo Awards. World Science Fiction Society. Consultado em 9 de janeiro de 2012 

Ligações externas

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