Detroit: Become Human

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Detroit: Become Human
Detroit: Become Human
Desenvolvedora(s) Quantic Dream
Publicadora(s) Sony Interactive Entertainment
Diretor(es) David Cage
Produtor(es) Sophie Buhl
Projetista(s) Simon Wasselin
Escritor(es) David Cage
Adam Williams
Programador(es) Jean-Charles Perrier
Artista(s) Christophe Brusseaux
Compositor(es) Nima Fakhrara
John Paesano
Philip Sheppard
Plataforma(s) Microsoft Windows
PlayStation 4
Lançamento PlayStation 4
  • WW 25 de maio de 2018

Microsoft Windows
  • WW 12 de dezembro de 2019
Gênero(s) Drama interativo
Ação-aventura
Modos de jogo Um jogador

Detroit: Become Human é um jogo eletrônico produzido pela Quantic Dream e publicado pela Sony Interactive Entertainment para o PlayStation 4 e Microsoft Windows PC. A história gira em torno de Kara, Markus e Connor, três androides concebidos pela empresa fictícia CyberLife que, consoante as decisões que o tomar, mudarão o rumo da cidade de Detroit e, consequentemente, dos Estados Unidos da América. Além disso, será testemunhado o surgimento de uma nova raça: Os Divergentes (androides que manifestam emoções humanas).

Detroit: Become Human é baseado na demonstração tecnológica de 2012 da Quantic Dream Kara, que também estrelou Curry. Para pesquisar o cenário, os desenvolvedores visitaram Detroit, Michigan. O roteiro levou mais de dois anos para ser concluído pelo escritor e diretor David Cage. Eles construíram um novo mecanismo para complementar o jogo e escalar centenas de atores antes de iniciar o processo de filmagem e animação. Philip Sheppard, Nima Fakhrara e John Paesano serviram como compositores para Kara, Connor e Markus, respectivamente. Foi lançado para o PlayStation 4 em maio de 2018 e o Microsoft Windows em dezembro de 2019.

Detroit: Become Human recebeu críticas geralmente favoráveis ​​dos críticos, que elogiaram o cenário, os visuais, os momentos menores da história, os personagens principais, seus dubladores, as escolhas de impacto que tiveram na narrativa e o recurso do fluxograma, mas criticaram os controles de movimento, manuseio incorreto de alegorias históricas e temáticas e aspectos do enredo e personagens. O jogo é o lançamento de maior sucesso da Quantic Dream, com vendas superiores a 3 milhões.

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Kara (Valorie Curry), é uma androide do modelo AX400 concebida exclusivamente para atividades domésticas. Ao regressar para casa de Todd Williams, o seu dono, após ter sido reparada, ela conhece novamente Alice, a única filha de Todd. Quando percebe que este tem um temperamento instável e agressivo, Kara foge com Alice para começarem uma nova vida juntas.

Markus (Jesse Williams), é um androide do modelo RK200 concebido para cuidar de Carl Manfred, um renomado pintor confinado a uma cadeira de rodas. Com o passar do tempo, Carl acaba por estabelecer uma ligação com Markus de pai e filho que o seu filho biológico Leo desaprova. Após um conflito com Leo, Markus acaba numa lixeira de onde renascerá determinado a conduzir um grupo de divergentes a lutar pela liberdade dos androides.

Connor (Bryan Dechart), é o modelo de androide mais recente, um RK800, cuja função é oferecer assistência a investigadores. No entanto, com a proliferação dos divergentes, a CyberLife oferece o seu protótipo à polícia de Detroit e Connor torna-se parceiro do Tenente Hank Anderson. O androide deverá, assim, conquistar a confiança de Hank na arriscada investigação sobre o fenómeno que poderá estar na origem da divergência, vendo-se confrontado com a decisão entre trair a sua espécie ou quem o criou.

Produção[editar | editar código-fonte]

No final de 2015, David Cage, fundador da Quantic Dream, revelou que se encontrava a pré-produzir um título exclusivo para a PlayStation 4, com base naquilo que já tinha sido feito em títulos anteriores, como Heavy Rain e Beyond: Two Souls, "mas de uma maneira muito, muito diferente".[1] O jogo, anunciado em outubro de 2015 na conferencia de imprensa da Sony durante o Paris Games Week[2] com o título Detroit: Become Human[3] foi inspirado numa demonstração tecnológica apresentada na PlayStation 3, a curta-metragem Kara.1[4][5][6] Apesar de originalmente não ter sido essa a ideia,[7] Cage quis fazer da demonstração um jogo integral porque sentiu curiosidade acerca daquilo que se iria passar depois dos acontecimentos da curta.[8] A equipa de produção escolheu então Detroit como pano de fundo para o jogo, viajando até à cidade em busca de inspiração.[9]

O jogo envolve atores como Jesse Willians, Valorie Curry, Bryan Dechart e Audrey Boustani. Na versão portuguesa (de Portugal), os atores José Mata, Victoria Guerra e Diogo Morgado dobraram as vozes dos protagonistas Connor, Kara e Markus, respetivamente.

Recepção[editar | editar código-fonte]

Recepção[editar | editar código-fonte]

 Recepção
Resenha crítica
Publicação Nota
Destructoid 7/10[10]
EGM 8.5/10[11]
Game Informer 8/10[12]
Game Revolution 4 de 5 estrelas.[13]
GameSpot 7/10[14]
GamesRadar+ 4.5 de 5 estrelas.[15]
IGN 8/10[16]
VideoGamer 4/10[17]
Pontuação global
Agregador Nota média
Metacritic PS4: 78/100[18]
PC: 80/100[19]

Detroit: Become Human recebeu "críticas geralmente favoráveis" dos críticos, de acordo com o agregador de notas Metacritic[18][19]

A IGN foi positiva em sua revisão dizendo que "Seu trio central, bem escrito e atuado, foi vital o suficiente para mim, e me senti sentindo uma verdadeira angústia quando estavam em perigo e uma sensação de vitória quando eles triunfaram", Mas disse que a história poderia ser um pouco mais "suave".[16] A GameSpot diz que "Vale a pena jogar, entretanto afirma que "Ainda há espaço para crescer".[14]

O Voxel deu 91/100 (excelente) e disse que "Detroit: Become Human é um salto enorme ao que Heavy Rain foi e traz as decisões e trama coesa que Beyond carecia. Uma obra magnífica da Quantic Dream", mas ainda criticou que a "Jogabilidade do jogo ainda segue fórmula Quantic Dream e não inova (e os controles de movimento ainda são penosos)".[20] A IGN Brasil deu 8,6 e disse "Detroit: Become Human transmite de forma fascinante o questionamento do que significa estar vivo e, embora tenha alguns problemas técnicos, compensa com uma narrativa bem elaborada e personagens cativantes".[21]

Vendas[editar | editar código-fonte]

Detroit: Become Human ultrapassou 1 milhão de cópias em duas semanas.[22] Até julho de 2021, 6 milhões de unidades foram vendidas[23]

Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

No The Game Awards de 2018 foi indicado em duas categorias:[24]

Mas no SXSW Gaming Awards 2019 foi indicado em quatro categorias:[25]

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. Como referido por David Cage em 2012, a demonstração não foi criada para ser um jogo; "Kara não é o nosso próximo jogo. Não é o personagem, não é o mundo, não é a história".[7]

Referências

  1. Makuch, Eddie (26 de setembro de 2013). «Quantic Dream's PS4 game "very, very different" says Cage». GameSpot. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  2. Kohler, Chris (27 de outubro de 2015). «David Cage's Captivating Android Finally Has Her Game: Detroit». WIRED. Consultado em 27 de outubro de 2015 
  3. Marchiafava, Jeff (27 de setembro de 2015). «Quantic Dream Reboots Kara In Detroit: Become Human». Game Informer. Consultado em 27 de outubro de 2015 
  4. Goldfarb, Andrew (27 de outubro de 2015). «Heavy Rain Dev Announces Detroit: Become Human for PlayStation 4». IGN. Consultado em 27 de outubro de 2015 
  5. Roberts, David (27 de outubro de 2015). «Quantic Dream's robotic tech demo transforms into Detroit: Become Human». GamesRadar. Consultado em 27 de outubro de 2015 
  6. Robinson, Martin (7 de março de 2015). «Introducing Quantic Dream's Kara». Eurogamer. Consultado em 27 de outubro de 2015 
  7. a b McWhertor, Michael (27 de outubro de 2015). «Quantic Dream reveals Detroit (and the return of 'Kara') for PS4». Polygon. Consultado em 27 de outubro de 2015 
  8. Cage, David (27 de outubro de 2015). «Quantic Dream's Latest Game Detroit Revealed, Exclusive to PS4». PlayStation.Blog. Consultado em 28 de outubro de 2015 
  9. Kato, Matthew (28 de outubro de 2015). «David Cage On Detroit: Become Human – 'We Didn't Want To Do Sci-Fi'». Game Informer. Consultado em 28 de outubro de 2015. Arquivado do original em 30 de outubro de 2015 
  10. Carter, Chris (24 de maio de 2018). «Detroit: Become Human». Destructoid (em inglês) 
  11. Groroff, Michael (24 de maio de 2018). «Detroit: Become Human review». EGM (em inglês) 
  12. Wallace, Kimberly (24 de maio de 2018). «Detroit: Become Human Review». Game Informer (em inglês) 
  13. Tamburro, Paul (24 de maio de 2018). «Detroit: Become Human Review - Rage Inside the Machine». Game Revolution (em inglês) 
  14. a b Brown, Peter (24 de maio de 2018). «Detroit: Become Human Review - To Err Is Human». GameSpot (em inglês) 
  15. Hartup, Andy (24 de maio de 2018). «Detroit: Become Human review: "An ambibitious, wonderfully executed piece of storytelling». GamesRadar+ (em inglês) 
  16. a b O'Brien, Lucy (24 de maio de 2018). «Detroit: Become Human - Review». IGN (em inglês) 
  17. Ahen, Colm (24 de maio de 2018). «Detroit: Become Human review». VideoGamer (em inglês) 
  18. a b «Detroit: Become Human for PlayStation 4 Reviews». Metacritic (em inglês). Consultado em 16 de janeiro de 2022 
  19. a b «Detroit: Become Human for PC Reviews». Metacritic (em inglês). Consultado em 16 de janeiro de 2022 
  20. «Análise de Detroit: Become Human». Voxel. Consultado em 11 de setembro de 2019 
  21. «Review: Detroit: Become Human». IGN Brasil. 24 de maio de 2018. Consultado em 21 de dezembro de 2019 
  22. Romer, Rafael (10 de junho de 2018). «Detroit: Become Human ultrapassa 1 milhão de unidades». The Enemy 
  23. Macalossi, Julia (26 de julho de 2021). «Detroit: Become Human vendeu mais de 6 milhões de unidades». The Enemy 
  24. «The Game Awards - Revelados todos os vencedores da premiação de melhores jogos do ano!». Legião dos Heróis. 7 de dezembro de 2018. Consultado em 21 de dezembro de 2019 
  25. Andreia Oliveira (19 de março de 2019). «Confira os vencedores da SXSW Gaming Awards 2019». WarpZone. Consultado em 21 de dezembro de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]