Discussão:Língua tupi/Arquivo/1

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Pai-Nosso em tupi[editar código-fonte]

Oré r-ub, ybak-y-pe t-ekó-ar,
I moeté-pyr-amo nde r-era t'o-îkó.
T'o-ur nde Reino!
Tó-nhe-monhang nde r-emi-motara
yby-pe
Ybak-y-pe i nhe-monhanga îabé!
Oré r-emi-'u, 'ara-îabi'õ-nduara,
e-î-me'eng kori orébe.
Nde nhyrõ oré angaîpaba r-esé orébe,
oré r-erekó-memûã-sara supé
oré nhyrõ îabé.
Oré mo'ar-ukar umen îepe tentação pupé,
oré pysyrõ-te îepé mba'e-a'iba suí.
  • Antonio Ruiz de Montoya - Arte de la lengua guarani, ó mas bién tupi.(Viena-Paris, 1876)
  • Baptista de Castro - Vocabulário tupy-guarany. Ariel Editora Ltda - Rio de Janeiro, 1936
  • Eduardo de Almeida Navarro - Método Moderno de Tupi Antigo - Editora vozes, 1998
  • Frederico G. Edelweiss - O caráter da segunda conjugação tupi - Livraria Progresso Editora, Bahia, 1958.
  • General Couto de Magalhães - O Selvagem - Livraria Itatiaia Editora, 1975
  • J. Mattoso Câmara Jr. - Introdução às línguas indígenas brasileiras - Ao Livro Técnico, Rio de Janeiro, 1977
  • John Luccok - A Grammar and Vocabulary of the Tupi - Rio de Janeiro, 1818
  • Luiz Caldas Tibiriçá - Dicionário tupi português - Traço Editora, 1984
  • Oberdan Masucci - Dicionário tupi português e vice-versa - Brasilivros, 1979
  • Octaviano Mello - Dicionario tupi-português português-tupi - Editor Folso Masucci, São Paulo, 1967.
  • Pe. A. Lemos Barbosa - Pequeno vocabulário tupi-Português - Livraria São José, 1951.
  • Pe. A. Lemos Barbosa - Curso de Tupi Antigo - Livraria São José, Rio de Janeiro.
  • Padre José de Anchieta -Arte de Gramática da Língua mais usada na Costa do Brasil - Edição Facsimil da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Imprensa Nacional (rio de Janeiro,1933).- Ed
  • Paulo Restivo - Vocabulario de la lengua guarani . Ed. de C. F. Seybold. Guilherme Kohlhammer (Stuttgard, 1890).
  • Plinio Ayrosa - Primeiras noções de Tupi - São Paulo, 1933
  • Plínio Ayrosa - O caderno da lingua ou vocabulario português-tupi de Frei João de Arronches, 1739.
  • Plinio M. da Silva Ayrosa - Dicionário português-brasiliano e brasiliano-português - 1795
  • Salvador Pires Pontes - Noções de gramática tupi - Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1981.
  • Silveira Bueno - Vocabulario tupi-guarani português - Brasilivros, São Paulo, 1982.

ZOO para quê?[editar código-fonte]

A menção de ZOO é muito descabida, pois isso não passa de coincidência. Com efeito, o vocábulo zôo, primeiro elemento da composição de zoológico origina-se do grego ζῷον (dzôon), cuja origem mais provável seria o proto-indo-europeu *gʷei̯ō, raiz com a idéia de vida e que em nada se parece com o soo do tupi. Flavianus B. E. Pires (discussão) 12h02min de 12 de Abril de 2008 (UTC)

Wikimedia Brasil: tupi or not tupi?[editar código-fonte]

Aproveito para compartilhar com vocês que está em discussão a criação do Instituto Wikimedia Brasil, capítulo nacional da Wikimedia Foundation que terá como objetivo apoiar a geração colaborativa e a disseminação inclusiva de conhecimento gratuito em língua portuguesa e de povos nativos do Brasil. Certamente todos os wikipedistas que construiram este artigo têm muito a contribuir. Grande abraço, TSB

R retroflexo[editar código-fonte]

Iniciei uma discussão aqui sem perceber que este artigo afirmava a mesma coisa. Me parece questionável afirmar a presença do R retroflexo no tupi.--Fernando Trebien (discussão) 21h34min de 2 de setembro de 2018 (UTC)

Exclusão de livros da seção de bibliografia[editar código-fonte]

Proponho a exclusão de duas obras da seção de bibliografia:

  • TIBIRIÇÁ, Luís Caldas (1984). Dicionário tupi–português.
  • BUENO, Francisco da Silveira (1982). Vocabulário tupi-guarani–português.

A proposta de exclusão se dá em razão de que, caso permaneçam como sugestões de livros para conhecimento da língua, correm o risco de espalhar desinformação acerca dela. Eis dois trechos da obra Dicionário de tupi antigo, de Eduardo de Almeida Navarro, que corroboram minha proposta:

Assim, o próprio Lemos Barbosa, em 1951, dava conta da necessidade de se publicar um dicionário da língua tupi, haja vista o caráter resumido e simplificado de seu Pequeno vocabulário tupi–português, que, apesar disso, tem sido o único trabalho sério e confiável sobre o assunto. Nas décadas posteriores, outros dicionários vieram à luz, mas escritos por autores pernibambos no conhecimento do tupi antigo. Tal é o caso do Vocabulário tupi-guarani–português, de Silveira Bueno, que, apesar de sua pouca qualidade, tem recebido sucessivas edições, e também do Dicionário tupi–português, de Luís Caldas Tibiriçá. Esses dois precários trabalhos são os de que dispõe o interessado em estudar o tupi antigo, haja vista que os vocabulários de Lemos Barbosa esgotaram-se desde a década de 1970.
— NAVARRO, 2013, p. XIII
Outros [topônimos] são fruto da elaboração fantasiosa de amadores, que resolveram embrenhar-se por um campo de estudo sem conhecimento suficiente das línguas. Em alguns casos, etimologizar tais palavras é uma tarefa inútil, a de tentar atinar com significados, quando eles não existem. É o caso do nome Umuarama, cidade do Paraná, criado por Silveira Bueno a pedido de seus fundadores. Tal palavra não significa absolutamente nada. Perderia o seu tempo o pesquisador que tentasse procurar a sua etimologia. O próprio Silveira Bueno mostra-nos por quê:

Umuarama — Cidade do Paraná. Neologismo feito por nós, com elementos tupis, e significa: lugar ensolarado para o encontro de amigos. A primeira forma foi EMBUARAMA, de embu, lugar; ara, cheio de luz, de claridades, bom clima. Depois suavizamos (sic) para Umuarama. A terminação ama é um coletivo, equivalendo a muitos, reunião etc. A palavra cunhada por nós agradou tanto que há hotéis, cinemas, parques, clubes. Mas designa especialmente a progressista cidade do Estado do Paraná.

As etimologias aí dadas por Silveira Bueno não têm nenhum fundamento. Embu não significa “lugar” nem em tupi, nem em guarani, nem nas línguas gerais coloniais. Consultando o próprio Vocabulário tupi-guarani–português, vemos que nem o próprio Silveira Bueno o consigna… Ademais, em que vocabulário antigo ou moderno de tupi, guarani, língua geral ou nheengatu teria Silveira Bueno visto que “ama” é um coletivo? Em português isso acontece (como em dinheirama, por exemplo). Mas em tupi também seria assim? O autor não o esclarece.

Finalmente, lemos na citação que UMUARAMA significa “lugar ensolarado para o encontro de amigos”. Onde aparece nesse nome o correspondente a encontro de amigos? Onde teria ele aprendido isso?

Vemos, além disso, que ele “suavizou” o nome de EMBUARAMA para UMUARAMA. Isto é, o que não significava nada passou a significar menos ainda…

Etimologias fantasiosas e sem fundamento corno essa que demonstramos são abundantes em todo o Vocabulário de Silveira Bueno.

Finalmente, ao pedir as bênçãos do Padre Anchieta, na contracapa da 5ª edição de seu livro, ele, além de admitir que misturou duas línguas no mesmo dicionário, comete um grave erro histórico:

Rogamos ao beato Padre José de Anchieta as suas bênçãos para que os nossos esforços sejam frutíferos como foram os seus de homem santo: lidamos com as línguas tupi e guarani que ele cristianizou e santificou.” (grifos nossos)

Ora, Anchieta não “santificou” a língua guarani, pois ela era falada no Paraguai e não no Brasil. O grande gramático do guarani antigo foi o Padre Montoya e não Anchieta…
— NAVARRO, 2013, p. 539

Prefiro iniciar uma discussão sobre este assunto a excluir unilateralmente do artigo os livros. Não creio que eles tenham qualquer valor para a língua em si, mas consenso é sempre ideal. ContaAtiva2906 (discussão) 22h56min de 16 de junho de 2022 (UTC)