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Teresa de Leão

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Teresa de Leão
Condessa e autoproclamada Rainha de Portucale
D. Teresa de Leão, numa representação idealizada de Alfredo Roque Gameiro (1899-1905).
Reinado109624 de junho de 1128
(10961112 como Condessa, com Henrique de Borgonha)
(11121128 como única governante soberana)
Coroação18 de junho de 1116
(Reconhecida como Rainha pela Bula Fratrum Nostrum do Papa Pascoal II)[1]
Sucessor(a)Afonso Henriques
(como Conde de Portucale, depois Rei de Portugal)
Dados pessoais
Nascimentoc. 1080
Local disputado; fontes coevas são omissas.
Teorias apontam para:
Póvoa de Lanhoso, Portucale
ou
Mosteiro de Montederramo, Galiza[2]
Morte11 de novembro de 1130
Mosteiro de Montederramo, Galiza[3]
Sepultado emSé de Braga, Portugal
Nome completo
Teresa Afonso de Leão
CônjugeHenrique de Borgonha
Descendência
Com Henrique de Borgonha:
Urraca Henriques
Sancha Henriques
Teresa Henriques
Afonso Henriques
Com Fernão Peres de Trava:
Teresa Fernandes de Trava
Sancha Fernandes de Trava
CasaBorgonha (por casamento)
Jiménez (por nascimento)
PaiAfonso VI de Leão e Castela
MãeXimena Moniz
ReligiãoCatólica Romana

Teresa de Leão (em galego-português: Tareyia,[4] Tarasia ou Tareja; c. 1080Mosteiro de Montederramo, 11 de novembro de 1130) foi a segunda e última governante do Condado Portucalense da Casa de Borgonha e a primeira pessoa a governar o território com soberania plena e a usar o título de "Rainha". Filha do imperador Afonso VI de Leão e Castela, o seu governo de dezasseis anos (1112-1128), após a morte do seu marido, o conde Henrique de Borgonha, representa uma etapa fundamental e de crescente autonomização na génese de Portugal.

Figura de excecional estatura política, Teresa implementou um projeto de poder que visava a consolidação de um vasto domínio no ocidente peninsular, rivalizando diretamente com a sua meia-irmã, Urraca, Rainha de Leão e Castela. A sua governação foi caracterizada por uma intensa atividade diplomática, que lhe garantiu o reconhecimento do seu título régio pelo Papado,[1] e por uma constante prontidão militar, defendendo as fronteiras contra os Almorávidas e afirmando a sua autoridade no complexo xadrez político dos reinos cristãos. A sua aliança estratégica com a alta nobreza galega, selada na sua união com o poderoso conde Fernão Peres de Trava, foi o pilar do seu projeto, mas também a causa da sua queda. Esta aliança alienou a nobreza portucalense, que, sentindo-se marginalizada e ameaçada na sua proeminência, uniu-se em torno do jovem infante Afonso Henriques. O confronto final, na Batalha de São Mamede, ditou o fim do governo de Teresa e a vitória do projeto político que levaria, poucos anos depois, à fundação do Reino de Portugal.

O seu legado é paradoxal: o seu projeto pessoal de um reino galaico-português foi derrotado, mas os dezasseis anos em que governou Portucale como um reino de facto, com uma chancelaria, uma política externa e um exército próprios, foram o passo indispensável que tornou a independência de Portugal não só possível, mas talvez inevitável.

Contexto Histórico: O Ocidente Ibérico na Viragem do Século XII

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Teresa de Leão nasceu e governou num dos períodos mais dinâmicos e violentos da história ibérica. O seu pai, Afonso VI, "Imperador de toda a Hispânia", personificava o apogeu do poder leonês. O seu reinado foi definido pela Reconquista, um processo secular de expansão dos reinos cristãos do norte sobre os territórios muçulmanos de Al-Andalus. O sistema de taifas, reinos muçulmanos fragmentados e rivais, permitiu a Afonso VI impor a sua hegemonia através das parias, pesados tributos em ouro que enchiam os seus cofres e financiavam o seu poderio militar.[5] A conquista da antiga capital visigótica de Toledo em 1085 foi o clímax desta política, uma vitória de imenso valor estratégico e simbólico.

A queda de Toledo, no entanto, provocou uma reação islâmica unificada e devastadora. Os emires das taifas, em desespero, solicitaram a intervenção dos Almorávidas, um império berbere rigorista que havia unificado o Magrebe. A chegada do seu líder, Yusuf ibn Tashfin, e a subsequente e esmagadora derrota do exército de Afonso VI na Batalha de Zalaca (1086), reverteram subitamente a balança de poder. A iniciativa regressou ao lado muçulmano, e os reinos cristãos foram forçados a uma guerra defensiva total.[6]

Neste novo e perigoso cenário, Afonso VI intensificou a sua abertura à Europa. As reformas cluníacas já haviam criado fortes laços religiosos e culturais, e agora o imperador promovia ativamente a vinda de nobres e cavaleiros, especialmente da Borgonha, para combaterem na Península em troca de prestígio, riqueza e alianças matrimoniais. Foi esta política que atraiu Henrique de Borgonha e o seu primo Raimundo de Borgonha. A entrega do Condado da Galiza a Raimundo (casado com a herdeira Urraca) e, posteriormente, a separação da sua parte mais a sul, o Condado Portucalense, para Henrique e Teresa, foi uma decisão geopolítica calculada. O objetivo era criar um senhorio militar forte na fronteira sudoeste, capaz de absorver os ataques almorávidas e, ao mesmo tempo, de conter a poderosa e frequentemente rebelde nobreza galega.[7]

Origens e Condado Portucalense (1096-1112)

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Teresa era filha de Afonso VI e de Ximena Moniz, uma figura proeminente da aristocracia leonesa, filha do conde Munio Moniz de Bierzo.[8] Embora crónicas posteriores a tenham classificado como concubina, o que tornaria Teresa ilegítima, a sua posição na corte e a natureza do seu dote sugerem um estatuto mais elevado. A possibilidade de um casamento secreto ou de uma união de direito consuetudinário, mais tarde dissolvida, foi levantada por diversos historiadores.[9] Independentemente da formalidade canónica, o reconhecimento público por parte do imperador era inquestionável.

Por volta de 1094, Teresa casou com Henrique de Borgonha. O casal recebeu o Condado Portucalense, um território que, a partir de 1096, governariam com autonomia crescente, reportando diretamente a Afonso VI. Juntos, levaram a cabo uma política de expansão territorial e de fortalecimento do poder condal. Repovoaram e fortificaram Coimbra, estabelecendo a fronteira sul na linha do Mondego e, esporadicamente, realizando incursões até ao Tejo. Concederam forais, fizeram doações a mosteiros e consolidaram a sua autoridade sobre a nobreza local.[10]

O Governo Soberano de Teresa (1112–1128)

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Miniatura do século XIII do Tumbo de Toxosoutos. A interpretação tradicional identifica as figuras como Teresa de Leão (centro), a sua filha Urraca Henriques (direita) e Bermudo Peres de Trava (esquerda). A proximidade entre Teresa e o nobre galego é notória na representação.

A morte do Conde Henrique em 1112, em Astorga, não relegou Teresa para o papel de regente de um filho menor. Pelo contrário, foi o momento da sua afirmação política. Como filha do Imperador Afonso VI, reclamou para si a governação por direito próprio (iure proprio).

A Chancelaria e a Afirmação da Soberania

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A mais clara evidência do projeto político de Teresa encontra-se na análise dos seus documentos oficiais, a sua diplomática. Imediatamente após a morte de Henrique, a sua chancelaria começou a desenvolver uma titulatura que a distinguia de uma mera condessa viúva. Evoluiu de "Teresa, Infanta de Leão", para a fórmula plena de soberania: Ego regina Taresia de Portugal regis Ildefonssis filia ("Eu, a rainha Teresa de Portugal, filha do rei Afonso").[11] Esta não era uma pretensão vaga; era uma declaração de que a sua autoridade emanava não do seu falecido marido, mas diretamente do seu sangue real e do território que governava.

A legitimação externa deste estatuto foi um dos seus maiores triunfos. A 18 de junho de 1116, o Papa Pascoal II, na Bula Fratrum Nostrum, dirigiu-se-lhe explicitamente como "Rainha Teresa". Este reconhecimento pela mais alta autoridade da Cristandade era um instrumento diplomático de valor incalculável, que a colocava em pé de igualdade com a sua irmã Urraca e lhe conferia uma aura de legitimidade divina.

Política Interna e Relações com a Igreja

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Internamente, Teresa consolidou o seu poder através de uma governação ativa. Continuou a política de concessão de forais, como o de Soure, atraindo povoadores e fomentando o desenvolvimento económico de centros urbanos, que se tornavam focos do seu poder.

A sua relação com a Igreja foi complexa e estratégica. Apoiou fortemente o arcebispo de Braga, Maurício Burdino, na sua luta pela primazia das sés de Espanha contra o arcebispo de Toledo. Quando Burdino se tornou o Antipapa Gregório VIII com o apoio do imperador germânico, Teresa manteve-se habilmente numa posição de neutralidade, evitando um conflito aberto com o papado legítimo. O seu sucessor em Braga, Paio Mendes, tornar-se-ia, paradoxalmente, um dos seus maiores opositores e o principal arquiteto da ascensão do seu filho.[7]

Desafios Militares e Diplomáticos: Lanhoso e a Aliança Galega

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O governo de Teresa enfrentou constantes ameaças. A sul, liderou a resistência ao grande cerco almorávida de Coimbra em 1117.[12] A norte, a rivalidade com a sua irmã Urraca culminou na invasão do Condado em 1121. Derrotada militarmente e cercada no Castelo de Lanhoso, Teresa usou a diplomacia para reverter a situação. O Tratado de Lanhoso, embora formalmente um ato de submissão, na prática neutralizou Urraca e garantiu a Teresa a posse do seu condado, numa demonstração de notável astúcia política.[13]

Após este episódio, e com a subida ao trono leonês do seu sobrinho Afonso VII, Teresa virou-se decisivamente para a Galiza. A sua união com o conde Fernão Peres de Trava, o magnata mais poderoso da região, não foi um mero romance, mas a pedra angular de um novo projeto político: a criação de uma entidade política independente no Ocidente peninsular, unindo Portucale e a Galiza sob o seu controlo. Fernão Peres passou a dominar a cúria de Teresa, assumindo tenências-chave e confirmando como principal nobre todos os documentos régios.[14]

A Oposição Portucalense e a Ascensão de Afonso Henriques

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D. Teresa na Genealogia dos Reis de Portugal (c. 1530-1534), uma obra que ilustra a transição do poder de Teresa para o seu filho, Afonso Henriques, fundador da nova dinastia.

Este "governo galego" foi a causa direta da revolta da nobreza portucalense. Linhagens como os de Sousa, Ribadouro, e sobretudo os Maias, que haviam sido a base de poder do Conde Henrique, viram-se preteridas. A entrega de importantes tenências e a influência na corte aos nobres galegos não era apenas uma afronta ao seu prestígio; era uma ameaça direta à sua base de poder e ao seu património. Conforme analisado por José Mattoso, a aristocracia portucalense desenvolveu uma forte "consciência de grupo", unindo-se na oposição a um projeto que percebia como uma submissão à alta nobreza galega.[15]

Esta fação encontrou no jovem Afonso Henriques, herdeiro legítimo do condado, o seu campeão. Sob a tutela do Arcebispo de Braga, Paio Mendes, Afonso Henriques tornou-se o catalisador da revolta. Em 1125, armou-se cavaleiro em Zamora, declarando a sua maioridade política e o seu desafio aberto à autoridade da mãe.

O Confronto Final: São Mamede e a Queda (1128)

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As ruínas do Castelo de Soure. Em março de 1128, num dos seus últimos atos de soberania, Teresa doou este castelo à Ordem dos Templários, reforçando a defesa do território que em breve perderia.

A guerra civil tornou-se inevitável. Após uma breve intervenção pacificadora de Afonso VII em 1127, que resultou no Cerco de Guimarães e num juramento de fidelidade de Afonso Henriques ao seu primo, as hostilidades recomeçaram.

A 24 de junho de 1128, as forças de Teresa e Fernão Peres de Trava confrontaram o exército de Afonso Henriques e dos barões portucalenses. A Batalha de São Mamede, travada perto de Guimarães, foi breve e decisiva. As tropas da rainha foram derrotadas. A Crónica dos Godos regista o evento com a perspetiva dos vencedores, afirmando que o infante tomou o reino que lhe era devido.[3]

Interpretações e Significado Histórico

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A Batalha de São Mamede é um marco fundamental na história de Portugal. A historiografia nacionalista do século XIX consagrou-a como "a primeira tarde portuguesa", o momento da certidão de nascimento da nação. A visão académica contemporânea é mais matizada. A batalha não foi um confronto entre "Portugal" e a "Galiza", mas sim um conflito interno entre duas fações da nobreza com projetos políticos distintos e irreconciliáveis. O triunfo da fação liderada por Afonso Henriques não criou Portugal de imediato, mas tornou a sua criação possível, ao romper definitivamente com o projeto de união galaico-portuguesa e ao colocar no poder um líder cujo único objetivo passou a ser a obtenção da soberania plena para o seu condado.

Exílio, Morte e Legado

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Túmulo de D. Teresa (esquerda) e do Conde D. Henrique (direita) na Sé de Braga. O sepultamento conjunto, por ordem do filho, foi um ato de legitimação dinástica, unindo os fundadores de Portugal na morte.

Após São Mamede, Teresa foi afastada do poder e exilou-se na Galiza com Fernão Peres de Trava, onde viveu os seus dois últimos anos. Faleceu a 11 de novembro de 1130 e foi inicialmente sepultada na Galiza.

O Legado e a Memória Historiográfica

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O legado de Teresa é complexo e paradoxal. O seu projeto político pessoal — um reino soberano que unisse Portucale e a Galiza — falhou. No entanto, o seu governo de dezasseis anos foi a etapa decisiva que solidificou a autonomia do Condado Portucalense. Ao governar como rainha, ao criar uma chancelaria própria, ao conduzir a sua própria política externa e ao defender militarmente as suas fronteiras, ela dotou o território de uma identidade e de instituições de governo distintas das de Leão. Teresa construiu a estrutura de um Estado soberano; o seu filho apenas teve de tomar posse dele e cortar o último laço formal de vassalagem.

A memória de Teresa foi, durante séculos, moldada pela perspetiva dos seus vencedores. As crónicas medievais e, mais tarde, historiadores como Herculano, tenderam a retratá-la como uma figura negativa, uma mulher dominada pela paixão e pela ambição, que traiu o legado do marido e o direito do filho. A historiografia do século XX e XXI, no entanto, reavaliou profundamente a sua figura, reconhecendo-a hoje como uma das mais formidáveis líderes políticas do seu tempo, uma governante racional e astuta que lutou por um projeto de poder coerente com os meios de que dispunha.

O seu ato final de legitimação veio do próprio filho que a depôs. Anos mais tarde, D. Afonso I, já rei de Portugal, ordenou o translado dos seus restos mortais para a Sé de Braga, para que repousassem ao lado do Conde D. Henrique. Este ato encerrava o conflito, unindo simbolicamente no panteão da nova nação as duas figuras — o pai guerreiro e a mãe rainha — que, através da sua cooperação e do seu conflito, tornaram Portugal uma realidade.

Descendência

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Do seu casamento com Henrique de Borgonha (c. 1066–1112), nasceram:

Da sua união com o conde Fernão Peres de Trava (c. 1090–1155), nasceram:

  • Teresa Fernandes de Trava (m. 1180), casou com o conde Nuno Peres de Lara e depois com o rei Fernando II de Leão, tornando-se Rainha consorte de Leão.
  • Sancha Fernandes de Trava (m. c. 1184), casou com o conde Álvaro Rodrigues de Sarria.

Referências

  1. a b Papa Pascoal II. «Bula "Fratrum nostrum" do papa Pascoal II [...] dirigida à rainha D. Teresa [...] - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq». digitarq.arquivos.pt. Consultado em 26 de outubro de 2024 
  2. Rodrigues Oliveira, Ana (2010). Rainhas Medievais de Portugal. Lisboa: A Esfera dos Livros. 23 páginas. ISBN 978-989-626-261-7 
  3. a b «A CRÓNICA DOS GODOS». O Portal da História. Consultado em 26 de outubro de 2024 
  4. de Azevedo, Rui Pinto (1958). Documentos Medievais Portugueses – Documentos Régios, Vol. I: Documentos dos Condes Portugalenses e de D. Afonso Henriques. Lisboa: Academia Portuguesa da História 
  5. Reilly, Bernard F. (1988). The Kingdom of León-Castilla under King Alfonso VI, 1065-1109. [S.l.]: Princeton University Press. pp. 80–86. ISBN 978-0691055152 
  6. Fletcher, Richard A. (1991). The Quest for El Cid. [S.l.]: Oxford University Press. pp. 148–150. ISBN 978-0195069556 
  7. a b Mattoso, José (2006). D. Afonso Henriques. Lisboa: Círculo de Leitores. pp. 20–28. ISBN 978-972-42-3867-8 
  8. Torres Sevilla-Quiñones de León, Margarita Cecilia (1999). Linajes nobiliarios de León y Castilla: Siglos IX-XIII. Salamanca: Junta de Castilla y León, Consejería de educación y cultura. pp. 185–187. ISBN 84-7846-781-5 
  9. Sousa, António Caetano de (1735). Historia Genealógica de la Real Casa Portuguesa. I. Lisboa: Joseph Antonio da Sylva. pp. 26–28 
  10. Rodrigues Oliveira, Ana (2010). Rainhas Medievais de Portugal. Lisboa: A Esfera dos Livros. pp. 31–32. ISBN 978-989-626-261-7 
  11. Amaral, Luís Carlos; Mário Jorge Barroca (2020). Teresa, a Condessa-Rainha. Lisboa: Temas e Debates. ISBN 978-989-644-603-1 
  12. Reilly, Bernard F. (1982). The Kingdom of León-Castilla under Queen Urraca, 1109-1126. [S.l.]: Princeton University Press. 143 páginas. ISBN 978-0691053448 
  13. Herculano, Alexandre (1846). História de Portugal. I. [S.l.: s.n.] pp. 240–244 
  14. Ferreira, João Paulo Martins (2018). A nobreza do Condado Portucalense no tempo de D. Afonso Henriques (PDF) (Dissertação de Mestrado). Universidade do Porto, Faculdade de Letras. pp. 71–85 
  15. Mattoso, José (1986). «A Nobreza Medieval Portuguesa no Contexto Peninsular» (PDF). Universidade do Porto. Revista da Faculdade de Letras - História. III: 14-20. Consultado em 26 de outubro de 2024 
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Precedido por
Nuno Mendes
(último Conde de Portucale antes da restauração por Afonso VI)

'Condessa e Rainha de Portucale'

10961128
(até 1112 com D. Henrique)
Sucedido por
D. Afonso Henriques
(como Conde, depois Rei de Portugal)