Coletivo Mbyá-Guarani de Cinema

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O Coletivo Mbyá-Guarani de Cinema (também conhecido como Coletivo de Cinema Guarani) é um coletivo de produção de vídeo e artes visuais brasileiro, focado na cultura guarani.[1] Foi fundado em 2007 por Patrícia Ferreira Pará Yxapy.[2] O coletivo produz e divulga trabalhos em nível nacional e internacional.

Nos últimos 15 anos, o Coletivo Mbyá-Guarani de Cinema, juntamente com Patrícia Ferreira Pará Yxapy e a ONG Video nas Aldeias (VIV),[3][4][5][6] criaram inúmeras obras que foram apresentadas internacionalmente.[7] O coletivo participou de festivais em todo o mundo, como o Berlinale Berlin,[1] e em conferências como a Envolvimento dos Povos Indígenas com a Mídia Digital e Eletrônica, em Nashville, no Tennessee.[8]

O Coletivo Mbyá-Guarani de Cinema vê o processo de produção de filmes como holístico, interconectado à comunidade, à natureza e ao cosmos. Nesse caso, os cineastas indígenas não estão filmando um assunto fora de si; ao contrário, eles estão trabalhando e criando dentro de um entendimento coletivo, interdependente e interconectado de sua ordem mundial, posicionando a tecnologia de vídeo como imersa em seu ecossistema.[9]

Filmografia[editar | editar código-fonte]

  • Bicicletas de Nhanderu (Bicicletas de Nhanderu) 2011, 45 min.[10]
  • Desterro Guarani (Guarani Exile) 2011, 38 min.
  • Tava: Um Casa de Pedra (tava: The Stone House), 2012, 78 min.
  • Mbya-Mirim, 2013, 22 min.[11]
  • No caminho com Mario (a caminho de Mario) 2014, 20 min.
  • Carta de uma mulher guarani em busca da terra sem o mal[1]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c «Todas as vozes do cinema mundial ganham espaço na Berlinale». RFI. 23 de fevereiro de 2020. Consultado em 27 de fevereiro de 2020 
  2. «Letter from a Guarani Women in Search of a Land without Evil». www.berlinale.de. Consultado em 23 de fevereiro de 2020 
  3. edited by Malik, Chapain, Comunian (2017). Community Filmmaking: Diversity, Practices and Places. Routledge. New York: [s.n.] ISBN 9781317283867 
  4. Shohat, Ella, 1959- (2014). Unthinking Eurocentrism : multiculturalism and the media Second ed. London: [s.n.] pp. 416–418. ISBN 978-0-415-53859-6. OCLC 868427768 
  5. Stoklos Kignel, Piatã (2010). Empowering Indigenous Communities through Audiovisual Work Video in the Villages, Brazil. In: Mapping cultural diversity - good practices from around the globe: a contribution to the debate on the implementation of the UNESCO Convention on the Protection and Promotion of the Diversity of Cultural Expressions. German Commission for UNESCO (DUK). Bonn: [s.n.] pp. 107–109. ISBN 978-3-940785-22-0. OCLC 706959920 
  6. Graham. «Three Decades of Amazonian Filmmaking: A Retrospective Celebrating the Political and Cultural Activism of Video Nas Aldeias». Anthropology Now. 6: 86–91. doi:10.1080/19492901.2013.11728422 – via JSTOR 
  7. «Letter from a guarani woman». Saavy Contemporary. Consultado em 22 de fevereiro de 2020 
  8. «In Digital Conference III: The Americas» 
  9. Shamash. «Cosmopolitical technologies and the demarcation of screen space at Cine Kurumin: activating immersive shifts in imaginaries, representation, and politics». Media-N - the Journal of the New Media Caucus. Volume 14, Issue 1, ISSN: 1942-017X. 16 páginas – via Illinois Open Publishing Network - digital publishing from the University Library 
  10. «Letter from a Guarani Woman in Search of the Land Without Evil». www.berlinale.de (em inglês). Consultado em 27 de fevereiro de 2020 
  11. Mbya mirim, Brazil: Vídeo nas Aldeias, 2013, consultado em 27 de fevereiro de 2020