Clientelismo: diferenças entre revisões

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== Desenvolvimento social ==
== Desenvolvimento social ==
O clientelismo é uma ferramenta utilizada para enfraquecer o capital social e humano de uma determinada localidade, ou de uma nação por inteiro. Ao se privilegiar a obtenção de benefícios oriundos de entes externos a uma localidade, ocorre o enfraquecimento das relações horizontais, homem a homem; cidadão a cidadão, diminuindo a capacidade de colaboração destes indivíduos e ampliando a competição por mais recursos exógenos, e que não geram riquezas locais. Este processo gera um [[círculo vicioso]] que ao longo do tempo é capaz de desmobilizar completamente uma comunidade<ref>Augusto de Franco. ''Pobreza & Desenvolvimento Local''. Agência de Educação para o Desenvolvimento. 2002.{{citar página}}</ref>.
O clientelismo é uma ferramenta utilizada para enfraquecer o capital social e humano de uma determinada localidade, ou de uma nação por inteiro. Ao se privilegiar a obtenção de benefícios oriundos de entes externos a uma localidade, ocorre o enfraquecimento das relações horizontais, homem a homem, pessoa a pessoa, cidadão a cidadão; diminuindo a capacidade de colaboração destes indivíduos e ampliando a competição por mais recursos exógenos, e que não geram riquezas locais. Este processo gera um [[círculo vicioso]] que ao longo do tempo é capaz de desmobilizar completamente uma comunidade<ref>Augusto de Franco. ''Pobreza & Desenvolvimento Local''. Agência de Educação para o Desenvolvimento. 2002.{{citar página}}</ref>.


Por isso, e segundo Augusto de Franco, o clientelismo busca manter a verticalização da esfera pública e "modos de regulação autocráticos", dificultando a democratização da sociedade. Franco acrescenta ainda que da maneira os programas de combate a pobreza são desdenhados, não faz com que se diminua a pobreza, pois alimenta "continuamente a cadeia vertical de subordinações e favores pela qual se exerce o clientelismo".
Por isso, e segundo Augusto de Franco, o clientelismo busca manter a verticalização da esfera pública e "modos de regulação autocráticos", dificultando a democratização da sociedade. Franco acrescenta ainda que da maneira os programas de combate a pobreza são desdenhados, não faz com que se diminua a pobreza, pois alimenta "continuamente a cadeia vertical de subordinações e favores pela qual se exerce o clientelismo".

Revisão das 18h03min de 12 de março de 2014

O clientelismo era um sub-sistema de relação política, com uma pessoa recebendo de outra a proteção em troca do apoio político.

O clientelismo nada tem em comum com o coronelismo, nem se reedita relação análoga àquela entre suserano e vassalo do Sistema Feudal. O coronelismo foi definido como um compromisso entre o poder central e as aristocracias estaduais para garantir governabilidade de 1898 a 1930.[1] O feudalismo é sistema de produção datado até o advento do Estado moderno.

O que caracteriza o clientelismo é o sistema de troca.

Como nota característica o cliente fica em total submissão ao patrão, independentemente de com este possuir qualquer relação familiar, empregatícia ou qualquer outra.

No Brasil e em alguns países da América Latina, suas raízes remontam às origens patriarcais destas sociedades.

A terminologia tem sua origem provavelmente em Roma.[2]

Desenvolvimento social

O clientelismo é uma ferramenta utilizada para enfraquecer o capital social e humano de uma determinada localidade, ou de uma nação por inteiro. Ao se privilegiar a obtenção de benefícios oriundos de entes externos a uma localidade, ocorre o enfraquecimento das relações horizontais, homem a homem, pessoa a pessoa, cidadão a cidadão; diminuindo a capacidade de colaboração destes indivíduos e ampliando a competição por mais recursos exógenos, e que não geram riquezas locais. Este processo gera um círculo vicioso que ao longo do tempo é capaz de desmobilizar completamente uma comunidade[3].

Por isso, e segundo Augusto de Franco, o clientelismo busca manter a verticalização da esfera pública e "modos de regulação autocráticos", dificultando a democratização da sociedade. Franco acrescenta ainda que da maneira os programas de combate a pobreza são desdenhados, não faz com que se diminua a pobreza, pois alimenta "continuamente a cadeia vertical de subordinações e favores pela qual se exerce o clientelismo".

Referências

  1. Victor Nunes Leal, Coronelismo, Enxada e Voto, editora Forense, 1948 e Coronelismo e o Coronelismo de cada um, Dados-IUPERJ, 198.
  2. Luiz Henrique Nunes Baía, O poder do clientelismo, raízes e fundamentos da troca política, Editora Renovar.Citação vazia (ajuda) 
  3. Augusto de Franco. Pobreza & Desenvolvimento Local. Agência de Educação para o Desenvolvimento. 2002.Citação vazia (ajuda) 

Ver também