Discussão:Antônio Britto

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Essa artigo possui passagens que devem ser revistas.

1) Não consta em que ano Antônio Britto foi eleito deputado federal: Foi 1986.

2) Mesmo sendo indicado como favorito ao cargo em todas as pesquisas eleitorais, acabou derrotado por Olívio Dutra

Um candidato não é indicado por pesquisas de intenção de voto, e muito menos em TODAS. Na realidade, Antônio Britto chegou a aparecer em primeiro lugar em ALGUMAS pesquisas de intenção de voto no INÍCIO da campanha eleitoral, decaindo para posições inferiores no decorrer das pesquisas sucessivas, chegando no último prognóstico publicado a um empate técnico entre Olívio Dutra e Carlos Araújo. Antônio Britto já estava em quarto lugar, atrás de Guilherme Vilella.

Portanto, não se trata de um fato real.

3) não quis enfrentar Orestes Quércia numa prévia, preferindo ser candidato a governador do Rio Grande do Sul

O termo "não quis enfrentar" dá a idéia de uma decisão pessoal, o que pode ser contestado.

4) Apoiado por outros partidos conservadores, Britto elegeu-se

É uma definição muito ampla e que contradiz a própria alegada bi-polaridade PT x Anti-PT no estado, pois sugere que todos os partidos contrários ao PT sejam conservadores, o que não representa um fato. O próprio PMDB não é um partido conservador, e na ocasião, em 1994, o PDT (que depois se voltaria contra Britto) dividiu-se, não apoiando oficialmente nenhum dos candidatos.

O candidato do PT, Olívio Dutra, foi à campanha do 2º turno pedir votos aos eleitores de Celso Bernardi, do PPR (este, sim, um partido conservador).

5) Seu governo foi considerado polêmico, tendo introduzido no estado práticas neoliberais

O termo "práticas neoliberais" entra na mesma questão da descrição do governo Fernando Henrique Cardoso, igualmente taxado de neoliberais por sua politica de privatização (muito embora a privatização seja apenas parte do receituário neoliberal). Além disso, o governo Antônio Britto jamais se qualificou de neoliberal, e sim seus adversários. Logo, aqui está se seguindo opiniões contestáveis.

6) o governo Britto foi acusado de privilegiar o grupo Opportunity de Daniel Dantas

Todas as fontes que acusam Britto de privilegiar o grupo de Daniel Dantas (que na época não era o Opportunity, mas outro interessado) partem de adversários do ex-governador. Portanto, essa é uma acusação de âmbito partidário, sem amparo na mídia. O processo de divisão das empresas e licitação para a iniciativa privada já tinha iniciado no governo anterior, de Alceu Collares. Acredito que o suposto privilégio ao Opportunity venha por simetria com o processo de privatização na Eletrobrás, onde Daniel Dantas é acusado do mesmo favorecimento.

7) uma política muito impopular devidos aos altos preços dos pedágios

Sem dúvida, a implantação de pedágios torna-se uma política bastante impopular (como se pode ver em outros casos, como o de Jaime Lerner, no Paraná). Mas, da mesma forma que a privatização da CEEE e CRT (sem esquecer que antes dela era praticamente impossível se obter uma linha telefônica), essa política tem seus prós e contras: a própria votação obtida por Britto em 1998 revela que não era de todo impopular, e tinha seus apoiadores. Apesar dos preços altos.

8) ofereceu uma série de benefícios e renuncias fiscais para empresas

O termo renúncia fiscal também circula apenas no âmbito partidário, não dos fatos (que tratam da questão como "incentivos fiscais", palavra que não é citada). Considerando que a insenção de tributos atingia apenas uma operação da venda (e não todo o processo produtivo), não se trata inteiramente de uma renúncia fiscal, como se poderia entender. Acrescente-se que o prefeito da cidade escolhida pela GM, Gravataí, Daniel Bordignon (PT), também aderiu entusiasticamente aos incentivos, e também deu a sua parcela de isenções.

9) Britto era acusado de querer continuar a política de privatização com a CEEE e com o Banrisul, banco estatal

Falta dizer por quem era acusado. Aí ficaria mais fácil a compreensão.

10) Descontente com a direção do partido, Britto trocou o PMDB pelo PPS

Na realidade, Antônio Britto foi derrotado na convenção interna do PMDB, quando sua chapa (liderada por Paulo Odone) foi vencida pela chapa de César Schirmer (apoiada por Simon). Como ficou em minoria, resolveu sair levando uma parte dessa ala, que ingressou no PPS, partido fraquíssimo no estado. Isso ocorreu em 2001.

11) Comunistas históricos foram contra a entrada dos chamados brittistas, e, consumada a filiação, acabaram por ser afastados da direção e os diretórios municipais contrários à Britto foram silenciados frente à mídia

Em primeiro lugar, não se pode dizer que o PPS de 2002 ainda fosse composto total ou majoritariamente por comunistas históricos. Uma parte já tinha saído, a começar por Lauro Hagemann, ainda em 1999. Mas historicamente, comunista também foi César Busatto (ex-MR8), e um dos principais aliados de Britto. Mas outros ficaram, mesmo com Britto. Essa descrição de afastamentos da direção e silenciamento de diretórios parece mais uma descrição de ditadura radical, e não corresponde de modo algum à realidade. Até o Arnóbio pode confirmar.

12) Em 2005, Britto se envolveu em uma polêmica nacional, quando a Azaléia fechou sua unidade da cidade gaúcha de São Sebastião do Caí, deixando 800 trabalhadores desempregados, o equivalente a 10% do quadro de funcionários da empresa no Rio Grande do Sul e a 4,4% dos empregados em todo o país

O fechamento de uma fábrica em uma cidade do interior do RS está longe de ser uma polêmica nacional. Devido à concorrência chinesa e à sobrevalorização do real frente ao dólar, dezenas de empresas calçadistas estão demitindo em massa em todo o vale dos Sinos, e algumas fechando definitivamente. A Azaléia, relativamente, manteve uma significativa parcela do seu quadro fabril. Antônio Britto foi visado especialmente por ser ex-líder político.

Nada mais.

PS: o nome do biografado está incompleto.

--Leandro Deon 07:41, 24 Julho 2006 (UTC)