Eleições legislativas de Israel em 2003
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120 membros do Knesset 61 assentos necessários para maioria | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Comparecimento | 67.81% ( 10.89 pp) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Lista com partidos que ganharam assentos. Confira o resultado abaixo.
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As eleições legislativas de 2003 em Israel foram realizadas em 28 de janeiro daquele ano para eleger os 120 membros da 16ª legislatura do Knesset. Foi a primeira eleição realizada sem votação direta para o cargo de primeiro-ministro, que seria devolvido ao líder do partido que conseguisse formar com sucesso um novo governo.
Em novembro de 2002, o primeiro-ministro Ariel Sharon, do partido de direita Likud, dissolveu o parlamento e convocou eleições antecipadas, nove meses antes da data agendada, depois que o Partido Trabalhista, de centro-esquerda e seu maior parceiro de coalizão, havia se retirado do governo em uma disputa sobre o orçamento de 2003.[1]
As eleições gerais foram precedidas por eleições partidárias para escolher as principais lideranças, com destaque para as prévias do Likud e dos Trabalhistas, que foram também os dois principais contendores do pleito legislativo israelense de 2003. O Likud de Sharon defendia o reconhecimento eventual do Estado palestino após o fim da violência, e os Trabalhistas, liderado por Amram Mitzna, buscavam retomar as negociações de paz para o estabelecimento de um Estado palestino, independentemente da cessação da violência. A campanha eleitoral concentrou-se em questões de segurança, dada a situação de conflito com os palestinos e os desdobramentos globais na "Guerra ao Terror", sobretudo à potencial ação dos Estados Unidos que resultou na invasão do Iraque naquele ano.[1]
No total, 28 partidos políticos participaram das eleições. A participação eleitoral foi baixa, atingindo cerca de 68,5%, um dos índices mais baixos da história de Israel. Os resultados mostraram uma vitória contundente para o Likud de Sharon, que conquistou 37 assentos, enquanto o Partido Trabalhista teve um desempenho histórico ruim, perdendo sete dos 26 assentos que havia obtido nas eleições anteriores.[2] O Shinui, de ideologia de centro-direita, se destacou como o terceiro maior partido da Knesset, mais que dobrando sua representação em relação ao parlamento anterior. Em fevereiro de 2003, um novo governo de coalizão, formado pelo Likud, Shinui e os partidos Partido Nacional Religioso (direita) e União Nacional (extrema-direita), foi aprovado pela Knesset.[1]
Referências
- ↑ a b c «Elections held in 2003» (em inglês). Inter-Parliamentary Union. Consultado em 21 de setembro de 2023
- ↑ «About the 2003 Elections» (em inglês). The Israel Democracy Institute. Consultado em 21 de setembro de 2023