Conceição Evaristo
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Conceição Evaristo | |
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A escritora Conceição Evaristo durante debate no Festival Latinidades 2013 | |
Nome completo | Maria da Conceição Evaristo de Brito |
Nascimento | 29 de novembro de 1946 (73 anos) Belo Horizonte, Minas Gerais |
Nacionalidade | Brasileira |
Ocupação | Escritora, poetisa, romancista e ensaísta |
Prémios | Prêmio Jabuti de Literatura 2015, Faz a Diferença - Categoria Prosa 2017, Prêmio Cláudia - Categoria Cultura 2017 |
Género literário | Romance, conto, poesia |
Movimento literário | Pós-modernismo |
Magnum opus | Ponciá Vicêncio |
Página oficial | |
http://blogueirasfeministas.com |
Maria da Conceição Evaristo de Brito (Belo Horizonte, 29 de novembro de 1946) é uma escritora brasileira.[1]
Índice
Biografia[editar | editar código-fonte]
Conceição nasceu em uma comunidade da zona sul de Belo Horizonte, vem de uma família muito pobre, com nove irmãos e sua mãe, ela se mudou jovem para um lugar um pouco melhor e teve que conciliar os estudos trabalhando como empregada doméstica, até concluir o curso normal, em 1971, já aos 25 anos. Mudou-se então para o Rio de Janeiro, onde passou num concurso público para o magistério e estudou Letras na UFRJ.[2][3]
Na década de 1980, entrou em contato com o grupo Quilombhoje. Estreou na literatura em 1990, com obras publicadas na série Cadernos Negros, publicada pela organização.
É mestra em Literatura Brasileira pela PUC-Rio, é doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense.
Suas obras, em especial o romance Ponciá Vicêncio, de 2003, abordam temas como a discriminação racial, de gênero e de classe. Seu primeiro romance, Ponciá Vicêncio foi foco de pesquisa acadêmica pela primeira vez, no Brasil, em 2007[4]. A obra foi traduzida para o inglês e publicada nos Estados Unidos em 2007.[5][6] Atualmente leciona na UFMG como professora visitante.
Em 2017, Conceição Evaristo foi tema da Ocupação do Itaú Cultural de São Paulo. Em 2019, Conceição Evaristo é a grande homenageada da Bienal do Livro de Contagem.
Conceição Evaristo é militante do movimento negro, com grande participação e atividade em eventos relacionados a militância política social.
No dia 18 de junho de 2018, Conceição Evaristo oficializou sua candidatura à Academia Brasileira de Letras, entregando a carta de autoapresentação para concorrer à cadeira de número 7, originalmente ocupada por Castro Alves. Segundo o Portal da Literatura Afro-Brasileira, a autora escreveu na carta: “Assinalo o meu desejo e minha disposição de diálogo e espero por essa oportunidade”.[7] A eleição ocorreu em 30 de agosto, Conceição recebeu um voto, acabou eleito o cineasta Cacá Diegues. [8]
Obras[editar | editar código-fonte]
Romance[editar | editar código-fonte]
- Ponciá Vicêncio (2003)
- Becos da Memória (2006)
Poema[editar | editar código-fonte]
Contos[editar | editar código-fonte]
- Insubmissas lágrimas de mulheres (2011; 2ª edição pela Editora Malê, 2016 )
- Olhos d`água (Editora Pallas, 2014) .
- Histórias de leves enganos e parecenças (Editora Malê, 2016)
Participações em antologias[editar | editar código-fonte]
- Cadernos Negros (Quilombhoje, 1990)
- Contos Afros (Quilombhoje)
- Contos do mar sem fim (Editora Pallas)
- Questão de Pele (Língua Geral)
- Schwarze prosa (Alemanha, 1993)
- Moving beyond boundaries: international dimension of black women’s writing (1995)
- Women righting – Afro-brazilian Women’s Short Fiction (Inglaterra, 2005)
- Finally Us: contemporary black brazilian women writers (1995)
- Callaloo, vols. 18 e 30 (1995, 2008)
- Fourteen female voices from Brazil (EUA, 2002), Estados Unidos
- Chimurenga People (África do Sul, 2007)
- Brasil-África
- Je suis Rio, éditions Anacaona, juin 2016.
Obras publicadas no exterior[editar | editar código-fonte]
- Ponciá Vicencio. Trad. Paloma Martinez-Cruz, Austin: Host Publications, 2007. ISBN 0-978-0-924047-34-3
- L'histoire de Poncia, traduzido por Paula Anacaona, collection Terra, éditions Anacaona. 2015. ISBN 978-2-918799-75-7
- Banzo, mémoires de la favela, traduzido por Paula Anacaona, collection Terra, éditions Anacaona. 2016. ISBN 978-2-918799-80-1
Referências
- ↑ «Conceição Evaristo: Poemas da recordação e outros movimentos». Portal Vermelho. Vermelho.org.br. 27 de fevereiro de 2012. Arquivado do original em 9 de agosto de 2017
- ↑ DUARTE, Eduardo de Assis. «O Bildungsroman afro-brasileiro de Conceição Evaristo». Rev. Estud. Fem. vol.14 no.1 Florianópolis Jan./abril 2006. Scielo.br
- ↑ «Coquetel de lançamento - Conceição Evaristo e Amélia Dalomba». NEAA. Uel.br. 7 de dezembro de 2011
- ↑ Santos de Araújo, Flávia (30 de abril de 2007). «Uma escrita em dupla face: a mulher negra em Ponciá Vicêncio, de Conceição Evaristo» (PDF). PPGL UFPB line feed character character in
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at position 45 (ajuda) - ↑ ARRUDA, Aline Alves. «Ponciá Vicêncio, de Conceição Evaristo: Um Bildungsroman Feminino e Negro» (PDF). Literafro - UFMG. Letras.ufmg.br[ligação inativa]
- ↑ «Conceição Evaristo - Lançamento do livro "Insubmissas lágrimas de mulheres"». Geledés Instituto da Mulher Negra. Geledes.org.br. 7 de dezembro de 2011
- ↑ «Conceição Evaristo entrega carta oficializando sua candidatura à Academia Brasileira de Letras - Negro Belchior». Negro Belchior. 19 de junho de 2018
- ↑ «Como a escritora negra Conceição Evaristo perdeu sua cadeira na ABL». The Intercept. 30 de agosto de 2018
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Eu-Mulher, poema de Conceição Evaristo
- Entrevista para a revista Conexão Literatura
- Eu não sei cantar - Entrevista para a revista Raça Brasil
- MENDES, Ana Cláudia Duarte. Eco e Memória: "Vozes-Mulheres", de Conceição Evaristo. Terra roxa e outras terras – Revista de Estudos Literários - Volume 17-A (dez. 2009)
- Nascidos em 1946
- Naturais de Belo Horizonte
- Alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro
- Alunos da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
- Alunos da Universidade Federal Fluminense
- Escritores de Minas Gerais
- Literatura afro-brasileira
- Escritores afro-brasileiros
- Escritoras do Brasil
- Feministas do Brasil