Edmond Couchot

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Edmond Couchot
Nascimento 16 de agosto de 1932
Department of Algiers
Morte 25 de dezembro de 2020 (88 anos)
14.º arrondissement de Paris
Cidadania França
Ocupação artista
Empregador(a) Universidade de Paris-VIII
Movimento estético arte digital

Edmond Couchot é um artista digital contemporâneo francês.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Edmond Couchot, nascido em Paris em 1932 e falecido em 26 de dezembro de 2020 (Paris) é conhecido por seu histórico profissional ao tentar sintetizar a pintura gestual, plástica e cinética. O resultado deste trabalho veio a ser conhecido como arte digital (ou arte numérica).

Seu estilo surgiu da utilização de meios eletrônicos, digitais e interativos para expor sua arte, como de 1965 a 1973, quando interessado na participação do público, produziu uma série de dispositivos que chamou de “música móvel”, aparelhos que recebiam os sinais sonoros e disponibilizavam imagens na tela de um computador.

Ainda na década de 70 construiu uma obra sensível a ondas de rádio chamada Semaphore, que originou uma segunda e uma terceira continuação.

Participou também de diversas exposições (incluindo Monte Carlo, uma exposição organizada por Pierre Restany dedicado à arte, cultura e tecnologia de ponta), um evento de turismo na América do sul, a V Bienal Internacional de Paris, festivais de cinema e expôs ainda seu "Animation pour une piscine", obra sensível à luz, sons e movimentos de natação em uma piscina, na exposição "Cinétisme Ambientais", em 1968.

Em 1969 criou o Departamento de Artes Visuais da Experimental Vincennes University, onde lecionou.[1] Com a ascensão dos computadores pessoais e o maior acesso a tecnologias cibernéticas, acabou por exercer um grande fascínio por ciência e tecnologia, considerando-se um artista fora do meio. Assim, veio a publicar diversos livros sobre o tema da síntese entre a arte e os meios digitais.

Em 2006 ministrou a palestra inaugural do simpósio Emoção Art. Ficial 3.0, sobre a arte cibernética e interatividade, na sede do Itaú Cultural em São Paulo.[1]

Obras (seleção)[editar | editar código-fonte]

Les Pissenlits (Os Dentes de Leão)

Basicamente o usuário pode assoprar em um microfone que faz com que as pétalas das flores na tela se espalhem de acordo com a força que o usuário assopra. Foi exposta em sua versão final em Paris, na exposição "Natural/Digital", durante o festival Arborescence em 2005. Por razões financeiras e tecnológicas esta obra não pode ser iniciada até 1988, e ainda assim foi sendo aperfeiçoada com o passar das décadas.

A ideia dos artistas era recriar um gesto tão antigo quanto o mundo, trazendo a emoção do contato com a natureza para o espectador. Reencontrar tal gesto através de uma tecnologia tão recente e artificial.

La Plume

Esta obra foi desenvolvida como uma alternativa para "Les Pissenlits", já que na época a tecnologia e os recursos financeiros ideais para criar o que desejavam ainda não eram viáveis.

Livros publicados[editar | editar código-fonte]

  • Image. De l'optique au numérique, Hermès, Paris, 1988.
  • La Technologie dans l’art. De la photographie à la réalité virtuelle, Éditions Jacqueline Chambon, 1998 ; 271 páginas.

A tecnologia na arte. Da fotografica à realidade virtual, (tradução em português por Sandra Rey de La technologie dans l’art. De la photographie à la réalité virtuelle), 2003, Universidade federal do Rio Grande do Sul, 319 páginas.

  • Dialogues sur l’art et la technologie Autour d’Edmond Couchot, sous la direction de François Soulages, L’Harmattan, 2001.
  • L’Art numérique. Comment la technologie vient au monde de l’art, Flammarion, février 2003, en collaboration avec Norbert Hillaire.

Réédition en 2005, chez le même éditeur, collection "Champs".

  • Des Images, du temps et des machines, édité Actes Sud, 2007
  • La plume (1988) (en collaboration avec Michel Bret)
  • Pissenlit (1990) (en collaboration avec Michel Bret)

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]