Diogo Lopes Pacheco

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Diogo Lopes Pacheco
Nascimento ca. 1305
Ferreira de Aves, Reino de Portugal
Morte 1393 (88 anos)
Reino de Portugal
Progenitores Mãe: Maria Gomes Taveira
Pai: D. Lopo Fernandes Pacheco

D. Diogo Lopes Pacheco (Ferreira de Aves, ca. 13051393), 8.º Senhor de Ferreira de Aves, filho de Lopo Fernandes Pacheco, 7.º Senhor de Ferreira de Aves, e de sua primeira mulher Maria Gomes Taveira. Foi um fidalgo da corte de D. Afonso IV que, como conselheiro deste monarca, teria participado na condenação de Inês de Castro. Após o assassínio desta, ocorrido em 1355, o seu nome e os de Pêro Coelho e de Álvaro Gonçalves foram apontados como sendo os dos executores dessa cruel sentença de morte. E, em 1357, com a subida de D. Pedro I ao trono de Portugal, temendo a vingança do novo Rei, esses três fidalgos procuraram refúgio em Castela. Todavia, o Rei de Castela negociou a extradição dos presumíveis assassinos de Inês de Castro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Decorria o ano de 1360, quando D. Pedro I de Castela e Pedro I de Portugal fizeram um acordo para a troca de certos nobres castelhanos, refugiados em Portugal, por alguns nobres portugueses foragidos em Castela. Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves vieram a ser supliciados em Santarém, enquanto Diogo Lopes Pacheco conseguia fugir para Avinhão na França e escapar, assim, à cruel sorte dos outros dois. Em contrapartida, D. Pedro I de Castela recebeu e mandou matar os fidalgos castelhanos Pedro Nunes de Gusmão, Mem Rodrigues Tenório, Fernão Gudiel Toledo, e Fernão Sanches Caldeira.

Durante o reinado de D. Fernando (1367-1383), Diogo Lopes voltou para Portugal, vindo a desempenhar funções diplomáticas, nomeadamente nas negociações do Tratado de Alcoutim (1371). Mas, em desacordo com o casamento do monarca português com D. Leonor Teles, e temendo a perseguição desta, voltou de novo a exilar-se. Ao serviço de D. Henrique II de Castela, aconselhou este monarca a cercar Lisboa, crendo que os seus defensores, «cerrados como ovelhas em curral», seriam forçados a render-se por falta de mantimentos. Isso não aconteceu, vindo a luta a terminar mercê da mediação do cardeal Guido de Bolonha, que o Papa enviara à Península Ibérica para negociar a paz entre Portugal e Castela.

A 19 de Março de 1373 foi assinado em Santarém um tratado de paz, vantajoso para Castela. O Rei de Portugal obrigava-se a anular todas as disposições que acordara com o duque de Lencastre.

Perdoado e reintegrado na posse dos seus bens por D. Fernando, apesar de ter pegado em armas contra a pátria, Diogo Lopes beneficiou assim do clausulado do referido tratado de Santarém. Retornando a Castela, de novo volta a Portugal em 1384, para apoiar o Mestre de Avis, e sabemos que ainda vivia em 1385, porquanto esteve presente na batalha de Aljubarrota.

Casamento e descendência[editar | editar código-fonte]

Antes de casar, teve de Margarida Pires dois filhos naturais:

  • Lopo Fernandes Pacheco[1] (ca. 1325 - ?), legitimado por D. João I de Portugal por Carta de 21 de Fevereiro de 1392, casado primeira vez com Francisca Vasques Coutinho, casado segunda vez com Isabel Afonso Valente e casado terceira vez com Isabel Borges da Silva. Com geração dos três casamentos.
  • Fernão Lopes Pacheco (ca. 1326 - ?), alcaide-mor de Santarém, casado com Catarina Rodrigues Ribeiro, com geração.

Casou ca. 1350 com Joana Vasques Pereira, filha de Vasco Gonçalves de Pereira, conde de Trastâmara, e de Inês Lourenço da Cunha[2], da qual teve:

Referências

  1. García Benavente, José Antonio (2008). «Diego López Pacheco» (PDF). Crónicas. La Puebla de Montalban. pp. 17–18 
  2. Linhagens Medievais Portuguesas: genealogias e estratégias 1279-1325, por José Augusto de Sotto Mayor Pizarro, Porto, 1997, volume II, pág. 895 - repositorio-aberto.up.pt
  3. Sotto Mayor Pizarro, José Augusto (1987). Os Patronos do Mosteiro de Grijó. Porto: [s.n.] p. 63 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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