Discussão:Anarquismo/Arquivo/2

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Esse artigo, especialmente na seção Educação avançada, passa informações equivocadas sobre a visão do anarquismo sobre a violência. Essa parte, por exemplo, é uma opinião de seu autor, e não um fato: Como a violência é uma forma pura de autoridade, de poder, o indivíduo que encarná-la em qualquer uma de suas ações, por qualquer que seja o motivo, não será considerado anarquista

Se formos considerar a maioria dos pensadores anarquistas clássicos, é uma afirmação mentirosa. É só ver textos do Malatesta ("Sem dúvida alguma, a revolução produzirá numerosas infelicidades, muitos sofrimentos; mas, mesmo que ela produzisse cem vezes mais, seria uma bênção em relação a todas as dores hoje engendradas pela má formação da sociedade." - em Escritos Revolucionários) e do Bakunin ("Sem perdão; guerra implacável a meus inimigos, pois esses são os inimigos de tudo que há de humano em nós, os inimigos de nossa dignidade, de nossa liberdade." - em Revolução e Liberdade). Eles "não serão considerados anarquistas?"

Realmente esta parte esta um "pouco" errada. Vou ver se consigo amanha melhora-la. DARIO SEVERI (discussão) 17h44min de 15 de fevereiro de 2013 (UTC)

REVISÃO URGENTE![editar código-fonte]

Existe erros gravíssimos nesta pagina, muitas pessoas taxadas de anarquistas nunca foram anarquistas e nem se disseram anarquistas, o artigo trata o anarquismo de maneira anti-histórica,confusa,baseado em idealismo e achismo, a questão de correntes anarquistas também é bem problemática, chegam ao cumulo de falar anarco-individualismo fora as correntes pós-classicas como zerzam ,chega a ser uma piada...e necessário uma revisão urgente!

Este é um projeto voluntário, sinta-se a vontade para melhorá-la. Cainamarques 05h13min de 2 de março de 2013 (UTC)
Pretendo ir aos poucos trabalhando nesse artigo, vamos ver o que posso fazer. A princípio quero retirar as seções sem referências e realizar uma tradução da Wikipédia em inglês, onde é artigo bom. Na realidade, partes do artigo já se encontram traduzidas, enquanto outras ainda não. Pretendo também adicionar algumas novas seções, vamos ver o que pode ser feito. Mas ainda sim, convido os interessados a ajudarem a colaborar na edição do artigo. Sds O Estranho no Ninho (discussão) 21h54min de 1 de fevereiro de 2015 (UTC)
Já comecei timidamente a tradução. Vou fazendo-a aos poucos, já que meu inglês é intermediário e posso encontrar algumas dificuldades. Se não houver nenhuma oposição aqui, irei remover as seções sem referências. O Estranho no Ninho (discussão) 04h33min de 3 de fevereiro de 2015 (UTC)
Olá O Estranho no Ninho, li o teu apelo no primeiro dia mas preferi aguardar para ver se algum outro aparecia. Não esta me sobrando muito tempo livre para fazer traduções mas vou conferir o teu trabalho e se notar alguma tradução incorreta vou corrigi-la. Quanto aos textos sem fontes, se existirem duvidas deles serem corretos remova-os. DARIO SEVERI (discussão) 08h02min de 3 de fevereiro de 2015 (UTC)
Removi as seções sem fontes. No geral, são baseadas em "achismos" do autor, como exposto pelo usuário anônimo acima e não cumprem com o princípio de verificabilidade. O Estranho no Ninho (discussão) 02h06min de 4 de fevereiro de 2015 (UTC)

Retirando subseções: Anarquismo no Brasil e Anarquismo em Portugal[editar código-fonte]

Estou retirando as subseções "Anarquismo no Brasil" e "Anarquismo em Portugal" tendo em vista que: o conteúdo de tais seções é fraquíssimo, está muito mal referenciado e tendo em vista que os fatos mais importantes sobre os movimentos anarquistas no Brasil e em Portugal podem ser adicionados ao longo do texto, em especial na seção "História", a fim de evitar pormenores fastidiosos e que o artigo fique muito grande. Em contrapartida, Anarquismo no Brasil e Anarquismo em Portugal estarão listados na seção "Ver também". O Estranho no Ninho (discussão) 19h19min de 16 de fevereiro de 2015 (UTC)

Algumas colocações[editar código-fonte]

No início do ano, havia posto aqui, como pode ser visto acima, que iria promover uma reformulação no artigo tendo como base o good article anglófono. Isso acabou não ocorrendo. Boa parte do artigo já era tradução da Wikipédia anglófona na verdade, porém vários trechos foram omitidos no nosso, sabe-se lá porquê. O problema é que o verbete anglófono se mostrou de difícil tradução, e além disso, demasiado anglocêntrico e até mesmo, desatualizado. Como estou sempre pesquisando sobre anarquismo, por ser um assunto de meu interesse e até mesmo para pesquisas acadêmicas, acabei me deparando com estudos recentes, em especial, os de Michael Schmidt, Lucien van der Walt, Alexandre Samis e Felipe Corrêa. Na realidade esses estudos vem sendo realizados pelo menos desde 2010, e têm dado novas abordagens ao anarquismo. Refutam a abordagem ahistórica do anarquismo, alimentada por muitos teóricos e historiadores do anarquismo, estabelecem uma série de critérios para uma definição correta do anarquismo, sendo este, para os autores citados, um tipo de socialismo revolucionário que surge através de uma inter-relação prática-teórica na segunda metade do século XIX, no seio da Primeira Internacional, através da radicalização do pensamento mutualista de Proudhon, e que através dessas inter-relações práticas-teóricas desenvolve-se, permanecendo em mutação até os dias de hoje. Tais autores também refutam o esquema amplamente usado para definir "correntes" do anarquismo, e ao invés de defenderem a divisão das correntes do anarquismo em questões de ordem econômica, como mutualismo, coletivismo e comunismo, os dividem em duas grandes correntes, de ordem tática: o anarquismo insurrecionalista e o anarquismo de massas, divisão muito mais coerente, já que, analisando rapidamente a história do anarquismo, podemos perceber coletivistas e comunistas defendendo tanto estratégias insurrecionalistas (insurreições, atentados e uso da violência) como estratégias de massa (atuações em sindicatos e outros movimentos sociais organizados), e inclusive entrando em debates sobre organizacionismo (a defesa da atuação dos anarquistas em sindicatos e outros movimentos sociais) e antiorganizacionismo (a crítica à participação dos anarquistas em sindicatos e outros movimentos sociais, que na visão de tais anarquistas, seria inútil), entre outros. Além disso, também há a crítica à denominação de ditas "correntes contemporâneas", como anarcafeminismo, anarquismo verde ou anarquismo queer, argumentando que a luta feminista, em prol do meio ambiente e contra a discriminação dos homossexuais chega no movimento anarquista com a influência da Nova Esquerda dos anos 60 e se incorpora ao movimento e a ideologia anarquista.

Tal modelo, proposto por esses autores citados, e por muitos outros que talvez não sejam de meu conhecimento, me parece muito mais coerente e até mesmo mais eficiente para o estudo das ideias e movimentos anarquistas, e adotá-lo seria uma questão até mesmo lógica, visto que já está sendo amplamente aceito pelos estudiosos e militantes do anarquismo. A obra Black Flame de Schmidt e van der Walt, de 2010, já é considerada referência entre os anarquistas e estudiosos do assunto, enquanto obras como A História das Ideias e Movimentos Anarquistas, de Woodcock, entre outros clássicos, já estão se tornando obsoletas à luz dos novos estudos, apesar de ainda nos trazerem muitas coisas aproveitáveis. O problema é que adotar esse modelo implica em realizar uma reforma profunda nos artigos sobre anarquismo aqui na nossa Wikipédia, e não apenas neste. É um trabalho bastante árduo, porém estou disposto à fazê-lo (dentro de meu ritmo, é claro) e particularmente acho que a Wikipédia só tem a ganhar com isso, de modo que os artigos sobre anarquismo da nossa Wiki passarão a contar com um conteúdo muito mais coerente, bem menos confuso e, principalmente, atualizado. De minha parte, já comecei o trabalho no artigo História do anarquismo, onde utilizo da teoria das cinco ondas de Michael Schmidt para fazer um balanço historiográfico da anarquismo e trago uma perspectiva mais adequada para tratar da história do movimento anarquista e do desenvolvimento das ideias anarquistas. O próximo que pretendo trabalhar é Tópicos no anarquismo, onde deverão ser tratados os princípios básicos do anarquismo (socialismo, federalismo, defesa da autogestão, crítica ao Estado e à dominção, etc) e debates relevantes (organizacionsmo x antiorganizacionismo, anarquismo e violência, modelo de distribuição coletivista ou comunista, estratégias, etc). Somente após isso é que se pode pensar em reformular este artigo, e a partir dele, reformular os demais verbetes sobre anarquismo aqui na Wikipédia.

Para os interessados, segue a dissertação de Felipe Corrêa, "Rediscutindo o Anarquismo", onde o autor aborda de maneira detalhada todos os aspectos por mim apontados, e na qual irei me basear para editar grande parte dos artigos sobre anarquismo aqui na Wikipédia, em especial, os referentes a estratégias ou problemas teóricos. Sobre a história do anarquismo, é um tema que pesquiso muito e aos poucos os artigos sobre episódios históricos relevantes ao anarquismo acabarão passando pelas minhas mãos, hehehe, assim com os artigos sobre o "anarquismo por região". Sei que, atualmente, sou um dos poucos editores interessados no tema ativos aqui na Wikipédia, porém se por ventura, alguém quiser me auxiliar nessa tarefa árdua, desde já agradeço. O Estranho no Ninho (discussão) 17h26min de 17 de agosto de 2015 (UTC)

Marquei o artigo para revisão devido aos apontamentos mencionados por mim acima, já estou a desenvolver conteúdo novo para esse verbete em uma página de testes. O Estranho no Ninho (discussão) 23h27min de 11 de setembro de 2015 (UTC)

Já foram alteradas as seções "História" e a introdução (ainda está fraca, pretendo melhorar logo, mais ainda asim, já se encontra mais clara do que a antiga e confusa introdução). Foi adicionada também uma nova seção, "Etimologia e terminologia". Aos poucos vou mexendo no artigo. O Estranho no Ninho (discussão) 21h04min de 12 de setembro de 2015 (UTC)
A introdução já foi significativamente melhorada, creio que agora esteja boa e adequada. Continuo a desenvolver conteúdo para o artigo na página de testes acima mencionada. Pretendo, ainda essa semana, desenvolver o restante do artigo. O Estranho no Ninho (discussão) 21h14min de 13 de setembro de 2015 (UTC)
Agora já não há mais resquícios do verbete antigo: é um verbete totalmente novo, e falta pouquíssima coisa para deixá-lo completo. O Estranho no Ninho (discussão) 22h46min de 20 de setembro de 2015 (UTC)

Fim da revisão[editar código-fonte]

Após um processo de revisão que envolveu algumas semanas, temos enfim um artigo completamente novo, atualizado, conciso e coerente sobre o tema, que creio que irá agradar tanto aqueles que já tem amplo conhecimento sobre o tema como os leigos que querem saber mais sobre esta ideologia política. Como os leitores podem perceber, tentei apresentar o anarquismo em uma perspectiva global, não só na seção história mas como ao apresentar os princípios, debates e correntes do anarquismo, expondo posições de militantes e fatos históricos referentes ao anarquismo no mundo inteiro, não só na Europa e nos Estados Unidos, abordagem que geralmente se dá aos estudos mais comuns sobre o tema. Ainda há algum conteúdo a ser adicionado, entretanto, o "grosso" do artigo está aí. Saudações, O Estranho no Ninho (discussão) 03h00min de 23 de setembro de 2015 (UTC)

@Estranhononinho: apenas uma observação: Citação: A Associação Internacional dos Trabalhadores, surgimento e desenvolvimento escreveu: «[...] e os centralistas, que se encontravam fundamentalmente ao redor de Karl Marx Conselho Geral, se tornaram cada vez maiores.» Não falta alguma coisa entre "Karl Marx" e "Conselho Geral"? --Zoldyick (Discussão) 03h08min de 25 de abril de 2016 (UTC)

Definição completamente diferente das fontes independentes mais reputadas[editar código-fonte]

O texto seguinte foi movido de: Usuário Discussão:Antero de Quintal Olá Antero, tudo bem? Não gostaria de iniciar uma guerra de edições em um artigo destacado e que foi, em grande parte, editado por mim. Entretanto, argumentas que o anarquismo não trata-se de uma ideologia socialista, apagando informações com fontes. Afirmas que tal informação foi adicionada apenas após o destaque, o que até é verdade, entretanto, o que dizia ali afirmava que o anarquismo seria "uma ideologia política que tem como princípios a luta contra o capitalismo, a propriedade privada e o Estado", em outra palavras, socialista e anti-estatal. A maior parte dos estudos recentes sobre anarquismo o qualificam como uma ideologia socialista, uma vertente do socialismo, de caráter libertário, federalista e anti-estatista, vide "Black Flame" e "Rediscutindo o Anarquismo", obras usadas na construção do artigo, inclusive. Obras clássicas já trazem essa perspectiva, como o livro sobre anarquismo de Daniel Guérin. Os próprios teóricos anarquistas clássicos, como Bakunin, Malatesta, Kropotkin etc sempre classificaram o anarquismo como socialista, e os termos "socialismo libertário" e "socialismo antiautoritário", como explicado no artigo, muitas vezes foram reivindicados por militantes anarquistas, e continuam sendo até hoje. O argumento de que o anarquismo seria uma ideologia não-socialista parte de uma crítica marxista vulgar e de perspectivas ultraliberais que vem este como apenas a negação do Estado, o que não é verdade, conforme podemos ver lendo os teóricos do anarquismo e os estudos sobre o tema. Além disso, qual o sentido de tirar da introdução uma palavra se, ao longo do artigo, o que temos é justamente a afirmação de que o anarquismo é uma vertente do socialismo? Sustentar que o anarquismo não é uma ideologia socialista implicaria com que o artigo inteiro fosse reescrito, o que é um absurdo, já que foi baseado em diversas fontes, e as principais delas, estudos acadêmicos sérios. Estou revertendo sua edição e espero que reconsidere. Sei que política é um assunto que disperta paixões, e mesmo sendo eu um militante anarquista, o que afirmo não é baseado em opiniões e crenças pessoais, e sim o que está embasado em fontes fiáveis e em estudos sérios sobre o tema. Att, O Estranho no Ninho (discussão) 02h29min de 16 de julho de 2016 (UTC)

  1. Alegar na definição que "o anarquismo é uma ideologia política socialista" é um disparate descomunal e sem qualquer respaldo em fontes independentes de maior fiabilidade. Qualquer pessoa com o mínimo de conhecimento sobre o tema percebe essa questão tão básica e não sei que POV manhoso é que está a tentar inserir neste artigo.
    1. Veja o artigo bom inglês. Tem algum disparate remotamente semelhante? Não.
    2. Veja qualquer outra wikipédia. Tem algum disparate remotamente semelhante? Não.
    3. Veja a Enciclopédia Britannica. Tem algum disparate remotamente semelhante? Não.
    4. Veja a infopédia. Tem algum disparate remotamente semelhante? Não.
    5. Veja a Concise Routledge Encyclopedia of Philosophy. Tem algum disparate semelhante? Não.
    6. Veja a entrada na Concise Encyclopedia of Sociology? Tem algum disparate semelhante? Não.
    7. Veja a Concise Routledge Encyclopedia of Philosophy. Tem algum disparate semelhante? Não.
    8. Veja a International Encyclopedia of Political Science. Tem algum disparate semelhante? Não.
  2. Parece-me que está a tentar impor a ideia que meia dúzia de fontes parciais são "novas abordagens". Não são. São teorias marginais. Você pega em meia dúzia de autores, claramente comprometidos com uma vertente minoritária, e a partir de textos isolados cria uma nova definição que deturpa por completo a definição consensual de anarquismo. A sua definição não tem rigorosamente nada a ver com a definição das fontes imparciais e terceárias de maior fiabilidade. Quintal 15h58min de 16 de julho de 2016 (UTC)
Concordo com o Antero, vale a pontar que existe o chamado anarquismo social, justamente porque o anarquismo está do lado de fora da dinâmica direita e esquerda, e por isto o anarquismo tem vertentes como anarcocapitalismo, anarcocomunismo e etc, afirmar que o anarquismo é apenas socialista e falso. Bia Alencar Hello! 16h05min de 16 de julho de 2016 (UTC)
E o problema é muito mais grave do que o que parece. Todo o artigo repete essa ideia absurda. Analisando as fontes fica evidente: quase todo o artigo tem por fonte um tal de "Felipe Corrêa, 2012". É alguma fonte reputada? Não. É um estudante universitário!!! Uma das fontes é a a sua tese de mestrado. A outra, escrita no mesmo ano, é um pdf, que nem editado parece ter sido e tem todo o ar de imprensa militante. Um artigo de extrema importância que se baseia unicamente nas ideias de uma tese que um estudante desconhecido apresentou há quatro anos e que contraria dramaticamente todas as fontes de maior fiabilidade e reputação sobre o tópico. Quintal 16h15min de 16 de julho de 2016 (UTC)
Quintal, que absurdo! para mim isto é caso de mandar o artigo para revalidação. É consenso entre os cientistas políticos que o anarquismo está do lado de fora da dinâmica direita-esquerda e o artigo pode está sendo usando como proselitismo político para a ideia que o anarquismo é de esquerda\socialista. Bia Alencar Hello! 16h21min de 16 de julho de 2016 (UTC)
O artigo em inglês sobre o tema é péssimo, demasiado anglocêntrico e trata o tema a partir de uma perspectiva ahistórica. O anarquismo é um fenômeno do século XIX, e o artigo anglófona e das outras wikipédias trata de episódios e filósofos anteriores à isso, o que implica necessariamente em uma conceituação mais branda e pouco rigorosa. No nosso artigo, dá-se exatamente o contrário. Não são fontes parciais as que utilizei, e sim, pesquisas acadêmicas sérias sobre o tema. Não gosto de dar carteiraço, mas estudo o assunto há anos, e afirmar que o anarquismo não é socialista é ignorar o que os próprios anarquistas escreveram e continuando escrevendo há mais de 150 anos. O anarquismo é sim uma vertente do socialismo, surge no seio da Associação Internacional dos Trabalhadores num contexto de desenvolvimento do movimento operário e das ideias socialistas, surgindo da ala federalista da AIT, em oposição à ala centralista, ligada à Karl Marx. Tudo isso é explicado no artigo. Afirmar que o anarquismo não é socialista é ignorar sua história. Ou porque diabos os militantes anarquistas iriam reivindicar e continuar reivindicando termos como "socialismo libertário" ou "socialismo antiautoritário"? O socialismo, em linhas gerais, trata-se da socialização dos meios de produção, e se isso se dará por meio da conquista do poder estatal ou da auto-organização dos trabalhadores, aí é um debate interno do próprio socialismo, e é por isso mesmo que existem várias correntes do socialismo: marxismo, social democracia, anarquismo, comunismo de conselhos, bolchevismo, etc. Bem como é incorreto conceituar o anarquismo "apenas" como anti-estatismo, como também explicado no artigo, o anarquismo tem uma série de princípios que vão além da crítica da dominação estatal. O que eu estou a ler aqui por parte de vocês sim que são disparates e absurdos por parte de quem não tem o menor conhecimento do tema, que nunca se prestou a ler os autores clássicos do anarquismo ou mesmo estudos sobre, e pelo que vejo, nem mesmo o próprio artigo, que esclarece todos os pontos por vocês contestados. Não cabe aqui dar uma aula sobre anarquismo para vocês, se quiserem isso, leiam o próprio artigo, ou as fontes que vocês tanto desprezam, estudos já consagrados como os de Daniel Guérin, uma das maiores referências sobre o tema, e recentes, de Michael Schmidt, Steven Hirsch, Lucien van der Walt e Felipe Corrêa, tão desprezado pelo Antero mas que, pelo menos no Brasil, é atualmente uma das maiores referências acadêmicas sobre o tema. O anarquismo permaneceu marginalizado e pouco estudado na academia por muitos anos, e várias das fontes usadas para seus estudos tem sérios problemas, como a obra de George Woodcock e que, mesmo assim, é aqui referenciada, e se uma das melhores referências possíveis sobre o tema, ao menos, em português é a de "apenas um estudante universitário" (que aliás, tem um currículo imenso, ministra disciplinas de pós-graduação na USP e já deu entrevistas para programas de TV, incluindo a Rede Globo, maior emissora de televisão do país!!!), isso não é culpa minha. O outro PDF que mencionas, é, inclusive, uma parte de sua tese, que você não se deu nem ao trabalho de ler o índice para poder perceber isso. É lamentável que eu tenha que ficar aqui me degladiando com outros editores para provar a fiabilidade e seriedade das fontes que utilizo (repito: pesquisas acadêmicas sérias) e pontos básicos sobre o anarquismo que são explicados ao longo do artigo, que por sinal vocês parecem nem sequer ter se dado ao trabalho de ler. O Estranho no Ninho (discussão) 17h05min de 16 de julho de 2016 (UTC)
Estranhononinho, tudo que você gritou foi: "eu tenho conhecimento do tema", pura falácia Argumentum ad hominem. Você em nenhum momento rebatou as fontes trazidas por Antero e nem a definição da Enciclopédia mais respeitada do mundo, a Britannica. Escreveu tudo isso para não provar nada apenas que teve seu orgulho ferido. Bia Alencar Hello! 17h15min de 16 de julho de 2016 (UTC)
Bya97 não levaremos a discussão para o lado pessoal, por favor. Atenha-se aos pontos colocados por mim. O que fiz foi provar a fiabilidade das minhas fontes e esclarecer alguns pontos que para vocês, não parecem tão claros assim. O Estranho no Ninho (discussão) 17h39min de 16 de julho de 2016 (UTC)
estranhononinho mas não rebateu as fontes independentes. Você está simplesmente ignorando a diversidade do anarquismo baseando-se na lógica: "anarquismo busca igualdade = socialista".... ah não. Faz tanto sentido quando dizer que o feminismo é socialista existindo feminismo liberal. Você está simplificando um movimento pluralista com inúmeras escolas teóricas, incluindo anarcocapitalismo, em prol de uma visão. Bia Alencar Hello! 18h01min de 16 de julho de 2016 (UTC)
Bya97, e você me parece que está ignorando 150 de história, teoria, discussões e prática anarquista ao fazer esse tipo de afirmação. Você leu o artigo inteiro? Nele, está tudo explicado, e baseado em fontes. Inclusive, há lá no final, na seção "críticas", uma fala de um dos teóricos do tal "anarcocapitalismo" sobre o anarquismo. O anarquismo é sim bastante heterogêneo, existem uma série de posições e discussões internas, todas apresentadas no artigo, bem como duas correntes diversas: o anarquismo social e o anarquismo insurrecionário (às vezes chamado de individualista por conta de suas posições antiorganicistas, como explicado no artigo). Dizer simplesmente "anarquismo busca a liberdade e a igualdade" é demasiadamente brando, afinal, o que seria a liberdade? O que seria a igualdade? São conceitos que variam muito e são demasiado abstratos. E é essa abordagem branda que as "fontes independentes" geralmente trazem. O anarquismo busca, como exposto no artigo, a transformação revolucionária da sociedade através de estratégias coerentes com os fins, que visam a derrocada da ordem capitalista e estatista por uma ordem socialista (onde os meios de produção são socializados) e autogestionária (as decisões políticas e econômicas ficam nas mãos dos próprios trabalhadores). Leia qualquer autor anarquista e poderá tirar essas conclusões. A única coisa que peço aqui é que levem em consideração que o que digo está baseado em pesquisas acadêmicas sérias (até quando vou ter que repetir isso?) e não em minhas convicções como militante. Contribuo na Wikipédia como alguém preocupado em divulgar conhecimento, e não como militante, e é por isso que me preocupo com a distorção e com os disparates que aqui estão sendo feitos. Esse tipo de discussão por aqui é muito cansativa, e me faz compreender porque, de maneira geral, nossa Wikipédia é tão deficiente no que diz respeito aos temas relacionados às ciências humanas. O Estranho no Ninho (discussão) 18h14min de 16 de julho de 2016 (UTC)

Em tempo, gostaria de chamar para a discussão os editores que votaram pelo destaque: Chronus, Tuga1143, LuizM, Luiz F. Fritz, Gabriel Estella, Guilherme Moura, Stegop, DARIO SEVERI, HVL, Igor G.Monteiro e Tetraktys. O Estranho no Ninho (discussão) 18h22min de 16 de julho de 2016 (UTC)

estranhononinho eu acredito em sua boa fé e que tem conhecimento do tema mas Citação: E é essa abordagem branda que as "fontes independentes" geralmente trazem, deixa claro que quer uma definição exata do que é anarquismo (em ciências humanas!), esquecendo que a wikipédia não é local de discussões políticas. A introdução do artigo tem que ser mais neutra possível e expor o consenso dos cientistas políticos. Isto me faz lembrar o caos que enfrentamos na página nazismo e relacionados, onde sempre alguém tenta alterar onde afirma: "nazismo é de extrema direita" para "nazismo é de esquerda"; Ora, este é o consenso entre os cientistas políticos, quem afirma que é de esquerda são uma minoria diretista. Da mesma maneira, evitar qualquer ponto de vista e discutir as inúmeras teorias no corpo do artigo é função da Wikipédia. Não podemos impor aos nossos leitores que "anarquismo é socialista" quando você próprio afirma que o movimento é heterogêneo e diversificado. E nem a enciclopédia do socialismo trazida por Antero define o anarquismo como socialista, porque eles entendem que não se pode fazer uma definição fechada de um movimento pluralista. Bia Alencar Hello! 18h47min de 16 de julho de 2016 (UTC)
Bya97 também creio na sua boa fé, e conheço as recomendações e normas da Wikipédia, tanto que aqui nesse artigo fiz questão de colocar em evidência as críticas mais comuns e relevantes ao anarquismo, os pontos de vista heterogêneos e debates internos, os princípios de ambas as correntes existentes e não só aquilo em que eu como militante pessoalmente acredito, e claro, sempre baseando-me em fontes acadêmicas. Entretanto, afirmar que o anarquismo não é socialista é tão absurdo como afirmar que o nazismo é de esquerda. Não existe consenso para o que você afirma, que é de que o anarquismo seria uma ideologia "para além da direita e esquerda", e apesar de ser um movimento plural, como exposto no próprio artigo, encaixa-se dentro da escola socialista. O próprio socialismo é por si só um movimento plural, que abrange muitas vertentes, entre elas, o anarquismo, que não é a única: temos a social democracia, o bolchevismo e o comunismo de conselhos, derivadas do marxismo, temos a chamada "nova esquerda", o sindicalismo, que pode bastar-se por si só ou associar-se a alguma destas ideologias... Recomendo a leitura do capítulo 5 de "O Século XIX" de René Remond, historiador francês reputado e que traz essa perspectiva do socialismo e do movimento operário enquanto algo plural e que busca, fundamentalmente, a socialização da propriedade e a reivindicação de melhorias nas condições de vida do operariado. Para uma abordagem do anarquismo enquanto ideologia socialista, ver Daniel Guérin, estudo clássico, além de Lucien van der Walt, Michael Schmidt, Steven Hirsch, Marcel van der Linden e Benedict Anderson, todos historiadores e cientistas sociais reputados e que pesquisam o tema a sério. Fontes em português existem diversas, entretanto, "meros estudantes universitários", ainda que estes deem entrevistas sobre o tema para grandes emissoras de televisão e ministrem disciplinas de pós-graduação em faculdades do país onde moro. Não se pode dizer que há consenso de que o anarquismo não é uma ideologia socialista e nem de que essa abordagem é marginal. O mais absurdo é que isso é negar o que os próprios anarquistas vem afirmando, em seus textos, discussões e práticas, há pelo menos 150 anos, em prol de uma definição branda e abstrata, que define o anarquismo apenas como "a busca pela igualdade e pela liberdade" ou como sinônimo de anti-estatismo, quando na verdade inclui uma série de outros princípios. É como querer definir o que é marxismo ignorando o que Marx disse, definir o feminismo ignorando os movimentos das mulheres e suas reivindicações, definir o evolucionismo sem levar Darwin em consideração, etc. O que me estranha, e não sei porque não estranha os outros, é porque entre todas as ideologias políticas, somente o anarquismo tem definições tão imprecisas por parte de fontes "reputadas", sempre acompanhadas de abordagens ahistóricas, enquanto todas as outras ideologias são devidamente conceituadas e situadas no seu tempo histórico. O Estranho no Ninho (discussão) 19h12min de 16 de julho de 2016 (UTC)
Estranhononinho, é exatamente este ponto que queria chegar com você. Eu posso concordar com tudo que você diz mas como você bem citou:Citação: O que me estranha, e não sei porque não estranha os outros, é porque entre todas as ideologias políticas, somente o anarquismo tem definições tão imprecisas por parte de fontes "reputadas", sempre acompanhadas de abordagens ahistóricas, enquanto todas as outras ideologias são devidamente conceituadas e situadas no seu tempo histórico. Já que conhece as regras do projeto, não podemos discutir política, qual está certa ou qual está errada, então mesmo que eu concorde com você a definição do anarquismo nas fontes reputadas é a que vai prevalecer para não cairmos em WP:POV, e alguém pode facilmente afirmar que estamos ignorando as definições das enciclopédias, a wiki funciona desse jeito. Bia Alencar Hello! 19h26min de 16 de julho de 2016 (UTC)
Bya97 eu só gostaria de entender porque, então, as fontes que apresento no artigo são "menos reputadas" do que as trazidas por Antero, por exemplo, já que, como afirmei, essa abordagem não é marginal e encontra respaldo em diversos historiadores e cientistas sociais sérios e com uma produção acadêmica considerável. A maior parte das pesquisas acadêmicas sobre anarquismo produzidas atualmente seguem essas linhas e estão abandonando a abordagem imprecisa e ahistórica ainda presente em dicionários e enciclopédias baseadas em fontes já desatualizadas. Nas ciências humanas, as coisas funcionam assim, velhas abordagens muitas vezes tornam-se obsoletas, imprecisas e caem no desuso, abrindo espaço para novas mais precisas e mais coerentes. O que tentei trazer com este artigo quando o desenvolvi, foi uma abordagem do anarquismo que fosse global, concisa, rigorosa, historicamente definida e coerente, por ser essa, ao meu ver, uma abordagem mais adequada para uma enciclopédia ou site educativo. Por sinal, o artigo já foi elogiado e recomendado diversas vezes por professores universitários e estudiosos do tema, inclusive pelo próprio Felipe Corrêa. Não creio que valha a pena destruir o conteúdo do artigo, substituindo por uma abordagem imprecisa, ahistórica, eurocêntrica e incoerente, baseada em fontes já ultrapassadas. O Estranho no Ninho (discussão) 19h47min de 16 de julho de 2016 (UTC)

A única coisa que interessa aqui é que a definição de anarquismo está errada porque difere drasticamente das fontes mais reputadas e imparciais. O resto é só mimimi e opinião pessoal sem nenhum embasamento. Ter o descaramento de afirmar que as fontes mais reputadas estão erradas e meia dúzia de desconhecidos é que estão certos só confirma o que já era óbvio: pov-pushing. Quintal 19h49min de 16 de julho de 2016 (UTC)

Lamentável a sua postura, Antero de Quintal. Está claro que você não está disposto a debater e está fechado dentro da sua caixa, ignorando todos os pontos que coloquei aqui tratando apenas como "opinião pessoal" quando na verdade baseio-me em estudos acadêmicos sérios, enquanto você, em fontes obsoletas e que trazem abordagens imprecisas e abstratas sobre um tema que você evidentemente desconhece e nem faz questão de se aprofundar um pouco mais. Pura arrogância de sua parte. O Estranho no Ninho (discussão) 19h55min de 16 de julho de 2016 (UTC)
Sei. A Enciclopédia Britannica, a Concise Routledge Encyclopedia of Philosophy, a Concise Encyclopedia of Sociology, a Concise Routledge Encyclopedia of Philosophy a International Encyclopedia of Political Science e até a infopédia são tudo "fontes obsoletas" com "abordagens imprecisas e abstratas". A dissertação de mestrado lá do seu estudante, desconhecido de todo o mundo, é que está certa. Não sei como é que pov-pushing pode ser mais evidente. Quintal 20h02min de 16 de julho de 2016 (UTC)
Ah, e obrigado por ter informado que o tal "Filipe Corrêa" gostou muito do artigo. É que além do pov-pushing, acabou de deixar bem evidente que existe um conflito de interesse na promoção dessa "fonte". 20h05min de 16 de julho de 2016 (UTC)
Antero de Quintal não há conflito de interesses nenhum. Me parece que não sou eu que estou aqui agindo de má-fé, e sim você, utilizando do escárnio e insinuando coisas das mais absurdas. Se você quiser destruir o artigo e fazer dele novamente o lixo que era antes, tudo bem, quem perde não sou eu, mas sim a Wikipédia e nossos leitores. O Estranho no Ninho (discussão) 20h11min de 16 de julho de 2016 (UTC)

Concordo com o Antero, sem comprometer o motivo original do Ninho, pois vejo que a acção dele é de pura boa fé. Contudo, não vou escrever um texto longuíssimo sobre o porquê, dado que os argumentos que utilizaria já foram dados por vários usuários acima. Luís Angelo "Tuga1143 23h06min de 16 de julho de 2016 (UTC)

Não reli o artigo para poder constatar ou refutar a opinião do Quintal sobre parcialidade e/ou identificação do anarquismo com socialismo. Os meus conhecimentos são parcos sobre o assunto, limitam-se a algumas leituras de juventude quando me interessei pelo tema, mas afirmar, em tom de definição, logo no início do artigo, que é uma ideologia socialista é claramente parcial. Pelo que li há muitos anos, fiquei com a ideia de que de certa forma o anarquismo é uma visão oposta ao socialismo, na medida em que é anti-estatista e coloca a liberdade individual acima de tudo, enquanto que o socialismo é indissociável de uma ideia de coletivismo. Do que li então, muitos anos antes de ter ouvido falar em anarcocapitalistas, fiquei inclusivamente com a ideia de que em termos puramente abstratos é mais concebível imaginar uma sociedade anarquista de tipo capitalista do que de tipo socialista. Mas estes achismos pouco interessam para aqui. O facto é que nenhuma fonte fiável generalista chama ao anarquismo uma forma de socialismo, por isso fazer tal afirmação no artigo é violação crassa de WP:NPOV e WP:NPI.

Não contesto que a génese do socialismo e do anarquismo é comum ou que tenha havido anarquistas que se intitularam "socialistas qualquer coisa", mas o facto é que socialismo e anarquismo são termos que desde há muitas décadas são aplicados a visões políticas não só distintas como inclusivamente conflituosas entre si (lembremo-nos da guerra civil espanhola ou da revolução russa) e um artigo da Wikipédia nunca pode apresentar uma definição que, por muito que esteja "certa" do ponto de vista da argumentação histórica ou política, vai contra as noções genéricas que se encontram, por exemplo, em enciclopédias. E este ponto já foi muito bem exposto pela Bya97! --Stegop (discussão) 23h44min de 16 de julho de 2016 (UTC)

Stegop e Tuga1143, agradeço pelos comentários. Sigo na argumentação de que negar o caráter socialista do anarquismo é negar sua teoria e prática, aquilo que os anarquistas disseram e praticaram ao longo da história. O anarquismo é anticapitalista, sempre o foi, e defende a socialização dos meios de produção e seu controle direto pelos trabalhadores. O que seria isso, se não socialismo? E foi isso foi o que Bakunin, Malatesta, Kropotkin, Emma Goldman entre vários outros defenderam. Alguns desses, como Bakunin, poucas vezes declararam-se anarquistas, este inclusive preferia intitular-se como "coletivista", "socialista revolucionário" ou "socialista antiautoritário". Muitas organizações anarquistas trazem os termos "socialista" ou "comunista" em seus nomes, e as menções ao "socialismo libertário" são frequentes na obra de teóricos anarquistas e periódicos do movimento anarquista. O que eu insisto em dizer, e que Stegop e Bya parecem ter entendido, é que negar o caráter socialista do anarquismo é negar sua história, entretanto, a divergência aqui vai quanto às fontes utilizadas. Pois bem, então iremos nos concentrar nesse ponto. As fontes que uso podem até não ser tão conhecidas do público em geral, entretanto, tratam-se de verdadeiros especialistas no assunto, e qualquer pesquisador do tema irá deparar-se em qualquer estudo dos autores que citei em algum momento. Benedict Anderson foi um dos maiores historiadores contemporâneos, seu trabalho realmente dispensa apresentações. Marcel van der Linden é referência no que diz respeito aos estudos de história social do trabalho, sendo inclusive o presidente do International Institute of Social History de Amsterdam. Lucien van der Walt é professor universitário na África do Sul e possui vasta bibliografia sobre anarquismo e sindicalismo. Felipe Corrêa é no Brasil o maior pesquisador sobre anarquismo atualmente, já cedeu entrevistas sobre o tema para grandes emissoras de televisão, como a Globo, e sua tese de mestrado, usada aqui como a principal fonte, leva em consideração os estudos dos demais autores citados e vasta bibliografia de teóricos anarquistas. Todos eles defendem essa abordagem, que é óbvia frente a uma análise da história e da teoria política anarquista, defendendo o anarquismo enquanto vertente do socialismo. Insisto em dizer que essa não é uma abordagem marginal, já que é defendida há muito tempo, não só pelos anarquistas, mas por estudiosos, e tem encontrado cada vez mais respaldo em pesquisas acadêmicas recentes. Mesmo no que diz respeito a estudos genéricos sobre o socialismo não é incomum encontrarmos o anarquismo sendo caracterizado como uma corrente deste, ou, no mínimo, como uma ideologia "irmã". O próprio artigo da Wikipédia anglófona sobre o socialismo coloca o anarquismo enquanto corrente deste, como podemos ver. E então? Sinceramente, eu não me oporia de substituir os termos que fazem menção ao socialismo na introdução do artigo por algo como "anticapitalista e antiestatista", desde que acabe com essa discussão cansativa. Entretanto, do que adianta retirar esses termos da introdução se no resto do artigo a ideia é mantida e reforçada? Se a própria análise da obra de teóricos anarquistas (brevemente citados no artigo em vários pontos) e de sua história confirma a ideia? Essa é a questão que trago. Por último, gostaria de repetir o que disse em praticamente todas as minhas intervenções aqui: o artigo foi baseado em pesquisas acadêmicas sérias e recentes sobre o tema, e o exposto aqui é baseado em fontes, não na minha opinião enquanto militante, embora seja isso que alguns talvez queiram acreditar. Aqui na Wikipédia não sou militante. Estou interessado em contribuir com o projeto com assuntos que entendo, estudo e tenho interesse, estou aqui com a melhor das intenções e as fontes que uso nos artigos que escrevo são sempre as melhores que consigo consultar sobre determinado tema. Não estou querendo impor nenhum ponto de vista pessoal aqui. O Estranho no Ninho (discussão) 01h50min de 17 de julho de 2016 (UTC)
Continua o longo rol de opiniões pessoais e achismos sem nenhum embasamento. Essa alegação, bem como o tom geral do artigo, são radicalmente diferentes das fontes mais robustas e fiáveis, entre elas a Enciclopédia Britannica, a Concise Routledge Encyclopedia of Philosophy, a Concise Encyclopedia of Sociology, a Concise Routledge Encyclopedia of Philosophy a International Encyclopedia of Political Science e até a infopédia. E usar como fonte uma dissertação de mestrado de um estudante não é propriamente "basear o artigo em pesquisa acadêmica séria", como você gosta de negritar, principalmente quando essa dissertação aparenta contradizer o consenso na literatura reputada sobre o tópico. E isso de alegar que alguém que há apenas quatro anos estava a concluir o mestrado é o "maior especialista do Brasil sobre anarquismo" nem merece comentários. Quintal 02h23min de 17 de julho de 2016 (UTC)
Antero de Quintal o que não merece comentários, meu caro, é a sua arrogância. Lamentável essa postura, sendo que desde o início fui educado e estou a argumentar de modo civilizado contigo e com os outros editores. A decepção é ainda maior visto que tenho grande admiração pelo seu trabalho aqui na Wikipédia, lamentável que um editor tão bom assuma postura tão arrogante e lamentável. Sua argumentação que não passa de apelos à autoridade e eu estou a me justificar das fontes que uso sendo que nem haveria necessidade para tal, visto que são pesquisas acadêmicas sérias e recentes sobre o tema, feitas por especialistas. Entretanto, é claro que você não vai nem se dar ao trabalho de ler ou sequer pesquisar sobre essas fontes ou mesmo sobre o tema, que você evidentemente desconhece, o que é uma pena. O Estranho no Ninho (discussão) 02h42min de 17 de julho de 2016 (UTC)
Estranhononinho, sem me querer alongar, vou dizer aquilo que você disse aqui: "agradeço pelos comentários. Sigo na argumentação de que negar o caráter socialista do anarquismo é negar sua teoria e prática, aquilo que os anarquistas disseram e praticaram ao longo da história." Se um golfinho salvar o ser humano, embora tenha demonstrado um acto humano, não vai fazer dele um membro da nossa espécie. Se um cão avisar o dono que precisa tomar insulina, essa atitude não fará do cão um ser humano. O anarquismo pode ter esta ou aquela característica socialistas, porém não o transforma em socialismo nem numa vertente do socialismo.Luís Angelo "Tuga1143 15h23min de 17 de julho de 2016 (UTC)

Tendo em vista o fato de que quero evitar polêmicas e discussões cansativas o máximo possível, e mais do que isso, manter o grosso do conteúdo do artigo, pois me preocupo com a veiculação da informação, estou eu mesmo alterando a introdução do artigo, trazendo uma definição de anarquismo que melhor se enquadra com os padrões das tais fontes reputadas. Estou também a retirar a tag de revisão "devido a inconsistências e/ou dados de confiabilidade duvidosa" pois também nos últimos dias estive a analisar essas fontes e, ao contrário do insinuado, elas pouco se contradizem com as fontes utilizadas por mim. Comentarei aqui uma a uma, com exceção da Infopédia, que pouco traz de relevante ao debate.

O verbete da Encyclopedia Britannica é um dos mais completos e traz, de início, uma definição bastante ampla, embora no discorrer do artigo vá se aprofundando. Os anarquistas, segundo a Britannica, "deny man-made laws, regard property as a means of tyranny, and believe that crime is merely the product of property and authority" - Ou seja, opõe-se ao Estado e à propriedade privada, o que é exposto muito bem no artigo e nas fontes. Além disso, traz uma abordagem do anarquismo enquanto fenômeno da modernidade, que surge na esteira da Revolução Francesa e da Revolução Industrial, atribuindo suas primeiras formulações à Proudhon, justamente o que é trazido no artigo e pelas fontes que utilizo. O anarquismo, para a Britannica, consiste em: "(1) an analysis of the power relations underlying existing forms of political authority and (2) a vision of an alternative libertarian society based on cooperation, as opposed to competition and coercion, and functioning without the need for government authority". Isso também é muito bem colocado no artigo e com muito mais detalhes, trata-se da crítica da dominação e da defesa da autogestão, elementos básicos do anarquismo, colocados geralmente como pontos negativos/destrutivos e positivos/construtivos da teoria anarquista, respectivamente. Logo após, traz um apanhado geral dos principais teóricos anarquistas (Proudhon, Bakunin, Kropotkin) e da história do anarquismo e sua influência nas artes, de modo geral, nada que contradiga os autores utilizados para a redação do artigo.

Do International Encyclopedia of Political Science: "Anarchism carries a negative charge: the negation of authority, the absence of rulers. Anarchism is opposed to all forms of hierarchy, including the state, capitalism, religious institutions, patriarchy, and racism. Yet he term also conveys a positive political project of justice, liberty, equality and solidarity. According to the basic principles of anarchism, genuine freedom, equality, and solidarity are logical and political impossibilities in a system or a regime where some rule and others are ruled". Trata-se mais uma vez da da crítica da dominação e da defesa da autogestão. Nota-se também, logo na definição, que é colocado que o anarquismo, opondo-se à toda e qualquer hierarquia, é anti-capitalista. Mais uma vez, como exposto no artigo e nas fontes utilizadas.

Mais adiante: "As a political ideology or philosophy, anarchism involves three elements: (1) a positive ideal (anarchy), (2) a critical discourse (opposition to hierarchies and oppression), and (3) the means to achieve this ideal (evolution or revolution, nonviolence or violence, mass moviment or affinity groups)". Também o artigo trata desses aspectos sem maiores contradições. Os três elementos apontados aqui são a defesa da autogestão, a sociedade sem classes e sem Estado, o autogoverno do povo, o projeto positivo/construtivo do anarquismo; a crítica da dominação, do Estado, do capitalismo, da exploração, do racismo, do sexismo, do imperialismo etc; e o último, por fim, diz respeito a estratégia. O artigo traz com detalhes os debates acerca da estratégia anarquista e suas concepções básicas.

Sobre o desenvolvimento histórico do anarquismo, o verbete do International Encyclopedia of Political Science pontua que existem autores que colocam o anarquismo como fenômeno ahistórico, enquanto outros como um fenômeno moderno, posterior à Revolução Francesa. Isso também é colocado aqui e o desenvolvimento histórico do anarquismo é explicado com mais detalhes e contextualizado.

A respeito das correntes do anarquismo, o verbete também coloca em evidência a heterogeneidade do anarquismo, dado os debates acerca de diversos temas. Mais uma vez, isso também é colocado no artigo. A definição de anarquismo individualista, pelo International Encyclopedia of Political Science, não difere muito da de anarquismo insurrecionário (e como explicado no artigo, por muitas vezes o anarquismo insurrecionário é chamado de individualista e vice-versa, dada a rejeição à organização): "... such anarchists are as a rule deeply concerned by the exploitation of the working class and the oppression of woman and may very well take part in social struggles, but through affinity groups rather than mass movements". Também é interessante trazer aqui as afirmações do International Encyclopedia of Political Science sobre o libertarianismo e o "anarcocapitalismo": "... the latter is in fact a kind of radical liberalism, advocating free market capitalism for property owners and wageworkers, under the protection of either a state whose function is scrictly limited to the enforcemente of law and order or, in absence of a state, of private security agencies. These views imply that property owners are in a position of authority and power over their employees, an idea inconsistent with individual and collective anarchism".

Ainda: "Like Marxism, anarchism views capitalism as an exploitative system, protected by the state, which also exploits workers to sustain itself". Aqui, temos uma fonte reputada trazendo o que é óbvio e o que defendi desde o início: existem semelhanças entre o marxismo e o anarquismo. Fica implícito aqui que este seria um tipo de socialismo, ou no mínimo, uma ideologia "irmã" deste, radical e de esquerda. Além disso, é colocado: "... anarchism offers a variety of economic proposals for abolishing capitalism and reorganizing the production of goods and services". Essa discussão, inclusive, é colocada no artigo, trata-se dos debates entre coletivismo e comunismo, mercado autogestionário e planificação democrática.

De fato, o verbete do International Encyclopedia of Political Science sobre o tema é muito bom, conciso e preciso, e de longe, um dos melhores links apresentados, junto ao da Britannica. E como podemos ver, não entra em grandes contradições com o artigo e com as fontes que usei para desenvolvê-lo. Na realidade, em diversos pontos, confirma justamente o que está posto ali.

Quanto ao Concise Routledge Encyclopedia of Philosophy, me parece pouco preciso. Traz o anarquismo como um fenômeno da modernidade, que surge na esteira da Revolução Francesa e da Revolução Industrial, e traz como princípios do anarquismo pontos muito vagos e pouco precisos: "(1) people have no general obligation to obey the commands of the state; (2) the state ought to be abolished; (3) some kind of stateless society is possible and desirable; (4) the transition from state to anarchy is a realistic prospect". Além disso, o Routledge Encyclopedia of Philosophy entra em conflito com o International Encyclopedia of Political Science, para vermos que não existe o tal "consenso" na dita literatura reputada: "The main political division is between the 'classical' or socialist school, which tends to reject or restrict private property, and the 'individualist' or libertatian tradition, which defends private acquistion and looks to free market exchange as a model for the desirable society". O anarquismo individualista aqui é descrito como algo próximo do "anarcocapitalismo", que pelos motivos apontados anteriormente, é na maioria das vezes colocado de fora da tradição anarquista, inclusive pelo International Encyclopedia of Political Science e outras fontes reputadas, enquanto o anarquismo "clássico" parece ser definido como uma variante do socialismo.

O Concise Encyclopedia of Sociology traz uma definição melhor em relação ao Concise Routledge Encyclopedia of Philosophy, ainda que bastante enxuta: "For most anarchists, though, ther political allegiances involve opposition to the intrusiveness, destructiveness, and artificiality of state authority, the rejection of all forms of domination and hierarchy, and the desire to construct a social order based on free association", como posto pelo International Encyclopedia of Political Science e exposto no artigo, o anarquismo traz consigo uma crítica da dominação ao mesmo tempo que um projeto construtivo, de defesa da autogestão, da livre associação. A definição do Concise Encyclopedia of Sociology também traz o anarquismo enquanto fenômeno do século XIX e menciona seus debates. Ainda: "... anarchists are perhaps best remembered through Marx's encounters with Max Stirner, Pierre-Joseph Proudhon and Mikhail Bakunin. Nevertheless, anarchism and communism were not clearly distinguished as varieties of socialism until the period after the Second International". A partir daí passa brevemente pela crítica marxista vulgar ao anarquismo (exposta no artigo) e por uma breve abordagem histórica. Mais uma vez, não há grandes contradições com o artigo e nem com as fontes utilizadas.

Também trago aqui, ainda, um trecho da introdução do artigo anglófono: "Anarchism is usually considered a radical left-wing ideology, and much of anarchist economics and anarchist legal philosophy reflect anti-authoritarian interpretations of communism, collectivism, syndicalism, mutualism, or participatory economics". Creio que uma tradução desse trecho viria bem a calhar, ainda mais pelo uso da palavra "usually", que pode ser traduzida como "geralmente", não sendo assim uma afirmação tão "forte", ao meu ver.

Por fim, após essa longa análise das fontes ditas reputadas citadas e de uma comparação com os dados do artigo e das fontes utilizadas por mim, podemos ver que as fontes que utilizo não "contrariam o consenso da literatura reputada", pelo contrário, não há grandes contradições e as fontes que uso não se tratam de pesquisa inédita ou de tentativa de introduzir POV. Não haveria necessidade de ter que provar isso de maneira tão exaustiva, visto que são pesquisas acadêmicas sérias, mas enfim, se restava dúvida da fiabilidade das fontes, espero que essa questão se encerre aqui. E quanto a questão que trouxe tanta polêmica: por mais que eu tenha tentado ainda amenizar as menções ao socialismo, será impossível ao leitor deixar de constatar o óbvio, que são as inúmeras semelhanças do anarquismo com o socialismo. Por mais que se discorde que o anarquismo seja uma variante do socialismo, semelhanças entre os dois não podem ser negadas, e não o são nem pelas fontes reputadas e independentes. Pelo contrário, são mesmo ressaltadas, como no caso do International Encyclopedia of Political Science. Ninguém nega os conflitos e rivalidades existentes entre anarquistas e marxistas. Mas a gênese histórica das duas tendências é a mesma, e tanto quanto foram em diversos momentos forças conflitantes, também estiveram juntas buscando objetivos comuns em diversos contextos. E isso não se trata de opinião pessoal, e sim, de história. Enfim, espero que depois de "ter dado o braço a torcer", essa discussão se dê por encerrada. O Estranho no Ninho (discussão) 05h06min de 27 de julho de 2016 (UTC)

Não vou prolongar o debate que já ocorreu aqui, até porque estou sem tempo pra isso, mas vim deixar registrado mais uma opinião contra a versão atual (revisada) deste artigo. Está extremamente parcial e merece, no mínimo, um aviso de parcialidade. O revisionista (Estranhononinho, me parece) simplesmente pintou o velho artigo de vermelho e praticamente chamou anarquia de socialismo. O velho artigo, que também tinha suas falhas, pelo menos não era tão parcial. Alguém precisa fazer uma revisão da revisão urgente. Victorzito (discussão) 00h03min de 3 de setembro de 2016 (UTC)

Na minha última resposta (aliás, enorme) nessa discussão cansativa, demonstrei que o conteúdo do artigo e suas fontes não entram em conflito com as fontes reputadas, como enciclopédias políticas, por exemplo, e inclusive, estão em concordância com elas. O artigo só se aprofunda um pouco mais nas questões trazidas por essas fontes, como demonstrado. Não há nada de parcial aqui. Está tudo fundamentado em estudos acadêmicos e fontes consideradas reputadas e independentes. Tanto que nem os editores que contestaram minhas edições num primeiro momento, após eu demonstrar que o artigo e as fontes que utilizo não contradizem essas fontes ditas concisas e reputadas, não insistiram mais. O Estranho no Ninho (discussão) 01h02min de 3 de setembro de 2016 (UTC)
Parece-me que só você não vê o conflito gritante do artigo com a historiografia contemporânea e com omissões graves, fruto de usar como praticamente única fonte um autor desconhecido, militante e recém-formado. Quintal 11h03min de 3 de setembro de 2016 (UTC)
Conflito do artigo com a historiografia contemporânea? Sendo que é justamente essa que eu utilizo? Omissões graves? Aponte-as. Tive toda a paciência do mundo para demonstrar como as fontes ditas reputadas não contradiziam as fontes que eu utilizo em uma das minhas últimas respostas (e, que pela sua resposta, dá pra ter quase certeza que você nem se deu ao trabalho de ler), então gostaria que você fizesse o mesmo, apontando os conflitos e omissões alegados. E, caramba, pela última vez, a tese que usei como base pare escrever esse artigo foi escolhida por ser uma fonte em português concisa, bem escrita, e que resume bem os aspectos do tema abordado, e de um autor sim, qualificado e com uma produção acadêmica considerável, apesar da formação recente, de modo que não entendo todo esse desprezo. Essa tese, inclusive, foi publicada, junto com outros trabalhos do autor, por editoras acadêmicas. As fontes que tu citaste anteriormente (e que, como demonstrei, não entram em contradição com as utilizadas por mim) não dariam base para escrever um artigo mais aprofundado como esse, visto que tratam do tema de forma bastante enxuta e genérica. Que bibliografia você utilizaria para escrever esse artigo? Quero que cite-me autores e obras sobre o tema que julgue melhores e de referência, que forneçam uma base melhor para escrever um artigo sobre anarquismo. O Estranho no Ninho (discussão) 01h53min de 5 de setembro de 2016 (UTC)