Dores do Indaiá

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Dores do Indaiá
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Dores do Indaiá
Bandeira
Hino
Gentílico dorense
Localização
Localização de Dores do Indaiá em Minas Gerais
Localização de Dores do Indaiá em Minas Gerais
Localização de Dores do Indaiá em Minas Gerais
Dores do Indaiá está localizado em: Brasil
Dores do Indaiá
Localização de Dores do Indaiá no Brasil
Mapa
Mapa de Dores do Indaiá
Coordenadas 19° 27' 46" S 45° 36' 07" O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Municípios limítrofes Bom Despacho, Estrela do Indaiá, Luz, Martinho Campos, Quartel Geral e Serra da Saudade
Distância até a capital 255 km
História
Fundação 8 de outubro de 1885
Administração
Prefeito(a) Joaquim Ferreira da Cruz (2009 – 2012)
Características geográficas
Área total [1] 1 110,641 km²
População total (Censo IBGE/2010[2]) 13 781 hab.
Densidade 12,4 hab./km²
Clima Não disponível
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [3]) 0,752 alto
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 114 793,677 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 7 982,87

Dores do Indaiá é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua população estimada em 2004 era de 14.645 habitantes.

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 

Ligações externas


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Dores do Indaiá: A segunda metade do século XVIII caracterizou-se por um movimento de expansão nos povoados da capitania, resultado justamente do empobrecimento das minas. Quatro irmãos, Amaro da Costa Guimarães, José da Costa Guimarães, João da Costa Guimarães e Joaquim da Costa Guimarães, obtiveram sesmarias, em 1785, no território justamente ocupado hoje pelo município de Dores do Indaiá. Em seus pedidos, todos se diziam moradores ali “há mais de vinte anos”. No de Amaro da Costa Guimarães, porém, este se dizia “primeiro povoador” daquele sertão. Amaro tinha sua sesmaria entre o rio S. Francisco, ribeirão das Antas e ribeirão do Jorge; as terras de João ficavam além das de Amaro, a partir do ribeirão das Antas; José estabeleceu-se mais adiante, além do ribeirão dos Porcos, incluindo parte do território do atual município de Estrela do Indaiá; Joaquim fixou-se entre s terras de João e as de José em território que se prolongava até o sopé da serra, atingindo parte do território do atual município da Serra da Saudade.

     Houve anterior tentativa de povoamento, que não deixou raízes; o abridor do caminho de Pitangui a Paracatu, em 1736, obteve, com data de 1738, uma sesmaria que ficou entre o ribeirão das Antas e dos Veados, fundando o sitio que ele denominou Pé de Serra. Provavelmente a hostilidade do gentio – ainda existe, perto da cidade, um local denominado tapuias – impediu que essa primeira tentativa frutificasse.
     Outros fazendeiros, nas duas ultimas décadas do século XVIII, aí se foram estabelecendo: Manuel da Costa Mascarenhas, Manuel batista Gomes, Antônio Pereira de Castro, Teodósio Cardoso de Aguiar, Manuel Martins, Manuel Joaquim de Souza, José Gomes de Moura etc. Nos últimos anos do século XVIII, um grupo de fazendeiros decidiu-se a levantar a capela: Mariano Ferreira do Amaral, Antônio de Souza Fernandes, Albino José Pinto Coelho, Manuel Lino Fiúza, Manuel Alves Cirino e outros discutiram longamente o assunto, cada qual pleiteando a honra de doar o patrimônio ou a comodidade de ter a capela nas proximidades da fazenda. Chegou a ser iniciada a construção na fazenda de Santa Fé, onde um córrego conserva o nome de córrego “da Matriz”. Mas a maioria optou por outro local mais acessível a todos, justamente em terras de Manuel Correia de Souza, que foi o doador do patrimônio. Construída a capela dedicada a N.Srª. das Dores, por volta de 1798 ou 1799, lentamente se foi formando o arraial. Por ato de 16 de julho de 1803, foi nomeado primeiro guarda-mor substituto das terras e águas minerais do distrito da Capela de Nossa Senhora das Dores, João da Costa Bicudo. Arruinada esta capela e criada a paróquia pelo Bispo de Pernambuco, em 1805, foi dado início à construção de outra igreja, tendo por orago S. Sebastião.
     O arraial denominava-se Boa Vista. Apesar do que se vê em certas publicações, não ouve ato criando o distrito, termo já empregado em 1803, no ato de nomeação do primeiro guarda-mor substituto. Apenas a lei N° 52, de 9 de abril de 1836, determinou: “Ficam reduzidos a um, no município de Pitangui, os distritos de Nossa Senhora do Indaiá. Foi este arraial o foco liberal, onde se centralizou, na zona, o movimento em favor da Revolução Liberal de 1842. tomou parte ativa no movimento e seus chefes foram presos de armas na mão.
     A lei N° 472, de 31 de maio de 1850, elevou-o a vila, criando o município desmembrado do de Pitangui. Mas a lei exigia que os moradores construíssem, à sua custa, o prédio para Câmara e Cadeia. E como a construção não fora providenciada, a lei N° 524, de 23 de setembro de 1851, suprimiu a vila de Dores do Indaiá. Pouco depois, a lei N° 623, de 30 de maio de 1853, restaurou a vila, que foi instalada a 2 de dezembro de 1854. Compreendia, então, o município de Dores do Indaiá a freguesia de Dores do Indaiá, com os distritos da sede, Tiros, Quartel Geral do Espírito Santo do Indaiá, Marmelada, São Sebastião do Pouso Alegre (São Gotardo) e a freguesia de Dores do Indaiá, com os distritos de Morada Nova e Areado. Com a ascensão dos conservadores o poder (1868), os chefes políticos deste parido, em Pitangui, pleitearam e conseguiram fosse a sede da vila transferida para Abaeté (lei N° 1635, de 15 de setembro de 1870). Com isto, queriam impedir a vitória dos liberais, de que Dores do Indaiá continuava sendo foco.em Abaeté havia três lideres conservadores que prometiam vitória para o partido no município. Alguns anos depois, morre uns dos chefes conservadores da Assembléia Provincial, conseguiram então voltasse a sede da vila para Dores do Indaiá. Assim, surgiu a lei N° 2651, de 4 de novembro de 1880, criando novamente o município e elevando Dores do Indaiá a vila. A lei N° 3333, de 8 de outubro de 1885, elevou Dores do Indaiá à categoria de cidade.
     Instalando o novo município, teve como primeiro Presidente da Câmara e Agente Executivo Municipal, Narciso Pereira da Costa.
     A lei N° 843, de 7 de setembro de 1923, mudou a denominação para Indaiá; com a reação do povo do lugar, voltou a denominação antiga – Dores do Indaiá – com a lei N° 921, de 24 de dezembro de 1926. Fica na zona do Alto São Francisco. O município só tem o distrito da sede.
     Agências bancárias: Banco do Brasil e Banco do Estado de Minas Gerais.