Copa Davis
![]() | As referências deste artigo necessitam de formatação. (Setembro de 2016) |
Davis Cup | |
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Copa Davis Taça Davis | |
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Detalhes | |
Local | fase qualificatória e divisões inferiores: vários sede do Finals: ![]() |
Organização | Federação Internacional de Tênis (ITF) |
Categoria | Competição de longa duração entre países |
Piso | vários |
Premiação | US$ 15.300.000 |
Participantes | Equipes de cada país com até cinco jogadores convocados, sendo: 18 equipes (Finais) 24 Equipes (Qualificatório) Número variável de equipes em Grupos Mundiais e Zonais |
Página oficial | daviscup.com |
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Atualizado em: 3 de dezembro de 2022 |

A Copa Davis (português brasileiro) ou Taça Davis (português europeu) é um evento internacional de tênis masculino. A maior competição por equipes no esporte, a Copa Davis é dirigida pela Federação Internacional de Tênis - ITF e é jogada entre times de diversos países, no sistema de eliminação direta (ou mata-mata). Em 2005 134 nações equipes inscritas na competição. O recordista de participações em jogos da Copa Davis é o italiano Nicola Pietrangeli. Ele disputou 163 partidas (109 simples e 54 duplas), entre 1954 e 1972. Venceu 120 no total.
O equivalente para mulheres da Copa Davis é a Fed Cup.
História[editar | editar código-fonte]
A Copa ou Taça Davis teve sua 1ª edição no ano de 1900 e surgiu a partir de um desafio de quatro alunos da Universidade de Harvard, que tiveram a ideia de desafiar os britânicos, que na época eram os campeões do mundo no tênis, para uma partida no Longwood Cricket de Boston. O jogo seria marcado para o ano seguinte. A equipe dos Estados Unidos era formada por Dwight Davis (que daria nome ao torneio), Malcolm Whitman e Holcombe Ward e a equipe britânica era formada por Herbert Barret, Ernest Black e Arthur Gore. No final, a equipe estadunidense acabou sendo campeã[1].
As primeiras edições foram disputadas apenas por estadunidenses e britânicos, até que em 1904, belgas e franceses entraram na disputa. A partir daí, o número de participantes passou a aumentar, até que em 1923, a organização teve que dividir as equipes em duas zonas: americana e europeia, apesar que nem sempre a área geográfica seria respeitada [2].
Como em outras competições, a Davis deixou de ser disputada durante a 1ª Guerra Mundial (1915-1918) e 2ª Guerra Mundial (1940-1945). Além desses anos, a Davis deixou de ser disputada apenas em outras duas ocasiões, em 1901 e 1910.
Com o número de participantes aumentando a cada ano, em 1960 a direção da Davis foi obrigada a criar uma terceira Zona, já que naquela época, 39 países disputavam a competição.
A década de 1970, com o surgimento do Gran Prix, fez com que a Davis tivesse um encurtamento nas datas, o que foi feito após um dos torneios ter 16 meses, invadindo a temporada seguinte. Após muitas críticas, a Davis passou por uma grande reformulação na década de 1980, sendo criado um grupo de elite, o chamado Grupo Mundial, onde as 16 melhores equipes disputariam o título, e as demais equipes teriam que disputar as zonas regionais para chegar neste grupo.
Até 1973, a Davis foi dominada por 4 equipes, Estados Unidos, Reino Unido, Austrália (até 1913 Australásia) e França. Em 1974, a África do Sul venceu ao chegar a final contra a Índia, a qual se recusou a viajar para a África do Sul em protesto as políticas de apharteid, sendo desclassificada.
Hoje, a Copa Davis obedece uma fórmula alcançada em 1989 [3]. Para não prejudicar o calendário da Associação de Tenistas Profissionais (ATP), a competição acontece em quatro semanas por ano, e em 2010 tinha mais de 130 equipes participantes [4].
Embora a maioria dos países vencedores sejam europeus, a maioria dos títulos foram conquistados por países não-europeus (Argentina,África do Sul,Austrália e EUA).
2019: reformulação[editar | editar código-fonte]
Em 2018, a ITF votou para mudar o formato da competição a partir de 2019: dezoito equipes se reuniriam no final da temporada para a fase final de uma semana em sede fixa e pré-definida. 71% das federações votaram a favor da alteração.
O formato, apoiado pelo futebolista Gerard Piqué e pelo empresário japonês Hiroshi Mikitani, foi comparado a uma Copa do Mundo de tênis e foi projetado para ser mais atraente a patrocinadores e a emissoras de televisão.
Austrália, Alemanha e Grã-Bretanha foram as federações que se opuseram a isso. Houve apoio de ex-jogadores, mas também de atletas em atividade, como Novak Djokovic e Rafael Nadal, enquanto que nomes como Rod Laver, Lucas Pouille e Roger Federer se posicionaram contra.[5][6][7][8]
Davis Cup Commitment Award[editar | editar código-fonte]
O Davis Cup Commitment Award é uma condecoração concedida pela Federação Internacional de Tênis (ITF) a todos os jogadores que disputaram pelo menos 20 confrontos na Copa Davis.[9]
O Brasil na Davis[editar | editar código-fonte]

O Brasil não tem muita tradição na Davis. Fez sua estreia em 1935, com Ricardo Pernambuco, Ivo Simons, Nélson Cruz, Inácio Nogueira, Humberto Costa e Roberto Whately, desclassificados na primeira rodada pelos Estados Unidos. Até 1966, os brasileiros não conseguiram nenhuma vitória expressiva. A partir desse ano, o Brasil passa ser mais respeitado internacionalmente. Thomaz Koch e Edison Mandarino levam o Brasil às semifinais contra a Índia, mas foi derrotado em Calcutá. O mesmo acontece em 1971, quando o Brasil deixou de disputar a final contra os Estados Unidos ao perder para a Romênia. Individualmente Thomaz Koch é o brasileiro que mais se destacou, sendo o sétimo jogador em número de vitórias em toda a história da competição. O Brasil voltou às semifinais em 1992, liderado por Luiz Mattar e Jaime Oncins, após vencer sete confrontos seguidos, sua mais expressiva série de vitórias, incluindo a Alemanha de Boris Becker e a Itália - no Rio de Janeiro e em Maceió. Foi derrotado pela Suíça em Genebra.
Depois disso o Brasil não forma grandes equipes, só voltando ter bons resultados nos anos 90 com Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni como os principais jogadores, e volta a ter bons rendimentos, como a semifinal que perdeu para a Austrália em 2000. Nos últimos anos, tem disputado a repescagem para o retorno ao Grupo Mundial, sem lograr êxito até o ano de 2012 em que a seleção brasileira venceu a Rússia e voltou ao Grupo Mundial depois de 10 anos afastada. Em 2014, o Brasil impôs derrota histórica à Espanha em São Paulo e garantiu o retorno ao Grupo Mundial de 2015.
Formato[editar | editar código-fonte]

Depois de alterar os níveis superiores no ano anterior, a ITF resolveu reformar a configuração dos inferiores em 2020. Os zonais regionais passaram de quatro a duas divisões, e se encontram na base da estrutura. Logo acima, divididos em duas datas, dois grupos mundiais, com play-offs e confrontos de acesso.[10]
Data 1 | Data 2 | Data 3 | |||||
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Finais
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Qualificatório
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———12 vencedoras———↗ | ||||||
\———12 derrotadas———→ /———12 vencedoras———→ |
Grupo Mundial I
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Grupo Mundial I: play-offs
|
|||||||
\———12 derrotadas———→ /———12 vencedoras———→ |
Grupo Mundial II
|
||||||
Grupo Mundial II: play-offs
|
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\———12 derrotadas———↘ |
Grupo III
| |||||||||
África | Américas | Ásia/Oceania | Europa |
Grupo IV
| ||||||||
África | Ásia/Oceania | Europa |
Vencedores da Copa Davis[editar | editar código-fonte]

Ranking[editar | editar código-fonte]
Em 28 de novembro de 2022.[11]
Pos. | País | Pontos | Confrontos | Variação |
---|---|---|---|---|
1º | ![]() |
968,38 | 17 | ![]() |
2º | ![]() |
693,25 | 15 | ![]() |
3º | ![]() |
628,00 | 12 | ![]() |
4º | ![]() |
565,75 | 17 | ![]() |
5º | ![]() |
490,34 | 13 | ![]() |
6º | ![]() |
485,09 | 16 | ![]() |
7º | ![]() |
473,00 | 15 | ![]() |
8º | ![]() |
430,25 | 16 | ![]() |
9º | ![]() |
398,00 | 12 | ![]() |
10º | ![]() |
388,25 | 13 | ![]() |
11º | ![]() |
378,13 | 13 | ![]() |
12º | ![]() |
365,00 | 11 | ![]() |
13º | ![]() |
360,81 | 13 | ![]() |
14º | ![]() |
356,13 | 12 | ![]() |
15º | ![]() |
348,75 | 12 | ![]() |
16º | ![]() |
337,75 | 12 | ![]() |
17º | ![]() |
332,75 | 9 | ![]() |
18º | ![]() |
324,76 | 10 | ![]() |
19ª | ![]() |
324,75 | 11 | ![]() |
20ª | ![]() |
310,00 | 9 | ![]() |
25º | ![]() |
266,25 | 8 | ![]() |
33º | ![]() |
248,75 | 9 | ![]() |
Recordes[editar | editar código-fonte]
- O recordista de participações em jogos da Copa Davis é o italiano Nicola Pietrangeli. Ele disputou 163 partidas (109 simples e 54 duplas), entre 1954 e 1972. Venceu 120 no total.
- A partida que mais tempo durou em toda a competição foi o duelo de duplas entre Stanislas Wawrinka/Marco Chiudinelli, da Suíça, e Tomas Berdych/Lukas Rosol, da República Tcheca, em 2013, que se arrastou por 7h02, com vitória dos tchecos por 6/4, 5/7, 6/4, 6/7 e 24/22.[12]
- A partida entre Leonardo Mayer 3 x 2 João Souza (Feijão), válida pela Copa Davis de 2015, é o jogo de simples mais longo da história do torneio, com duração de 6h42[12].
Ver também[editar | editar código-fonte]
Notas
- ↑ Suspensa.
Referências
- ↑ «A Serve is Born» (em inglês)
- ↑ «The Top Trophy» (em inglês)
- ↑ «How the Davis Cup Works» (em inglês)
- ↑ «Diagrama da estrutura da Copa Davis»
- ↑ «Mudanças são aprovadas e Copa Davis terá novo formato a partir de 2019». folha.com.br. 16 de agosto de 2018
- ↑ «udo sobre a Nova Davis: o que muda, como a ITF aprovou as mudanças e quem vai pagar a conta». uol.com.br. 16 de agosto de 2018
- ↑ «Tennis greats tear into Davis Cup overhaul» (em inglês). news.com.au. 17 de agosto de 2018
- ↑ «Davis Cup should not become the Pique Cup, warns Roger Federer» (em inglês). telegraph.co.uk. 29 de agosto de 2018
- ↑ cbtenis.com.br/ Guga, Kirmayr, Mattar e Motta são premiados na Davis
- ↑ «ITF introduces global format for Davis Cup» (em inglês). daviscup.com. Cópia arquivada em 11 de março de 2020
- ↑ «Nations Ranking» (em inglês). daviscup.com. Cópia arquivada em 3 de dezembro de 2022
- ↑ a b sportv.globo.com/ Feijão perde jogaço de quase 7h, e Bellucci faz "final" contra Argentina
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- «Copa/Taça Davis». Página oficial (em inglês)
- «Site brasileiro da Copa Davis»