Encáustica: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Foram revertidas as edições de 177.159.168.62 devido a vandalismo (usando Huggle)
Linha 15: Linha 15:
A preparação era feita misturando-se cera com [[pigmento]]s coloridos a uma solução que se obtinha com as cinzas de madeira e água (solução alcalina de carbonato e bicarbonato de potássio ou de sódio). A esta combinação misturava-se cola ou resina. Esquentava-se a superfície a pintar e também as espátulas. Às vezes fazia-se primeiro a base gravando-a com a espátula quente e depois enchia-se a incisões com o preparado de pintura.
A preparação era feita misturando-se cera com [[pigmento]]s coloridos a uma solução que se obtinha com as cinzas de madeira e água (solução alcalina de carbonato e bicarbonato de potássio ou de sódio). A esta combinação misturava-se cola ou resina. Esquentava-se a superfície a pintar e também as espátulas. Às vezes fazia-se primeiro a base gravando-a com a espátula quente e depois enchia-se a incisões com o preparado de pintura.


Nos últimos anos a técnica tem ganhado destaque, agora com instrumentos mais modernos, como braseiros elétricos e maçaricos. Os materiais também sofreram adaptações, sendo usadas a [[cera]] de [[abelha]] refinada, a cera de [[damar]], a [[parafina]] e a cera de [[carnaúba]]. Os suportes usado são a parede de alvenaria, as placas de madeira e, atualmente, a tela.
Nos últimos anos a técnica tem ganhado destaque, agora com instrumentos mais modernos, como braseiros elétricos e maçaricos. Os materiais também sofreram adaptações, sendo usadas a [[cera]] de [[abelha]] refinada, a cera de [[damar]], a [[parafina]] e a cera de [[carnaúba]]. Os suportes usado são a parede de alvenaria, as placas de madeira e, atualmente, a tela que cujo o nome itiro e muito famosa.


== {{Ver também}} ==
== {{Ver também}} ==

Revisão das 12h44min de 11 de abril de 2014

Retrato funerário de rapaz, Antigo Egipto, técnica de encáustica.

Encáustica (deriva do grego enkausticos, gravar a fogo) é uma técnica de pintura que se caracteriza pelo uso da cera como aglutinante dos pigmentos e pela mistura densa e cremosa. A pintura é aplicada com pincel ou com uma espátula quente. É uma técnica muito resistente, bastando ver a quantidade de pinturas que resistiram ao tempo.

História

A encáustica é uma técnica conhecida e utilizada desde a Antigüidade. Os romanos e os gregos usavam-na muito. Plínio o Velho, descreve o uso da encáustica sobre o marfim, técnica que já então era considerada antiga. Ele também conta como é uma boa técnica para rematar a fabricação de um barco por ser muito dura e resistente ao sal e às intempéries.

Na região de Fayum, norte do Egito, descobriram-se retratos de grande força expressiva, em sarcófagos de madeira, realizados em encáustica, com datação dos séculos I e II. Também alguns murais descobertos em Pompeia são feitos com essa técnica.

No começo da Idade Média também é usada, e, mais tarde, no Oriente e no âmbito cristão, é o procedimento mais utilizado para elaborar os ícone. Um bom exemplo de ícone em encáustica é o da Virgem entronizada com o Menino Jesus do Mosteiro Ortodoxo de Santa Catarina do monte Sinai, no Egito. Durante os séculos seguintes e a partir do VIII e do IX esta técnica cai em desuso até que reaparece nos séculos XVIII e XIX, especialmente na Inglaterra e França. O pintor francês Eugène Delacroix utiliza em muitas de suas obras algumas cores previamente misturadas com cera.

A encáustica também é usada por artistas do século XX, como Jasper Johns, Mauricio Toussaint, Diego Rivera, Georges Rouault e João Queiroz.

Preparação

A preparação era feita misturando-se cera com pigmentos coloridos a uma solução que se obtinha com as cinzas de madeira e água (solução alcalina de carbonato e bicarbonato de potássio ou de sódio). A esta combinação misturava-se cola ou resina. Esquentava-se a superfície a pintar e também as espátulas. Às vezes fazia-se primeiro a base gravando-a com a espátula quente e depois enchia-se a incisões com o preparado de pintura.

Nos últimos anos a técnica tem ganhado destaque, agora com instrumentos mais modernos, como braseiros elétricos e maçaricos. Os materiais também sofreram adaptações, sendo usadas a cera de abelha refinada, a cera de damar, a parafina e a cera de carnaúba. Os suportes usado são a parede de alvenaria, as placas de madeira e, atualmente, a tela que cujo o nome itiro e muito famosa.

Ver também

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Retratos Fayum