Diário de uma Criada de Quarto

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 Nota: Para outros significados, veja Journal d'une femme de chambre.
Le Journal d'une femme de chambre
Diário de uma Criada de Quarto (PT)
Diário de uma Criada de Quarto
Diário de uma criada de quarto
Autor(es) Octave Mirbeau
Idioma Língua francesa
País  França
Lançamento 1900
Páginas 324
Edição portuguesa
Tradução Adelino dos Santos Rodrigues
Editora Minerva
Lançamento 1973

Diário de uma criada de quarto – em francês Le Journal d'une femme de chambre – é um romance do jornalista, panfletário, crítico de arte, romancista e autor dramático francês Octave Mirbeau, publicado em 1900, durante o Caso Dreyfus[1].

Comentários[editar | editar código-fonte]

Mirbeau estigmatiza a escravidão dos tempos modernos, a domesticidade, e exibe os segredos repugnantes da burguesia. Antes de Jean-Paul Sartre, ele suscita angústia existencial e náusea[2].

Octave Mirbeau, a criada de quarto Célestine, 1900

Retrato fiel da época, este romance conta a história de Celestina, criada de quarto atraente e autora muito lúcida do diário, e confronta duas classes que se odeiam e desprezam mutuamente: a burguesia corrupta e a criadagem explorada, cuja condição humana sempre se nega[3].

Adaptações cinematográficas[editar | editar código-fonte]

Citações[editar | editar código-fonte]

  • "Hoje, 14 de Setembro, às três da tarde, por um tempo ameno, cinzento e chuvoso, dei entrada no meu novo emprego. Em dois anos, é já o décimo segundo. Já não falo dos que tive nos anos anteriores. Não tinham conto possível. Bem me posso gabar de ter visto por dentro muita casa, muita cara... muita alma imunda..."
  • "A adoração do milhão !... É um sentimento baixo, comum não só aos burgueses, mas também à maior parte de nós, os pequenos, os humildes, os que não têm onde cair mortos neste mundo."

Referências

  1. Octave Mirbeau, L’Affaire Dreyfus, Librairie Séguier, 1991.
  2. Pierre Michel, « Le Journal d'une femme de chambre, ou voyage au bout de la nausée », Éditions du Boucher, 2001, pp. 3-31 ; Pierre Michel, Jean-Paul Sartre et Octave Mirbeau, Société Octave Mirbeau, 2005, 67 p.
  3. Annie Rizk, « De Mirbeau à Genet – Les bonnes et le crime en littérature », Cahiers Octave Mirbeau, n° 17, 2010, p. 68-76 ; Anita Staron, « “La servitude dans le sang”. L'image de la domesticité dans l'œuvre d'Octave Mirbeau », Statut et fonctions du domestique dans les littératures romanes, Wydawnictwo UMCS, Lublin, 2004, p. 129-140.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]