Didelfiídeos
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| Didelfiídeos[2] | |
|---|---|
| Didelphis virginiana, a única espécie dos Estados Unidos e do Canadá (mãe com nove filhotes) | |
| Classificação científica | |
| Reino: | Animalia |
| Filo: | Chordata |
| Classe: | Mammalia |
| Infraclasse: | Marsupialia |
| Ordem: | Didelphimorphia Gill, 1872 |
| Família: | Didelphidae J. E. Gray, 1821 |
| Género tipo | |
| Didelphis Linnaeus, 1758
| |
| Gêneros | |
| Diversidade | |
| 126 espécies | |

Didelfiídeos (nome científico: Didelphidae)[3] é uma família à qual pertencem os gambás. É a única família da ordem Didelphimorphia, com mais de 60 espécies agrupadas em 15 géneros.
Nomes
[editar | editar código]Vernaculamente, as espécies de grande porte do gênero Didelphis costumam ser chamados de gambás, os de porte médio (na comparação entre os animais da família Didelphidae) e pertencente a outros gêneros são chamadas de cuícas, e as de porte pequeno e que são facilmente confundidas com ratos (animais sem parentesco com os Didelphidae) são chamados de catitas.[4]
Nos territórios lusófonos onde ocorrem tais animais existem variações regionais de vernáculos, por exemplo, em partes do Norte do Brasil os gambás são chamados de mucuras e em certas regiões do Brasil o termo catita não é usado para as espécies de pequeno porte e sim cuíca (ou seja a mesma designação vernácula para as espécies de porte médio).
Características
[editar | editar código]Apesar das características comuns, este grupo radiou numa grande variedade de formas. Os seus parentes extintos eram ainda mais variados na sua morfologia e comportamento: havia um grupo de grandes carnívoros, com uma espécie parecida com os tigres de dentes de sabre, enquanto outro grupo aparentemente convergiu com os ratos-cangurus. São animais de pequeno a médio porte e, tal como os membros da ordem Paucituberculata, diferem dos seus parentes australianos por não apresentarem sindactilia, ou seja, não terem dedos unidos por pele, e por terem o hálux (o primeiro dedo das patas traseiras) parcialmente oponível aos outros dedos; ao contrário dos restantes dedos, que têm garras, este tem uma unha. Têm 5 dentes incisivos superiores e quatro inferiores, os caninos são grandes e os molares são trituberculados. A cauda é preênsil, geralmente longa e escamosa. O focinho é alongado, a caixa craniana é pequena e, muitas vezes, apresenta uma crista sagital proeminente.
Habitat
[editar | editar código]Os didelfiídeos encontram-se na maior parte dos habitats desde o nível do mar até altitudes superiores a 3000m, desde a estepe subárida até a savana e a floresta tropical. Várias espécies vivem principalmente nas árvores, muitas vivem no solo, enquanto que uma é aquática e tem as patas traseiras transformadas em nadadeiras (o gambá d'água, Chironectes minimus).
Classificação
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Hershkovitz (1992) considerou, com base na morfologia molar, que Caluromysiops e Caluromys estariam em tribos completamente separadas. Estudos morfológicos (Sanchez-Lillagra e Wible, 1993) e moleculares (Jansa e Voss, 2001) indicaram que esses dois gêneros formam um grupo monofilético. O consenso atual é que Glironia, Caluromysiops e Caluromys, são intimamente relacionados e basais entre os Didelphidae (Cardillo et al., 2004). Voss e Jansa (2009) reclassificaram a família Didelphidae, separando em 4 subfamílias.
- Subfamília Glironiinae Voss & Jansa, 2009
- Gênero Glironia Thomas, 1912 (1 espécie)
- Subfamília Caluromyinae Kirsch & Reig, 1977
- Gênero Caluromys J. A. Allen, 1900 (3 espécies)
- Gênero Caluromysiops Sanborn, 1951 (1 espécie)
- Subfamília Hyladelphinae Voss & Jansa, 2009
- Gênero Hyladelphys Voss, Lunde & Simmons, 2001 (1 espécie)
- Subfamília Didelphinae Gray, 1821
- Tribo Marmosini Hershkovitz, 1992
- Gênero Marmosa Gray, 1821 (15 espécies)
- Gênero Monodelphis Burnett, 1830 (22 espécies)
- Gênero Tlacuatzin Voss & Jansa, 2003 (1 espécie)
- Tribo Metachirini Hershkovitz, 1992
- Gênero Metachirus Burmeister, 1834 (1 espécie)
- Tribo Didelphini Gray, 1821
- Gênero Chironectes Illiger, 1811 (1 espécie)
- Gênero Didelphis Linnaeus, 1758 (6 espécies)
- Gênero Lutreolina Thomas, 1910 (1 espécie)
- Gênero Philander Brisson, 1762 (7 espécies)
- Tribo Thylamyini Hershkovitz, 1992
- Gênero Chacodelphys Voss, Jansa & Gardner, 2004 (1 espécie)
- Gênero Cryptonanus Voss, Lunde & Jansa, 2005 (5 espécies)
- Gênero Gracilinanus Gardner & Creighton, 1989 (6 espécies)
- Gênero Lestodelphys Tate, 1934 (1 espécie)
- Gênero Marmosops Matschie, 1916 (15 espécies)
- Gênero Thylamys Gray, 1843 (10 espécies)
- Tribo Marmosini Hershkovitz, 1992
Referências
- ↑ Goin, Francisco; Abello, Alejandra; Bellosi, Eduardo; Kay, Richard; Madden, Richard; Carlini, Alfredo (2007). «Los Metatheria sudamericanos de comienzos del Neógeno (Mioceno Temprano, Edad-mamífero Colhuehuapense). Parte I: Introducción, Didelphimorphia y Sparassodonta». Ameghiniana. 44 (1): 29–71
- ↑ Gardner, A. (2005). Wilson, D. E.; Reeder, D. M, eds. Mammal Species of the World 3rd ed. [S.l.]: Johns Hopkins University Press. pp. 3–18. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494
- ↑ «Didelfiídeo». Michaelis
- ↑ https://parqueecologicoimigrantes.org.br/pei-e-lar-de-gambas-cuicas-e-catitas/
Bibliografia
[editar | editar código]- GARDNER, A. L. Order Didelphimorphia. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.). Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3. ed. Baltimore: Imprensa da Universidade Johns Hopkins, 2005. v. 1, p. 3-18.
