Emirado da Armênia
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Janeiro de 2020) |
O Emirado da Armênia foi um principado autônomo do Império Árabe que existiu de 637 a 884, durante o domínio árabe na atual Armênia.
História[editar | editar código-fonte]
No ano de 637, a Armênia emergiu como um principado autônomo do Califado Ortodoxo sob o governo do califa Omar, reunindo terras armênias anteriormente dominadas pelo Império Bizantino. O principado era governado pelo príncipe da Armênia, reconhecido pelo califa e pelo Imperador Bizantino.
O primeiro ataque árabe chegou à Armênia em 640. Dúbio capitulou e foi pilhada durante esta investida. A segunda invasão aconteceu entre 642 e 643, e 650 e 653. Os armênios foram submetidos aos invasores e assinaram um tratado em 654. De acordo com ele, a Armênia seria reconhecida como um estado autônomo mediante ao pagamento de um tributo anual e a contribuição de 15 mil homens para o exército árabe. A política árabe de demandar um imposto pago em dinheiro teve um efeito negativo na economia e sociedade armênia. As moedas se esgotaram em Dúbio. Os armênios foram forçados a produzir um excedente de comida e "produtos manufaturados" para vender. Deste modo, uma forte vida urbana se desenvolveu no Cáucaso e a economia foi ressuscitada.
Os árabes, com propósitos administrativos, reuniram-se no sul dos Cáucasos num vice-reinado denominado de Armínia. Este vice-reinado foi governado por um "osticano" ocasionalmente referido como emir, oriundo do vice-reinado - emirado. Ele foi estabelecido no tempo do califa omíada Abedal Maleque ibne Maruane (r. 685–705). O Emirado da Armênia (Armínia) foi então dividido em quatro regiões: Armênia I (Albânia), Armênia II (Principado da Ibéria), Armênia III (entorno do Rio Aras), Armênia IV (Taraunitis). Este vice-reinado também continha dois grandes lagos: O lago de água salgada conhecido como Lago de Vã à sudoeste, e o Lago Gukchah de água doce à nordeste.
O mais proeminente califa da dinastia dos abássidas foi Harune Arraxide, que ascendeu ao poder em 14 de setembro de 786. Enquanto ele era conhecido como um governador benevolente, o seu emir na Armênia não tinha o mesmo reconhecimento. Despistando as ordens vindas de Bagdá, os governadores árabes da Armênia, continuaram a saquear igrejas e oprimir o povo com crueldades e pesados impostos.
Por algum tempo, o Emirado da Armênia incluía Jazira no nordeste da Mesopotâmia, Azerbaijão (clássica Média Atropatene), e os menos frequentes, Tabaristão (sudeste de Gilão), e também Pérsis. O centro do vice-reinado era a grande cidade Armênia de Dúbio.
O Emirado da Armênia teve fim em 884. Asócio I da dinastia Bagratúnio comandou a campanha vitoriosa que recuperou o controle de uma grande área da Armênia e se autodeclarou "Rei dos armênios". Ele recebeu o reconhecimento do califa abássida Almutâmide em 885 e do imperador bizantino Basílio I, o Macedônio em 886. A Armênia então emergiu como uma região independente.
Referências[editar | editar código-fonte]
- Jacques de Morgan. The History of the Armenian People. Boston, 1918, Pp. 428.
- Robert H. Hewsen. Armenia: A Historical Atlas. Univ. of Chicago Press, Chicago, 2001, Pp. 341.
- Garbis Armen. Historical Atlas of Armenia. A. N. E. C., New York, 1987, Pp. 52.
- George Bournoutian. A History of the Armenian People, Volume I: Pre-History to 1500 A.D., Mazda Publishers, Costa Mesa, 1993, Pp. 174.
- John Douglas. The Armenians, J.J. Winthrop Corp., New York, 1992.