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Constipação

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 Nota: Para a constipação intestinal, veja Obstipação.
Constipação
Constipação
Representação da superfície molecular de uma variante do rinovírus humano.
Sinónimos Resfriado, nasofaringite viral aguda, nasofaringite, rinite viral, rinofaringite, coriza aguda[1]
Especialidade Infectologia
Sintomas Tosse, garganta inflamada, muco nasal, febre[2][3]
Complicações Otite média, sinusite[4]
Início habitual ~2 dias após exposição[5]
Duração 1–3 semanas[2][6]
Causas Vírus[7]
Condições semelhantes Rinite alérgica, bronquite, pertússis, sinusite[4]
Prevenção Lavagem das mãos, máscara cirúrgica[2]
Tratamento Sintomático,[2] zinco[8]
Medicação Anti-inflamatórios não esteróides[9]
Frequência 2–5 infecções por ano (adultos); 6–10 por ano (crianças)[10]
Classificação e recursos externos
CID-10 J00
CID-9 460
CID-11 2066255370
DiseasesDB 31088
MedlinePlus 000678
eMedicine med/2339
MeSH D003139
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Constipação (português europeu) ou resfriado (português brasileiro) é uma doença infeciosa viral do trato respiratório superior.[7] Embora afete principalmente o nariz, pode também afetar a garganta, os seios paranasais e a laringe.[5] Os sinais e sintomas começam a manifestar-se menos de dois dias após a exposição ao vírus.[5] Os mais comuns são tosse, garganta inflamada, muco no nariz, dor de cabeça e febre.[2][3] A pessoa geralmente recupera no prazo de sete a dez dias,[2] embora alguns sintomas possam permanecer até três semanas.[6] Em alguns casos, pessoas com outros problemas de saúde podem desenvolver pneumonia.[2]

A constipação pode ser causada por mais de 200 estirpes de vírus, sendo as de rinovírus as mais comuns.[11] A infeção é transmitida por via aérea em situações de contacto próximo com uma pessoa infetada, ou de forma indireta através de contacto com objetos contaminados e posterior contacto com a boca ou nariz.[2] Entre os fatores de risco estão a frequência de um infantário, insónias e stresse psicológico.[5] Os sintomas são causados pela resposta imunitária do corpo à infeção, e não pela destruição dos tecidos pelos vírus.[12] Embora as pessoas com gripe manifestem sintomas semelhantes aos da constipação, os sintomas são geralmente mais graves.[5] Para além disso, a probabilidade da gripe causar muco no nariz é menor.[13]

Não existe vacina para a constipação.[2] Os principais métodos de prevenção são a lavagem das mãos, evitar tocar nos olhos, boca ou nariz com as mãos por lavar, e manter-se afastado de pessoas doentes.[2] Algumas evidências apoiam o uso de máscaras cirúrgicas.[14] Embora não exista cura, os sintomas podem ser tratados.[2] O zinco pode diminuir a duração e gravidade dos sintomas se começar a ser tomado pouco após o início dos sintomas.[8] Os anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) como o ibuprofeno podem ajudar a aliviar a dor.[9] No entanto, não devem ser usados antibióticos[15] e não existem evidências de qualidade que demonstrem a eficácia de antitússicos.[5][16]

A constipação é a doença infeciosa mais comum em seres humanos.[17] Um adulto contrai em média duas a cinco constipações por ano, enquanto uma criança contrai entre seis e dez.[10][7] As infeções são mais comuns durante o inverno.[2] As constipações existiram ao longo de toda a História do ser humano.[18]

Sinais e sintomas

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Os sintomas típicos de uma constipação aparecem após dois a três dias de incubação, por vezes menos, e começam habitualmente por desconforto ou dor na faringe, espirros e posteriormente congestão nasal, rinorreia, tosse, calafrios e garganta inflamada, sendo por vezes acompanhada de dores musculares, fadiga, dores de cabeça e perda de apetite.[19][20] A inflamação da garganta verifica-se em cerca de 40% dos casos e a tosse e dores musculares em cerca de 50%.[7][3] Em adultos, raramente se observa febre, sendo no entanto um sintoma comum entre as crianças.[3] A tosse é normalmente de fraca intensidade quando comparada com a da gripe.[3] Embora a ocorrência de tosse e febre em adultos seja um indicador da probabilidade de se tratar de uma gripe, é notável o grande nível de semelhança entre ambas as doenças na medida em que o início do síndrome gripal é em tudo sobreponível à constipação e só a evolução e a gravidade da doença os distinguem.[21] Grande parte dos vírus que causam a constipação comum podem também estar na origem de infecções assintomáticas.[22][23] A cor do muco ou secreções nasais pode variar entre o translúcido e aquoso no início da infeção e com a evolução o muco espessa e torna-se amarelado e mesmo esverdeado o que não é indicador do tipo de agente infeccioso nem de gravidade.[19][24] Muito frequente nestes pacientes é o aparecimento do herpes labial denotando a ativação de um vírus oportunista presente previamente na região afetada, embora o mecanismo de aparecimento da lesão herpética seja ainda controverso.[25]

O início de uma constipação manifesta-se normalmente através da sensação de fadiga e de frio, espirros e dores de cabeça, sintomas aos quais acresce a congestão nasal e tosse ao fim de um par de dias.[20] Os sintomas manifestam-se também com maior intensidade dois a três dias depois do início da infecção,[3] e tendem a desaparecer ao fim de sete a dez dias, embora alguns possam permanecer até três semanas.[6] Em crianças, a tosse tem uma duração superior a dez dias em cerca de 35 a 40% dos casos, chegando mesmo a permanecer por mais de 25 dias em 10% deles.[26]

Os Coronavírus são um grupo de vírus conhecido por causar a constipação. Quando visto sob um microscópio eletrónico, a sua aparência lembra uma auréola ou uma coroa.

A constipação é uma infecção viral do trato respiratório superior. O vírus normalmente associado é o rinovírus (30-80%), um tipo de picornavírus com 99 serotipos conhecidos.[27][28] Entre os outros possíveis agentes infecciosos inclui-se o coronavírus (10-15%), o vírus da gripe (5-15 %),[3] o vírus da parainfluenza humana, o vírus sincicial respiratório humano, adenovírus, enterovírus e metapneumovírus.[29] É comum haver a presença de mais do que um vírus.[30] No total, estão associados à doença mais de 200 diferentes tipos virais.[3]

O vírus da constipação é normalmente transmitido por via inalatória através das gotículas de Flügge (gotículas expelidas quando uma pessoa fala, tosse ou espirra), do contato direto com secreções nasais infectadas, ou objetos contaminados.[7][31] Não se conseguiu ainda determinar qual dessas vias tem maior preponderância.[32] O vírus pode sobreviver por longos períodos no meio ambiente e ficar alojado na pele das mãos, que são posteriormente levadas aos olhos ou nariz onde ocorre a infecção.[31] A transmissão é comum em creches e escolas devido à proximidade de muitas crianças com pouca imunidade e, frequentemente, maus hábitos higiénicos.[33] Estas infecções são posteriormente trazidas para dentro de casa, afetando outros membros da família.[33] Não há evidências de que a recirculação de ar durante voos comerciais seja um método de transmissão.[31] No entanto, o facto de haver várias pessoas sentadas próximas umas das outras por um longo período de tempo é em si só um risco de contágio.[32] As constipações causadas por rinovírus são mais infecciosas durante os três primeiros dias de sintomas, sendo muito menos infecciosas posteriorente.[34]

Condições climáticas

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A tradição popular diz que a constipação pode ser contraída pela exposição prolongada ao tempo frio, chuva ou condições de inverno[35][36] O papel do arrefecimento corporal enquanto fator de risco é controverso.[37] Alguns dos vírus que causam os resfriados são sazonais, ocorrendo mais frequentemente durante o tempo frio ou húmido.[38] Alguns acreditam que isso seja devido principalmente ao aumento do tempo passado em lugares fechados e pelo fato das pessoas estarem mais próximas,[39] especialmente crianças em idade escolar.[33] Pode também estar relacionado com alterações no sistema respiratório que resultem numa maior suscetibilidade à contração de vírus.[39] A baixa humidade pode aumentar as taxas de transmissão viral em resultado do ar seco, que permite que pequenas gotículas virais se dispersem com mais facilidade e permaneçam mais tempo em suspensão.[40]

A imunidade de grupo, gerada a partir de exposição anterior ao vírus, desempenha um papel importante na limitação da propagação viral, como pode ser observado em populações mais jovens que têm maiores taxas de infecções respiratórias.[41] O sistema imunológico deficiente também é um fator de risco para a doença.[41][42] A privação de sono e a malnutrição têm sido associadas a um maior risco de desenvolver a infecção após a exposição ao rinovírus, o que se acredita ser devido aos seus efeitos sobre o sistema imunológico.[43][44]

Fisiopatologia

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A constipação é uma doença do trato respiratório superior.

Acredita-se que os sintomas da constipação estejam relacionados sobretudo com a resposta imunológica aos vírus.[12] O mecanismo de resposta varia consoante o vírus. Por exemplo, o rinovírus adquire-se geralmente por contacto directo, ligando-se aos receptores ICAM-1 através de mecanismos ainda desconhecidos, o que por sua vez desencadeia a libertação de mediadores inflamatórios.[12] São estes mediadores que estão na origem dos sintomas.[12] O processo inflamatório induzido pelo vírus na mucosa nasal e faríngea leva a uma vasodilatação e compromete o funcionamento do aparelho muco-ciliar originando a rinorreia.[19] Normalmente não se registam danos no tecido epitelial nasal.[3] Por outro lado, o vírus sincicial respiratório (VSR) é transmitido quer através de contacto directo, quer por via aérea. Durante o processo, replica-se no nariz e na garganta antes de, frequentemente, contaminar também o trato respiratório inferior.[45] Ao contrário dos rinovírus, o VSR provoca danos no tecido epitelial.[45] Os vírus parainfluenza provocam normalmente a inflamação da cavidade nasal, da garganta e dos brônquios.[46] Em crianças, quando afecta a traqueia pode estar na origem de sintomas semelhantes aos da laringotraqueobronquite devido à reduzida dimensão das vias respiratórias.[46]

A distinção entre diferentes infecções do trato respiratório superior virais é vagamente baseada na localização dos sintomas. A constipação afeta principalmente o nariz, enquanto a faringite afeta a garganta e a bronquite os pulmões.[7] Pode haver, contudo, uma sobreposição significativa e podem ser afetadas múltiplas áreas.[7] A constipação é normalmente definida como inflamação nasal com diferentes graus de inflamação da garganta.[47] O auto-diagnóstico é frequente.[3] O isolamento do verdadeiro agente viral envolvido raramente é feito[47] e geralmente não é possível identificar o tipo de vírus pelos sintomas.[3]

As acções físicas são consideradas as únicas formas eficazes de prevenção.[14] Entre estas medidas estão a lavagem frequente das mãos e o uso de máscaras faciais. Em ambiente hospitalar são igualmente eficazes o uso de batas e luvas descartáveis.[14] As medidas de prevenção como a quarentena são ineficazes devido à propagação da doença e ao facto dos sintomas serem pouco específicos. A vacinação é inútil, devido ao grande número de vírus envolvidos e à sua mutação constante,[14] sendo também altamente improvável que alguma vez vá ser desenvolvida uma vacina múltipla.[48]

A lavagem frequente das mãos aparenta ser eficaz na redução do contágio dos vírus da constipação, sobretudo entre crianças.[49] Desconhece-se ainda se o uso de produtos antivirais ou antibióticos durante a lavagem das mãos oferece algum benefício adicional.[49] O uso de máscaras entre grupos de infectados pode oferecer alguma protecção; no entanto não há ainda dados que demonstrem a eficácia de manter uma maior distância interpessoal.[49] Os suplementos de zinco podem ser eficazes na diminuição do número de infecções.[50] A ingestão de doses suplementares de vitamina C não reduz nem o risco nem a gravidade das constipações, podendo, no entanto, reduzir a sua duração.[51]

Cartaz de incentivo à população para consultar um médico no tratamento da constipação

Não existem fármacos ou medicamentos à base de plantas que tenham mostrado de forma conclusiva ser eficazes na redução da duração da infecção.[52] As medidas de alívio sugeridas determinam a permanência em repouso, a ingestão de líquidos para manter o nível de hidratação, e o gargarejo com água salgada tépida.[29] No entanto, grande parte dos benefícios do tratamento são atribuídos ao efeito placebo.[53]

Entre os tratamentos que aliviam os sintomas contam-se os simples analgésico e antipiréticos como o ibuprofeno[54] e o paracetamol.[55] Não há conclusões que afirmem que o uso de antitússicos seja mais eficaz do que simples analgésicos,[56] além de não ser recomendado o seu uso por crianças devido à falta de evidências que demonstrem a sua eficácia, e ao seu potencial para efeitos nocivos secundários.[57][58] Em 2009, o Canadá proibiu a venda de antitússicos e medicação para as constipações destinados a crianças com idades inferiores a seis anos, devido à preocupação com os riscos e falta de demonstração de eventuais benefícios.[57] O uso incorrecto de dextrometorfano, outro fármaco de venda livre, levou à sua proibição numa série de países.[59]

Em adultos, os sintomas de congestão nasal podem ser aliviados com anti-histamínicos de primeira geração que, no entanto, estão associados a uma série de efeitos secundários como sonolência.[10] Outros descongestionantes nasais, como a pseudoefedrina, demonstram também ser eficazes em adultos.[60] Sprays nasais à base de ipratrópio reduzem os sintomas de congestão nasal, mas são pouco eficazes na desobstrução das vias respiratórias.[61] No entanto, os anti-histamínicos de segunda geração não parecem ter qualquer eficácia.[62]

Devido à falta de estudos, desconhece-se ainda se a ingestão de líquidos tem qualquer acção no alívio dos sintomas ou se diminui a dificuldade respiratória,[63] assim como não há ainda dados que permitam tirar conclusões sobre o uso de ar humidificado aquecido.[64] Um estudo concluiu que as soluções para inalação por nebulização são eficazes no alívio da tosse nocturna, congestão e dificuldade em adormecer.[65]

Antibióticos e antivirais

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Os antibióticos não têm qualquer eficácia contra infecções virais, não exercendo assim qualquer acção contra os vírus que estão na origem da constipação.[66] Devido à incidência de efeitos secundários podem até prejudicar o paciente, mas mesmo assim são frequentemente receitados.[66][67] Entre as razões que podem explicar a vulgaridade da prescrição de antibióticos podem ser apontadas a expectativa que o paciente tem sobre essa prescrição, a vontade do médico de fazer qualquer coisa e a dificuldade em excluir eventuais complicações que podem ser tratadas com antibióticos.[68] Não existe também qualquer medicamento antiviral para a constipação, embora investigações preliminares tenham demonstrado alguns benefícios desta classe de fármacos.[10][69]

Tratamentos alternativos

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Embora existam imensos tratamentos ditos alternativos para a cura da constipação, não há provas científicas que demonstrem a eficácia de maior parte deles.[10] Não há ainda conclusões favoráveis ou contrárias à ingestão de mel ou à prática de instilação nasal de soro fisiológico porém as inalações de vapor de água são muito úteis.[70][71] Algumas investigações sugerem que o zinco, se ingerido no prazo de 24 horas depois do aparecimento de sintomas, reduz a duração e severidade da constipação em indivíduos saudáveis.[50] Devido a disparidades entre vários estudos, continua a ser necessária uma investigação mais aprofundada de modo a determinar como e quando é que o zinco pode ser eficaz.[72] A acção da vitamina C na constipação, embora amplamente estudado, é desapontante, excepto em circunstâncias muito particulares, nomeadamente em indivíduos que pratiquem exercício vigoroso em ambientes frios.[51][73] Os dados sobre a eficácia da Echinacea não são coerentes,[74][75] havendo variações significativas de eficácia consoante o tipo de suplementos.[74] Desconhece-se se o alho apresenta qualquer eficácia.[76]

A constipação é normalmente uma doença com pouca gravidade e a maior parte dos sintomas desaparece ao fim de uma semana.[7] As complicações mais graves ocorrem normalmente em idosos, em crianças bastante novas ou em indivíduos com imunodeficiência.[17] Pode haver ocorrência de infecções bacterianas secundárias que resultem em sinusite, faringite ou otite.[77] Estima-se que ocorram sinusites em 8% dos casos e otites em 30% dos casos.[78]

Epidemiologia

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A constipação é a doença mais comum entre seres humanos,[17] podendo afetar qualquer pessoa em qualquer parte do mundo.[33] Os adultos sofrem normalmente duas a cinco infecções por ano[7][3] e as crianças podem chegar a ter entre seis a dez constipações anualmente, ou mesmo doze se estiverem em idade escolar.[10] A percentagem de infecções é igualmente maior nos mais idosos devido ao enfraquecimento do sistema imunitário.[41]

Embora as causas da constipação só tenham sido identificadas na década de 1950, há registos da doença desde a Antiguidade.[79] Os sintomas e formas de tratamento são já descritos no Papiro de Ebers, o mais antigo texto clínico que se conhece, escrito durante o século XVI a.C.[80]

Em 1946, foi criada na Grã-Bretanha a Common Cold Research Unit, uma unidade especializada na investigação das causas da constipação, onde se viria a descobrir em 1956 o rinovírus.[81] Durante a década de 1970, o laboratório veio a demonstrar que o tratamento à base de interferona durante a fase de incubação do rinovírus protegia, em parte, o corpo contra a doença,[82] embora não se chegasse a desenvolver qualquer tratamento prático da doença. O centro foi encerrado em 1989, dois anos depois de ter completado a investigação com gluconato de zinco na profilaxia e tratamento das constipações rinovirais, naquele que foi o único tratamento descoberto durante a sua existência.[83]

Impacto económico

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O impacto económico da constipação ainda está por estudar a nível mundial.[78] Nos Estados Unidos, tanto o diagnóstico como o auto-diagnóstico de constipação estão na origem de 75 a 100 milhões de consultas médicas por ano, e as estimativas mais conservadoras apontam para um custo anual de 7,7 mil milhões de dólares. A população norte-americana gasta 2,9 mil milhões de dólares em medicamentos de venda livre, aos quais acrescem mais 400 milhões em medicamentos sujeitos a receita médica para alívio dos sintomas.[84] Foi prescrito o uso de antibióticos a mais de um terço das pessoas que consultaram um médico, o que tem graves implicações para a resistência antibiótica.[84] Estima-se que anualmente sejam perdidos entre 22 e 189 milhões de dias de aulas devido à constipação, e que como consequência, os pais tenham perdido 126 milhões de dias de trabalho de modo a poder ficar em casa para cuidar dos filhos. Quando a isso se juntam os 150 milhões de dias de trabalho perdidos por parte dos trabalhadores que são vítimas da doença anualmente, o impacto económico total excede os 20 mil milhões de dólares anuais.[29][84] Só a constipação é responsável por 40% do tempo de trabalho perdido nos Estados Unidos.[85]

Investigação

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Tem sido ensaiada a eficácia de uma série de antivirais na constipação. No entanto, até 2009 não foi encontrado nenhum que fosse eficaz e licenciado para administração.[69]Estão ainda a decorrer ensaios com o fármaco antiviral pleconaril, que aparenta alguma eficácia contra os rinovírus humanos, família picornaviridae. Porém os seus efeitos colaterais fizeram com que a FDA recusasse o seu registo em agosto de 2002[86][87][88] pois provoca irregularidades menstruais e gravidez em mulheres sob anticoncepcionais. Está a ser estudado na forma de aerossol desde 2007.[88] O estudo dos vírus tem avançado rapidamente e num futuro próximo muito será descoberto. Um grupo de investigadores da Universidade de Maryland e da Universidade do Wisconsin-Madison elaborou um mapa genético para todas as estirpes virais conhecidas que estão na origem da constipação.[89]

Um recente estudo da Universidade Edinburgh Napier, na Escócia, demostrou que um tratamento com base em peptídeos antimicrobianos (bio moléculas presentes naturalmente no sistema imunológico de seres humanos e animais). No estudo, os peptídeos atacaram o vírus (rinovírus) com sucesso. No entanto, são necessários mais estudos e com melhores índices qualitativos.[90]

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Referências bibliográficas

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