Eleições estaduais na Paraíba em 2006

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2002 Brasil 2010
Eleições estaduais na  Paraíba em 2006
1º de outubro de 2006
(Primeiro turno)
29 de outubro de 2006
(Segundo turno)
Candidato Cássio Cunha Lima José Maranhão
Partido PSDB PMDB
Natural de Campina Grande, PB Araruna, PB
Vice José Lacerda Neto Luciano Cartaxo
Votos 1.003.102 950.269
Porcentagem 51,35% 48,65%
Candidato mais votado por município no 2º turno (223):
  Cássio (139)
  Zé Maranhão (84)

As eleições estaduais na Paraíba em 2006 ocorreram em 1º de outubro como parte das eleições gerais no Distrito Federal e em 26 estados brasileiros. Nelas foram eleitos o governador Cássio Cunha Lima, o vice-governador José Lacerda Neto e o senador Cícero Lucena, além de 12 deputados federais e 36 estaduais. Como nenhum candidato a governador obteve metade mais um dos votos válidos, aconteceu um segundo turno em 29 de outubro e conforme a Constituição a posse do governador e do vice-governador se daria em 1º de janeiro de 2007 para quatro anos de mandato.[nota 1][1][2][3][4]

Graças ao artifício dos governadores biônicos a ARENA manteve o controle do governo paraibano a ponto de legar ao seu sucessor, o PDS, a vitória de Wilson Braga na eleição direta de 1982 enquanto o PMDB esperou a Nova República para iniciar um ciclo de quatro vitórias consecutivas a partir de 1986 numa marcha que se estenderia até 1998 quando foi reeleito José Maranhão. Tal supremacia durou até o início do Século XXI quando as disputas pelo controle da legenda ocasionaram a defecção de Ronaldo Cunha Lima e seu grupo, o qual foi acolhido no PSDB e venceu a eleição de 2002 sob o comando de Cássio Cunha Lima, filho e herdeiro político de seu pai.[5]

Eleito deputado federal pelo PMDB em 1986, Cássio Cunha Lima participou da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição de 1988. Nesse mesmo ano elegeu-se prefeito de Campina Grande, sua cidade natal. Advogado formado em 1991 pela Universidade Federal da Paraíba, renunciou à prefeitura para comandar a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste assumindo-a em 3 de dezembro de 1992. Combalido em sua gestão pelos tiros que seu pai desferiu contra Tarcísio Burity na capital paraibana em 5 de novembro de 1993, renunciou ao cargo a tempo de ser eleito deputado federal em 1994.[6][7][8][9] A seguir Cássio Cunha Lima foi eleito prefeito de Campina Grande em 1996 e reeleito no ano 2000, renunciou e foi eleito governador da Paraíba via PSDB em 2002 e reconduzido ao Palácio da Redenção em 2006.[10][nota 2]

O vice-governador eleito foi José Lacerda Neto. Advogado nascido em São José de Piranhas, filiou-se ao PSB e nessa legenda conquistou uma cadeira de deputado estadual em 1962. Durante o Regime Militar de 1964 foi reeleito pela ARENA em 1966, 1970, 1974 e 1978 e também pelo PDS em 1982. Mediante a criação do PFL conquistou novos mandatos em 1986, 1990, 1994, 1998 e 2002 exercendo ao todo onze mandatos na Assembleia Legislativa da Paraíba.[nota 3] Sua trajetória parlamentar chegou ao fim em 2006 ao ser eleito vice-governador do estado.[1][2][11]

Resultado da eleição para governador[editar | editar código-fonte]

Primeiro turno[editar | editar código-fonte]

Conforme os arquivos da Justiça Eleitoral foram apurados 1.900.486 votos nominais.[1][2] Houve ainda 66.221 votos em branco e 187.446 votos nulos, além de 419.613 abstenções.

Candidatos a governador do estado Candidatos a vice-governador Número Coligação Votação Percentual
Cássio Cunha Lima
PSDB
José Lacerda Neto
PFL
45
Por Amor à Paraíba
(PSDB, PFL, PP, PTB, PTN, PL, PTC, PTdoB, PPS, PV, PHS, PRTB, PAN, PDT, PSC)
943.922
49,67%
José Maranhão
PMDB
Luciano Cartaxo
PT
15
Paraíba de Futuro
(PMDB, PT, PRB, PSB, PCdoB, PSL, PMN, PRONA)
926.272
48,74%
David Lobão
PSOL
Marcelino Rodrigues
PSTU
50
Frente de Esquerda
(PSOL, PSTU)
22.949
1,21%
Lourdes Sarmento
PCO
Manuel Vieira
PCO
29
PCO (sem coligação)
3.902
0,20%
Marinézio Ferreira
PSDC
Didi da Cajarana
PSDC
27
PSDC (sem coligação)
1.743
0,09%
Francisco Carlos
PCB
Carlos Magno Barcia
PCB
21
PCB (sem coligação)
1.698
0,09%
Hélio Chaves[nota 4]
PRP
Meci Lucena
PRP
44
PRP (sem coligação)
zero
zero
  Segundo turno

Segundo turno[editar | editar código-fonte]

Conforme os arquivos da Justiça Eleitoral foram apurados 1.953.371 votos nominais.[1][2]

Candidatos a governador do estado Candidatos a vice-governador Número Coligação Votação Percentual
Cássio Cunha Lima
PSDB
José Lacerda Neto
PFL
45
Por Amor à Paraíba
(PSDB, PFL, PP, PTB, PTN, PL, PTC, PTdoB, PPS, PV, PHS, PRTB, PAN, PDT, PSC)
1.003.102
51,35%
José Maranhão
PMDB
Luciano Cartaxo
PT
15
Paraíba de Futuro
(PMDB, PT, PRB, PSB, PCdoB, PSL, PMN, PRONA)
950.269
48,65%
  Eleito

Cassação do governador[editar | editar código-fonte]

Por conta de disputas judiciais o resultado da eleição paraibana foi alterado em 17 de fevereiro de 2009 após o veredicto do Tribunal Superior Eleitoral que cassou os mandatos[11] de Cássio Cunha Lima e José Lacerda Neto numa sessão onde determinou também a posse de José Maranhão como governador e Luciano Cartaxo como vice-governador do estado, sendo que Maranhão renunciou ao mandato de senador em prol de Roberto Cavalcanti a fim de retornar ao Palácio da Redenção.[12][13][14]

A carreira do novo governador teve início no PTB onde foi eleito deputado estadual em 1954, 1958 e 1962. Secretário de Agricultura no governo José Fernandes de Lima, conquistou um novo mandato pelo MDB em 1966 exercendo-o até sua cassação pelo Ato Institucional Número Cinco em 1969. Encerrado o seu degredo político filiou-se ao PMDB e nele foi eleito deputado federal em 1982. Durante a legislatura apoiou a emenda Dante de Oliveira e votou em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral. Reeleito 1986 e 1990, assinou a Constituição de 1988 e votou pelo impeachment de Fernando Collor em 1992.[15][16][3][17] Eleito vice-governador da Paraíba em 1994, subiu ao poder devido falecimento de Antônio Mariz e foi reeleito em 1998.[18][19] Vitorioso na eleição para senador em 2002, reassumiu o Palácio da Redenção por desígnios da Justiça Eleitoral após a derrota no pleito de 2006. Para vice-governador foi empossado Luciano Cartaxo. Nascido em Sousa, ele é farmacêutico pela Universidade Federal da Paraíba e fez carreira política no PT sendo eleito vereador em João Pessoa em 1996, 2000, 2004 e 2008.[20]

Biografia do senador eleito[editar | editar código-fonte]

Cícero Lucena[editar | editar código-fonte]

Na eleição para senador a vitória foi do engenheiro civil Cícero Lucena. Nascido em São José de Piranhas e diplomado na Universidade Federal da Paraíba,[21] foi diretor financeiro numa empresa de construção civil e terraplanagem. Outrora filiado ao PMDB, elegeu-se vice-governador da Paraíba na chapa de Ronaldo Cunha Lima em 1990 e assumiu o governo quando o titular renunciou para disputar o Senado Federal em 1994. No governo do presidente Fernando Henrique Cardoso foi secretário especial de Políticas Regionais antes de eleger-se prefeito de João Pessoa em 1996 sendo reeleito no ano 2000. Filiado ao PSDB foi secretário de Planejamento no primeiro governo Cássio Cunha Lima e em 2006 foi eleito senador pela Paraíba, mandato que fora exercido em três oportunidades por seu primo, Humberto Lucena.[21]

Resultado da eleição para senador[editar | editar código-fonte]

Conforme os arquivos da Justiça Eleitoral foram apurados 1.665.443 votos nominais.[1][2]

Candidatos a senador da República
Candidatos a suplente de senador Número Coligação Votação Percentual
Cícero Lucena
PSDB
Carlos Dunga
PTB
João Rafael
PSDB
456
Por Amor à Paraíba
(PSDB, PFL, PP, PTB, PTN, PL, PTC, PTdoB, PPS, PV, PHS, PRTB, PAN, PDT, PSC)
803.600
48,25%
Ney Suassuna
PMDB
Edvaldo Rosas
PMDB
Vituriano de Abreu
PMDB
151
Paraíba de Futuro
(PMDB, PT, PRB, PSB, PCdoB, PSL, PMN, PRONA)
725.502
43,56%
Vital Farias
PSOL
Lissandro Saraiva
PSOL
José Nunes
PSOL
500
Frente de Esquerda
(PSOL, PSTU)
99.966
6,00%
Walter Amorim
PRTB
Francimar Cordeiro
PRTB
Francisco Tito
PRTB
289
PRTB[22]
(sem coligação)
13.541
0,81%
Joseilson Freitas
PCO
Paulo Rodrigues
PCO
Maria das Dores
PCO
299
PCO (sem coligação)
7.576
0,49%
Ronaldo Medeiros
PSL
Pastor Ferreira
PSL
Geúde Oliveira
PSL
177
PSL[22]
(sem coligação)
7.294
0,44%
Livieto Régis
PSDC
Wellington Brito
PSDC
Luciano Neves
PSDC
277
PSDC (sem coligação)
5.580
0,35%
Antônio Pereira
PCB
Gervásio Neto
PCB
Antônio Trajano
PCB
215
PCB (sem coligação)
2.384
0,14%
Kléber Valadares[nota 5]
PRP
José Carlos da Silva
PRP
Célia Martins
PRP
444
PRP (sem coligação)
zero
zero
  Eleito

Deputados federais eleitos[editar | editar código-fonte]

São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[23][4]

Representação eleita

  PMDB: 3
  PSDB: 3
  PSB: 2
  PL: 2
  PFL: 1
  PT: 1
Fonteː[1]
Deputados federais eleitos Partido Votação Percentual Cidade onde nasceu Unidade federativa
Vital do Rego Filho PMDB 168.301 8,69% Campina Grande  Paraíba
Wilson Santiago PMDB 163.661 8,45% Uiraúna  Paraíba
Rômulo Gouveia[nota 6] PSDB 152.330 7,87% Campina Grande  Paraíba
Efraim Filho PFL 147.335 7,61% João Pessoa  Paraíba
Manoel Junior PSB 126.339 6,52% Pedras de Fogo  Paraíba
Wellington Roberto PL 125.407 6,48% São José de Piranhas  Paraíba
Ronaldo Cunha Lima[nota 7][24] PSDB 124.192 6,41% Guarabira  Paraíba
Wilson Braga PMDB 113.557 5,86% Conceição  Paraíba
Luiz Couto PT 83.742 4,32% Soledade  Paraíba
Damião Feliciano PL 75.408 3,89% Campina Grande  Paraíba
Armando Abílio PSDB 55.337 2,86% Itaporanga  Paraíba
Marcondes Gadelha PSB 39.361 2,03% Sousa  Paraíba

Deputados estaduais eleitos[editar | editar código-fonte]

Estavam em jogo trinta e seis cadeiras na Assembleia Legislativa da Paraíba.[1][2]

Representação eleita

  PMDB: 12
  PSDB: 7
  PFL: 6
  PSB: 3
  PDT: 2
  PT: 2
  PPS: 2
  PP: 1
  PTB: 1
Fonteː[1]
Número Deputados estaduais eleitos Partido Votação Percentual Cidade onde nasceu Unidade federativa
45123 Zenóbio Toscano PSDB 38.265 1,95% Guarabira  Paraíba
12345 Manoel Ludgério PDT 38.129 1,95% Catolé do Rocha  Paraíba
45111 Romero Rodrigues PSDB 38.014 1,94% Campina Grande  Paraíba
45000 Fabiano Lucena PSDB 37.154 1,9% João Pessoa  Paraíba
15221 Francisca Motta PMDB 36.323 1,85% Catolé do Rocha  Paraíba
15229 Flaviano Quinto PMDB 35.844 1,83% João Pessoa  Paraíba
45678 Ruy Carneiro PSDB 34.912 1,78% Rio de Janeiro  Rio de Janeiro
15199 Gervásio Maia PMDB 32.778 1,67% São Paulo  São Paulo
45145 Arthur Cunha Lima PSDB 32.113 1,64% Campina Grande  Paraíba
45245 Dinaldo Wanderley PMDB 32.082 1,64% Patos  Paraíba
15151 Raniery Paulino PMDB 31.517 1,61% João Pessoa  Paraíba
25666 José Aldemir PFL 31.233 1,59% Cajazeiras  Paraíba
45645 João Gonçalves PSDB 31.019 1,58% João Pessoa  Paraíba
25888 Branco Mendes PFL 28.970 1,48% Aguiar  Paraíba
15155 Olenka Maranhão PMDB 28.669 1,46% João Pessoa  Paraíba
25000 João Henrique PFL 28.041 1,43% Monteiro  Paraíba
25800 Quintans PFL 27.860 1,42% Sumé  Paraíba
45666 Ricardo Marcelo PSDB 27.597 1,41% João Pessoa  Paraíba
13456 Jeová Campos PT 27.521 1,41% São José de Piranhas  Paraíba
25111 Lindolfo Pires PFL 27.118 1,38% Sousa  Paraíba
25147 Arnaldo Monteiro PFL 26.741 1,37% Esperança  Paraíba
11111 Aguinaldo Ribeiro PP 26.237 1,34% Campina Grande  Paraíba
45444 Antônio Mineral PSDB 25.645 1,31% Patos  Paraíba
15123 Trocolli Júnior PMDB 24.320 1,24% João Pessoa  Paraíba
15122 Dr. Verissinho PMDB 23.318 1,19% Pombal  Paraíba
15152 Iraê Lucena PMDB 22.641 1,16% Rio de Janeiro  Rio de Janeiro
15234 Márcio Roberto PMDB 22.158 1,13% São Bento  Paraíba
15210 Ivaldo Moraes PMDB 22.017 1,12% Campina Grande  Paraíba
40123 Guilherme Almeida PSB 21.950 1,12% Campina Grande  Paraíba
13110 Rodrigo Soares PT 21.890 1,12% João Pessoa  Paraíba
40400 Leonardo Gadelha PSB 21.531 1,1% Brasília  Distrito Federal
12333 Jacó Maciel PDT 20.513 1,05% Campina Grande  Paraíba
14141 Dunga Júnior PTB 20.436 1,04% Campina Grande  Paraíba
40112 Carlos Batinga PSB 19.314 0,99% Monteiro  Paraíba
23300 Socorro Marques PPS 13.887 0,71% Malta  Paraíba
23000 Nivaldo Manoel PPS 13.872 0,71% João Pessoa  Paraíba

Aspectos da campanha[editar | editar código-fonte]

Punições ao Sistema Correio[editar | editar código-fonte]

Tal qual havia ocorrido em 2002, a TV Correio (afiliada da RecordTV) foi punida por infringir a lei eleitoral por três vezes. A 98 Correio FM também ficou fora do ar. O motivo seria uma entrevista concedida pelo então prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo, ao programa Correio Debate em 29 de setembro onde Rêgo elogiou José Maranhão e fez críticas a Cássio Cunha Lima. O desembargador Nilo Ramalho entendeu que a TV Correio proporcionara espaço para que o prefeito emitisse opiniões prejudiciais ao candidato do PSDB e benéficas ao seu correligionário, ato que é considerado ilegal. A Correio FM foi condenada em 2 de outubro por ter usado a programação para fazer propaganda pró-Maranhão mediante à administração de Cássio Cunha Lima ou ao próprio candidato a reeleição, além de entrevistar políticos que pediam voto à coligação "Paraíba de Futuro".[25]

Em 16 de outubro a TV Correio saiu novamente do ar por decisão da Justiça Eleitoral. Nilo Ramalho alegou que, na edição do Correio Debate exibida no mesmo dia, os apresentadores Hélder Moura e Rubens Nóbrega haviam emitido opiniões que denegriam a imagem de Cunha Lima. Os advogados da emissora entraram com recurso alegando que houve apenas uma crítica formal à gestão, e não ao candidato do PSDB. No entanto, o desembargador negou o pedido e, além de retirar a programação durante 24 horas, obrigou a TV Correio a pagar uma multa de 21.282 reais.[26]

Curiosidades da eleição[editar | editar código-fonte]

A eleição de 2006 marcou as estreias de PRB (que apoiou José Maranhão) e PSOL. Outros 2 partidos disputaram suas primeiras eleições de fato neste ano (em 2002, não lançaram candidatos a deputado federal ou estadual): PRTB, que lançou apenas 2 candidatos (Sargento Marcos Silva, postulante a uma vaga na Câmara dos Deputados, obteve apenas 857 votos, e Walter Amorim, candidato ao Senado Federal, ficou na quarta colocação, com 13.541 sufrágios) e PTN, com 2 candidatos a deputado estadual (Toinha e Dr. Temístocles), que receberam votação inexpressiva. O PTC, que teve 5 candidaturas a deputado em 2002, apoiou Cássio Cunha Lima em 2006, mas não lançou nenhum para a Câmara ou Assembleia Legislativa.

Esta foi, também, a última eleição disputada por três legendas: PRONA, PL (se fundiram ainda em 2006, formando o PR) e PAN (incorporado ao PTB). Este último, inclusive, foi o partido que teve o candidato mais velho do pleito: o servidor público aposentado João Nunes (disputou o Senado em 1994 pelo PMN), que aos 94 anos, tentou uma vaga na ALPB, sem sucesso - foram apenas 169 votos. Entre todos os postulantes a deputado estadual, o mais jovem foi Carlos Rafael (PSOL), que teve sua candidatura barrada por não ter a idade mínima para concorrer ao cargo[27].

14 anos depois da cisão, o PCB voltou a disputar uma eleição na Paraíba. Tendo o advogado Francisco Carlos como candidato a governador, o "Partidão" teve um desempenho modesto: Adriana Paula e Alexandre Mesquita, que concorreram a deputado estadual, receberam 709 e 705 votos, respectivamente; já Antônio Pereira teve a menor votação para o Senado (2.384 sufrágios).

Além de oficializar Marcelino Rodrigues como vice na chapa de David Lobão, o PSTU lançou ainda outros 2 candidatos: o professor e sindicalista Antônio Radical foi o único que foi liberado para disputar uma vaga de deputado federal, enquanto que a estudante Amanara Araújo teve sua candidatura indeferida pelo TRE - ela não havia prestado as contas da eleição de 2004 em João Pessoa, quando disputou uma vaga na Câmara de Vereadores. Também não participaram da eleição por invalidação dos registros pelo TRE: Dr. Deczon Cunha (PSB), Durval Lira (PPS), Francis Albuquerque (PRTB), Rogério Coutinho (PSB), Milton Medeiros (PV) e Marcos Marinho (PMDB).

Dos 88 candidatos a deputado federal, Adailto Barros (PT) - que inicialmente disputaria uma vaga na ALPB - e Bartolomeu (PV) foram impedidos de concorrer. Benjamin Maranhão (PMDB), que tentava a reeleição, desistiu de participar do pleito, depois que foi acusado de envolvimento no Escândalo dos Sanguessugas. Além deles, Fábio Henrique (PRB), João Pontes (PSB), Coelho (PCdoB), Zé Wagner (PV), Kleber Fernandes (PFL) e Tony Sérgio (PCO) desistiram ou tiveram as candidaturas barradas.

A ex-governadora e ex-deputada Lúcia Braga, que tentava uma vaga na Assembleia Legislativa pelo PMDB, decidiu sair da disputa eleitoral para acompanhar o marido, Wilson Braga, na tentativa de voltar para a Câmara Federal. Outros 19 candidatos abriram mão de concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa: Ananias Aragão (PSC), Andréa Batata (PRP), Chico Asfora (PSL), Cícero Simplício (PRP), Delano (PP), Elly Norat (PDT), Geraildes (PRP), Gerlando da Silva (PP), Gilson Kumamoto (PTB), Isaac Cesarino (PSC), Joia Germano (PRP), Lucius Fabiani (PT, também concorreu para deputado federal), Marconi Marques (PSC), Professor Mendes (PMN), Reginaldo Pereira (PSDB), Ricardo Oliveira (PSL), Tercinho (do mesmo partido), Valdecir Amorim (PFL) e Zezito do Carimbo (PRP). O único que veio a falecer durante a campanha foi Gilvan Siqueira, do PDT, e com isso o registro de sua candidatura foi retirado.

Notas

  1. A posse dos parlamentares eleitos ocorreria em 1º de fevereiro de 2007.
  2. Francisco Rolim e Ricardo Rique substituíram Cunha Lima em suas renúncias ao mandato de deputado federal e na prefeitura de Campina Grande seus sucessores foram Tico Lira e Cozete Barbosa, respectivamente.
  3. Longevidade semelhante também foi a marca de Londres Machado com dois mandatos por Mato Grosso e nove por Mato Grosso do Sul após a criação do estado, sem mencionar os dez mandatos de Humberto Silveira pelo Piauí.
  4. Teve sua candidatura impugnada e assim seus votos foram anulados pelo TSE.
  5. Kléber Valadares teve sua candidatura a senador anulada pelo TSE.
  6. Eleito vice-governador na chapa que elegeu Ricardo Coutinho em 2010, Rômulo Gouveia renunciou ao mandato no fim da legislatura em prol de João Viegas.
  7. Renunciou ao mandato em 31 de outubro de 2007 para evitar que o Supremo Tribunal Federal o julgasse pela tentativa de homicídio cometida em 1993 contra Tarcísio Burity e assim o processo retornou à primeira instância. Foi efetivado o suplente Walter Brito Neto, contudo este foi cassado por infidelidade partidária em 2008 e assim a cadeira foi destinada ao Major Fábio.

Referências

  1. a b c d e f g h «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 21 de julho de 2017 
  2. a b c d e f «Banco de dados do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba». Consultado em 21 de julho de 2017 
  3. a b BRASIL. Presidência da República. «Constituição de 1988». Consultado em 22 de julho de 2017 
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  5. Na Paraíba, Cunha Lima vence disputa acirrada (online). O Estado de S. Paulo, São Paulo (SP), 28/10/2002. Política, p. 51. Página visitada em 22 de julho de 2017.
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  9. «UOL notícias: Morre o ex-governador da Paraíba Ronaldo Cunha Lima». Consultado em 22 de julho de 2017 
  10. «UOL eleições 2006: Tucano Cássio Cunha Lima é reeleito na Paraíba». Consultado em 22 de julho de 2017 
  11. a b «TSE nega recursos e confirma cassação do mandato do governador da Paraíba (g1.globo.com)». Consultado em 22 de julho de 2017 
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  17. «Governistas tentaram evitar implosão (online). Folha de S.Paulo, São Paulo (SP), 30/09/1992. Brasil, p. 1-8.». Consultado em 24 de julho de 2017 
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  23. «Página oficial da Câmara dos Deputados». Consultado em 22 de julho de 2017. Arquivado do original em 2 de outubro de 2013 
  24. Deputado que atirou em adversário renuncia para não ser julgado no STF (online). Folha de S.Paulo, São Paulo (SP), 01/11/1997. Brasil, p. A-9. Página visitada em 22 de julho de 2017.
  25. «Portal Terra: (PB) TV volta a desobedecer Lei Eleitoral e sai do ar». Consultado em 21 de julho de 2017 
  26. «Portal Terra: Crítica a Cássio deixa TV fora do ar na Paraíba». Consultado em 21 de julho de 2017 
  27. Portal Terra - Eleições 2006. «Candidato menor de 21 anos recorre ao TSE contra impugnação». Consultado em 16 de agosto de 2006