Escola ascética espanhola

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Exercícios espirituais inacianos de Santo Inácio de Loyola.

A escola ascética espanhola é a escola de ascetismo que se desenvolveu ao longo da história do cristianismo em Espanha, fundamentalmente desde a Baixa Idade Média e até o século XVII. A íntima relação entre ascetismo e misticismo, apesar de sua diferença conceptual,[n 1] faz que boa parte das personagens que a compõem se denominem místicos espanhóis, e que tanto em seu aspecto de corrente religiosa como em seu aspecto de escola ou movimento literário se lhes identifique também como mística espanhola.[1][2][3][4]

Tem tido diferentes doutrinas ascéticas de acordo com a ordem religiosa que a inspirasse: uma ascética franciscana, outra carmelitana, outra dominica, outra agustina, outra cartuja (Bernardo Fontova), outra jesuita (inaugurada pelos Exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola), etc. Grandes ascéticos espanhóis têm sido São João de Ávila, Fray Luís de Granada, Fray Francisco de Osuna,[5] Santa Teresa de Jesús, São João da Cruz, Fray Pedro Malón de Chaide e Fray Antonio de Molina, entre outros.

Notas

  1. Ascética é a tentativa de chegar a Deus por diferentes vias, especialmente a oração e a penitência mediante uma vida austera e a privação da satisfação das necessidades corporales, enquanto mística é a consecução da união com Deus.

Referências

  1. Sáinz Rodríguez, Pedro (1984). Introducción a la Historia de la Literatura Mística en España (em espanhol). [S.l.]: Espasa-Calpe. 326 páginas. ISBN 978-842-396-518-2 
  2. Peñalver Gómez, Patricio (1997). La mística española (siglos XVI-XVII) (em espanhol). [S.l.]: Ediciones AKAL. 112 páginas. ISBN 978-844-600-879-8 
  3. Cilveti, Ángel L. (1974). Introducción a la mística española (em espanhol). [S.l.]: Ediciones Cátedra. 239 páginas. ISBN 978-843-760-007-9 
  4. Martín, Melquíades Andrés (1975). Los recogidos: nueva visión de la mística española (1500-1700) (em espanhol). [S.l.]: Fundación Universitaria Española, Seminario Suárez. 850 páginas 
  5. Morcillo Pérez, José Juan (2002). «El cultismo en la mística española temprana: Francisco de Osuna (1528-1530)». In: Maestre Maestre, José María; Barea, Joaquín Pascual; Brea, Luis Charlo. Humanismo y pervivencia del mundo clásico: homenaje al profesor Antonio Fontán. [S.l.]: Editorial CSIC. ISBN 978-848-483-153-2