Eleições legislativas regionais na Madeira em 2007
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| Eleições legislativas regionais na Madeira em 2007 47 deputados na Assembleia Legislativa da Madeira | |||||||||||
| 6 de maio de 2007 | |||||||||||
| Tipo de eleição | Legislativas regionais | ||||||||||
| Período | 2007–2011 | ||||||||||
| Demografia eleitoral | |||||||||||
| Hab. inscritos | 231 606 | ||||||||||
| Votantes | 140 697 | ||||||||||
| 60.75% | |||||||||||
| Votos válidos | 137 530 | ||||||||||
| Votos nulos | 2 019 | ||||||||||
| Votos em branco | 1 148 | ||||||||||
| Duração da campanha | 22 de abril a 4 de maio de 2007 | ||||||||||
| Partido Social Democrata – PPD/PSD | |||||||||||
| Votos: | 90 377 | ||||||||||
| Assentos obtidos: | 33 | ||||||||||
| 64.24% | |||||||||||
| Partido Socialista – PS | |||||||||||
| Votos: | 21 692 | ||||||||||
| Assentos obtidos: | 7 | ||||||||||
| 15.42% | |||||||||||
| CDU – Coligação Democrática Unitária – PCP–PEV | |||||||||||
| Votos: | 7 650 | ||||||||||
| Assentos obtidos: | 2 | ||||||||||
| 5.44% | |||||||||||
| Partido Popular – CDS–PP | |||||||||||
| Votos: | 7 519 | ||||||||||
| Assentos obtidos: | 2 | ||||||||||
| 5.34% | |||||||||||
| Bloco de Esquerda – B.E. | |||||||||||
| Votos: | 4 186 | ||||||||||
| Assentos obtidos: | 1 | ||||||||||
| 2.98% | |||||||||||
| Partido da Terra – MPT | |||||||||||
| Votos: | 3 175 | ||||||||||
| Assentos obtidos: | 1 | ||||||||||
| 2.26% | |||||||||||
| Nova Democracia – PND | |||||||||||
| Votos: | 2 913 | ||||||||||
| Assentos obtidos: | 1 | ||||||||||
| 2.08% | |||||||||||
| Resultados por concelho | |||||||||||
| Presidência do Governo Regional da Madeira | |||||||||||
As eleições legislativas regionais na Madeira em 2007, também designadas eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, realizaram-se a 6 de maio e delas resultou a vitória da maioria do Partido Social Democrata (PPD/PSD), liderado por Alberto João Jardim.[1]
A campanha eleitoral para as legislativas regionais na Madeira decorreu de 22 de abril a 4 de maio.[2]
Histórico
[editar | editar código]Estas eleições antecipadas resultaram da demissão no dia 19 de fevereiro de 2007 de Alberto João Jardim, em protesto contra a aprovação da Lei das Finanças Regionais pelo governo de José Sócrates.[3][1] Alberto João Jardim liderava os destinos da Madeira há trinta anos e foi a primeira vez que não levou um mandato até ao fim.[1]
Estas foram as primeiras eleições nas quais se aplicou a nova lei eleitoral para a Assembleia Legislativa Regional da Madeira — a Lei Orgânica 1/2006, de 13 de fevereiro —, a qual reduziu o número de deputados de 68 para 47 e criou um único círculo eleitoral, em vez de onze círculos eleitorais, um por cada município.[1][4]
Partidos
[editar | editar código]Os partidos e coligações que concorreram às eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira em 2007 foram os seguintes:[5][6]
| Sigla | Partido/Coligação | Líder | |
|---|---|---|---|
| B.E. | Bloco de Esquerda | Paulo Martins | |
| CDS–PP | Partido Popular | José Manuel Rodrigues | |
| MPT | Partido da Terra | João Isidoro Gonçalves | |
| PCP–PEV | CDU – Coligação Democrática Unitária[nota 1] | Edgar Silva | |
| PND | Nova Democracia | Baltasar Gonçalves de Aguiar | |
| PPD/PSD | Partido Social Democrata | Alberto João Jardim | |
| PS | Partido Socialista | Jacinto Serrão | |
Resultados
[editar | editar código]Os resultados oficiais, conforme apurados pela Comissão Nacional de Eleições e publicados no Diário da República, foram os seguintes:[6]
| Partido/Coligação | Votos | % | +/- | Deputados | +/- | |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Partido Social Democrata | 90 377 | 64,24 / 100,00
|
33 / 47
|
|||
| Partido Socialista | 21 692 | 15,42 / 100,00
|
7 / 47
|
|||
| CDU – Coligação Democrática Unitária[nota 1] | 7 650 | 5,44 / 100,00
|
2 / 47
|
|||
| Partido Popular | 7 519 | 5,34 / 100,00
|
2 / 47
|
|||
| Bloco de Esquerda | 4 186 | 2,98 / 100,00
|
1 / 47
|
|||
| Partido da Terra | 3 175 | 2,26 / 100,00
|
1 / 47
|
|||
| Nova Democracia | 2 931 | 2,08 / 100,00
|
1 / 47
|
|||
| Votos brancos | 1 148 | 0,82 / 100,00
|
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| Votos nulos | 2 019 | 1,43 / 100,00
|
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| Total | 140 697 | 100,00 / 100,00
|
47 / 47
|
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| Eleitorado/Participação | 231 606 | 60,75 / 100,00
|
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| Fonte | [6] | |||||
Resultados por concelho
[editar | editar código]| % | % | % | % | % | % | % | ||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Concelhos | PPD/PSD | PS | PCP–PEV | CDS–PP | B.E. | MPT | PND | Votantes |
| Calheta | 75,1 | 6,2 | 1,9 | 11,7 | 0,8 | 1,0 | 1,3 | 6 894 |
| Câmara de Lobos | 72,6 | 8,0 | 3,9 | 4,6 | 2,2 | 5,5 | 1,2 | 16 671 |
| Funchal | 59,5 | 15,2 | 8,4 | 5,6 | 4,2 | 2,0 | 2,9 | 60 022 |
| Machico | 62,8 | 24,8 | 3,0 | 2,9 | 2,2 | 1,5 | 1,1 | 11 526 |
| Ponta do Sol | 67,3 | 19,6 | 1,5 | 5,7 | 1,8 | 1,2 | 1,3 | 5 098 |
| Porto Moniz | 67,0 | 24,1 | 0,9 | 3,3 | 0,8 | 1,1 | 0,8 | 2 093 |
| Porto Santo | 68,1 | 21,6 | 1,6 | 2,8 | 1,2 | 0,9 | 0,8 | 2 791 |
| Ribeira Brava | 73,4 | 11,5 | 2,3 | 5,5 | 1,8 | 1,4 | 1,3 | 7 293 |
| Santa Cruz | 61,8 | 17,1 | 5,3 | 5,2 | 3,2 | 2,3 | 2,5 | 19 525 |
| Santana | 67,7 | 18,1 | 1,7 | 5,0 | 1,6 | 2,4 | 1,1 | 5 233 |
| São Vicente | 67,8 | 21,3 | 1,2 | 4,1 | 1,3 | 0,9 | 1,2 | 3 575 |
| Total | 64,2 | 15,4 | 5,4 | 5,3 | 3,0 | 2,3 | 2,1 | 140 697 |
Análise dos resultados
[editar | editar código]Este resultado deu uma maior autonomia ao governo de Alberto João Jardim, uma vez que passou a deter mais de dois terços dos deputados, pelo que já não necessitaria de negociar com os partidos da oposição para aprovar leis para as quais essa marca é exigida.
Devido à alteração à lei eleitoral, o Partido Social Democrata (PPD/PSD) baixou o seu número de deputados, apesar de ter registado um aumento significativo na percentagem de votos. Contudo, proporcionalmente, obteve uma vitória confortável sobre a oposição liderada pelo Partido Socialista (PS), que baixou (também devido à alteração à lei eleitoral) de 19 para apenas 7 deputados, registando, todavia, uma forte diminuição na percentagem que havia obtido nas eleições anteriores.
A CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP–PEV) e o Partido Popular (CDS–PP), com dois deputados, e o Bloco de Esquerda (B.E.), com um, mantiveram as suas representações parlamentares inalteradas, conservando o mesmo número de deputados das eleições anteriores.
Com esta eleição, estrearam-se no parlamento madeirense dois novos partidos: o Partido da Terra (MPT) e a Nova Democracia (PND), ambos com um deputado.
A abstenção foi de 39,25%, ou seja, dos 231 606 eleitores recenseados votaram 140 697.[8]
Notas
- ↑ a b Coligação permanente entre o Partido Comunista Português (PCP) e o Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV).[7]
Referências
- ↑ a b c d «Resultados finais: PSD-Madeira vence com 64,2 por cento». Público. 6 de maio de 2007[ligação inativa]
- ↑ «Campanha Eleitoral» (PDF). CNE. Consultado em 26 de setembro de 2010
- ↑ «Corte na Madeira faz presidente do Governo Regional pedir demissão». Mundo Lusíada. 28 de fevereiro de 2007
- ↑ «Lei Orgânica n.º 1/2006, de 13 de fevereiro» (pdf). Diário da República Eletrónico - I Série-A, n.º 31. 13 de fevereiro de 2006. p. 1105. Consultado em 17 de dezembro de 2018
- ↑ «Madeira: projecção dá vitória ao PSD com mais de 67 por cento dos votos». Público. 6 de maio de 2007
- ↑ a b c Comissão Nacional de Eleições (23 de maio de 2008). «Eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira realizada em 6 de Maio de 2007» (PDF). Diário da República, 1-ª série, n.º 99. Consultado em 12 de setembro de 2025
- ↑ «Acórdão N.º 255/09». TC - Tribunal Constitucional. 20 de Maio de 2009. Consultado em 11 de Outubro de 2009
- ↑ «Resultados da Região Autónoma da Madeira». CNE. Consultado em 1 de abril de 2015





