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Erythemis haematogastra

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Erythemis haematogastra
Classificação científica
Reino:
Animalia
Filo:
Arthropoda
Classe:
Insecta
Ordem:
Odonata
Infraordem:
Anisoptera
Família:
Libellulidae
Subfamília:
Sympetrinae
Gênero:
Erythemis
Espécies:
E. haematogastra
Nome binomial
Erythemis haematogastra
(Burmeister, 1839)

Erythemis haematogastra é uma libélula neotropical da família Libellulidae descrita originalmente por Hermann Burmeister em 1839.[1] Pertence ao maior grupo de libélulas, caracterizado por espécies de porte médio a grande, voo rápido e atividade predatória intensa.[2] Está listada como Pouco Preocupante na IUCN Red List devido à ampla distribuição e estabilidade populacional.[3]

Descrição morfológica

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O macho apresenta abdome vermelho vivo com os primeiros segmentos basais ventralmente mais protuberantes, distinguindo‐se de espécies semelhantes, como Rhodopygia hollandi, pela forma mais dilatada dos segmentos abdominais basais e pelo padrão da mancha marrom clara na base das asas posteriores.[4] A fêmea distingue‐se pela lâmina vulvar projetada em ângulo oblíquo ao abdome, enquanto ambas exibem número uniforme de células entre Rs e R1p1 nas asas e o arculus posicionado entre o primeiro e o segundo nervulo antenodal.[4]

Distribuição e habitat

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E. haematogastra distribui‐se desde o sul da Flórida e Texas (EUA), passando por México, América Central e Caribe (Cuba, Jamaica, Porto Rico) até o norte da Argentina.[5] No Brasil, registra‐se em Mato Grosso, Pará e Maranhão, onde habita margens de rios de fluxo lento, lagoas e brejos temporários.[6][7] Também ocorre em regiões da Guatemala e Suriname.[8] A espécie é relativamente comum em ambientes lenticos e semilênticos.[9]

Biologia e ecologia

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E. haematogastra é predador voraz, capturando insetos de até seu próprio tamanho em voo livre.[5] Realiza patrulha aérea sobre a superfície da água e repousa em vegetação emergente, auxiliando no controle de populações de insetos aquáticos.

Estado de conservação

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Avaliada como Pouco Preocupante pela IUCN, sem indícios de declínio populacional ou ameaças significativas.[3]

Referências

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  1. GBIF Backbone Taxonomy (2025). Erythemis haematogastra (Burmeister, 1839). Disponível em: https://www.gbif.org/species/1429323. Acesso em 04 de junho de 2025.
  2. New Hampshire PBS (2025). “Libellulidae – Common Skimmers”. Disponível em: https://nhpbs.org/wild/Libellulidae.asp. Acesso em 04 de junho de 2025.
  3. a b von Ellenrieder, N. (2009). Erythemis haematogastra. IUCN Red List of Threatened Species 2009: e.T158853A5283015. Disponível em: https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2009-2.RLTS.T158853A5283015.en. Acesso em 04 de junho de 2025.
  4. a b de Oliveira, A. S.; Caramaschi, U.; Ferreira, R. L. (2005). “Synopsis of the Neotropical genus Rhodopygia Kirby, 1889 (Odonata: Libellulidae)”. Zoologische Mededelingen, 72: 1–14. Disponível em: https://repository.naturalis.nl/pub/215072/ZM72_001-014.pdf. Acesso em 04 de junho de 2025.
  5. a b Garrison, R. W.; von Ellenrieder, N.; Draud, M. (2010). “A case study in the genus Erythemis (Anisoptera: Libellulidae)”. Zootaxa, 2636: 1–68. Acesso em 04 de junho de 2025.
  6. Bastos, R. C.; Brasil, L. S.; Carvalho, F. G.; Calvão, L. B.; Silva, J. O. A.; Juen, L. (2019). “Odonata do estado do Maranhão, Brasil: Déficit wallaceano e áreas prioritárias para inventários faunísticos”. Biota Neotropica, 19(4): e20190734. doi:10.1590/1676-0611-BN-2019-0734. Acesso em 04 de junho de 2025.
  7. Bastos et al. (2019). Op. cit. :contentReference[oaicite:0]{index=0}
  8. Portal de Biodiversidad de Guatemala (2025). “Erythemis haematogastra Burmeister, 1839”. Disponível em: https://biodiversidad.gt/portal/taxa/index.php?tid=48538. Acesso em 04 de junho de 2025.
  9. Observation.org (2025). “Red Pondhawk – Erythemis haematogastra”. Disponível em: https://observation.org/species/92382. Acesso em 04 de junho de 2025.