Dying Light 2 Stay Human

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Dying Light 2 Stay Human
Dying Light 2 Stay Human
Desenvolvedora(s) Techland
Publicadora(s) Techland Publishing
Diretor(es) Adrian Ciszewski
Projetista(s) Tymon Smektała
Escritor(es) Chris Avellone
Programador(es) Bartosz Kulon
Compositor(es) Olivier Deriviere
Série Dying Light
Plataforma(s) Microsoft Windows
PlayStation 4
PlayStation 5
Xbox One
Xbox Series X/S
Lançamento 4 de fevereiro de 2022
Gênero(s) RPG de ação
Survival horror
Modos de jogo Um jogador
Multijogador
Dying Light
(2015)
Página oficial

Dying Light 2 Stay Human é um jogo eletrônico de ação e survival horror com elementos de RPG desenvolvido pela Techland e publicado pela Techland Publishing.[N 1] É o segundo jogo da franquia Dying Light e foi lançado em 4 de fevereiro de 2022 para Microsoft Windows, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X/S. O jogo é ambientado quinze anos após os eventos de Dying Light (2015).

Jogabilidade[editar | editar código-fonte]

Dying Light 2 é um jogo eletrônico de ação e survival horror com elementos de RPG tematizado com apocalipse zumbi em mundo aberto e jogado numa perspectiva de primeira pessoa. O jogo acontece quinze anos após os eventos de Dying Light, e apresenta um novo protagonista chamado Aiden Caldwell que possui várias habilidades de parkour. Os jogadores podem executar ações como escalar saliências, deslizar, pular de bordas e correr pelas paredes para navegar rapidamente pela cidade. Foram adicionais mais do que o dobro dos movimentos de parkour do primeiro jogo, sendo alguns exclusivos para áreas específicas da cidade. As ferramentas como um arpão e um parapente também auxiliam na travessia da cidade. Aiden também pode usar os mortos-vivos para amortecer sua queda. O jogo é focado principalmente em combate corpo a corpo, com a maioria dos combates utilizando armas corpo a corpo. As armas brancas possuem vida útil limitada e se degradam na medida em que o jogador às utiliza em combate.[1] Armas de longo alcance como bestas, espingardas e lanças também podem ser usadas. As armas podem ser atualizadas com diferentes projetos e componentes, que podem ser encontrados quebrando armas para peças de construção. Aiden também pode utilizar habilidades sobre-humanas devido à infecção.[2] Novos tipos de zumbis foram adicionados. Como no primeiro jogo, os zumbis são lentos quando expostos à luz solar, porém ficam mais agressivos e hostis à noite.[3]

O jogo é ambientado na Cidade, um enorme mundo aberto urbano que os jogadores podem explorar livremente. O mapa, quatro vezes maior do que o do primeiro jogo, é dividido em sete regiões distintas e cada uma tem seus próprios pontos de referência e locais. Ao explorar a cidade, os jogadores podem buscar diferentes sucatas e recursos para criar novos itens e armas.[4] No jogo, os jogadores conhecem diferentes facções e acordos e também precisam tomar decisões diferentes que mudam fundamentalmente o estado do mundo do jogo e como os personagens não jogáveis veem Aiden. As consequências são amplas, com o jogador sendo capaz de trazer prosperidade a uma facção enquanto destrói completamente outro assentamento. Tomar certas decisões abrirá ou isolará áreas da cidade, incentivando os jogadores a completar várias missões.[5] Do mesmo modo que seu antecessor, o jogo possui um modo multijogador cooperativo para até quatro jogadores.[6]

Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

Dying Light 2 Stay Human foi desenvolvido e publicado pela Techland. A equipe de desenvolvimento pretendia invocar uma sensação de perda e pavor e também mostrar que a humanidade estava à beira da extinção. Para mostrar a fragilidade da humanidade, a equipe introduziu várias camadas na Cidade, nas quais estruturas temporárias são construídas no topo das ruínas dos prédios antigos para acomodar os humanos, enquanto as estruturas permanentes e o chão de concreto são ocupados por hordas de zumbis.[2] Ao criar a cidade, a equipe utilizou uma tecnologia interna chamada CityBuilder, que pode montar diferentes partes da construção, como bordas e janelas, com o mínimo de contribuição dos projetistas de nível. A tecnologia permitiu à equipe criar e alterar o projeto da cidade rapidamente. A equipe também criou um novo motor de jogo chamado C-Engine para rodar o jogo.[7]

O jogo colocou uma ênfase significativamente maior na narrativa quando comparado ao seu antecessor. A equipe procurou Chris Avellone para ajudar a escrever a história do jogo, para que ela reagisse às escolhas dos jogadores. A equipe sentiu que havia desenvolvido uma cidade aberta, mas queria que a narrativa compartilhasse o mesmo nível empregado nela.[2] De acordo com Avellone, o jogo é como uma "caixa de areia narrativa", na qual toda escolha tem consequências "genuínas".[8] Depois que os jogadores fazem certas escolhas, o espaço do jogo também muda. A história do jogo apresenta um tom mais sério quando comparado ao primeiro jogo. Para fazer o mundo parecer crível e autêntico, os desenvolvedores tomaram como inspiração questões do mundo real e ideologias políticas, e abandonando as ideias de jogo que eram consideradas muito irreais durante o processo.[9] Ciszewski acrescentou que em cada decisão feita, os jogadores "perdem pelo menos 25% do conteúdo".[2]

A história se concentra em uma nova e moderna "Idade das Trevas" da humanidade, que permite transmitir temas como traição, infidelidade e intriga. A equipe estava confiante sobre a jogabilidade do jogo, apesar de acharem que precisavam de ajuda adicional no projeto da narrativa do jogo. Portanto, a equipe recrutou Avellone e também escritores que trabalharam em The Witcher 3: Wild Hunt, um jogo amplamente elogiado por sua escrita e história. O projeto de narrativa também permite que os jogadores criem vínculos com os personagens não jogáveis ​​e os incentiva a serem mais sensíveis sobre sua presença e necessidades.[7] Os zumbis, em vez de serem o principal inimigo do jogo anterior, tornam-se um dispositivo narrativo que pressiona outros personagens não jogáveis ​​para induzir drama e temas interessantes.[10] O jogo apresenta inimigos humanos hostis mais fortes se comparado com o primeiro jogo pois os desenvolvedores se inspiraram em obras como The Walking Dead e Game of Thrones, nas quais humanos vivos são tão perigosos quanto os mortos-vivos. A equipe desenvolveu um ciclo de vida para os zumbis do jogo. Os zumbis recém-mordidos são chamados Virais, que são inimigos rápidos e perigosos cuja aparência humana é mantida. Eles se tornariam Mordedores, que são descritos como "zumbis normais". Quando os Mordedores são expostos à luz ultravioleta por um longo período de tempo, eles se transformam em Degenerados, que são zumbis degenerados com carne caindo deles.[3]

Dying Light 2 Stay Human foi anunciado na E3 2018 por Avellone durante a conferência de imprensa do Xbox.[11] A Square Enix distribuirá o jogo e fornecerá esforços de marketing na América do Norte.[12][13] Em 20 de janeiro de 2020, a Techland anunciou que o jogo teria sua previsão de lançamento adiada do início de 2020 para permitir tempo de desenvolvimento adicional, não divulgando uma nova data de lançamento.[14]

Devido a alegações de assédio sexual feitas contra Chris Avellone em junho de 2020, a Techland e Avellone concordaram em encerrar suas relações com o desenvolvimento de Dying Light 2.[15]

Recepção[editar | editar código-fonte]

 Recepção
Resenha crítica
Publicação Nota
Destructoid 7,5/10[16]
Electronic Gaming Monthly 3 de 5 estrelas.[17]
Game Informer 9,5/10[18]
Game Revolution 6,5/10[19]
GameSpot 6/10[20]
GamesRadar+ 3.5 de 5 estrelas.[21]
IGN 7/10[22]
PC Gamer (US) 84/100[23]
PCGamesN 6/10[24]
Push Square 7 de 10 estrelas.[25]
VG247 4 de 5 estrelas.[26]
Pontuação global
Agregador Nota média
Metacritic PC: 78/100[27]
XSXS: 77/100[28]
PS5: 76/100[29]

Dying Light 2 Stay Human recebeu avaliações "geralmente favoráveis", de acordo com o agregador de resenhas Metacritic.[27][29][28]

A Kotaku elogiou o sistema de parkour, escrevendo que ele se expandiu em relação a seu antecessor de maneiras significativas: "[Com] Dying Light 2, parece que a Techland percebeu como a movimentação do primeiro jogo o destacou de tantos outros jogos de zumbis e se concentrou em desenvolvê-lo ainda mais. O resultado final é um dos melhores sistemas de parkour que já vi em um jogo".[30] A Ars Technica criticou a história, especificamente a dublagem e a escrita: "A dublagem de DL2 é talvez a pior que eu já ouvi em um jogo dessa escala [...] E eles estão presos a um roteiro que consiste em frases traduzidas desajeitadamente, juntamente com grandes saltos na lógica e estratégia de guerra".[31] Ao criticar o diálogo pesado de exposição da narrativa, a Polygon gostou do combate corpo a corpo, dizendo que "com um medidor de fadiga inteligentemente equilibrado que governa ataques e movimentos, Dying Light 2 me faz pensar e usar todas as táticas disponíveis para mim, especialmente nos chefes e em lutas com sub-chefes".[32]

A Eurogamer gostou de como o mundo aberto se integrou à jogabilidade do parkour: "O parkour em primeira pessoa é simplesmente brilhante, sua integração em um mundo aberto vasto e denso simplesmente surpreendente, e o ato de ir de A a B é uma emoção absoluta".[33] A Rock Paper Shotgun sentiu que as mudanças no período noturno o tornaram menos perigoso e mais rotineiro: "Ao cair da noite, você simplesmente evita a horda grudando nos telhados... Os interiores são seções furtivas, com rotas óbvias demais para se esgueirar [...] O resultado final é que você gasta muito do jogo sendo conduzido para o lugar menos interessante a qualquer momento".[34]

Um patch "Day One" foi lançado junto com a versão digital do jogo que, segundo a desenvolvedora, corrige mais de 1 000 problemas.[35]

Vendas[editar | editar código-fonte]

Até abril de 2022, Dying Light 2 Stay Human ultrapassou 5 milhões de cópias vendidas.[36]

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. A Square Enix é a distribuidora do jogo na América do Norte.

Referências

  1. Nakamura, Darren (20 de junho de 2019). «Dying Light 2 lets you destroy entire areas in the city». Destructoid (em english). Consultado em 13 de julho de 2020 
  2. a b c d Hall, Charlie (11 de junho de 2019). «Dying Light 2's dark age parkour looks solid, but the narrative feels risky». Polygon (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2020 
  3. a b Avard, Alex (11 de março de 2019). «Exclusive: Dying Light 2's new zombie types explained with official concept art». Gamesradar (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2020 
  4. Fillari, Alissandro (15 de junho de 2019). «E3 2019: Dying Light 2's Brutal Combat Punctuates Its New Storytelling». GameSpot (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2020 
  5. Chiodini, Johnny (11 de junho de 2019). «Your choices can wipe out entire settlements in Dying Light 2». Eurogamer (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2020 
  6. West, Josh (14 de março de 2019). «Why co-op is going to be one of the coolest parts of Dying Light 2». Gamesradar (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2020 
  7. a b Francis, Bryant (25 de junho de 2019). «Building interesting emergence in Dying Light 2». Gamasutra (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2020 
  8. Faller, Patrick (13 de junho de 2018). «E3 2018: Dying Light 2 Will Be A "Narrative Sandbox" Where Your Actions Shape Your Environment». GameSpot (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2020 
  9. Avard, Alex (14 de março de 2019). «How Dying Light 2 is a culmination of everything Techland has learnt making zombie games so far». Gamesradar (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2020 
  10. Weber, Rachel (12 de março de 2019). «How Dying Light 2 is inspired by The Witcher 3 and Game of Thrones». Gamesradar (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2020 
  11. Messner, Steven (10 de junho de 2018). «Dying Light 2 announced and Chris Avellone is designing the story». PC Gamer (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2020 
  12. Khan, Imran (31 de maio de 2019). «Dying Light 2 Will Be At Square Enix's E3 Presentation». Game Informer (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2020 
  13. Birch, Nathan (25 de julho de 2019). «Dying Light 2 Interview: You Can be a Joker-like Agent of Chaos, Cross-Gen Confirmed». Wccftech (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2020 
  14. Purslow, Matt (20 de janeiro de 2020). «Dying Light 2 Delayed With No New Release Date». IGN (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2020 
  15. Kerr, Chris (22 de junho de 2020). «Dying Light 2 writer Chris Avellone accused of sexual assault and harassment». Gamasutra (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2020 
  16. Carter, Chris (2 de fevereiro de 2022). «Review: Dying Light 2». Destructoid. Consultado em 2 de fevereiro de 2022 
  17. Goroff, Michael (2 de fevereiro de 2022). «Dying Light 2 Stay Human review». Electronic Gaming Monthly. Consultado em 2 de fevereiro de 2022 
  18. Reiner, Andrew (2 de fevereiro de 2022). «Dying Light 2 Stay Human Review - An Apocalypse Renaissance». Game Informer. Consultado em 2 de fevereiro de 2022 
  19. Ashworth, Mack (2 de fevereiro de 2022). «Dying Light 2 Review». Game Revolution. Consultado em 2 de fevereiro de 2022 
  20. Delaney, Mark (8 de fevereiro de 2022). «Dying Light 2 Review: Look Before You Leap». GameSpot (em inglês) 
  21. Hurley, Leon (2 de fevereiro de 2022). «Dying Light 2 review: "A big game and, for the most part, a good one"». GamesRadar. Consultado em 2 de fevereiro de 2022 
  22. Northup, Travis (2 de fevereiro de 2022). «Dying Light 2 Stay Human Review». IGN. Consultado em 2 de fevereiro de 2022 
  23. Livingston, Christopher (2 de fevereiro de 2022). «Dying Light 2: Stay Human review». PC Gamer. Consultado em 2 de fevereiro de 2022 
  24. Bailey, Dustin (2 de fevereiro de 2022). «Dying Light 2 review – a leap too far». PCGamesN. Consultado em 2 de fevereiro de 2022 
  25. Croft, Liam (2 de fevereiro de 2022). «Dying Light 2 Review (PS5)». Push Square. Consultado em 2 de fevereiro de 2022 
  26. Broadwell, Josh (2 de fevereiro de 2022). «Dying Light 2 review - unique and exhilarating, messy and uneven». VG247. Consultado em 2 de fevereiro de 2022 
  27. a b «Dying Light 2 Stay Human for PC Reviews». Metacritic. Consultado em 8 de março de 2022 
  28. a b «Dying Light 2 Stay Human for Xbox Series X Reviews». Metacritic. Consultado em 8 de março de 2022 
  29. a b «Dying Light 2 Stay Human for PlayStation 5 Reviews». Metacritic. Consultado em 8 de março de 2022 
  30. Zwiezen, Zack (2 de fevereiro de 2022). «Dying Light 2: The Kotaku Review». Kotaku. Consultado em 3 de fevereiro de 2022 
  31. Machkovech, Sam (2 de fevereiro de 2022). «Mini-review: No, I don't want to play Dying Light 2 for 500 hours». Ars Technica. Consultado em 3 de fevereiro de 2022 
  32. Good, Owen S. (2 de fevereiro de 2022). «Dying Light 2 review: Story or gameplay, which would you save?». Polygon. Consultado em 3 de fevereiro de 2022 
  33. Robinson, Martin (2 de fevereiro de 2022). «Dying Light 2 review - brutal blockbuster that's inelegant but hugely entertaining». Eurogamer. Consultado em 3 de fevereiro de 2022 
  34. Castle, Matthew (2 de fevereiro de 2022). «Dying Light 2: Stay Human review: polished sequel lacks bite». Rock, Paper, Shotgun. Consultado em 3 de fevereiro de 2022 
  35. Dinsdale, Ryan (3 de fevereiro de 2022). «Dying Light 2's Day One Patch Includes Over 1,000 Fixes». IGN. Consultado em 3 de fevereiro de 2022 
  36. Makuch, Eddie (22 de abril de 2022). «Dying Light 2 Sold 5 Million Copies In First Month, Original Game Passes 20 Million Sold». GameSpot (em inglês). Consultado em 22 de abril de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]