Cuco-canoro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaCuco-canoro


Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Cuculiformes
Família: Cuculidae
Género: Cuculus
Espécie: C. canorus
Nome binomial
Cuculus canorus
Linnaeus, 1758
Distribuição geográfica
Ficheiro:Distribution of Cuculus canorus.PNG, CuculusCanorusIUCNver2019 3.png
Cuculus canorus bangsi em um ninho de Phoenicurus moussieri - MHNT
Cuculus canorus canorus em um ninho de Acrocephalus arundinaceus - MHNT

O cuco-canoro (Cuculus canorus)[2] é uma ave pertencente à ordem Cuculiformes e à família Cuculidae. O nome "cuco" é onomatopaico e deriva do facto de o canto do macho ser composto por uma sequência de duas notas, que soam como "cu-cu". Em Portugal o canto do cuco faz-se ouvir sobretudo de finais de Março a meados de Junho.

É uma espécie parasita, o que significa que, em vez de construir um ninho, deposita os seus ovos nos ninhos de outras aves, nomeadamente de pequenos insectívoros, como a ferreirinha-comum, o pisco-de-peito-ruivo e o rouxinol-pequeno-dos-caniços, entre outras espécies. As aves em cujos ninhos os ovos são colocados recebem o nome de hospedeiros e ficam com a tarefa de cuidar do jovem cuco até este ser independente.[3]

No fim da primavera, a fêmea do cuco procura lares adoptivos para os seus ovos. Quando encontra um hospedeiro apropriado — aves cujos ovos se assemelham ao dos cucos — ela espera até que o ninho deixe de estar vigiado, retira um dos ovos do hospedeiro e substitui-o pelo seu.

Os filhotes do cuco também já apresentam um estratagema de sobrevivência traiçoeiro, aparentemente gravado geneticamente, pois, segundo David Attenborough, logo ao saírem dos ovos, empurram para fora do ninho os recém-nascidos autênticos de uma ninhada, tomando-lhes o lugar.[carece de fontes?]

O cuco é migrador: reproduz-se na Europa e inverna em África.

Em 2018, um cuco-canoro foi registrado na ilha de Fernando de Noronha, no Brasil.[4]

Subespécies[editar | editar código-fonte]

São reconhecidas quatro subespécies:[5]

  • Cuculus canorus bangsi (Oberholser, 1919) - Península Ibérica, Ilhas Baleares e noroeste da África. Inverna na África.
  • Cuculus canorus canorus (Linnaeus, 1758) - Europa, Sibéria até Kamchatka e Japão. Inverna no sul da África.
  • Cuculus canorus subtelephonus (Sarudny, 1914) - Turquestão até sul da Mongólia. Inverna no sul da Ásia e na África
  • Cuculus canorus bakeri (Hartert, E, 1912) - oeste da China até o norte da Índia, Nepal, Myanmar, noroeste da Tailândia e sul da China.

Referências

  1. BirdLife International (2019) [amended version of 2016 assessment]. «Cuculus canorus». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2019: e.T22683873A155496731. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22683873A155496731.enAcessível livremente. Consultado em 12 de março de 2021 
  2. «Cuco-canoro». Consultado em 20 de agosto de 2011 
  3. Davies, N. B.; de L. Brooke, M. (1989). «An experimental study of co-evolution between the Cuckoo, Cuculus canorus, and its hosts. II. Host egg markings, chick discrimination and general discussion». Journal of Animal Ecology. 58 (1): 225–236. JSTOR 4996 
  4. Whittaker, Andrew; da Silva, João Paulo Ferreira; Lucio, Breno; Kirwan, Guy M. (20 de setembro de 2019). «Old World vagrants on Fernando de Noronha, including two additions to the Brazilian avifauna, and predictions for potential future Palearctic vagrants». Bulletin of the British Ornithologists’ Club (3). 189 páginas. ISSN 0007-1595. doi:10.25226/bboc.v139i3.2019.a2. Consultado em 18 de setembro de 2021 
  5. Clements, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan & C. L. Wood (2017). «The eBird/Clements checklist of birds of the world: v2017». The Cornell Lab of Ornithology (Planilha Excel) (em inglês). Disponível para download 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Cuco-canoro