Embraer EMB-312

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Embraer EMB-312
Caça
Embraer EMB-312
Um T-27 Tucano da força aérea peruana.
Descrição
Tipo / Missão Treinamento e ataque leve
País de origem  Brasil
Fabricante Embraer
Período de produção 1980–1996
Quantidade produzida 624
Custo unitário US$900,000 (1981)
Desenvolvido em Embraer EMB-314 Super Tucano
Primeiro voo em 16 de agosto de 1980 (43 anos)
Introduzido em setembro de 1983
Variantes Short Tucano
Tripulação 2
Especificações
Dimensões
Comprimento 9,86 m (32,3 ft)
Envergadura 11,14 m (36,5 ft)
Altura 3,40 m (11,2 ft)
Área das asas 19,4  (209 ft²)
Alongamento 6.4
Peso(s)
Peso vazio 1 810 kg (3 990 lb)
Peso carregado 2 520 kg (5 560 lb)
Peso máx. de decolagem 3 175 kg (7 000 lb)
Propulsão
Motor(es) 1 x Pratt & Whitney Canada PT6A
Performance
Velocidade máxima 458 km/h (247 kn)
Velocidade de cruzeiro 319 km/h (172 kn)
Alcance (MTOW) 2 055 km (1 280 mi)
Autonomia 9 h(s)
Teto máximo 9 144 m (30 000 ft)
Razão de subida 9.65 m/s
Armamentos
Metralhadoras / Canhões 4 x Metralhadoras 12,7 mm

O Embraer EMB-312 "Tucano" é um avião turboélice de treinamento e ataque leve, desenvolvido e fabricado no Brasil pela Embraer. Seu primeiro voo ocorreu em 1980, com o início das entregas em 1983.[1]

A aeronave em selo postal de 1982.

Seu projeto é de autoria do engenheiro aeronáutico húngaro radicado no Brasil, Joseph Kóvacs.[2]

Designado na Força Aérea Brasileira - FAB como T-27, foi destinado ao treinamento avançado no 1º EIA - Esquadrão de Instrução Aérea, o "Esquadrão Cometa", de cadetes aviadores do 4º ano da Academia da Força Aérea Brasileira, em Pirassununga, estado de São Paulo.

Também foi utilizada como aeronave leve de ataque, designada AT-27. A FAB encomendou 133 aeronaves.

Avião moderno, em tandem, onde o assento traseiro é mais alto que o dianteiro, foi um dos maiores sucessos da Embraer, com produção superior a 600 unidades.[3][4]

A aeronave foi utilizada pelo "Esquadrão de Demonstração Aérea da Força Aérea Brasileira - EDA", conhecido como Esquadrilha da fumaça, de 1983 a 2013.

Deixou de ser produzido em 1996, quando foi substituído pelo EMB-314 "Super Tucano". Na FAB, o Super Tucano o substituiu nas funções de Ataque e no EDA, ficando apenas responsável pela instrução avançada dos Cadetes na AFA.

A FAB então, iniciou um programa de modernização do Tucano, denominado "T-27M". A modernização envolve a troca do painel de instrumentos da aeronave por um modelo do tipo Glass Cockpit , facilitando a obediência às novas regras de tráfego aéreo, como os procedimentos RNAV e RNP (tradução do inglês, Navegação de Área e Performance de Navegação Requerida) e às novas demandas de formação, trazendo o painel do T-27 mais perto dos painéis que os cadetes irão lidar nas outras aeronaves da frota, além de reduzir problemas de falta de peças presentes nos painéis originais, devido a obsolescências dessas. A ideia inicial é de modernizar 42 unidades[5][6].

Principais variantes[editar | editar código-fonte]

Especificações (EMB 312 Padrão)[editar | editar código-fonte]

  • Motor:Pratt & Whitney Canada PT6A-25C 750 hp
  • Velocidade Máxima: 458 km/h
  • Velocidade de Cruzeiro: 319 km/h
  • Teto de Serviço: 9 144 m
  • Alcance: 2 055 km
  • Envergadura: 11,14 m
  • Altura: 3,40 m
  • Bitola: 3,76 m
  • Comprimento: 9,86 m
  • Peso Vazio: 1 810 kg
  • Peso Básico: 2 520 kg (dois pilotos, óleo, fluido hidráulico e tanques cheios)
  • Peso Máximo de Decolagem: 3 175 kg
  • Peso Máximo de Aterragem: 2 800 kg
  • Armamento: 4 pilones sob as asas podendo carregar casulos de metralhadoras 12,7 mm, foguetes e bombas.

Principais operadores do modelo padrão[editar | editar código-fonte]

  •  Brasil: 109 unidades (de 151 unidades recebidas)
  •  Egito: 14 mais 40 unidades produzidas sob licença pela Helwan.
  •  Argentina: 30 unidades.
  • Honduras: 12 unidades.
  • Irã Irão: 15 unidades (de 50 unidades recebidas)
  •  Paraguai: 6 unidades.
  •  Peru: 30 unidades (6 unidades revendidas a Angola).
  •  Venezuela: 31 unidades.
  •  Colômbia: 14 unidades.
  •  Angola: 14 unidades,8 comprados na Embraer e 6 na fuerza aérea del Peru.

Ex-operadores[editar | editar código-fonte]

  •  França: 50 EMB 312F Tucano entregue em 1995, 20 em serviço em 2007, retirada em 2009. O acordo com o Brasil foi uma compensação por 36 AS365 Panther e 16 AS350 Ecureuil comprados pelo exército brasileiro e 30 outros (finalmente 20) Esquilo para a Marinha do Brasil. Em 22 de julho de 2009, apenas 15 anos após sua entrada em serviço, eles foram substituídos pelo Grob G 120A[7], de fabricação alemã, quando os aviões iniciaram apenas o segundo terço de seu potencial[8].
  •  Iraque: 80 entregues entre 1985 e 1988

Ver também[editar | editar código-fonte]

Aeronaves com funções, configurações e características comparáveis:

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Referências

  1. «Portal Embraer». embraer.com (em inglês). Consultado em 20 de junho de 2019 
  2. «Morre Joseph Kovacs, engenheiro que projetou 1º avião Tucano da Embraer». G1 Vale do Paraíba e região. 15 de julho de 2019. Consultado em 20 de julho de 2019 
  3. «EMB.312 T-27 Tucano - HISTÓRIA DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA». www.rudnei.cunha.nom.br. Consultado em 20 de junho de 2019 
  4. Brasileira, Força Aérea. «A aeronave T-27 Tucano é tema de documentário nos seus 35 anos». Força Aérea Brasileira. Consultado em 20 de junho de 2019 
  5. «Primeira aeronave T-27 Tucano da FAB entra em fase final de modernização - Força Aérea Brasileira». www.fab.mil.br. Consultado em 1 de abril de 2023 
  6. Vinholes, Thiago (6 de outubro de 2020). «Primeiro Tucano da FAB entra em fase final de modernização». Airway. Consultado em 1 de abril de 2023 
  7. Jean-Dominique Merchet, Le dernier Tucano quitte Salon-de-Provence, Libération, 22 de julho de 2009
  8. Après le Tucano, escadrilles.org.