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Ciberpsicologia

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Ciberpsicologia (também conhecida como psicologia da internet, psicologia da web ou psicologia digital) é um domínio científico interdisciplinar que se concentra nos fenômenos psicológicos que surgem como resultado da interação humana com a tecnologia digital, especialmente a Internet.

A ciberpsicologia é um termo amplamente utilizado para pesquisa interdisciplinar que comumente descreve como os humanos interagem com outros por meio da tecnologia, como o comportamento humano e estados psicológicos são afetados pela tecnologia, e como a tecnologia pode ser desenvolvida de forma ótima para as necessidades humanas.[1] Embora não seja explicitamente definida como ciberpsicologia, pesquisas anteriores sobre os impactos da realidade virtual no comportamento humano[2] foram identificadas por ciberpsicólogos e utilizadas para orientar os parâmetros de áreas de pesquisa. A importância da ciberpsicologia como um campo independente e definido a partir de estudos existentes foi proposta por pesquisadores como Bruno Emond e Robert L West, sugerindo que o campo deve incluir modelagem cognitiva.[3]

Embora a ciberpsicologia permaneça ampla, pesquisas recentes têm emergido comumente sobre o impacto das mídias sociais nos transtornos de personalidade, vício em computador, vício em jogos de vídeo e ansiedade online.[4] Os efeitos da terapia virtual também foram identificados devido à pandemia global de COVID-19.[5] Essas áreas de pesquisa também incluem o impacto positivo no estado psicológico humano em relação à interação com a inteligência artificial social. As áreas de pesquisa também incluem a influência da ciberpsicologia em outros campos; na pesquisa de Scott M. Debb, a ciberpsicologia é discutida como tendo interdependência com a disciplina de Segurança Cibernética, especificamente em relação a sujeitos humanos.[6] Outro campo de estudo desta ciência procura entender porque as pessoas tendem a ter um comportamento desinibido pela internet, reagindo de maneira inflamada a comentários e assuntos contemporâneos. De acordo com John Suller, autor da teoria de desinibição online, a combinação entre anonimidade e falta de consequências imediatas permitem com que algumas pessoas assumam um tom mais agressivo online.[7]

Embora existam algumas áreas da ciberpsicologia bem definidas no campo das pesquisas cientificas direcionadas a saude mental e transtornos online, outros temas fazem parte do campo de investigação da ciberpsicologia, como compras online, captologia, transhumanismo, etc.

Referências

  1. Connolly, Irene; Palmer, Marion; Barton, Hannah; Kirwan, Gráinne, eds. (2016). An Introduction to Cyberpsychology. London New York: Routledge 
  2. Blascovich, Jim; Bailenson, Jeremy (2011). Infinite reality: avatars, eternal life, new worlds, and the dawn of the virtual revolution 1st ed. New York: William Morrow. OCLC 641532480 
  3. «CyberSightings». CyberPsychology & Behavior (5): 601–604. 1 de outubro de 2004. ISSN 1094-9313. doi:10.1089/1094931042403136. Consultado em 6 de abril de 2024 
  4. «What is Cyberpsychology and Why is it Important? | New Jersey Institute of Technology». www.njit.edu. Consultado em 6 de abril de 2024 
  5. Pentland, Alex (1 de setembro de 2020). «Contextualizing human psychology.». Technology, Mind, and Behavior (1). ISSN 2689-0208. doi:10.1037/tmb0000013. Consultado em 6 de abril de 2024 
  6. «CyberSightings». Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking (12): 771–772. Dezembro de 2011. ISSN 2152-2715. doi:10.1089/cyber.2011.1532. Consultado em 6 de abril de 2024 
  7. Suler, John (junho de 2004). «The Online Disinhibition Effect». CyberPsychology & Behavior (em inglês) (3): 321–326. ISSN 1094-9313. doi:10.1089/1094931041291295. Consultado em 6 de abril de 2024