Escola Secundária São José Operário

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Escola Secundária São José Operário
ESSJO
Escola Secundária São José Operário
Logotipo da Escola S. José Operário
Informação
Localização  Timor-Leste
Tipo de instituição Escola comunitária confessional de ensino secundário
Abertura 1979 (45 anos)
Diretor(a) Anacleto da Costa[1]
Número de estudantes ~2000[2]

A Escola Secundária São José Operário[2] (ESSJO) é uma instituição de ensino secundário timorense, sediada no suco de Balide, em Díli, a capital do país.

É mantida pela Diocese de Díli e por subvenções governamentais, sendo uma instituição educacional de natureza confessional e comunitária.

Histórico[editar | editar código-fonte]

Os primórdios da escola vêm de uma iniciativa do governo de ocupação indonésia, de angariar apoio dos grupos católicos tradicionalistas de Timor, de maneira que permitindo a fundação de uma escola, abrisse uma ponte de diálogo com o principal grupo de apoio à resistência do CNRM e da FRETILIN.

Fundação[editar | editar código-fonte]

O Governo Indonésio, então, permitiu a criação de uma instituição educacional por nome Sekolah Pendidikan Guru Katolik (SPGK; Escola Católica de Formação Média) em 1979, como resposta às críticas internacionais à forte repressão aos civis e à destruição do sistema educacional timorense. A escola nasce para disseminar os princípios da pancasila, que se apoiava fortemente na religião.[3]

Em 1983 a escola passa a ser tutelada unicamente pela Fundação Educacional São Paulo da Diocese de Díli,[4] adotando o nome de Externato de São José Operário, pela primeira vez permitindo o ensino do português, sendo a única escola (à exceção dos seminários católicos) a ensinar a língua durante o domínio indonésio.[5][6]

Sendo obrigado a fechar as portas em 1992, sob acusação de subversão, em 1993 o bispo Dom Ximenes Belo transfere a administração do Externato de São José Operário para a Companhia de Jesus, como manobra para que a instituição voltasse a funcionar.[4]

1999-presente[editar | editar código-fonte]

Em 26 de agosto de 1999, em uma assembléia improvisada, o Pe. Joseph Ageng Marwata, anunciou que o Externato São José estaria fechado por tempo indeterminado devido a "eventos inesperados". Em outubro de 1999 a Escola abriu as portas para abrigar os refugiados da crise timorense de 1999, chegando a receber 5000 pessoas.[4]

Em 2000, refletindo a mudança política trazida pelo mandato da UNTAET, a escola retoma as atividades, porém com reduzido quadro de alunos e professores.[4] Com o retorno, a instituição passa a denominar-se Escola Secundária São José Operário.

Em 2011, após 18 anos sob comando da Companhia de Jesus, a Escola volta a ser administrada pela Diocese de Díli[7]

Referências

  1. Escola São José Operário-Balide “20 de Maio marka Istória ba estudante”. Fórum Haksesuk. 20 de maio de 2016
  2. a b Ferreira, Isabel Ruak. Monitorização da Escola Secundária São José Operário de Balide. GPD. 2017.
  3. Guterres, Guilherme Bonifácio. Educação e Formação de Adultos (EFA) em Timor-Leste após 10 anos de Independência – Sucessos e Insucessos na Formação Profissional de Jovens e Adultos: Um Estudo de Caso. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. 2014.
  4. a b c d History. Colégio de São José. 2007
  5. Costa, Agapito Jeronimo da. Formação contínua de professores do ensino não superior em Timor-Leste. Departamento de Educação da Universidade de Aveiro. 2011.
  6. Cavalcante, Márcia Vandineide; Brito, Regina Pires. Língua Portuguesa: formação docente e educação pré-escolar em contexto timorense. Revista Perspectiva, Florianópolis, v. 34, n. 2, p. 439-461, maio/ago. 2016.
  7. Seminário Menor Nossa Senhora de Fátima. Diocese de Díli. 2017.