Dadá Maravilha

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Dadá Maravilha
Informações pessoais
Nome completo Dario José dos Santos
Data de nasc. 4 de março de 1946 (78 anos)
Local de nasc. Rio de Janeiro, Distrito Federal, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Altura 1,85 m
destro
Apelido Dadá Maravilha
Beija-flor
Peito de Aço
Ninho
Informações profissionais
Período em atividade 1966–1986
Clube atual aposentado
Posição ex-centroavante
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1966–1968
1968–1972
1973–1974
1974
1974–1976
1976–1977
1977–1978
1978–1979
1979
1980
1981
1981
1981
1982
1983
1983
1984
1984–1985
1985
1986
Campo Grande
Atlético Mineiro
Flamengo
Atlético Mineiro
Sport
Internacional
Ponte Preta
Atlético Mineiro
Paysandu
Náutico
Santa Cruz
Bahia
Goiás
Coritiba
Bahia
Atlético Mineiro
Nacional-AM
XV de Piracicaba
Douradense
Comercial de Registro
0035 00(11)
0190 0(172)
0076 00(36)
0048 00(34)
0122 00(95)
0064 00(36)
0037 00(23)
0021 00(11)
0034 00(26)
0045 00(26)
0012 000(7)
0043 00(48)
0017 000(9)
0021 00(16)
0009 000(6)
0018 00(11)
0012 000(9)
0005 000(1)
0007 000(2)
0008 000(5)
Seleção nacional
1970 Brasil 0011 000(2)
Times/clubes que treinou
Ponte Preta
Brasília
Ypiranga do Amapá
Tiradentes

Dario José dos Santos, mais conhecido como Dadá Maravilha (Rio de Janeiro, 4 de março de 1946), é um ex-futebolista brasileiro que atuava como centroavante.[1]

É o quarto maior artilheiro do futebol brasileiro com 926 gols. Perde apenas para Romário (1002 gols), Pelé (1284 gols) e Arthur Friedenreich (1329 gols).

Antes do Futebol[editar | editar código-fonte]

Dario teve uma infância difícil e pobre no subúrbio de Marechal Hermes, na rua Frei Sampaio, no Rio de Janeiro. Sua mãe possuía problemas mentais e, com apenas 5 anos, ele a viu cometer suicídio. Seu pai, sem condições de cuidar dos filhos sozinho, colocou Dadá e seus dois irmãos na FEBEM (Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor), instituto responsável pela reabilitação de menores infratores no Rio de Janeiro, com isso Dario passou a conviver com outras crianças e jovens que cometiam crimes, nesse meio passou a cometer pequenos furtos e entrar em brigas, fazendo com que voltasse frequentemente à FEBEM.[2]

Com dezessete anos, em um desses assaltos, viu um de seus amigos morrer, algo que o impactou a buscar outra forma de vida, porém por fome tentou roubar duas senhoras, que gritaram e alertaram a polícia, que o levaram novamente para a FEBEM, nessa passagem foi estimulado por um funcionário a jogar bola no time da fundação, apesar de não ser habilidoso, Dadá era alto, forte e muito rápido, conseguindo um lugar no time da FEBEM,[2]. Aos 18 anos serviu o Exercito Brasileiro, e lá também passou a jogar futebol de campo, apesar de ser considerado "ruim" por seus companheiros, conseguia fazer gols compensando a falta de técnica com sua velocidade, força e vontade.[3]

Carreira como jogador[editar | editar código-fonte]

Fez teste em diversos times, em sua sétima tentativa no Campo Grande conseguiu ser aprovado e foi contratado em 1965. Dario começou a jogar nos juniores do time da Zona Oeste carioca, sendo promovido ao time principal em 1967. Em uma partida do Campo Grande contra o São Cristóvão estava presente no Maracanã o vice-presidente do Atlético Mineiro da época, que estava interessado em assistir um meio-campista do São Cristóvão. Nessa partida Dadá marcou três gols, motivo que o fez ser contratado pelo clube de Belo Horizonte no ano seguinte.[4]

Não teve muitas oportunidades ao chegar no Atlético Mineiro. Em 1969, em amistoso contra a seleção da União Soviética, marcou os dois gols que garantiram a vitória do galo, e a partir de então passou a ter mais oportunidades.[4]

Dadá foi artilheiro do Campeonato Mineiro quatro vezes pelo Atlético Mineiro (1969, 1970, 1972, 1974). Destaque e artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1971, Dadá parou no ar como um beija-flor no dia 19 de dezembro, no Estádio Jornalista Mário Filho, para assinalar o gol da histórica vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo. Com este gol, o Atlético Mineiro sagrou-se campeão brasileiro de 1971.[5] Foi artilheiro do Torneio do Povo em 1971 e 1972 e da competição no geral (5 gols).

Dario vestiria a camisa de mais 15 clubes.

Pelo Flamengo marcou 36 gols em 76 partidas.[6]

No dia 6 de abril de 1976, pelo Campeonato Pernambucano, Dadá Maravilha marcou 10 gols no jogo Sport de Recife 14 x 0 Santo Amaro.[7] Foi campeão pernambucano em 1975 e artilheiro desse estadual em 1975 e 1976, com 32 e 30 gols, respectivamente.

Dadá foi destaque na conquista do bicampeonato nacional do Internacional de Porto Alegre, sendo o artilheiro da competição e marcando o primeiro gol da final do Brasileirão de 1976, vitória de 2 a 0 sobre o Corinthians.

Comentarista esportivo[editar | editar código-fonte]

Iniciou sua carreira de comentarista no programa Toque de bola do extinto Canal 30, emissora local a cabo de BH, apresentado pelo Jornalista Esportivo Marcos Russo. Convidado para o Alterosa Esportes por Rogério Correa, então apresentador do programa da TV Alterosa, de Minas Gerais, sendo posteriormente contratado devido ao seu grande sucesso pela Rede Globo, sendo comentarista no canal a cabo SporTV. Terminado o contrato, a Rede Minas comprou o seu passe.

Atualmente, Dadá voltou a TV Alterosa, e participa da Bancada Democrática do Alterosa Esporte, representando o Atlético Mineiro.

Frases[editar | editar código-fonte]

  • "Não venham com a problemática, que eu tenho a solucionática."[8][9]
  • "Me diz o nome de três coisas que param no ar: beija-flor, helicóptero e Dadá Maravilha."
  • "Pra pegar Dadá na corrida, só se for de táxi."
  • "Não existe gol feio. Feio é não fazer gol."[10]
  • "Um rei tem que ser sempre recebido por bandas de música."
  • "Pra fazer gol de cabeça era queixo no peito ou queixo no ombro."
  • "Com Dadá em campo, não há placar em branco."
  • "Pelé, Garrincha e Dadá tinham que ser currículo escolar."
  • "Faço tudo com amor, inclusive o amor."
  • "Nunca aprendi a jogar futebol pois perdi muito tempo fazendo gols."
  • "Só existem três poderes no universo: Deus no Céu, o Papa no Vaticano e Dadá na grande área."
  • "A área é o habitat natural do goleador; nela, ele está protegido pela constituição, se for derrubado é pênalti."
  • "Num time de futebol há nove posições e duas profissões: goleiro e centroavante."[11]
  • "Bola, flor e mulher, só com carinho."
  • "Fiz mais de 500 gols, só correndo e pulando."
  • "Quando eu saltava, o zagueiro conseguia ver o número da minha chuteira."
  • "São duas coisas que eu não aprendi: Jogar futebol e perder gol!"
  • "Melhor do que Dadá, só Jesus Cristo!"
  • "Futebol não pode ficar acima da educação, não!"
  • "Chuto tão mal que no dia em que eu fizer um gol de fora da área, o goleiro tem que ser eliminado do futebol."[12]
  • "Se minha estrela não brilhar, vou lá e passo lustrador nela."[13]
  • "Deixando a modéstia de lado, falando de futebol, eu falo o que eu sei, sou um expert, com doutorado nessa matéria. No futebol, eu sou o máximo, conheço tudo e sou atleticano."[14]
  • “Se o gol é a maior alegria do futebol, foi Deus quem inventou Dadá, porque Dadá é a alegria do povo.”[12]
  • “Dadá não é eterno. Sua história será eterna.”[12] 

Clubes[editar | editar código-fonte]

[15]

Ano Clube Gols
1967 Campo Grande-RJ 6
1968 Campo Grande-RJ / Atlético Mineiro 11
1969 Atlético Mineiro 58
1970 Atlético Mineiro 28
1971 Atlético Mineiro 25
1972 Atlético Mineiro 49
1973 Flamengo 22
1974 Flamengo / Atlético Mineiro 48
1975 Sport 57
1976 Sport / Internacional 57
1977 Internacional / Ponte Preta 31
1978 Ponte Preta / Atlético Mineiro 25
1979 Atlético Mineiro / Paysandu 30
1980 Náutico 26
1981 Santa Cruz / Bahia 43
1982 Bahia 13
1983 Goiás / Coritiba 14
1984 América Mineiro / Rio Negro / Nacional-AM 25
1985 Nacional-AM / XV de Piracicaba 11
Total na carreira 579

Jogos contra seleções nacionais[editar | editar código-fonte]

Pelo Atlético Mineiro teve oportunidade de vencer algumas Seleções Nacionais:

Títulos[editar | editar código-fonte]

Como jogador[editar | editar código-fonte]

Campo Grande
  • Torneio José Trócoli: 1967
Atlético Mineiro
outras conquistas
  • Taça Inconfidência (MG): 1970
  • Taça Cidade de Goiânia (Minas-Goiás): 1970
  • Taça Gil César Moreira de Abreu (MG): 1970
  • Taça Independência (MG): 1970
  • Torneio de Leon (México): 1972
  • Taça do Trabalho (Minas-Rio): 1972
Flamengo
Sport
Internacional
Náutico
Bahia
Goiás
Nacional-AM
Seleção Brasileira

Como técnico[editar | editar código-fonte]

Ypiranga Clube

Artilharias[editar | editar código-fonte]

Atlético-MG
Flamengo
Sport
  • Campeonato Pernambucano de 1975 (32 gols)
  • Campeonato Pernambucano de 1976 (30 gols)
Internacional
Nacional-AM

Referências

  1. «Que fim levou? DARIO, O DADÁ MARAVILHA... Ex-atacante do Galo e Internacional». Terceiro Tempo. Consultado em 13 de fevereiro de 2024 
  2. a b «'Roubei, enfiei faca, fui jurado de morte. Virei campeão do mundo'». 27 de maio de 2018 
  3. «Dez vezes Dadá» 
  4. a b «Dadá Maravilha largou o crime após comparsa ser morto em assalto: 'A bola me salvou'» 
  5. «Parar no ar? Somente Dadá Maravilha, helicóptero e beija-flor - Notícias» 
  6. «Lista: dez atacantes com mais moral com a torcida do que habilidade». globoesporte.com. Consultado em 13 de abril de 2023 
  7. «Recorde de Dadá Maravilha, com 10 gols em um jogo do Sport, completa 40 anos | Blog de Esportes». blogs.diariodepernambuco.com.br. Consultado em 4 de agosto de 2016 
  8. Manosso, Radamés. «Por que solucionática não está nos dicionários?». Palavras sobre palavras. Consultado em 2 de dezembro de 2023 
  9. Yoshida, Ernesto (30 de abril de 2003). «A vez da solucionática». Superinteressante. Consultado em 2 de dezembro de 2023 
  10. «Dadá Maravilha dá lição de vida e de bola - Foto 7 - Esquisitices - R7». noticias.r7.com. Consultado em 4 de agosto de 2016. Arquivado do original em 20 de setembro de 2016 
  11. «Dadá Maravilha dá lição de vida e de bola - Foto 3 - Esquisitices - R7». noticias.r7.com. Consultado em 4 de agosto de 2016. Arquivado do original em 20 de setembro de 2016 
  12. a b c «Frases de Dadá Maravilha: As melhores só no Frases Famosas .com.br». www.frasesfamosas.com.br. Consultado em 4 de agosto de 2016 
  13. «Eu também Sou Ecológico! - Revista Ecológico». www.revistaecologico.com.br. Consultado em 4 de agosto de 2016. Arquivado do original em 19 de janeiro de 2016 
  14. «Dadá Maravilha: o peito de aço dos gramados brasileiros». www.belohorizonte.mg.gov.br. Consultado em 4 de agosto de 2016. Arquivado do original em 1 de agosto de 2016 
  15. «Dario» 
  16. Moreira, Rafael (23 de junho de 2017). «Dadá Maravilha relembra único título como técnico: "inovei o futebol do Amapá"». ge.globo.com. Consultado em 18 de janeiro de 2022 
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