Dona Beija
Dona Beija | |||||
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Informação geral | |||||
Formato | Telenovela | ||||
Gênero | drama romance | ||||
Duração | 60 minutos | ||||
Criador(es) | Wilson Aguiar Filho | ||||
Baseado em | "Dona Beija, A Feiticeira do Araxá", de Thomas Othon Leonardos "A Vida Em Flor de Dona Beija", de Agripa Vasconcelos | ||||
País de origem | Brasil | ||||
Idioma original | português | ||||
Produção | |||||
Diretor(es) | Herval Rossano | ||||
Produtor(es) | Bloch Som e Imagem | ||||
Elenco | |||||
Tema de abertura | "Tema de Dona Beija", Wagner Tiso, Fernando Brandt e Conjunto Viva Voz | ||||
Exibição | |||||
Emissora original | Rede Manchete | ||||
Transmissão original | 31 de março - 11 de julho de 1986 | ||||
Episódios | 89 | ||||
Cronologia | |||||
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Dona Beija é uma telenovela brasileira baseada em fatos históricos, exibida pela Rede Manchete, de 31 de março a 11 de julho de 1986.
Escrita por Wilson Aguiar Filho e dirigida por Herval Rossano, teve 89 capítulos e trilha sonora de Wagner Tiso.
Contou com as participações de Maitê Proença, Gracindo Júnior, Bia Seidl, Maria Fernanda, Sérgio Britto, Marcelo Picchi, Mayara Magri e Abrahão Farc.
Sinopse[editar | editar código-fonte]
Esta seção não cita fontes confiáveis. (Junho de 2022) |
A trajetória da corajosa Ana Jacinta de São José, a Dona Beja, na cidade mineira de Araxá, no século XVIII. Na telenovela da Rede Manchete foi adotado o nome de Dona Beija.
Amando Antônio Sampaio, homem de família conservadora e tradicional, Beija é vítima do desejo de Mota, o ouvidor do rei, em visita a Araxá. Depois de presenciar a morte do seu avô, Beija é raptada e levada para a vila de Paracatu, onde o ouvidor mora em um belo casarão. Para vingar-se do seu algoz, quando ele está fora de casa, Beija serve aos homens que a desejam em troca de joias e ouro. Chamado pelo imperador a instalar-se na Corte, Mota deixa Beija, que a essa altura já juntara uma grande fortuna. Ela parte de volta para Araxá para encontrar sua grande paixão, Antônio.
Mas Antônio já não esperava mais por Beija. Desiludido e não compreendendo mais as atitudes da sua amada, ele casa-se com a doce Aninha, moça frágil e delicada que sempre o amou. Com a recusa de Antônio, Beija promete não amar a nenhum outro homem e funda a Chácara do Jatobá, um bordel refinado onde ela se transforma num mito como cortesã, escandalizando todas as famílias conservadoras de Araxá. Seu intuito maior era magoar Antônio.
A chácara prospera, Beija se torna poderosa, envolve-se com João Carneiro de Mendonça, mas não consegue esquecer de Antônio. Até que uma tragédia acontece: Beija manda um escravo chamado Ramos matar Antônio, depois se arrepende, mas o crime acontece. Ela vai a julgamento e é absolvida, devido a uma nova versão do depoimento de Ramos. Desiludida, Beija deixa Araxá e recomeça uma nova vida.
Produção[editar | editar código-fonte]
A novela foi baseada nas obras de Dona Beija, a feiticeira do Araxá[1], de Thomas Othon Leonardos e A vida em flor de Dona Bêja, de Agripa Vasconcelos. Bruna Lombardi chegou a ser cogitada para o papel principal, que acabou com Maitê Proença, se transformando num dos maiores sucessos da carreira da atriz.
O presidente da empresa, Adolpho Bloch, resolveu investir pesado no ramo telenovela, investindo US$ 2 milhões na produção. Dona Beija era apenas a segunda novela produzida pela Manchete, sendo que a primeira foi o remake de Antônio Maria, em 1985, mas conseguiu estabelecer o primeiro sucesso da emissora no gênero. As cenas de estúdio foram gravadas no complexo de Água Grande, em Vista Alegre, no Rio de Janeiro.
O sucesso de Dona Beija colocou a Rede Manchete, então com três anos de existência, em destaque no cenário televisivo internacional.[carece de fontes]
Maitê Proença, que interpretou a personagem principal, estampou a capa da revista masculina Playboy de fevereiro de 1987.
Em 2012, o portal Terra (edição peruana) considerou Dona Beija uma das cinquenta melhores novelas de todos os tempos.[2]
Elenco[editar | editar código-fonte]
Ator | Personagem |
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Maitê Proença | Ana Jacinta de São José (Dona Beija) |
Gracindo Júnior | Antônio Sampaio |
Bia Seidl | Ana Felizardo Sampaio (Aninha) |
Maria Fernanda | Cecília Sampaio (Ceci) |
Sérgio Britto | Padre Aranha |
Marcelo Picchi | João Carneiro de Mendonça |
Mayara Magri | Maria Sampaio |
Abrahão Farc | Coronel Paulo Sampaio |
Maria Isabel de Lizandra | Josefa Carneiro de Mendonça |
Jonas Mello | José Carneiro de Mendonça |
Renato Borghi | Dr. Fortunato |
Arlete Salles | Genoveva Felizardo |
Sérgio Mamberti | Coronel Elias Felizardo |
Jayme Periard | Avelino |
Julciléa Telles | Severina |
Lafayette Galvão | Alfredo Costa Pinto (Costa Pinto) |
Marilu Bueno | Augusta Costa Pinto |
Isaac Bardavid | Delegado Belegard Nunes |
Castro Gonzaga | Coronel Francisco Botelho |
Monah Delacy | Idalina Botelho |
Mário Cardoso | Clariovaldo (Vado) |
Nina de Pádua | Cândida (Candinha da Serra) |
Fernando Eiras | Professor Gaudêncio |
Virgínia Campos | Carmem Costa Pinto (Carminha) |
Breno Bonin | Joaquim Botelho |
Léa Garcia | Flaviana |
Antônio Pitanga | Moisés |
João Signorelli | Brigada |
Renato Neves | Vespasiano |
Sandra Simon | Olívia |
Roberto Orozco | Afonso de Assunção |
Elisa Fernandes | Liliane Carneiro de Assunção (Lili) |
Edson Silva | Honorato |
Ivan de Almeida | Sebastião (Tião) |
Shulamith Yaari | Dorotéia |
Cláudia Freire | Rosely |
Ana Ramalho | Lúcia |
Josias Amon | Josué |
Participações Especiais[editar | editar código-fonte]
Ator | Personagem |
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Carlos Alberto | Joaquim Inácio Silveira da Mota (Mota) |
Edwin Luisi | Padre Melo Franco |
Aldo César | João Alves |
Miriam Pires | Sinhana Alves |
Ângela Rebello | Maria Bernarda Alves |
Guilherme Karan | Hans Fucker |
Patrícia Bueno | Siá Boa |
Haroldo de Oliveira | Ramos |
Jorge Cherques | D. João VI |
Xuxa Lopes | D. Carlota Joaquina |
Tarcísio Filho | D. Pedro I |
Sílvia Buarque | Tereza Tomásia de São José |
Kiki Lavigne | Joana de Deus de São José |
Sérgio Maciel | Pedro Paulo Felizardo Sampaio |
Guilherme Corrêa | Governador Geral de Goiás |
Ângela Leal | Madre Superiora |
Arnaldo Weiss | Coronel Lourenço |
Jacqueline Laurence | Madame Constance |
Felipe Wagner | Martim Ferreira |
Edson Guimarães | Deputado Manoel Remanso |
Camilo Bevilacqua | Clementino Borges |
Gisele Fróes | Dolores |
Haroldo Botta | Quarentinha |
Ary Coslov | João Carlos (Juca) |
Bia Sion | Emerenciana |
Angelito Mello | Matias |
Odete Barros | Dona Michela |
Ademilton José | Padre Maurício |
Cleonir dos Santos | Isidoro |
Hélio Ribeiro | Heleno da Fonseca |
Miguel Rosemberg | Inquiridor Real |
Zeni Pereira | Totia |
Mário Gusmão | Dirceu |
Jofre Soares | Profeta |
Jorge Coutinho | Jorge |
Mariah da Penha | Aparecida |
Alexandre Zacchia | Feitor |
Júlio Levy | Traficante de escravos |
Leonardo José | Procurador Real |
Dill Costa | Misericórdia |
Kadu Carneiro | Felício |
Sidney Marques | Diógenes |
Marcus Vinícius | Odé |
Juliana Prado | Luzia |
Ileana Saska | Emília |
Guilherme Martins | Frequentadores da Chácara do Jatobá |
Henrique Pires | |
Moacyr Pinna | |
Marcelo Vecchio | |
Jair Delamare | |
Orion Ximenes |
Reprises[editar | editar código-fonte]
Foi exibida de 31 de março a 11 de julho de 1986, e reprisada em duas oportunidades: a primeira de 9 de maio a 20 de agosto de 1988, em 89 capítulos, e a segunda de 5 de outubro de 1992 a 11 de março de 1993, com 102 capítulos.[3]
Foi reexibida na íntegra pelo SBT de 6 de abril a 4 de julho de 2009 em 79 capítulos. Era exibida de segunda a sábado às 22h20min. Em sua reexibição eram apresentados dois capítulos por dia.[4][5]
Audiência[editar | editar código-fonte]
Em São Paulo estreou com 9 pontos, sendo uma boa audiência para a Rede Manchete, que até então tinha recém - criado seu departamento de dramaturgia e tinha acabado de produzir sua primeira telenovela, Antônio Maria, porém baixos se comparado com outras emissoras, como a Rede Globo, e frustando a Rede Manchete que esperava uma audiência maior, devido a divulgação da telenovela. Porém, na sua estreia no Rio de Janeiro, registrou 24 pontos de média, a maior obtida até então por uma produção nacional da Rede Manchete em sua estreia no Rio até então.[6] Embora a telenovela tenha sido o primeiro grande sucesso da Rede Manchete no gênero e ter feito Maitê Proença uma estrela e sex symbol na época, uma proeza fora da Rede Globo, sua audiência foi razoável em São Paulo, obtendo entre 3 a 6 pontos no IBOPE, sendo particularmente popular no Rio de Janeiro.
Exibição Internacional[editar | editar código-fonte]
A telenovela foi vendida para alguns países, como França e Espanha em 1988 nos canais (TF-1) e (TVE), respectivamente, e sendo particularmente popular em Cuba, onde fez muito sucesso no canal 6, tornando Maitê Proença uma estrelá por lá na época de sua exibição, em 1989. No Uruguai, Maitê Proença foi recebida com filas de fãs a esperando no aeroporto. Em Portugal, em 1990, quando foi exibida, pela RTP foi líder de audiência. Em 1991, foi vendida para a Univisión, maior rede de televisão latina dos Estados Unidos, estreando em 9 de julho daquele mesmo ano, tornando - se assim, a primeira telenovela brasileira a ser exibida em horário nobre nos Estados Unidos. Além disso, foi vendida para toda a América Latina a partir de 1988, obtendo grande êxito e fazendo a Rede Manchete exportar telenovelas, algo que somente a Rede Globo fazia até então.[7][7][7]
Trilha sonora[editar | editar código-fonte]
- Capa: Maitê Proença
- Tema De Dona Beija - Wagner Tiso e Viva Voz ['Tema de Abertura']
- Poente II - João de Aquino e Maurício Carrilho
- Luz e Sombra - Ivor Lancellotti
- Viola e Mel - 14 Bis
- A Promessa - Marisa Gata Mansa
- Facho de Luz - João de Aquino e Maurício Carrilho
Referências
- ↑ «Araxá abriga história de Dona Beija - Defender - Defesa Civil do Patrimônio Histórico | Defender - Defesa Civil do Patrimônio Histórico». www.defender.org.br. Consultado em 20 de abril de 2012
- ↑ «Las 50 mejores telenovelas de todos los tiempos» (em espanhol). Portal Terra. Consultado em 13 de março de 2012. Arquivado do original em 1 de janeiro de 2017
- ↑ Nilson Xavier. «Teledramaturgia - Dona Beija». Teledramaturgia. Consultado em 3 de julho de 2015
- ↑ Aline Dauroiz; Keila Jimenez (7 de abril de 2009). «Surpresa de Silvio Santos: 'Dona Beija' vai ao ar e dobra ibope». Estadão. Consultado em 3 de julho de 2015
- ↑ «Capítulo final de reprise de Dona Beija movimenta Araxá (MG)». Correio Braziliense. 4 de julho de 2009. Consultado em 3 de julho de 2015
- ↑ Correio Braziliense. 2 de abril de 1986 http://www.tv-pesquisa.com.puc-rio.br/. Consultado em 15 outubro de 2018 Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ a b c http://www.tv-pesquisa.com.puc-rio.br/. Consultado em 15 outubro de 2018 Em falta ou vazio
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