Eleições estaduais no Acre em 2002

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1998 Brasil 2006
Eleições estaduais no  Acre em 2002
6 de outubro de 2002
(Decisão em primeiro turno)
Candidato Jorge Viana Flaviano Melo
Partido PT PMDB
Natural de Rio Branco, AC Rio Branco, AC
Vice Binho Marques Wagner Sales
Votos 165.574 87.602
Porcentagem 63,58% 33,64%
Resultado da eleição por município no 1º turno:

Titular
Jorge Viana
PT

Eleito
Jorge Viana
PT

Eleição parlamentar do  Acre em 2002 (Senado)
Marina_Silva_em_Brasília_1 Geraldo_mesquita_junior
Líder Marina Silva Geraldo Mesquita Júnior
Partido PT PSB
Natural de Rio Branco, AC Fortaleza, CE
Votos 157.588 104.993
Porcentagem 32,29% 21,52%
Candidato mais votado por municípios (22):
  Marina Silva (19)
  Sergio Barros (2)
  Nabor Junior (1)

Titular(es)
Marina Silva e Nabor Júnior
PT e PMDB

As eleições estaduais no Acre em 2002 aconteceram em 6 de outubro como parte das eleições gerais no Distrito Federal e em 26 estados. Nesse dia foram eleitos o governador Jorge Viana, o vice-governador Binho Marques e os senadores Marina Silva e Geraldo Mesquita Júnior, além de oito deputados federais e vinte e quatro deputados estaduais.[1]

Graças ao percentual superior à metade mais um dos votos válidos a eleição foi decidida em primeiro turno com a reeleição do governador Jorge Viana, engenheiro florestal formado em 1985 pela Universidade de Brasília. Nascido em Rio Branco o governador do Acre é filho de Wildy Viana e sobrinho de Joaquim Macedo, ambos com passagens pela ARENA onde o primeiro foi eleito deputado federal e o segundo chegou ao Palácio Rio Branco após indicação do presidente Ernesto Geisel em 1978. Sempre filiado ao PT o governador Jorge Viana foi vencido em segundo turno por Edmundo Pinto perdeu o Palácio Rio Branco em 1990, elegeu-se prefeito de Rio Branco em 1992 e governador em 1998, reelegendo-se com percentual recorde quatro anos depois.[2]

Além de se manter no poder o governador Jorge Viana elegeu os senadores Marina Silva e Geraldo Mesquita Júnior. Ela nasceu em Rio Branco, é formada em História pela Universidade Federal do Acre e foi coordenadora da Central Única dos Trabalhadores no Acre antes de ingressar no PT e eleger-se vereadora em Rio Branco em 1988, deputada estadual em 1990 e senadora em 1994. Sobre Geraldo Mesquita Júnior ele nasceu em Fortaleza e é filho de Geraldo Mesquita, político que teve passagem pela ARENA e renunciou ao mandato de senador para o qual fora eleito em 1970 após ser indicado governador pelo presidente Ernesto Geisel em 1974 e durante seu governo o filho foi seu secretário particular e veio a ocupar cargos na gestão Edison Cadaxo e no primeiro governo Jorge Viana. O outro senador do estado era Tião Viana, irmão do governador.

O antagonista do PT na eleição estadual foi Flaviano Melo. Formado em Engenharia Civil em 1974 no Centro Universitário Geraldo Di Biase com especialização na Universidade Federal do Rio de Janeiro, ele nasceu em Rio Branco e trabalhou nas obras da Ponte Rio-Niterói e do Metrô do Rio de Janeiro antes de ir para Recife e Salvador como funcionário da Mendes Júnior. De volta ao Acre filiou-se ao PMDB e foi nomeado prefeito de Rio Branco (1983-1986) no governo Nabor Júnior elegendo-se governador em 1986 e senador em 1990. Vencido por Orleir Cameli ao disputar o governo em 1994 e por Tião Viana ao tentar se reeleger senador em 1998, foi eleito prefeito de Rio Branco em 2000 e renunciou para disputar o governo estadual, atitude que abriu caminho para que o PT conquistasse a prefeitura de Rio Branco com Raimundo Angelim (2004, 2008) e Marcus Alexandre (2012).

Resultado da eleição para governador[editar | editar código-fonte]

Candidatos a governador do estado
Candidatos a vice-governador Número Coligação Votação Percentual
Jorge Viana
PT
Binho Marques
PT
13
Frente Popular do Acre
(PT, PL, PCdoB, PV, PMN, PSDC, PTdoB)
165.574
63,58%
Flaviano Melo
PMDB
Wagner Sales
PMDB
15
Movimento Democrático Acriano
(PMDB, PSDB, PFL, PPB, PST)
87.602
33,64%
José Mastrângelo
PPS
Albélia Bezerra da Cunha
PTB
23
Frente Trabalhista
(PPS, PTB, PDT)
6.078
2,33%
Antônio Edson Alves da Silva
PSL
Albertina Pereira Hassem
PSL
17
PSL (sem coligação)
597
0,23%
Antônio Neres Gouveia
PRTB
Vicente Machado da Rocha
PRTB
28
PRTB (sem coligação)
568
0,22%
  Eleito

Resultado da eleição para senador[editar | editar código-fonte]

Candidatos a senador da República
Primeiro suplente de senador Número Coligação Votação Percentual
Marina Silva
PT
Sibá Machado
PT
131
Frente Popular do Acre
(PT, PL, PCdoB, PV, PMN, PSDC, PTdoB)
157.588
32,29%
Geraldo Mesquita Júnior
PSB
Natal Chaves
PSC
400
Fé e unidade socialista acriana
(PSB, PSC)
104.993
21,52%
Márcio Bittar
PPS
Aluizio Bezerra
PTB
234
Frente Trabalhista
(PPS, PTB, PDT)
82.443
16,90%
Sérgio Barros
PSDB
Osmir Lima
PFL
456
Movimento Democrático Acriano
(PMDB, PSDB, PFL, PPB, PST)
66.192
13,56%
Nabor Júnior
PMDB
Célia Mendes
PPB
152
Movimento Democrático Acriano
(PMDB, PSDB, PFL, PPB, PST)
61.849
12,67%
José Aleksandro
PSL
Kelly Silva
PSL
170
PSL (sem coligação)
14.920
3,06%
  Eleitos

Deputados federais eleitos[editar | editar código-fonte]

São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[3][4]

Representação eleita

  PT: 3
  PPB: 2
  PCdoB: 1
  PPS: 1
  PMDB: 1
Número Deputados federais eleitos Partido Votação Percentual Cidade onde nasceu Unidade federativa
6513 Perpétua Almeida PCdoB 21.930 8,42% Porto Walter  Acre
1313 Nilson Mourão PT 17.720 6,80% Tarauacá  Acre
1111 Ronivon Santiago[nota 1] PPB 15.637 6,00% Cruzeiro do Sul  Acre
2323 Júnior Betão PPS 11.933 4,58% Rio Branco  Acre
1188 Narciso Mendes[nota 1] PPB 11.897 4,56% Patu  Rio Grande do Norte
1345 Henrique Afonso PT 10.290 3,95% Cruzeiro do Sul  Acre
1300 Zico Bronzeado PT 10.211 3,92% Brasileia  Acre
1515 João Correia PMDB 9.399 3,60% Cruzeiro do Sul  Acre

Deputados estaduais eleitos[editar | editar código-fonte]

Estavam em jogo 24 cadeiras na Assembleia Legislativa do Acre.

Representação eleita

  PT: 5
  PPB: 2
  PCdoB: 2
  PMN: 2
  PMDB: 2
  PSDB: 2
  PL: 2
  PSDC: 2
  PDT: 1
  PFL: 1
  PSC: 1
  PPS: 1
  PSB: 1
Número Deputados estaduais eleitos Partido Votação Percentual Cidade onde nasceu Unidade federativa
13131 Raimundo Angelim PT 6.266 2,25% Tarauacá  Acre
13121 Ronald Polanco Ribeiro PT 4.958 1,78% Brasiléia  Acre
13630 Naluh Maria Lima Gouvêia PT 4.865 1,74% Feijó  Acre
11106 José Bestene PPB 4.545 1,63% Brasiléia  Acre
65123 Edvaldo Magalhães PCdoB 4.479 1,61% Cruzeiro do Sul  Acre
11115 José Elson Santiago de Melo PPB 4.024 1,44% Cruzeiro do Sul  Acre
13999 Fernando Melo da Costa PT 3.829 1,37% Cruzeiro do Sul  Acre
33123 Sérgio Petecão PMN 3.586 1,28% Rio Branco  Acre
15122 Antônia Sales PMDB 3.516 1,26% Rio Branco  Acre
12345 Roberto Barros Filho PDT 3.304 1,18% Rio Branco  Acre
45678 Helder Cotta Paiva PSDB 3.250 1,16% Tarauacá  Acre
65789 Moisés Diniz Lima PCdoB 3.072 1,10% Cruzeiro do Sul  Acre
45121 Luiz Gonzaga Alves PSDB 3.051 1,09% Cruzeiro do Sul  Acre
25555 José Vieira de Farias PFL 2.935 1,05% Sena Madureira  Acre
13222 Valmir Gomes Figueredo PT 2.909 1,04% Marechal Thaumaturgo  Acre
22222 Nilson Roberto Areal de Almeida PL 2.739 0,98% Sena Madureira  Acre
33144 Luiz Gonzaga Calixto Neto PMN 2.718 0,97% Tarauacá  Acre
27777 José Luís Schafer PSDC 2.684 0,96% Humaitá  Rio Grande do Sul
20555 Manoel José Nogueira Lima PSC 2.625 0,94% Rio Branco  Acre
15120 Francisco das Chagas Romão PMDB 2.587 0,93% Xapuri  Acre
23777 José Tarcísio Medeiros de Moraes PPS 2.168 0,77% Porto Acre  Acre
22555 Hélio Lopes da Silva PL 2.156 0,77% Senador Guiomard  Acre
27444 Francisco de Oliveira Viga PSDC 2.100 0,75% Cruzeiro do Sul  Acre
40500 Antônio Delorgem Neris Campos PSB 1.642 0,59% Brasiléia  Acre

Notas

  1. a b Por decisões da justiça acatadas pela mesa diretora da Câmara dos Deputados foram cassados Narciso Mendes e Ronivon Santiago sendo efetivados João Tota e Chicão Brígido.

Referências

  1. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 4 de julho de 2021 
  2. «Biografia de Jorge Viana no CPDOC/FGV». Consultado em 4 de julho de 2021 
  3. «Página oficial da Câmara dos Deputados». Consultado em 8 de setembro de 2015. Arquivado do original em 2 de outubro de 2013 
  4. BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 8 de setembro de 2015