Eixão das águas

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Canal da Integração - Parte do Eixão das Águas.

O Eixão das Águas é um conjunto de obras hídricas que realiza a transposição das águas do Açude Castanhão para a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), reforçando o abastecimento, em uma extensão de 255 quilômetros, incluindo o Complexo Industrial e Portuário do Pecém.

Características[editar | editar código-fonte]

Faz a integração das bacias hidrográficas do Vale do Jaguaribe e da Região Metropolitana, sendo beneficiado pela transposição do rio São Francisco e do Canal do Trabalhador, e beneficiando uma população de aproximadamente três milhões de habitantes. É composto por estações de bombeamento, canais, adutoras, além de sifões e túneis.[1][2]

O Eixão possibilitou o surgimento de polos de desenvolvimento hidroagrícola nas áreas irrigáveis a partir do Vale do Jaguaribe, beneficiando milhares de hectares e terras férteis. Também garante o abastecimento humano da Região Metropolitana de Fortaleza, assim como as comunidades dos municípios de Alto Santo, Jaguaribara, Morada Nova, Ibicuitinga, Russas, Ocara, Cascavel, Pacajus, Horizonte, Itaitinga, Pacatuba, Maranguape, Maracanaú, Caucaia e São Gonçalo do Amarante.[3]

A vazão máxima de dimensionamento é de 22 metros cúbicos; desses, 19 metros cúbicos destinam-se ao abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza, incluindo o Complexo Industrial e Portuário do Pecém.[4]

Trechos da obra[editar | editar código-fonte]

Com um custo total da obra de mais de R$ 1 bilhão, o Sistema Adutor do Castanhão possui cinco trechos:[5]

Trecho Origem Destino Distância
Trecho 1 Açude Castanhão Açude Curral Velho 54,7 km
Trecho 2 Açude Curral Velho Serra do Félix 45,9 km
Trecho 3 Serra do Félix Açude Pacajus 66,3 km
Trecho 4 Açude Pacajus Açude Gavião 33,9 km
Trecho 5 Açude Gavião Porto do Pecém 55,1 km
TOTAL 255,9 km

O percurso estende-se ao longo de aproximadamente 260 quilômetros. O prolongamento do sistema adutor para a zona Oeste de Fortaleza, entre o açude Gavião e o Porto do Pecém, apresenta um desenvolvimento adicional de cerca de 55 quilômetros.[6]

Transposição do rio São Francisco[editar | editar código-fonte]

Em 26 de junho de 2020, foi inaugurado um trecho do Eixo Norte, que leva água do rio São Francisco ao estado do Ceará, com a passagem das águas do Reservatório Milagres (em Verdejante, Pernambuco) para o Reservatório Jati (CE).[7]

De Jati, percorre o Cinturão das Águas, num trecho de 53 km, até o riacho Seco, em Missão Velha, fluindo pelo rio Salgado e rio Jaguaribe, até alcançar o açude Castanhão, o que ocorreu em 10 de março de 2021. [8]

Referências

  1. «Eixão das Águas». Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará. 11 de junho de 2014. Consultado em 17 de setembro de 2020 
  2. «Projeto Malha D`Água». Secretaria dos Recursos Hídricos. Consultado em 17 de setembro de 2020 
  3. «Inaugurada primeira etapa do Canal - Metro - Diário do Nordeste». diariodonordeste.verdesmares.com.br. Consultado em 17 de setembro de 2020 
  4. «Eixão das Águas - Opiniãoold - Diário do Nordeste». diariodonordeste.verdesmares.com.br. Consultado em 17 de setembro de 2020 
  5. Redação (11 de junho de 2010). «Mapa do projeto do Canal da Integração site da Secretaria dos Recursos Hídricos do Ceará». GGN. Consultado em 31 de agosto de 2023 
  6. «Eixão das Águas». cogerh.com.br. 5 de outubro de 2018. Consultado em 17 de setembro de 2020 
  7. «Águas do São Francisco chegam ao Ceará nesta sexta-feira». Governo do Brasil. Consultado em 2 de maio de 2021 
  8. Povo, O. (29 de abril de 2021). «50 dias após a chegada das águas do São Francisco, volume do Castanhão tem pouco crescimento». Ceara. Consultado em 2 de maio de 2021