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Equinocandina

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Equinocandina B

As equinocandinas são uma classe de drogas antifúngicas que inibem a síntese de β-glucano na parede celular do fungo por meio da inibição não competitiva da enzima 1,3-beta-glucano sintase.[1][2] Sendo chamadas, consequentemente, da "penicilina dos antifúngicos"[3] à que o mecanismo de ação da penicilina em bactérias é semelhante. β-glucanos são polímeros de carboidratos que são ligados a outros componentes da parede celular (o equivalente bacteriano é o peptidoglicano). Caspofungina, micafungina e anidulafungina são derivados semissintéticos da equinocandina com uso clínico devido à sua solubilidade, espectro antifúngico e propriedades farmacocinéticas.[4]

Caspofungina

As equinocandinas atualmente usadas são pneumocandinas semissintéticas, que são lipopeptídeos por natureza, consistindo em grandes hexapeptóides cíclicos. Caspofungina, micafungina e anidulafungina são antibióticos cíclicos hexapeptídicos similares, N-ligadas à cadeias de ácidos graxos longas e modificadas. As cadeias agem como âncoras na membrana celular dos fungos, facilitando a atividade.[5] Devido à sua biodisponibilidade limitada, as equinocandinas são administradas por infusão intravenosa.

Mecanismo de ação

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As equinocandinas inibem de forma não competitiva o complexo enzimático β-1,3-D-glucano sintase, perturbando a síntese da parede celular.[6] A destruição do β-glicano impede a resistência contra às forças osmóticas, levando à lise celular.[7] Eles possuem atividade fungistática contra as espécies de Aspergillus e atividade fungicida contra a maior parte das espécies de Candida spp., incluindo cepas resistentes à fluconazol.[8] Modelos em camundongosin vitro mostram como equinocandinas podem também melhorar a resposta imunológica do hospedeiro através da exposição de epítopos de β-glucano altamente antigênicos que são capazes de acelerar o reconhecimento e respostas inflamatórias.[9]

Notas

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Referências

  1. Morris MI, Villmann M (setembro de 2006). «Echinocandins in the management of invasive fungal infections, part 1». Am J Health Syst Pharm. 63 (18): 1693–703. PMID 16960253. doi:10.2146/ajhp050464.p1 
  2. Morris MI, Villmann M (outubro de 2006). «Echinocandins in the management of invasive fungal infections, Part 2». Am J Health Syst Pharm. 63 (19): 1813–20. PMID 16990627. doi:10.2146/ajhp050464.p2 
  3. http://www.clevelandclinicmeded.com/medicalpubs/pharmacy/mayjune2003/antifungal.htm.
  4. Debono, M.; Gordee, R. S. (1994). «Antibiotics that inhibit fungal cell wall development». Annual Review of Microbiology: 471–497. ISSN 0066-4227. PMID 7826015. doi:10.1146/annurev.mi.48.100194.002351. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  5. Denning, David W. (4 de outubro de 2003). «Echinocandin antifungal drugs». Lancet (London, England) (9390): 1142–1151. ISSN 1474-547X. PMID 14550704. doi:10.1016/S0140-6736(03)14472-8. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  6. Douglas, C. M. (2001). «Fungal beta(1,3)-D-glucan synthesis». Medical Mycology: 55–66. ISSN 1369-3786. PMID 11800269. doi:10.1080/mmy.39.1.55.66. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  7. Beauvais, A.; Latgé, J. P. (fevereiro de 2001). «Membrane and cell wall targets in Aspergillus fumigatus». Drug Resistance Updates: Reviews and Commentaries in Antimicrobial and Anticancer Chemotherapy (1): 38–49. ISSN 1368-7646. PMID 11512152. doi:10.1054/drup.2001.0185. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  8. Sucher, Allana J.; Chahine, Elias B.; Balcer, Holly E. (outubro de 2009). «Echinocandins: the newest class of antifungals». The Annals of Pharmacotherapy (10): 1647–1657. ISSN 1542-6270. PMID 19724014. doi:10.1345/aph.1M237. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  9. Wheeler, Robert T; Fink, Gerald R (abril de 2006). «A Drug-Sensitive Genetic Network Masks Fungi from the Immune System». PLoS Pathogens (4). ISSN 1553-7366. PMC 1447670Acessível livremente. PMID 16652171. doi:10.1371/journal.ppat.0020035. Consultado em 30 de janeiro de 2021 

Ligações externas

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