Eliezer Moreira

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Eliezer Moreira

Foto de Rosa Rabelo
Nascimento 2 de março de 1956
Cocos, (BA), Brasil
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Roteirista, escritor, jornalista

Eliezer Moreira (Cocos, 2 de março de 1956) é roteirista, jornalista e escritor.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu em Cocos, Bahia, mas cresceu em Januária, Minas Gerais, cuja ambiência reconstitui, embora sob o nome ficcional de Candeias, no romance de estreia A Pasmaceira (Um Homem Querendo Vender Sua Morte na edição portuguesa). “Nasci no interior da Bahia, numa cidade que não cheguei a conhecer, pois saí de lá antes de um ano de idade, e nunca voltei. Quer dizer, fui levado de lá, e não tive oportunidade de voltar: a família toda debandou para Minas. Culturalmente falando, Minas é o meu estado natal, onde vivi até os 23 anos, saindo para Belo Horizonte, Brasília, e depois Rio.”[1] “Assim, cresci naquela vasta região de Minas situada entre as fronteiras de Bahia e Goiás onde no passado – e ainda hoje, sob outras formas – se davam as velhas guerras por domínio territorial e político, envolvendo os coronéis e seus jagunços, a mesma região mítica que Guimarães Rosa imortalizou no seu ‘Grande sertão: veredas’.” [2]

Na novela Florência diante de Deus, a iminência da morte da matriarca de uma família, anunciada por um anjo, desencadeia uma tempestade de reações no seio da própria família, reunida sob o pretexto de comemorar seu 91o aniversário, bem como na sua pequena cidade mineira de Januária, que já havia servido de cenário (embora veladamente) para o romance de estreia A Pasmaceira.

Seu romance Olhos bruxos é uma referência aos olhos do escritor Machado de Assis, tomando como símbolo o pincenê que se tornou um ícone associado à sua figura. “‘Bruxos’ remete ao epíteto pelo qual Machado se tornou conhecido: ‘Bruxo do Cosme Velho’, o bairro carioca onde o escritor viveu seus últimos anos."[3] “[...] a originalidade e a genialidade de Eliezer Moreira ultrapassam as palavras ‘imitação’ e ‘simulacro’, fazendo de sua obra algo diverso e criativo que se utilizando da intertextualidade provoca um processo de antropofagia literária [...].” [4]

Livros[editar | editar código-fonte]

Moreira, Eliezer (1990). A Pasmaceira (romance). Rio de Janeiro: Record 

Moreira, Eliezer (2015). Florência diante de Deus (novela). São Paulo: Patuá 

Moreira, Eliezer (2015). Jeanne Bonnot: uma vida entre guerras (ensaio biográfico). Santa Catarina: Mulheres 

Moreira, Eliezer (2016). Um Homem Querendo Vender Sua Morte (versão portuguesa de A Pasmaceira). Santarém: Rosmaninho 

Moreira, Eliezer (2018). Ensaio para o Adeus (romance). São Paulo: Patuá 

Moreira, Eliezer (2019). Olhos Bruxos (romance). Guaratinguetá: Penalux .

Participação em coletâneas:

Editora Rosmaninho: Rio, da Glória à Piedade (2023), participação com dois textos de memórias pessoais e urbanas.

Prêmios[editar | editar código-fonte]

A Pasmaceira: Prêmio Graciliano Ramos da União Brasileira de Escritores (UBE) em 1990.[5]

Olhos Bruxos: Finalista do Prêmio Jabuti 2020.[6]

Referências

  1. Depoimento para o autor do verbete.
  2. Matheus Luzi. «A curiosa trajetória do escritor Eliezer Moreira». Consultado em 22 de agosto de 2020 
  3. «Fernando Andrade entrevista o escritor Eliezer Moreira». Consultado em 22 de agosto de 2020 
  4. Alexandra Vieira de Almeida. «Resenha de "Olhos Bruxos", de Eliezer Moreira». Consultado em 22 de agosto de 2020 
  5. «AUTORES: Eliezer Moreira». Editora Panelux. Consultado em 23 de agosto de 2020 
  6. «Jabuti: 5 Finalistas». Consultado em 8 de dezembro de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]