Delfim Moreira (Minas Gerais)
Município de Delfim Moreira | |||||
Cachoeira do Itagybá, em Delfim Moreira |
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Hino | |||||
Aniversário | 17 de dezembro | ||||
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Fundação | 17 de dezembro de 1938 | ||||
Gentílico | delfinense | ||||
Lema | Coragem e fé | ||||
Prefeito(a) | José Fernando Coura (PT) (2017 – 2020) |
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Localização | |||||
Localização de Delfim Moreira em Minas Gerais
Localização de Delfim Moreira no Brasil |
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Unidade federativa | ![]() |
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Mesorregião | Sul/Sudoeste de Minas IBGE/2008 [1] | ||||
Microrregião | Itajubá IBGE/2008 [1] | ||||
Municípios limítrofes | Marmelópolis, Virgínia, Maria da Fé, Itajubá, Wenceslau Braz, Piquete, Cruzeiro | ||||
Distância até a capital | 475 km | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 408,473 km² [2] | ||||
População | 8 205 hab. Estimativa IBGE/2017[3] | ||||
Densidade | 20,09 hab./km² | ||||
Clima | Não disponível | ||||
Fuso horário | UTC−3 | ||||
Indicadores | |||||
PIB | R$ 37 756,119 mil IBGE/2008[4] | ||||
PIB per capita | R$ 4 689,04 IBGE/2008[4] | ||||
Página oficial | |||||
Prefeitura | Website oficial |
Delfim Moreira é um município da Microrregião de Itajubá, no estado de Minas Gerais, no Brasil. Delfim Moreira se destaca no cenário turístico pelas suas belas cachoeiras e paisagens. Além de diversas pousadas, das mais simples a mais sofisticada. Foi fundado em 17 de dezembro de 1938. Sua população estimada conforme o IBGE em 2017 é de 8.205[3] habitantes. A altitude é de 1 200 metros e a área, 409,2 km²; a densidade demográfica resulta em 19,84 habitantes por quilômetro quadrado. Destaca-se pelas suas belíssimas cachoeiras que têm atraído diversos turistas de todos os estados brasileiros.
O município de Maria da Fé está a norte, Virgínia a nordeste e Marmelópolis a leste. Os paulistas Cruzeiro e Piquete ficam a sudeste, Guaratinguetá a sul e Campos do Jordão a sudoeste. A oeste está Wenceslau Braz e a noroeste, Itajubá.
Índice
História[editar | editar código-fonte]
Como a maioria dos municípios da região, sua origem está ligada à chegada dos bandeirantes paulistas (em especial à bandeira de Borba Gato), que vinham à procura de ouro. O nome Descoberto dado a princípio ao lugar, passando a ser Descoberto do Itagybá, atualmente Itajubá, que significa "braço de pedra", através da junção dos termos tupis itá ("pedra") e îybá ("braço").[5] Já em 1848, a freguesia foi elevada a vila e, em 1938, a município. Nos idos de 1746, a região de Itajubá sofreu modificações em suas divisas e passou a pertencer a Minas Gerais.
No decorrer de sua história, o município de Itajubá sofreu divisões em seu território, sendo que a vila original se tornou a cidade de Delfim Moreira, enquanto Itajubá se desenvolveu em outro ponto do município, mais abaixo no vale.
Historicamente, a região de Delfim Moreira foi muito conhecida pela intensa produção agrícola, especialmente do marmelo, nos idos de 1940 a 1970 e, posteriormente, pela cultura da batata e pela produção de leite.
Atualmente, a cidade tem se despontado turisticamente devido a grande quantidade de cachoeiras existentes. Existem cachoeiras para aqueles aventureiros mais radicais e para aquelas pessoas que buscam um acesso mais fácil. Em algumas cachoeiras, o turista conta com estrutura de visitação, com destaque para a Cachoeira Ninho da Águia. A cidade oferece diversas pousadas, indo do econômico ao mais luxuoso.
Economia[editar | editar código-fonte]
Atualmente, a região conta com diversos criatórios de trutas e, pela privilegiada condição climática, de topografia e de cobertura vegetal, vem desenvolvendo o turismo rural e ecológico. Destaca-se a partir de 2011 o surgimento da cultura cervejeira artesanal no município, advinda pela chegada da Microcervejaria Kraemerfass. A Kraemerfass também atua no cultivo de olivas para a produção de azeites do estilo gourmet.
Pontos turísticos[editar | editar código-fonte]
Ninho da Águia: diversas quedas se formam ao longo do rio Santo Antônio, trilhas interligando os diversos pontos da cachoeira, pontes, mirantes, ilhas naturais, piscinas, bar, restaurante e áreas de lazer. É o mais antigo atrativo turístico da cidade e um dos principais, recebendo anualmente em torno de 15 000 visitantes, sobretudo da Região Sudeste do Brasil.[6] O local conta também com um Restaurante localizado no estacionamento que atende tanto o público interno quanto aqueles que passam pela MG-350.
Mosteiro de Santa Maria de Serra Clara: dos monges beneditinos, em estilo europeu, com arcos, paisagem exuberante, pomares e jardins.
Hotel Fazenda Pousada do Barão: situado entre riachos e matas virgens, com rica fauna e cachoeiras.
Pesqueiro Fazenda Serra Bonita
Túnel do Barreirinho: na verdade não é um túnel. Fica no bairro do Barreirinho e é uma construção da década de 1920. Canaliza as águas de uma cachoeira. Para chegar, parta do centro de Delfim Moreira pela Rodovia MG-350 (11 km de asfalto) até o bairro da Água Limpa; vire à direita e pegue a estrada em direção ao Mosteiro de Santa Clara, até o bairro do Barreirinho (quatro quilômetros de terra); até o túnel são mais mil metros de terra pela antiga linha férrea.
Parque da Cachoeira do Itagybá: fica a um quilômetro do Centro de Delfim Moreira. Possui duas grandes quedas, formada pelas águas do Ribeirão do Taboão. Recomenda-se que fotos da cachoeira sejam feitas do alto do Parque Cruz das Almas, de onde a sua visão é espetacular. Acesso feito pala Estrada do Peixe.
Parque Cruz das Almas: este parque está a um quilômetro do Centro de Delfim Moreira a uma altitude de 1 300 metros e é formada por um bosque de mata atlântica recortado por córregos; uma trilha leva até a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e ao cruzeiro no alto da montanha, de onde se avista a cidade e a Cachoeira do Itagybá. Para chegar, vá pelas ruas Marechal Deodoro ou Benedito Valadares com entrada na Rua Professor Gustavo Moreira.
Cruzeiro do Salto Mirante da Pedra Malhada: fica no Bairro do Salto, no Morro do Caracol a 1 627 metros de altitude na Serra da Estância. Visão ampla da região de vales e montanhas, paisagem tipicamente rural. A Pedra Malhada serve de cenário para a prática de trekking, tirolesa e esportes radicais como o alpinismo. Saindo do Centro de Delfim Moreira pela Rodovia MG-350 até o bairro da Água Limpa; vire à direita e pegue a estrada do sub-distrito da Barra, até o bairro do Salto. Até o cruzeiro, são mais 2 km de trilha.
Mirante Cruzeiro do São Bernardo: está no bairro de São Bernardo, a uma altitude de 1 800 metros. Vista privilegiada desta região da Serra da Mantiqueira, com o Pico dos Marins e a cidade de Delfim Moreira num vale. O acesso é feito por uma estradinha partindo do Bairro ou pela trilha que se inicia no Bairro da Santa Cruz, cortando floresta de Mata Atlântica. A partir do centro de Delfim Moreira, pelas ruas Presidente Tancredo Neves e Avenida João Pinheiro, no bairro do Caquende, vire à direita e pegue a estrada até o bairro São Bernardo. Até o cruzeiro, são mais dois quilômetros de terra.
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Soledade: A edificação moderna da matriz se destaca na paisagem urbana local, com pórticos nas entradas do templo. A torre da igreja é separada do corpo principal, se destacando pela sua dimensão. Em seu interior, no altar, um calvário com imagens esculpidas em madeira chama a atenção de todos. O mesmo foi trabalhado por um escultor de Treze Tílias, em Santa Catarina. Ainda conta com a imagem restaurada de Nossa Senhora da Soledade, padroeira da cidade. A imagem foi trazida pelo fundador da cidade, o sargento Miguel Garcia Velho, no século XVIII.
Microcervejaria Kraemerfass: São três construções em estilo tirolêz (germano-austríaco), constituídos de fábrica de cervejas, bar & restaurante e adega para armazenamento de cervejas de guarda. Inaugurada em 2011 por Newton Litwinsky, esse exímio empreendedor restaurou a arte do fabrico artesanal vindo de seus antigos familiares residentes nas cidades sulistas de Santa Maria e União da Vitória, desde 1900. As cervejas são supervisionadas pelo mestre cervejeiro de Treze Tílias, Sr. Evandro Zanini. A produção é realizada de acordo com a Lei de Pureza da Baviera, a Reinheitsgebot de 1516.[7]
Clima[editar | editar código-fonte]
O clima de Delfim Moreira é Tropical de Altitude, tipo Cwb, com invernos secos e frios suscetíveis à fortes geadas devido à altitude da Serra da mantiqueira, e verões amenos suavisados pela altitude e da alta pluviosidade de seus verões. O outono e a primavera são suaves e são estações de transição entre o verão e o inverno e vice-versa.
Rodovias[editar | editar código-fonte]
O município é servido pelas rodovias BR-459, MG-350 e AMG-1915.
Política[editar | editar código-fonte]
- Prefeito: José Fernando Coura (2017-2020)
- Vice-prefeito: Celiandro de Paula Silvério (2017-2020)
Imprensa[editar | editar código-fonte]
Em Delfim Moreira são editados dois jornais. O Jornal Voz da Montanha é o mais antigo e é um jornal em preto e branco editado pelo Professor Dujovânio. O Jornal Alpes da Mantiqueira é mais recente, lançado em 31 de agosto de 2010 e é um jornal totalmente colorido editado pelo médico Tarcísio Almeida. www.alpesdamantiqueira.com.br
Rádio[editar | editar código-fonte]
Possui uma webrádio, a Delfim FM, criada em fevereiro de 2012, com programação voltada para o sertanejo tradicional. O acesso pode ser feito através do site www.delfimfm.com.br
O site da rádio também divulga notícias, eventos e informações do município. Além do site as divulgações também são vinculadas pela página www.facebook.com/delfimfm
Referências
- ↑ a b «Divisão Territorial do Brasil». Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2008. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística http://cidades.ibge.gov.br/v3/cidades/municipio/3121100 Parâmetro desconhecido
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ignorado (ajuda); Em falta ou vazio|título=
(ajuda) - ↑ a b «Estimativa Populacional 2017». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 30 de agosto de 2017. Consultado em 30 de agosto de 2017
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ NAVARRO, E. A. Método Moderno de Tupi Antigo. Terceira edição. São Paulo: Global, 2005. p. 198
- ↑ http://www.cachoeiraninhodaaguia.com
- ↑ OLIVEIRA, Henrique - Brasil Beer: O guia de cervejas brasileiras. Editora Gutemberg, 2013.