Eduardo Amorim

Eduardo Amorim | |
---|---|
Senador por Sergipe | |
Período | 1º de fevereiro de 2011 até 31 de janeiro de 2019 |
Deputado federal por Sergipe | |
Período | 1º de fevereiro de 2007 até 31 de janeiro de 2011 |
Secretário de Saúde de Sergipe | |
Período | 4 de janeiro de 2003 até 29 de dezembro de 2004 |
Governador | João Alves Filho |
Dados pessoais | |
Nascimento | 17 de maio de 1963 (60 anos) Itabaiana, ![]() ![]() |
Cônjuge | Vilma Amorim |
Partido | PFL (1995-2005) PSC (2005-2017) PSDB (2017-2022) PL (2022-presente) |
Profissão | Médico e Bacharel em Direito |
Eduardo Alves do Amorim (Itabaiana, 17 de maio de 1963) é um político brasileiro. Médico formado em 1989 pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), concluiu residência de Anestesiologia em Campinas (SP) e especializou-se como Clínico em dor em Barcelona (Espanha).[1] Em 2010, formou-se na Universidade Tiradentes, tornando-se Bacharel em Direito.
Assumiu mandato como deputado federal por Sergipe (2007-2010). Em seguida, assumiu mandato como senador (2011-2019).[2] Em 2014, concorreu ao cargo de governador de Sergipe nas eleições pela coligação “Agora Sim”. É casado com Vilma Amorim e possui dois filhos. No começo de 2017 anuncia sua ida ao PSDB consequentemente a sua saída do PSC.[3]
Biografia[editar | editar código-fonte]
É o quinto filho do casal formado por Elieser Antônio da Cunha, agricultor e comerciante, e Celina Alves do Amorim, dona de casa.
Iniciou os estudos na Universidade Federal de Sergipe (UFS) em Medicina. Formou-se com honras em Outubro de 1989. Concluiu a residência de Anestesiologia em Janeiro de 1992, na cidade de Campinas - SP. Especializou-se como Clínico em dor pelo Hospital Clinic de Barcelona, Espanha, em Junho de 1992. Aprimorou seus conhecimentos em estágios em diversos países europeus através de estágios bem sucedidos.
Voltou ao Brasil em 1993, exercendo a profissão de anestesista em diversos hospitais públicos e privados. Como médico, teve atuação destacada como Presidente da Sociedade Sergipana de Anestesiologia e da Cooperativa dos Anestesiologistas. Exerceu o papel de secretário de Estado da Saúde e coordenou o Centro de Oncologia do principal hospital público de Sergipe, o Hospital João Alves Filho.
Ingressou no curso de Direito na Universidade Tiradentes, formando-se em 2010.
Atuação Política[editar | editar código-fonte]
Iniciou a vida política em 1995, quando filiou-se ao Partido da Frente Liberal (PFL). Em 2003, a sigla mudou de nome para Democratas (DEM). No mesmo ano, tornou-se secretário de Estado da Saúde de Sergipe. Permaneceu no cargo durante os dois primeiros anos do mandato do Governador na época, João Alves Filho. Em 2005, filiou-se ao Partido Social Cristão (PSC).
Eduardo Amorim foi secretário de saúde do estado de Sergipe entre 2003 e 2004[4], e no mesmo período exerceu a função de presidente da Sociedade Sergipana de Anestesiologia e da Cooperativa dos Anestesiologistas. Como coordenador do Centro de Oncologia do Hospital João Alves Filho, fez grande melhorias e maximizou as ações do setor, sendo reconhecido como um dos melhores do Brasil em 2003. Também defendeu a implantação do Hospital do Câncer de Sergipe, que irá proporcionar atendimento especializado aos pacientes oncológicos, priorizando, mais uma vez, a Saúde do seu Estado. Enviou diversas emendas, conseguindo a convencer o Ministério da Saúde sobre a real demanda do hospital e empenhado a sociedade sergipana em uma campanha de abaixo-assinados que conseguiu recolher mais de 300 mil assinaturas.
Em 2006, pelo PSC, elegeu-se deputado federal com 115.466 votos (11,4% dos votos válidos).[5] Uma das figuras políticas mais influentes de Sergipe, exerceu o mandato de deputado federal até 2010.
Na Câmara dos Deputados foi relator de algumas emendas, como a aprovação do Projeto de Lei 2648/2007[6], que sancionou o Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas (CNPD). Em texto substitutivo ao proposto originalmente, o então deputado federal Eduardo Amorim incluiu a oferta de assistência psicológica, a informação pelo sistema de saúde sobre o atendimento de pacientes não identificados e a divulgação em locais públicos de informações sobre os desaparecidos. Atualmente, o CNPD tem uma grande abrangência em todo território nacional.
Eduardo se candidatou nas eleições de 2010 para o Senado, elegendo-se com 625.959 votos (33,65% dos votos válidos). Na eleição de 2014, onde concorreu ao cargo de governador, perdeu para o então governador Jackson Barreto.[7]
Em dezembro de 2016, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos.[8] Em julho de 2017 votou contra a reforma trabalhista.[9]
Em julho de 2017, votou contra a cassação de Aécio Neves no conselho de ética do Senado.[10]
Em outubro de 2017 votou a favor da manutenção do mandato do senador Aécio Neves derrubando decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no processo onde ele é acusado de corrupção e obstrução da justiça por solicitar dois milhões de reais ao empresário Joesley Batista.[11][12]
Controvérsias[editar | editar código-fonte]
A Procuradoria Regional Eleitoral em Sergipe ajuizou, em dezembro de 2014, uma ação por abuso de poder no período eleitoral do mesmo ano.[13] O candidato a vice-governador na sua chapa, Augusto do Prado Franco Neto, também é réu no processo. Segundo o Ministério Público Federal, os dois são acusados de usar a Rede Ilha de emissoras de rádio, de propriedade da família Amorim, para divulgar sua candidatura, seja em entrevistas sobre temas diversos, debates ou participações ao vivo. A divulgação da candidatura começou antes do período eleitoral, o que rendeu ao candidato condenações por propaganda antecipada.
Por fim, o conglomerado de rádios também era usado para denegrir a imagem do candidato Jackson Barreto, que disputou o governo do Estado com Eduardo Amorim.[14]
Os abusos da Rede Ilha foram penalizados pelo Tribunal Regional Eleitoral com a retirada das rádios do ar por 24 horas às vésperas das eleições. As inserções do Partido Social Cristão (PSC) e dos outros partidos da coligação que apoiou Amorim também foram desvirtuadas para divulgar a candidatura do senador ao governo do Estado.
Caso sejam condenados, Eduardo Amorim e Augusto Franco Neto poderão ficar inelegíveis por oito anos.[15] O processo corre sob o nº 1289-75.2014.6.25.0000[16]
Ele também é investigado no inquérito nº 2867, que apura a prática de crimes contra a Lei de Licitações e improbidade administrativa[17], além de ter seu nome citado na operação Lava Jato.[18] Sobre essa última acusação, apresentou defesa e esclarecimentos sobre o caso[19][20]
Referências
- ↑ Mesquita, Elenildes (14 de outubro de 2011). «Eduardo Amorim parabeniza médicos e anestesiologistas pelo seu Dia». Na Política.com
- ↑ «Eduardo Amorim é o mais novo integrante da bancada do PSDB no Senado». PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira. 31 de janeiro de 2017
- ↑ Zuquim, Rodrigo (1 de fevereiro de 2017). «Senador Eduardo Amorim vai para o PSDB». Poder360
- ↑ «Eduardo Amorim». PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
- ↑ «Eleições 2006». www.infonet.com.br. Infonet. 2006. Consultado em 1 de maio de 2017
- ↑ «PL 2648/2007 - Projetos de Lei e Outras Proposições». www.camara.gov.br. Câmara dos Deputados. Consultado em 1 de maio de 2017
- ↑ Navarro, Fredson (5 de outubro de 2014). «Jackson Barreto, do PMDB, é reeleito governador de Sergipe». G1
- ↑ Bol (13 de dezembro de 2016). «Confira como votaram os senadores sobre a PEC do Teto de Gastos». UOL. Consultado em 16 de outubro de 2017
- ↑ «Reforma trabalhista: saiba como votaram os senadores no plenário». Carta Capital. 11 de julho de 2017
- ↑ «Por 11 a 4, Aécio é salvo no Conselho de Ética: como votaram os senadores». Carta Capital. 6 de julho de 2017. Consultado em 15 de outubro de 2017
- ↑ «Veja como votou cada senador na sessão que derrubou afastamento de Aécio». G1. 17 de outubro de 2017. Consultado em 17 de outubro de 2017
- ↑ Richter, André (2 de junho de 2017). «Janot denuncia Aécio Neves ao STF por corrupção e obstrução da Justiça». Agência Brasil. Consultado em 17 de outubro de 2017
- ↑ «PRE/SE processa Jackson, Eduardo Amorim e Sukita por abuso de poder nas eleições». Ministério Público Federal. 5 de março de 2015
- ↑ «PRE aciona Jackson e Eduardo Amorim por abuso de poder». www.infonet.com.br. Infonet. 5 de março de 2015. Consultado em 1 de maio de 2017
- ↑ «PRE/SE processa Jackson, Eduardo Amorim e Sukita por abuso de poder nas eleições». Procuradoria Geral da Repúplica. 5 de março de 2015. Consultado em 8 de março de 2016
- ↑ «Andamento do Processo n. 1289-75.2014.6.25.0000 do dia 10/02/2015 do TRE-SE». Jusbrasil. 10 de fevereiro de 2015. Consultado em 8 de março de 2016
- ↑ «Eduardo Amorim (PSC-SE)». Congresso em Foco
- ↑ «Eduardo Amorim vai insistir em seu projeto». www.jornaldacidade.net. Jornal da Cidade. 17 de abril de 2017. Consultado em 1 de maio de 2017. Arquivado do original em 19 de março de 2018
- ↑ [1]
- ↑ NE. «CONGRESSO EM FOCO: Eduardo Amorim responde a inquérito no STF». NE Notícias
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Nascidos em 1963
- Naturais de Itabaiana (Sergipe)
- Médicos de Sergipe
- Deputados federais do Brasil por Sergipe
- Membros do Democratas (Brasil)
- Membros do Partido Social Cristão
- Senadores do Brasil por Sergipe
- Membros do Partido da Social Democracia Brasileira
- Alunos da Universidade Federal de Sergipe
- Anestesiologistas do Brasil
- Secretários estaduais de Sergipe
- Membros do Partido Liberal (2006)