Crise diplomática entre Estados Unidos e Paquistão

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Crise diplomática entre os Estados Unidos e o Paquistão
Guerra ao Terror
Data 10 de Junho de 2008 – 4 de Julho de 2012
Local Fronteira Afeganistão-Paquistão, Paquistão Ocidental
Casus belli
  • Violações de espaços aéreos e terrestres.
  • Assassinatos de civis e militares.
  • Ataques a jurisdição soberana paquistanesa.
Desfecho Nenhum resultado geral conclusivo
Beligerantes
 Estados Unidos Paquistão
Comandantes
Barack Obama
Hillary Clinton
Leon Panetta
Gen. David Petraeus
Gen. John Allen
Adm. Mike Mullen
Gen. Tommy Franks
Gen. Stanley McCrystal
Yousaf Raza Gillani
Asif Ali Zardari
Hina Rabbani Khar
Gen. Ashfaq Pervez Kiani
Gen. Shamim Wynne
Adm. Nouman Bashir
ACM. Rao Suleman
Gen. Masood Aslam

Crise diplomática entre Estados Unidos e Paquistão referem-se a deterioração das relações entre os dois países e a OTAN devido aos incidentes militares, escaramuças de fronteira e confrontos entre o Paquistão e os Estados Unidos, que ocorreram ao longo da fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão desde o final de 2008 até o final de 2012. Isso afetaria gravemente as relações entre ambos os países, uma vez que o Paquistão comprometeu-se a ajudar os Estados Unidos em sua luta contra o terrorismo na chamada Guerra ao Terror. Estes incidentes envolveram as Forças Armadas dos Estados Unidos e as forças da Força Internacional de Assistência para Segurança (ISAF), que estavam presentes no Afeganistão combatendo os insurgentes do Talibã e da al-Qaeda, e contra as Forças Armadas do Paquistão em uma série de escaramuças que cessariam pouco depois do ataque da OTAN em 2011 no Paquistão.

A crise agravaria depois que um comando estadunidense invadiu o espaço aéreo paquistanês e matou o então líder da al-Qaeda, Osama bin Laden, na cidade de Abbottabad, no norte do Paquistão em 2 de maio de 2011,[1] e se intensificaria ainda mais quando um comando de helicópteros da OTAN atacou as forças paquistanesas na cidade de Salala em 26 de novembro de 2011, matando 26 soldados e deixando um saldo de 14 feridos.[2] [3] Os dois lados em última análise, fariam as pazes e continuariam colaborando em operações contra grupos insurgentes no Paquistão após um oficial — ainda que breve — pedido de desculpas pela então secretária de Estado dos Estados Unidos Hillary Clinton em 3 de julho de 2012 sobre a perda de vidas sofrida pelo exército paquistanês.[4]

Contexto[editar | editar código-fonte]

Desde o início da Guerra ao Terror em 2001 e da subsequente invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos para derrubar o regime Talibã e destruir a al-Qaeda, os Estados Unidos lançam vários ataques aéreos em todo o noroeste do Paquistão visando atingir militantes relacionados à Guerra no Afeganistão, que fugiram do país e procuraram abrigo temporário na fronteira com as áreas tribais paquistanesas. Estes ataques têm sido criticados pelo Paquistão, como uma violação da soberania nacional, e resultariam em tensas relações diplomáticas entre os dois países. Também tem causado um alvoroço entre a população civil e os políticos paquistaneses e alimentado sentimentos antiamericanos. Desde junho de 2004,[5] as forças armadas dos Estados Unidos lançam dezenas de ataques com veículos aéreos não tripulados contra alvos presumidos dos talibãs, matando centenas[5] de militantes e civis.[6] Estes ataques com drones têm sido objeto de fortes críticas do Paquistão, que afirma que esta não é a melhor maneira de combater o terrorismo e que isso terá o resultado inevitável de unir os lideres tribais ao longo da fronteira com os talibãs e contra os Estados Unidos. O Paquistão havia anteriormente coordenado ataques com mísseis com os estadunidenses, mas os Estados Unidos, desde então, realiza ataques sem informar as autoridades paquistanesas.[7] Os soldados paquistaneses receberiam, então, ordens para neutralizá-los.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências