Darcy Ribeiro
Darcy Ribeiro[a] (Montes Claros, 26 de outubro de 1922 — Brasília, 17 de fevereiro de 1997) foi um antropólogo, historiador, sociólogo, escritor e político brasileiro, filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT) e conhecido por seu foco em relação aos indígenas e à educação no país.[3]
Suas ideias de identidade latino-americana influenciaram vários estudiosos latino-americanos posteriores. Como Ministro da Educação do Brasil realizou profundas reformas, o que o levou a ser convidado a participar de reformas universitárias no Chile, Peru, Venezuela, México e Uruguai, depois de deixar o Brasil devido à ditadura militar de 1964. Foi casado com a etnóloga e antropóloga Berta Ribeiro até 1974.
Em novembro de 2024, Darcy teve seu nome inscrito no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, recebendo assim o título de "Herói Nacional".[4]
Juventude
[editar | editar código-fonte]Darcy Ribeiro nasceu em Montes Claros, Minas Gerais, em 26 de outubro de 1922. Filho de Reginaldo Ribeiro dos Santos e de Josefina Augusta da Silveira. Em Montes Claros fez os estudos fundamentais e secundário, no Grupo Escolar Gonçalves Chaves e no Ginásio Episcopal de Montes Claros.[5]
Foi para Belo Horizonte estudar Medicina, porém ao cursar disciplinas de Ciências Sociais, decidiu-se por esta área. Em 1946, formou-se em antropologia pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo e dedicou seus primeiros anos de vida profissional ao estudo dos indígenas do Pantanal, do Brasil Central e da Amazônia (1946-1956).[6]
Carreira
[editar | editar código-fonte]Notabilizou-se fundamentalmente por trabalhos desenvolvidos nas áreas de educação, sociologia e antropologia tendo sido, ao lado do amigo a quem admirava Anísio Teixeira, um dos responsáveis pela criação da Universidade de Brasília, elaborada no início da década de 1960, ficando também na história desta instituição por ter sido seu primeiro reitor. Redigiu o projeto, como funcionário do Serviço de Proteção ao Índio, do Parque Indígena do Xingu, criado em 1961. Também foi o idealizador da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). Publicou vários livros, vários deles sobre os povos indígenas.[6]
Darcy Ribeiro foi ministro da Educação durante o Regime Parlamentarista do governo do presidente João Goulart (18 de setembro de 1962 a 24 de janeiro de 1963) e chefe da Casa Civil entre 18 de junho de 1963 e 31 de março de 1964. Durante a ditadura militar brasileira, como muitos outros intelectuais brasileiros, teve seus direitos políticos cassados e foi obrigado a se exilar, vivendo durante alguns anos no Uruguai.[6]
Com o Golpe de Estado no Brasil em 1964, Darcy Ribeiro e a então esposa exilaram-se no Uruguai. Trabalha, então, na redação d'A Universidade Necessária e dos Estudos de Antropologia da Civilização , com o fundamental auxílio de Berta no levantamento bibliográfico e estatístico da primeira obra e na pesquisa bibliográfica e revisão de traduções da segunda.[7] O casal retorna ao Brasil em 1968, mas Darcy foi preso e ficou durante oito meses na Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói. Do lado de fora, Berta mobilizou intelectuais e pessoas influentes para agilizar sua libertação.[8]. Após nova determinação de prisão pelo regime militar, o casal Ribeiro segue, então, para um segundo exílio em 1969 na Venezuela, e, de 1970 a 1974, no Chile e no Peru, onde se envolveria com os governos de Salvador Allende e Velasco Alvarado, nesta ordem.[9]
Durante o primeiro governo de Leonel Brizola no Rio de Janeiro (1983-1987), Darcy Ribeiro, como vice-governador, criou, planejou e dirigiu a implantação dos Centros Integrados de Ensino Público (CIEP), um projeto pedagógico visionário e revolucionário no Brasil de assistência em tempo integral a crianças, incluindo atividades recreativas e culturais para além do ensino formal - dando concretude aos projetos idealizados décadas antes por Anísio.[6]
Nas eleições de 1986, Darcy foi candidato ao governo fluminense pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), concorrendo com Fernando Gabeira, então filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), Agnaldo Timóteo do Partido Democrático Social (PDS) e Moreira Franco do Movimento Democrático Brasileiro (então PMDB). Darcy foi derrotado nas urnas, recebendo 36% dos votos, com a eleição de Moreira, que recebeu 49% dos votos.[10]
Foi responsável pela criação e pelo projeto cultural do Memorial da América Latina, centro cultural, político e de lazer, inaugurado em 18 de março de 1989, no bairro da Barra Funda, em São Paulo, assim como foi responsável pelo projeto de lei que deu origem a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB), lei 9 394/96 aprovado pelo senado brasileiro.[6]
Exerceu o mandato de senador pelo Rio de Janeiro de 1991 até sua morte em 1997 - anunciada por um lento processo canceroso que comoveu o Brasil. Darcy, sempre polêmico e ardoroso defensor de suas ideias, teve, em sua longa agonia, o reconhecimento e admiração até dos adversários. Publica O Povo Brasileiro em 1995, obra em que aborda a formação histórica, étnica e cultural do povo brasileiro, com impressões baseadas nas experiências de sua vida.[6]
Darcy faleceu aos 74 anos de falência múltipla de órgãos devido a metástase de um câncer generalizado. Foi sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.[11]
Ideias
[editar | editar código-fonte]Evolução sociocultural
[editar | editar código-fonte]Na visão de Ribeiro, as Ciências Humanas e Sociais de seu tempo tinham graves problemas: ou enfatizavam microanálises e se opunham a generalizações ou utilizavam péssimos esquemas evolutivos, por vezes implicitamente, entre outros, o que era especialmente prejudicial ao Brasil e à América Latina. Para superá-los, no livro O Processo Civilizatório[12], o autor propõe um esquema generalizador que tenta explicar porque as sociedades "mudam de tipo" e que tipos, exatamente, são esses.
Ribeiro defende que as tecnologias e a forma das sociedades incorporá-las modificam suas culturas de modo razoavelmente previsível, sendo possível agrupar as transformações desencadeadas em categorias, tipos de sociedade, que ele chama de formações socioculturais.
Ainda que admitindo a existência de outras, o autor define oito conjuntos de invenções e descobertas que alteraram profundamente as sociedades, as chamadas revoluções tecnológicas. Também, treze desdobramentos dessas inovações, que, aplicadas de distintos modos em diferentes contextos, criaram diferentes tipos de sociedade. A estes desdobramentos, o autor chama processos civilizatórios.
Todavia, assumindo que a mera organização em torno das mesmas tecnologias não é suficiente para classificar as sociedades como da mesma formação, Ribeiro concebe, ainda, os conceitos de aceleração evolutiva e atualização histórica, isto é, processos civilizatórios ativos e autônomos e passivos e dependentes, nesta ordem.
As revoluções tecnológicas que propõe são:
- a revolução agrícola, que permite aos povos cultivarem o próprio alimento, dependendo menos da "boa-vontade" da natureza e permitindo alguma criação animal;
- a revolução urbana, que biparte os povos em componentes rurais e não rurais, conduzindo à especialização do trabalho e a consolidação do sedentarismo;
- a revolução do regadio: que permite os povos, por meio da irrigação, levarem a cabo expansões não condicionadas pela fertilidade do solo, o que exige a união de esforços de inúmeros setores sociais, acentuando a centralização do poder;
- a revolução metalúrgica, que permite a fabricação de armas mais poderosas e de instrumentos mais resistentes por meio do domínio do ferro, que, sendo abundante, atenua a centralização do poder;
- a revolução pastoril, que permite aos povos equiparem animais de tração e montaria com as mais variadas ferramentas, potencializando sua expansão territorial;
- a revolução mercantil, que permite a conjunção de conhecimentos e tecnologias dos mais variados locais e sua aplicação em tentativas de superação do feudalismo;
- a revolução industrial, que permite multiplicar a produtividade e o poder bélico exorbitantemente, redirecionando o esforço humano e aproximando os membros das classes sociais de interesses comuns;
- a revolução termonuclear, que permite multiplicar ainda mais a capacidade de intervenção na natureza e no corpo humano, a produtividade, o poder bélico e a troca de informações. É a revolução de nossos dias, de consequências ainda pouco delimitáveis.
A sucessão destas revoluções tecnológicas não nos permite, todavia, explicar a totalidade do processo evolutivo sem apelo ao conceito complementar de processo civilizatório, porque não é a invenção original ou reiterada de uma inovação que gera consequências, mas sua propagação sobre diversos contextos socioculturais e sua aplicação a diferentes setores produtivos".— Darcy Ribeiro, O processo civilizatório (1972), p. 36[13]
Para o autor, não é simplesmente inventar ou descobrir algo que faz um povo ser digno de reclassificação no contínuo da evolução sociocultural, mas a aplicação dessa inovação na agricultura, na geração de energia, enfim, nas mais diversas áreas de sua vida. Nisso se sustenta seus conceitos de processo civilizatório geral e processo civilizatório específico, a difusão de um dinamizador cultural sobre vários povos que tendem a se relacionar diretamente e se misturar; e o processo de dinamização particular de uma sociedade, respectivamente, todos os quais conducentes às suas formações socioculturais correspondentes.[14]
Utilizando estes conceitos, principalmente, o autor desenvolve um esquema que tenta classificar toda e qualquer sociedade existente ou outrora existente como pertencente a uma de suas categorias. Ele as dispõe de modo a evidenciar que cada formação pode transformar-se em certo grupo de formações, mas não em outro, que varia largamente.
Um dos outros conceitos que utiliza é o de regressão cultural, processos em que as civilizações não conseguem mais manter as transformações desencadeadas de modo duradouro e colapsam, sendo, segundo ele, os movimentos mais comuns no contínuo da evolução sociocultural.
Vale ressaltar que, para o autor, a evolução sociocultural é multilinear e centrada na tecnologia. Quando se refere a uma sociedade como "atrasada", ele se refere a uma sociedade cuja tecnologia não tem as mesmas capacidades que as da de outra sociedade contemporânea.
O livro fundamenta toda a sua obra antropológica posterior, iniciando os Estudos de Antropologia da Civilização, e tem íntima relação com conceitos e esquemas clássicos e contemporâneos, como os de Lewis Morgan, Karl Marx, Julian Steward, Julian Huxley, Leslie White, Gordon Childe, Paul Baran, Gunder Frank, Celso Furtado e Guerreiro Ramos.
Categorização dos povos americanos modernos
[editar | editar código-fonte]No livro As Américas e a Civilização, Darcy Ribeiro propõe um esquema de categorização dos povos, pretendendo iniciar um intenso debate acerca do conhecimento que os povos americanos modernos têm de si mesmos.[nota 1] Partindo da assunção de que as sociedades contemporâneas são frutos da expansão europeia, Ribeiro as classifica, a depender das consequências desse processo, como povos-novo, povos-testemunho, povos-transplantado ou povos-emergente, categorias que ele chama de configurações histórico-culturais[16][17][18][19][20][21]. As categorias que propõe são:
- Povos-novos: "[…] o resultado de formas específicas de dominação étnica e de organização produtiva sob condições de extrema compulsão social e deculturação compulsória que, embora exercidas em outras épocas e em distintas áreas do mundo, alcançaram na América colonial a mais ampla e a mais rigorosa aplicação".[22] Ribeiro classifica como povos-novo: Brasil, Colômbia, Venezuela, Antilhas espanholas e partes da América Central, onde o contato entre homens europeus e mulheres de povos situados nos estágios iniciais do continuum da evolução sociocultural[nota 2] produziram grandes populações mamelucas[nota 3] que acabaram por aculturar os contingentes africanos explorados em regimes de plantations[nota 4] — no caso dos quatro primeiros — e por servirem de mão de obra especializada em outros empreendimentos coloniais[nota 5] — no caso dos três últimos; Guianas, Sul dos EUA, Antilhas inglesas, francesas e holandesas, onde a massa mameluca não existiu ou emigrou após a instalação de regimes de plantations.[nota 6] responsável pela concentração de imensos contingentes africanos e crioulos, que acabaram por assumir o papel de protoetnia aculturadora. Isto é, os povos-novo, como o Brasil e Cuba, são hibridizações entre dominados e dominadores, formados pela intensa miscigenação entre povos muito diferentes, pelo brutal submetimento destes a formas comuns de exploração e pela inviabilidade da reprodução de seus modos de vida originais nas novas sociedades[23];
- Povos-testemunho:"[…] as populações mexicanas, mesoamericanas e andinas, enquanto sobreviventes de antigas civilizações — asteca, maia e incaica — que desmoronaram ao impacto da expansão europeia, entrando num processo de aculturação e de reconstituição étnica, ainda inconcluso para todas elas". Ribeiro classifica como povos-testemunho: México, partes da América Central, Peru, Bolívia e Equador, onde os povos indígenas situados em estágios mais avançados do continuum da evolução sociocultural[nota 7] viram a substituição de suas classes dominantes, a tomada de suas capitais e a reconfiguração de seus centros de difusão de cultura erudita como mera conquista — havendo inclusive colaboração por parte de setores intermediários, que viram chance de expandir seus privilégios —, a qual sucedeu uma dualidade de opressão tão intensa que os fez profundamente diferenciados de todas suas matrizes e irregularmente introduzidos na cultura dominadora.[nota 8] Isto é, os povos-testemunho, como o Peru e o México, são restos de civilizações indígenas, desfiguradas pela intervenção em seus sistemas de produção, pela substituição de suas classes dominantes e pelo forçado convívio indiferenciado com povos rivais[24];
- Povos-transplantado: "[…] os resultados contemporâneos das migrações para amplos espaços do Novo Mundo de contingentes europeus que para cá vieram com suas famílias, aspirando reconstituir a vida social de suas matrizes, com maior liberdade e com maiores chances de prosperidade".[25] Ribeiro classifica como povos-transplantado americanos:[nota 9] Canadá e Estados Unidos,[26] onde excedentes populacionais da Inglaterra, e em um segundo momento da Europa inteira, se organizaram em granjas autossuficientes, sem muito convívio e miscigenação com demais contingentes humanos, não passando por intensos processos de aculturação para se fazerem americanos, mas tão somente por assimilação,[nota 10] dada a proximidade entre as culturas inglesa e as demais europeias; Argentina e Uruguai,[27] onde a população mestiça original foi esmagada por excedentes populacionais europeus na toada das políticas de embranquecimento, a maioria da Itália e Espanha, que só permitiram alguma preservação da cultura original pela necessidade de adaptação ecológica, pela então inexistência das identidades europeias modernas e pela dupla presença de culturas de base hispânica — nativos e imigrantes —,[nota 11] constituindo, talvez, o único caso na história onde a população original foi substituída por imigrantes. Isto é, os povos-transplantado, como os Estados Unidos[28] e a Argentina[29], são extensões de sociedades europeias, formadas pela migração maciça às terras conquistadas, pelo pequeno contato dos colonos com outros povos e pelo seu mínimo distanciamento cultural da Europa[30];
- Os povos-emergente, como os antigos araucanos e os modernos quéchuas, a categoria menos discorrida, são também restos de antigas civilizações indígenas, aspirantes à reconstituição de seus modos de vida originais e à autonomia ou independência política[31][nota 12].
- Caso sui generis do Panamá: "[…] que não chega a ser um povo pelo artificialismo de sua criação e pela coerção sobre ele exercida pelos norte-americanos, impossibilitando qualquer esforço de integração nacional".[32] Tetrapartido em componentes indígenas, negros, criollos e americanos verdadeiramente apartados dos três primeiros em ilhas de riqueza, Ribeiro não classificava o Panamá de sua época em nenhuma das categorias concebidas, ainda não consciente de si ou revoltado com os militares e administradores americanos do canal.
Ribeiro associa à cada categoria certos problemas sociais e desafios, muitos deles relacionados à integração no atual processo de transformação das sociedades, desencadeado pela Revolução Termonuclear. Isso também é válido para todo o restante do mundo, chegando a classificar algumas outras sociedades nessa ou naquela categoria para fins ilustrativos, no entanto, a ênfase da obra é nos povos americanos, sendo uma espécie de focalização na América do que foi elaborado n'O Processo Civilizatório.
Classes sociais no Brasil
[editar | editar código-fonte]Em seu livro O Povo Brasileiro, Ribeiro apresenta uma divisão empírica das classes. Isto é, trata-se de uma divisão baseada não em níveis de renda, mas apenas na observação da sociedade.[33] Ribeiro critica a importação de tipologias de classes sociais da Europa, como se elas valessem automaticamente para a realidade latino-americana. Para suprir essa lacuna, criou sua tipologia de classes.[34]
No topo da hierarquia, há três grupos. O patronato, cujo poder e riqueza vêm da exploração econômica. O patriciado, por sua vez, é composto por indivíduos que exercem altos cargos (general, deputado, bispo, etc.) Mais tarde, surgiu entre as classes dominantes outro grupo: o estamento gerencial das empresas estrangeiras.[33]
Os setores intemediários, por sua vez, são compostos por "pequenos oficiais, profissionais liberais, policiais, professores", entre outros. As classes subalternas englobam os indivíduos que, apesar de pobres, estão integrados no mercado. Possuem empregos estáveis, também englobam pequenos empresários, arrendatários, gerentes de propriedades rurais, etc.[33]
A mais ampla classe é, contudo, as oprimidas, ou dos "marginais", composta principalmente de negros e mulatos. Estes não estão plenamente integrados na vida social, no sistema econômico, etc., e vivem de subempregos, ou de empregos instáveis. Para Ribeiro, a eles cabe a tarefa de reformar a sociedade.[33]
Brasil
[editar | editar código-fonte]Para Ribeiro, o Brasil é tanto um Povo Novo (no sentido explicado na seção mais acima), mas também é velho. Conforme O Povo Brasileiro, é velho "[...] porque se viabiliza como um proletariado externo. Quer dizer, como um implante ultramarino da expansão europeia que não existe para si mesmo, mas para gerar lucros exportáveis pelo exercício da função de provedor colonial de bens para o mercado mundial, através do desgaste da população que recruta no país ou importa".[36]
Desculturação
[editar | editar código-fonte]Ribeiro trabalhou com o conceito de desculturação, processo segundo o qual um povo ou uma etnia (como os negros e indígenas no Brasil) são despojados de seus elementos culturais originais para se aculturarem em um novo ambiente (no caso, a protocélula étnica brasileira). A desculturação é, para Ribeiro, a primeira etapa da aculturação.
Academia Brasileira de Letras
[editar | editar código-fonte]Darcy Ribeiro foi eleito em 8 de outubro de 1992 para a cadeira 11, que tem por patrono Fagundes Varela, sendo recebido em 15 de abril de 1993 por Cândido Mendes.[37]
Em seu discurso de posse, deixou registrado:
“ | Confesso que me dá certo tremor d'alma o pensamento inevitável de que, com uns meses, uns anos mais, algum sucessor meu, também vergando nossa veste talar, aqui estará, hirto, no cumprimento do mesmo rito para me recordar. Vendo projetivamente a fila infindável deles, que se sucederão, me louvando, até o fim do mundo, antecipo aqui meu agradecimento a todos. Muito obrigado. Estou certo de que alguém, neste resto de século, falará de mim, lendo uma página, página e meia. Os seguintes menos e menos. Só espero que nenhum falte ao sacro dever de enunciar meu nome. Nisto consistirá minha imortalidade. |
” |
— Darcy Ribeiro.[38] |
Obras
[editar | editar código-fonte]Darcy Ribeiro figura entre os mais notórios intelectuais brasileiros, com obras traduzidas para diversos idiomas — inglês, alemão, espanhol, francês, italiano, hebraico, húngaro e tcheco. Divididas tematicamente:
- Etnologia
- Culturas e Línguas Indígenas do Brasil (1957)
- Arte Plumária dos Índios Kaapo (1957)
- A Política Indigenista Brasileira (1962)
- Os Índios e a Civilização (1970)
- Uira Sai, à Procura de Deus (1974)
- Configurações Histórico-Culturais dos Povos Americanos (1975)
- Suma Etnológica Brasileira. Colaboração em três volumes. (1986)
- Diários Índios – Os Urubus-Kaapor (Companhia das Letras, 1996)
- Antropologia
- O Processo Civilizatório – Etapas da Evolução Sócio-Cultural (1968)
- As Américas e a Civilização – Processo de Formação e Causas do Desenvolvimento Cultural Desigual dos Povos Americanos (1970)
- O Dilema da América Latina – Estruturas do Poder e Forças Insurgentes (1978)
- Os Brasileiros – Teoria do Brasil (1972)
- Os Índios e a Civilização – A Integração das Populações Indígenas no Brasil Moderno (1970)
- The Culture – Historical Configurations of the American Peoples (1970) (Edição brasileira em 1975)
- O Povo Brasileiro – A Formação e o Sentido do Brasil (1995)
- Romances
- Ensaios
- Kadiwéu – Ensaios Etnológicos sobre o Saber, o Azar e a Beleza (1950)
- Configurações Histórico-Culturais dos Povos Americanos (1975)
- Sobre o Óbvio - Ensaios Insólitos (1979)
- Aos Trancos e Varrancos – Como o Brasil Deu no que Deu (1985)
- América Latina: A Pátria Grande (1986)
- Testemunho (1990)
- A Fundação do Brasil – 1500/1700. Colaboração. (1992)
- O Brasil como Problema (1995)
- Noções de Coisas (1995)
- Educação
- Plano Orientador da Universidade de Brasília (1962)
- A Universidade Necessária (1969)
- Propuestas – Acerca da La Renovación (1970)
- Université des Sciences Humaines d'Alger (1972)
- La Universidad Peruana (1974)
- UnB – Invenção e Descaminho (1978)
- Nossa Escola é uma Calamidade (1984)
- Universidade do Terceiro Milênio – Plano Orientador da Universidade Estadual do Norte Fluminense (1993)
Prêmios, reconhecimentos e homenagens
[editar | editar código-fonte]Prêmios e reconhecimentos
[editar | editar código-fonte]- 1978: Doutor Honoris Causa pela Universidade de Paris-Sorbonne.[39]
- 1996: Prêmio Anísio Teixeira.[40]
- 2005: Ordem do Mérito Cultural.[41][42]
Homenagens
[editar | editar código-fonte]- O principal campus da Universidade de Brasília tem o nome Campus Darcy Ribeiro.[43]
- O principal campus da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES[44]), na cidade onde ele nasceu, tem o nome Campus Universitário Professor Darcy Ribeiro.
- A Universidade Estadual do Norte Fluminense se chama oficialmente "Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro".[45]
- A Usina de Biodiesel da Petrobras Biocombustível, em Montes Claros, se chama "Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro".[46]
- É o patrono da Cadeira 28 do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros.[47]
- O Sambódromo do Rio de Janeiro tem oficialmente o nome de "Passarela Professor Darcy Ribeiro".[48]
- O edifício sede da Controladoria-Geral da União em Brasília, chama-se oficialmente Edifício Darcy Ribeiro.[49]
- Um dos espaços culturais do Memorial da América Latina chama-se "Pavilhão da Criatividade Darcy Ribeiro".[50]
- No carnaval 2020, a Império da Uva, situada em Nova Iguaçu e desfilando no Carnaval Carioca, teve Darcy Ribeiro como seu enredo.[51]
- em 12 de novembro de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 15.020, que inscreve Darcy Ribeiro no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, o PL 5894/2019 é de autoria do deputado Chico D'Angelo.[52][53]
Prêmio Darcy Ribeiro de Educação
[editar | editar código-fonte]Premiação anual instituída em 1998 pela Câmara dos Deputados do Brasil, que concede um diploma de menção honrosa e outorga uma medalha com a efígie de Darcy Ribeiro a três personalidades físicas ou jurídicas que se destacaram na defesa e promoção da educação brasileira. Entre os indicados, os três vencedores são escolhidos por um colegiado formado por membros do Congresso Nacional.[54]
Biografias
[editar | editar código-fonte]- Toninho Vaz: Darcy Ribeiro – Nomes que honram o Senado. Ed. Senado, 2005.
- BRITO, Carolina Arouca Gomes de. Antropologia de um jovem disciplinado: a trajetória de Darcy Ribeiro no serviço de proteção aos índios (1947-1956). Tese (Doutorado em História das Ciências e da Saúde) - Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2017. 240 f.
- MATTOS, Andre Luis Lopes Borges de. Darcy Ribeiro: uma trajetoria (1944-1982). 2007. 341p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP.
- Em 2014, a TV Brasil lançou um documentário com cinco episódios de 52 minutos denominado "O Brasil de Darcy Ribeiro", dirigido por Ana Maria Magalhães.[55]
Galeria
[editar | editar código-fonte]Notas
- ↑ Austrália, Índia, Japão, Nova Zelândia e outros povos não americanos são citados e mesmo categorizados no livro, para fins essencialmente comparativos e sem aprofundamento. Isso é particularmente notável no caso dos povos-emergentes, onde o autor cita uma confederação araucana como único povo dessa categoria outrora existente em solo americano, ainda que em Configurações Histórico-Culturais dos Povos Americanos reconsidere essa posição e cite muitos exemplos de povos-emergente na América de seu tempo, a maioria dos quais inclusa em povos-testemunho, como os quéchuas e q'eqchis[15], sem qualquer aprofundamento, deixando as menções aos povos-emergentes quase que exclusivamente a sociedades africanas e asiáticas.
- ↑ Como os araucanos, os guaranis, os aruaques, os caribes, os taínos, os diaguitas e os tupis
- ↑ Universal em quase todos os casos de contato entre populações distintas, a mestiçagem foi favorecida nas referidas regiões pela cultura dos povos que nelas viviam, mais propensas a abertura e a admissão de corpos estranhos, como bem exemplifica o cunhadismo dos tupinambás e práticas similares.
- ↑ Como o da cana-de-açúcar, do tabaco, do cacau e do algodão
- ↑ Como mineração, extrativismo vegetal, pastoreio e outras formas agricultura
- ↑ Afinal houve uma grande valorização das propriedades no Caribe após a instalação de engenhos açucareiros, o que levou muitos a vendê-las e saírem das ilhas.
- ↑ E também os muitos povos que estes já dominavam.
- ↑ Afinal povos de diferentes estágios evolutivos, e muitas vezes inimigos, foram forçados às mesmas compulsões e a conciliação de fragmentos de culturas ancestrais — suas e vizinhas — com a dominadora, opostas às suas em praticamente tudo
- ↑ Além de partes do Brasil, Chile e Costa Rica, as quais não se aprofunda
- ↑ O que significa que a adaptação dos europeus a vida na América do Norte foi muito mais padronizante do que substitutiva, exigia pouco mais que a adequação a uma cultura irmã.
- ↑ Sendo, seguramente, fator determinante na configuração do Uruguai e da Argentina como países de língua espanhola, apesar da predominância da imigração italiana sobre todas as outras nesses países.
- ↑ A categoria em questão é comumente omitida em comentários sobre a tipologia do autor e é a menos característica de todas, com notáveis divergências entre as definições e classificações de 1970 e de 1975.
Referências
- ↑ «Câmara comemora o centenário de Darcy Ribeiro». 9 de novembro de 2022. Consultado em 15 de novembro de 2024
- ↑ Viana, Diego (outubro de 2022). «A chamada utopia» 320 ed. Revista Pesquisa FAPESP. Consultado em 24 de maio de 2023
- ↑ Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «RIBEIRO, DARCI». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 1 de janeiro de 2021
- ↑ «Darcy Ribeiro é o mais novo nome no 'Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria'». Agência Senado. 13 de novembro de 2024. Consultado em 13 de novembro de 2024
- ↑ Bomeny, Helena Maria Bousquet. Darcy Ribeiro: sociologia de um indisciplinado. Editora UFMG, 2001. pp. 39.
- ↑ a b c d e f Grupo de Estudos e Pesquisas "História, Sociedade e Educação no Brasil" Faculdade de Educação - UNICAMP (ed.). «Darcy Ribeiro». Consultado em 27 de março de 2016
- ↑ Erro de citação: Etiqueta
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs de nomefundacao
- ↑ «Biobibliografia Berta Ribeiro». Fundação Darcy Ribeiro. N.d. Consultado em 10 de dezembro de 2016. Cópia arquivada em 20 de dezembro de 2016
- ↑ «Biobibliografia Berta Ribeiro». Fundação Darcy Ribeiro. N.d. Consultado em 10 de dezembro de 2016. Cópia arquivada em 20 de dezembro de 2016
- ↑ «'Adoro o Senado', dizia Darcy na campanha de 1990». Agência Senado. 23 de setembro de 2022. Consultado em 26 de outubro de 2022
- ↑ Corpo de Darcy Ribeiro é enterrado no Rio. Em Agência Folha 19/02/97 www1.folha.uol.com.br
- ↑ RIBEIRO, Darcy (1972) [1968]. O processo civilizatório: etapas da evolução sociocultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 265 páginas
- ↑ RIBEIRO, Darcy (1972). O processo civilizatório: etapas da evolução sociocultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. p. 36. 265 páginas
- ↑ RIBEIRO, Darcy (1972). O processo civilizatório: etapas da evolução sociocultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. p. 40, 41. 265 páginas
- ↑ RIBEIRO, Darcy. As Américas e a Civilização. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1970, p. 438 link.
- ↑ CARDOSO, Antônio Dimas; TIBO, L.; RIBEIRO, M. J. A.; GRAVE, M. R. (2020). Ideias sobre a formação sociocultural e desenvolvimento na América Latina. Revista Eletrônica Interações Sociais. 4. Rio Grande (RS): Universidade Federal do Rio Grande (FURG). p. 128
- ↑ GRÜNEWALD, Rodrigo de Azeredo (1999). Os 'Índios do Descobrimento':Tradição e Turismo (PDF). Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro/MN/PPGAS. p. 122
- ↑ RISÉRIO, Antônio (2008) [1995]. Em defesa da semiodiversidade. GALÁxIA. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. p. 23
- ↑ SERPA, Talita Miranda (2012). A cultura brasileira de Darcy Ribeiro em língua inglesa: um estudo da tradução de termos e expressões da Antropologia da Civilização (PDF). São José do Rio Preto (SP): Universidade Estadual Paulista. p. 315
- ↑ SOUZA, Marcelo Lopes de (2012). Autogestão, “autoplanejamento”, autonomia:atualidade e dificuldade das práticas sociais libertárias dos movimentos urbanos. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro. p. 87
- ↑ PINHEIRO, Lucas Miranda (2008). El ingenioso caballero Darcy Ribeiro: a trajetória de um intelectual andante na cultura política utópica do Brasil e da América Latina. Franca (SP): Universidade Estadual Paulista/FCHC. p. 111
- ↑ RIBEIRO, Darcy. As Américas e a Civilização. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1970, p. 223 link.
- ↑ RIBEIRO, Darcy (1970). As Américas e a Civilização: Processo de Formação e Causas do Desenvolvimento Cultural Desigual dos Povos Americanos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. p. 223
- ↑ RIBEIRO, Darcy (1970). As Américas e a Civilização: Processo de Formação e Causas do Desenvolvimento Cultural Desigual dos Povos Americanos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira
- ↑ RIBEIRO, Darcy. As Américas e a Civilização. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1970, p. 455 link.
- ↑ RIBEIRO, Darcy. As Américas e a Civilização. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1970, p. 465 link.
- ↑ RIBEIRO, Darcy. As Américas e a Civilização. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1970, p. 513 link.
- ↑ RIBEIRO, Darcy (1970). As Américas e a Civilização: Processo de Formação e Causas do Desenvolvimento Cultural Desigual dos Povos Americanos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. p. 465
- ↑ RIBEIRO, Darcy (1970). As Américas e a Civilização: Processo de Formação e Causas do Desenvolvimento Cultural Desigual dos Povos Americanos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. p. 513
- ↑ RIBEIRO, Darcy (1970). As Américas e a Civilização: Processo de Formação e Causas do Desenvolvimento Cultural Desigual dos Povos Americanos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. p. 455
- ↑ RIBEIRO, Darcy (1970). As Américas e a Civilização: Processo de Formação e Causas do Desenvolvimento Cultural Desigual dos Povos Americanos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. p. 438
- ↑ RIBEIRO, Darcy. As Américas e a Civilização. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1970, p. 209 link.
- ↑ a b c d Ribeiro, Darcy (1995). O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. [S.l.]: Companhia das Letras
- ↑ Ribeiro, Darcy (1978). O dilema da América Latina: estruturas de poder e forças insurgentes. [S.l.]: Editora Vozes
- ↑ Galeano, Eduardo (29 de setembro de 2010). As veias abertas da América Latina. [S.l.]: L&PM Editores. p. 258
- ↑ Ribeiro, Darcy (1995). «introdução». O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras. pp. 199–200
- ↑ Academia Brasileira de Letras (ed.). «Darcy Ribeiro». Consultado em 27 de março de 2016
- ↑ Academia Brasileira de Letras (ed.). «Darcy Ribeiro - Discurso de posse». Consultado em 27 de março de 2016
- ↑ CBEAL, Centro Brasileiro de Estudos da América Latina (2020). Línguas Ameríndias ontem, hoje e amanhã. São Paulo: Fundação Memorial da América Latina. p. 16. ISBN 9786599215728
- ↑ «Agraciados». Prêmio Anísio Teixeira
- ↑ Ministério da Cultura. «Ordem do Mérito Cultural 2005». Consultado em 25 de maio de 2008
- ↑ Diário Oficial da União. «MINISTÉRIO DA CULTURA, DECRETO DE 3 DE NOVEMBRO DE 2005.». Consultado em 20 de fevereiro de 2020
- ↑ Juliana Andrade e Caroline Cintra. «Universidade de Brasília é o berço da educação superior na capital». Correio Braziliense. Consultado em 2 de dezembro de 2020
- ↑ «Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes». Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes. Consultado em 24 de fevereiro de 2023
- ↑ http://www.uenf.br/portal/index.php/br/historia-da-uenf.html
- ↑ «Principais Operações - default». Petrobras
- ↑ «Patronos». IHGMC
- ↑ «Sambodromo - Passarela do Samba - Rio de Janeiro». www.riodejaneiroaqui.com
- ↑ «CGU»
- ↑ «Pavilhão da Criatividade». Consultado em 26 de abril de 2019
- ↑ Revista Carnaval (10 de julho de 2019). «Darcy Ribeiro será homenageado no Carnaval 2020». Consultado em 13 de julho de 2019
- ↑ Peixoto, Raphaela (13 de novembro de 2024). «Darcy Ribeiro é inscrito no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria». Brasil. Consultado em 13 de novembro de 2024
- ↑ «Portal da Câmara dos Deputados». www.camara.leg.br. Consultado em 13 de novembro de 2024
- ↑ «Prêmio Darcy Ribeiro de Educação». Portal da Câmara dos Deputados
- ↑ Sobre, acesso em 14 de julho de 2016.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Academia Brasileira de Letras»
- Fundação Darcy Ribeiro
- Entrevista ao Programa Roda Viva, 1988 no YouTube
- Darcy Ribeiro e sua vida de Leitor no YouTube
- Série documental O Brasil de Darcy Ribeiro, dirigida por Ana Maria Magalhães, disponível na TV Brasil
Precedido por Roberto Lira |
Ministro da Educação do Brasil 1962 — 1963 |
Sucedido por Teotônio Monteiro de Barros |
Precedido por Evandro Lins e Silva |
Ministro chefe do Gabinete Civil da Presidência da República do Brasil 1963 — 1964 |
Sucedido por Getúlio Barbosa de Moura |
Precedido por Jamil Haddad |
Senador do Rio de Janeiro 1991 – 1997 |
Sucedido por Abdias do Nascimento |
Precedido por Deolindo Couto |
ABL - sétimo acadêmico da cadeira 11 1993 — 1997 |
Sucedido por Celso Furtado |
- Nascidos em 1922
- Mortos em 1997
- Homens
- Ministros do Governo João Goulart
- Ministros do Gabinete Hermes Lima
- Ministros da Casa Civil do Brasil
- Ministros da Educação do Brasil
- Membros da Academia Brasileira de Letras
- Doutores honoris causa da Universidade de Brasília
- Senadores do Brasil pelo Rio de Janeiro
- Vice-governadores do Rio de Janeiro
- Antropólogos de Minas Gerais
- Exilados do Brasil
- Reitores da Universidade de Brasília
- Professores da Universidade de Brasília
- Educadores de Minas Gerais
- Romancistas do Brasil
- Ensaístas do Brasil
- Sociólogos de Minas Gerais
- Escritores de Minas Gerais
- Membros do Partido Democrático Trabalhista
- Naturais de Montes Claros
- Candidatos à vice-presidência da República do Brasil
- Mortes por câncer no Distrito Federal (Brasil)
- Agraciados com a Ordem do Mérito Cultural
- Mortos em Brasília
- Darcy Ribeiro
- Exilados na ditadura militar no Brasil (1964–1985)
- Membros do Partido Comunista Brasileiro
- Heróis nacionais do Brasil