Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos
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Países membros Ex-Membros
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Tipo | Organização internacional |
Fundação | 23 de fevereiro de 2010 (12 anos) |
Sede | Regional |
Membros | 32 países
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Línguas oficiais | Espanhol Francês Inglês Neerlandes Português |
pro-tempore | Andrés Manuel López Obrador |
Sítio oficial | http://www.celac.gob.ve/ |
A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) (em castelhano: Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños; em francês: Communauté des États latin-américains et caraïbéens), é um organismo internacional, herdeiro do Grupo do Rio e da Calc, a Cúpula da América Latina e Caribe[1] sobre Integração e Desenvolvimento.[2] Foi criado na terça-feira 23 de fevereiro de 2010 em seção da Cúpula da Unidade da América Latina e Caribe, na cidade de Playa del Carmen, Quintana Roo, México. Só Honduras ficou fora, já que diversos países presentes, incluindo o Brasil, não reconhecem o governo eleito após o golpe contra Manuel Zelaya, em junho de 2009.
Segundo o presidente do México, Felipe Calderón, o anfitrião do encontro em que foi criado a comunidade, o objetivo do novo organismo é projetar globalmente a região, em temas como o respeito ao direito internacional, a igualdade entre Estados, o respeito aos direitos humanos e a cooperação. Além disso, é consenso entre os líderes que a criaram que a comunidade deverá trabalhar sobre a base da solidariedade, da inclusão social e da complementaridade.[carece de fontes]
A despeito das limitações da OEA, a Organização dos Estados Americanos, no que tange à resolução de disputas regionais, há divergências entre as lideranças presentes a respeito do potencial da nova comunidade em substituir a OEA.[carece de fontes]
A sua primeira reunião de cúpula aconteceu em Caracas, capital da Venezuela, entre os dias 1 e 4 de dezembro de 2011.[3][4]
Membros[editar | editar código-fonte]
A CELAC tem presentemente 33 estados-membros, com cinco línguas oficiais:[carece de fontes]
Dezoito hispanófonos (56% da área, 63% da população)
Doze anglófonos (1,3% da área, 1,1% da população):
Um francófono (0,1% da área, 1,6% da população):
Um neerlandófono (0,8% da área, 0,1% da população):
Ex-membros[editar | editar código-fonte]
Em janeiro de 2020 o chanceler Ernesto Araújo anunciou que o Brasil deixava oficialmente o bloco.[5]
Economia[editar | editar código-fonte]

A economia da região atualmente está experimentando um grande crescimento devido ao grande mercado interno e a exportação de commodities. Esse crescimento resultará em um aumento do consumo por parte dos latino-americanos, elevando assim a qualidade de vida na maioria de seus países. Com um PIB de aproximadamente 7 bilhões de dólares, é a 3.ª potência econômica a nível mundial, sendo ainda o maior produtor de alimentos do mundo, e o 3º maior produtor de energia elétrica. Nos últimos anos houve grandes avanços a nível político, econômico e social, produzindo um desenvolvimento acelerado em praticamente todos seus países. A região tem pouco acesso a crédito, em comparação com outras regiões (30%), porém, conta com um sistema financeiro estável.[carece de fontes]
A segunda maior economia da América Latina é o México com um PIB de 1.2 bilhões de dólares (em 2018), sendo a 15ª maior economia a nível mundial. Já a segunda maior economia da região, a Argentina, com um PIB de 0,5 bilhão de dólares (em 2018), é a 25ª maior economia a nível mundial é membro ativo do G20 (Grupo dos Vinte Países Industrializados) junto com México, que reúne os mais importantes países industrializados e os emergentes.[carece de fontes]
Integração econômica[editar | editar código-fonte]
O México faz parte do NAFTA com os Estados Unidos e Canadá. Por sua vez, Costa Rica, Belize, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá e a República Dominicana integram o Sistema Integração Centro-Americana (SICA). Também a Bolívia, Cuba, Equador, Nicarágua e Venezuela possuem seu próprio bloco, a Aliança Bolivariana para as Américas. Na América do Sul, o bloco predominante é o Mercosul, integrado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, com Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru como membros associados. Já Bolívia, Colômbia, Equador e Peru formam a Comunidade Andina, enquanto Chile, Colômbia, México e Peru integram a Aliança do Pacífico[6][7]
Foro do âmbito continental, Brasil, Argentina e México são os únicos países da região que fazem parte do G20 (Grupo dos Vinte), enquanto Chile, México e Peru fazem parte da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC). Por fim, Chile e México são os únicos que integram a OCDE.
História[editar | editar código-fonte]
Em 23 de fevereiro de 2010, líderes latino-americanos na 23ª Cimeira do Grupo do Rio em Playa del Carmen, Quintana Roo, México, formaram uma organização de países latino-americanos. Uma vez que sua carta foi desenvolvida, o grupo foi criado formalmente em julho de 2011, numa cimeira em Caracas. O bloco é o principal fórum para o diálogo político para a área, sem o Estados Unidos ou Canadá.[8][9]
Segundo Raúl Zibechi, do jornal La Jornada, de centro-esquerda do México: "A criação da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos é parte de uma mudança global e continental, caracterizada pelo declínio da hegemonia dos Estados Unidos e o surgimento de um grupo de blocos regionais que fazem parte do novo saldo global".[10]
A atuação do bloco foi praticamente paralisada nos últimos anos diante da chegada de governos conservadores ao poder na região.
O governo do presidente Jair Bolsonaro suspendeu a participação brasileira na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), rejeitando o convite feito pelo México, que assumiu este ano a presidência do grupo para voltar a participar do organismo internacional. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que a CELAC "dá palco para regimes não democráticos" e "A Celac não vinha tendo resultados na defesa da democracia ou em qualquer área. Ao contrário, dava palco para regimes não democráticos como os da Venezuela, Cuba, Nicarágua".[11]
Cúpulas[editar | editar código-fonte]


A cimeira inaugural do CELAC foi realizada em dezembro de 2011, na Venezuela. A cúpula foi realizada entre 2 e 3 de dezembro de 2011, em Caracas.[12]
Cúpula | Ano | Cidade | País-sede |
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I CALC | 2008 | Sauipe, Mata de São João | ![]() |
II CALC | 2010 | Playa del Carmen | ![]() |
III CALC | 2011 | Caracas | ![]() |
I | 2013 | Santiago | ![]() |
II | 2014 | Havana | ![]() |
III | 2015 | San José | ![]() |
IV | 2016 | Quito | ![]() |
V | 2017 | Punta Cana | ![]() |
- | 2018 | não realizada | ![]() |
- | 2019 | não realizada | ![]() |
VI | 2020 | Cidade do México | ![]() |
VII | 2021 | Cidade do México | ![]() |
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ http://www.sre.gob.mx/dgomra/alc_ue/alcue1.htm
- ↑ http://www.abn.info.ve/noticia.php?articulo=221632&lee=16[ligação inativa]
- ↑ «Cúpula elege Costa Rica à presidência da Celac em 2014». Portal Terra
- ↑ «Dilma chega a Caracas para Cúpula da Celac». Veja Online
- ↑ https://exame.com/brasil/sem-resultados-na-defesa-da-democracia-brasil-deixa-celac-diz-araujo/amp/
- ↑ Morales, Roberto (14 de abril de 2011). «Avanzan acuerdos con el sur». El Economista. Consultado em 28 de abril de 2011
- ↑ La República (28 de abril de 2011). «Colombia: Acuerdo del Pacífico busca conquistar el mercado asiático». Consultado em 28 de abril de 2011[ligação inativa]
- ↑ http://www.indymedia-letzebuerg.net/index.php?option=com_content&tarefa=ver&id=44165&Itemid=28 Indymedia (inglês) 24 de fevereiro de 2010
- ↑ «granma.cu - Cancilleres del Grupo de Río avanzaron en idea de crear nueva instancia regional». Consultado em 7 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 19 de fevereiro de 2012
- ↑ Raúl Zibechi Latin America inexorável Março Toward 'Autonomia do centro Imperial' ' La Jornada ', México, através da tradução de WorldMeets.US (inglês) 26 de fevereiro de 2010
- ↑ «Brasil abandona Celac»
- ↑ pessoal writers (2011). «CELAC Cimeira votos para Cuba para hospedar ó Meeting»