Escola Secundária D. Filipa de Lencastre
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A Escola Secundária D. Filipa de Lencastre - anteriormente denominada Liceu D. Filipa de Lencastre - é uma escola de ensino secundário pública localizada no Arco do Cego em Lisboa.
A escola foi baptizada em honra de D. Filipa de Lencastre, rainha consorte de Portugal, por casamento com o Rei D. João I.
Sendo inicialmente um liceu feminino, a escola passou a ser de frequência mista em 1974.
História[editar | editar código-fonte]
O Liceu de Dona Filipa de Lencastre foi criado pelo Decreto n.o 15971, de 21 de setembro de 1928, tornando-se o quarto liceu feminino do país e o segundo da capital (o outro era o o Liceu Maria Amália Vaz de Carvalho). O seu primeiro diretor foi Mário da Costa Cabral, docente do Liceu Camões, uma decisão muito polémica.[1]
Edifício[editar | editar código-fonte]
As primeiras instalações localizavam-se num palacete localizado na Rua do Quelhas, n.o 36. Deu-se início ao ano escolar em 29 de outubro de 1928, com uma frequência de nove turmas do curso geral liceal.[1]
A escola foi construída a partir de um projecto de Jorge Segurado, resultante da participação deste arquiteto num concurso público lançado pelo então Ministério da Instrução Pública, dirigido por Duarte Pacheco.
O edifício procura adequar a modernidade ao tradicional, representado pelo bairro social do Arco do Cego, aproveitando o pavilhão construído anos antes, em 1929, com base num projeto de Carlos Ramos, que procura uma expressão volumétrica futurística.
Após a construção do pavilhão, este projeto foi abandonado, sendo continuado posteriormente, com base no trabalho de Jorge Segurado, que procura não fugir à simetria, aproveitando o ginásio e colocando-o no eixo da entrada. O edifício apresenta, assim, uma forma quadrada com pátio interior.
De acordo com um projeto que existe em exposição na Escola, inicialmente o desenho era para ser uma escola primária dividida ao meio, sendo a parte direita reservada ao sexo feminino e a outra ao sexo masculino. De notar a disposição das salas, todas elas orientadas a Sul, de modo a aproveitar a luz solar.
Entrou em funcionamento no ano letivo de 1938-1939, como liceu feminino.
De 1938 a 1974 as alunas eram identificadas pela cor do emblema do Liceu.
No ano lectivo de 1974-1975 passou a misto.
No ano de 2010 foi constituída a Associação de Antigos Alunos.
O antigo Liceu D. Filipa de Lencastre está classificado desde 2012 como Monumento de Interesse Público.[2]
Antigos alunos[editar | editar código-fonte]
Entre muitas outras, destacam-se:
- Alice de Jesus Vieira Vassalo Pereira da Fonseca
- Carmen Dolores Cohen Sarmento Veres
- Maria Leonor de Lemos Viana Carvalhão Buescu
- Maria Manuela Duarte Neto Portugal Ramalho Eanes
- Maria de Jesus Simões Barroso Soares
- Helena Aires Trindade de Sacadura Cabral
- Maria Elisa Rogado Contente Domingues
- Maria de Lourdes Ruivo da Silva de Matos Pintasilgo
- Natália de Oliveira Correia
- Regina Tavares da Silva
- Simone de Macedo de Oliveira
- Maria Teresa Mascarenhas Horta
Referências
- ↑ a b Feminae, Dicionário Contemporâneo. Lisboa: CIG. 2013
|nome1=
sem|sobrenome1=
em Authors list (ajuda) - ↑ Lusa (21 de novembro de 2012). «Convento de Arroios, liceus e Torre do Tombo classificados como monumentos de interesse público». Jornal Público. Consultado em 21 de novembro de 2012[ligação inativa]