Elle Hearns

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Elle Hearns
Elle Hearns
Nascimento década de 1980
Columbus
Cidadania Estados Unidos
Alma mater
  • Universidade Estadual Central
  • Whetstone High School
Ocupação escritora, ativista LGBTQIAPN+
Página oficial
https://elle-moxley.com/

Elle Hearns (Columbus, Ohio, c.1986/1987) é uma ativista americana que luta pelos direitos das pessoas transgênero. Foi co-fundadora da Rede Global do Black Lives Matter, onde atuou como parceira estratégica e coordenadora. Ela também fundou o Instituto Marsha P. Johnson, onde atua como diretora executiva.[1][2][3]

Infância e educação[editar | editar código-fonte]

Hearns nasceu em Columbus, Ohio.[1] Ela cresceu em uma casa com apenas um pai e com duas irmãs. Ela passou por dificuldades por ter sido criada como "um garotinho negro que estava existencialmente preso no corpo de um garoto, mas que era definitivamente uma garota".[4] Antes de descobrir que era transgênero, ela acreditava ser gay, e lidava com pensamentos suicidas, pois achava que ser gay era um pecado.[4]

Hearns tinha grande interesse no black power e estudou sobre Malcolm X e o movimento dos direitos civis.[4] Tornou-se organizadora de jovens e depois frequentou a Universidade Estadual Central, uma universidade historicamente negra em Wilberforce, Ohio.[1]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Em 2013, Hearns foi co-fundadora da Rede Global do Black Lives Matter.[1] Como parceira estratégica e coordenadora, ela ajudou a desenvolver políticas para a rede, incluindo a plataforma de políticas de 2016 chamada "Uma Visão para Vidas Negras".[1][2][3] Ela co-organizou um Dia de Ação Nacional em 2015 para dar maior atenção às mulheres trans negras que haviam sido mortas naquele ano.[5]

Em 2015, Hearns foi uma das organizadoras do The Movement for Black Lives, uma conferência nacional de três dias em Cleveland, Ohio.[6][7]

Elle foi a fundadora do Instituto Marsha P. Johnson, onde atua como diretora executiva.[2] A missão do instituto, que foi inaugurado em 2016,[8] é treinar e apoiar mulheres trans e pessoas de gênero não-conforme femininas negras.[9][10]

Hearns também atuou como coordenadora da GetEQUAL, e como embaixadora do Coletivo de Mulheres Trans de Cor (TWOCC).[2] Seus textos foram destacados por várias publicações, incluindo a City University of New York Law Review e Ebony.[11][12]

Ativismo[editar | editar código-fonte]

Em 2015, Hearns apareceu no Democracy Now! e All Things Considered, discutindo sobre a morte de Tamir Rice.[13][14]

Em fevereiro de 2017, Elle, junto de outras ativistas trans, criticou o "pussyhat" que havia se tornado um símbolo da Marcha das Mulheres de 2017, afirmando que o movimento precisa ser verdadeiramente interseccional e levar em conta a "anatomia de todas as pessoas".[15]

Em agosto de 2017, Hearns e outras organizadores do Instituto Marsha P. Johnson, ao lado de outras ativistas trans, se manifestaram contra um episódio do programa de rádio The Breakfast Club, no qual foram feitas observações sobre mulheres trans. O comediante Lil Duval brincou sobre matar uma parceira sexual se ele descobrisse que ela era transgênero, e o apresentador Charlamagne Tha God, apesar de mencionar que matar uma pessoa trans era um crime de ódio, afirmou que as mulheres que não revelavam seu serem transgênero estavam "tirando a escolha de uma pessoa" e "deveria ir para a cadeia ou algo do tipo". Hearns e suas colegas fizeram uma petição pedindo que o programa fosse retirado do ar.[16][17]

No dia 30 de setembro de 2017, Hearns falou na Marcha pelas Mulheres Negras, em Washington, D.C. sobre a irmandade entre mulheres negras transgênero e cisgênero.[18]

Honras e reconhecimento[editar | editar código-fonte]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Hearns mudou-se para a área de Washington, D.C. em 2014. Ela agora divide seu tempo entre a capital e Nova York.[22][23]

Referências

  1. a b c d e Morrison, Aaron (2 de outubro de 2017). «For Elle Hearns, the fight against transphobia starts with dismantling white supremacy». Mic.com. Consultado em 2 de outubro de 2017 
  2. a b c d «YWA 2017 Finalists: Advocacy & Organizing». Women's Information Network 
  3. a b «The women of Black Lives Matter outline their path forward». The Daily Dot 
  4. a b c «How 4 Black Lives Matter activists handle queerness and trans issues». The Daily Dot 
  5. «Black Lives Matter Calls Attention To Killed Black Trans Women On National Day of Action». BuzzFeed 
  6. «Meet One Activist Helping To 'Shine A Spotlight' On Trans Issues At Movement For Black Lives Conference». MTV.com 
  7. «Conference unites black activists; focuses on transgender lives». LGBTQ Nation. Associated Press 
  8. «Marsha P. Johnson and Sylvia Rivera Monuments Are Coming to NYC». www.out.com (em inglês). 30 de maio de 2019. Consultado em 6 de junho de 2020 
  9. «Dear Cis People: It's Time To Turn To Black Trans Leadership». Essence 
  10. «Marsha P. Johnson Institute». Marsha P. Johnson Institute 
  11. «RadTalks: What Could Be Possible if the Law Really Stood for Black Lives?». CUNY Law Review. 19 
  12. «Support Caitlyn AND Laverne AND Cece:What You Must Know About Black Trans Women». Ebony 
  13. «Shows featuring Elle Hearns». Democracy Now! 
  14. «Activist Says Tamir Rice Grand Jury Decision 'Devastating' For Family». NPR 
  15. «Pink 'Pussyhat' Creator Addresses Criticism Over Name». NBC News 
  16. «Transgender African-Americans' Open Wound: 'We're Considered a Joke'». The New York Times 
  17. «Trans Black Women Are Petitioning Charlamagne tha God Over Transphobic Comments on Show». The Root 
  18. «Elle Hearns - fighting to end white supremacy». Mic.com – via Facebook 
  19. «ESSENCE Presents 'Woke 100 Women'». Essence 
  20. «Black LGBT Women Represent on The Root's 100 Most Influential People List». Autostraddle 
  21. «The Root 100 2017». The Root 
  22. «Meet Elle Hearns». Swerv Magazine 
  23. «About». Official Website of Elle Hearns 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]