Paulo Kogos: diferenças entre revisões
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Revisão das 01h44min de 27 de julho de 2021
Paulo Kogos | |
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Nascimento | 20 de maio de 1986 (37 anos) São Paulo, SP |
Nacionalidade | brasileiro |
Cidadania | Brasil |
Estatura | 1,68 m |
Progenitores | |
Ocupação | youtuber, ativista, escritor |
Escola/tradição | Universidade Mackenzie, Insper e Mosteiro de São Bento.[2] |
Serviço militar | |
Patente | Aspirante a oficial subalterno da 2ª classe da reserva (CPOR) |
Religião | Católico romano |
Ocidente em fúria | |||||||
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Carreira no YouTube | |||||||
Servidor(es) | YouTube | ||||||
Género | |||||||
Período de atividade | 2010 –presente | ||||||
Inscritos | + 140 mil | ||||||
Visualizações | + 12 milhões | ||||||
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Paulo Hugenneyer Kogos é um empresário, youtuber e influenciador digital brasileiro. É conhecido como ativista nas redes da direita brasileira,[4] sendo uma das figuras mais proeminentes das manifestações contrárias ao isolamento social durante a pandemia de COVID-19 e a favor de Jair Bolsonaro.[1][5] Define-se basicamente como "conservador anarcocapitalista".
Vida pessoal
Paulo Kogos é o filho único do ginecologista Waldemar Kogos e de Lígia Kogos, uma das mais conhecidas dermatologistas do Brasil, conhecida como a "Rainha do Botox", que conta entre os seus clientes Marcela Temer, Beth Szafir e Amaury Jr.[1] Kogos cuida dos negócios da clínica de dermatologia da família,[2] localizada nos Jardins.[6]
Kogos afirma ter síndrome de Asperger, uma condição neurológica também conhecida como autismo leve, embora nunca tenha recebido diagnótico médico.[7]
Educação
Kogos afirma ter estudado um ano no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva, em 2005, sendo aspirante a oficial de reserva da Arma de Comunicações do Exército Brasileiro.[2]
Logo após concluir o CPOR, foi graduado em administração de empresas pelo Insper. Segundo o próprio, terá também cursado pós-graduação em economia na Universidade Mackenzie.[2]
Em abril de 2020 encontrava-se no segundo ano da graduação em filosofia, na faculdade do Mosteiro de São Bento, em São Paulo.[2]
Ativismo político
Kogos afirma que foi sempre politicamente ativo, por influência do avô, perfilando-se sempre na direita, como libertário e anarcocapitalista.[8]
Em 6 de novembro de 2020, em entrevista ao programa Pânico, da emissora Jovem Pan, declarou-se no “extremo da extrema-direita”, reforçando publicamente sua identificação como anarcocapitalista.[8]
Numa entrevista ao Estadão, declarou-se "anarcocapitalista com tendências monárquicas", afirmando-se contra a democracia, na qual vê "a perda de freios morais e limites éticos". Defende um ideal de sociedade cristã, livre mercado, da ordem e da hierarquia, baseado no princípio da desigualdade social, em que umas pessoas estão mais aptas que outras a servir. O poder seria, assim, exercido por "pequenas governanças feitas por uma elite natural”.[9]
Em abril de 2020, afirmava-se visceralmente contra a política partidária, negando ter interesse em disputar uma eleição.[2]
Em 2020, durante a pandemia de Covid-19, tornou-se uma das figuras mais proeminentes das manifestações contrárias ao isolamento social e a favor de Jair Bolsonaro.[1]
Apesar de João Doria, governador de São Paulo, ser amigo da família, e de no passado Kogos haver participado em vários encontros organizados pelo governador, denominados “Family Workshop” e destinados às empresas familiares, passou a declarar-se feroz opositor do governador paulista e das medidas de isolamento social por ele decretadas, promovendo uma campanha de oposição simbolizada pela hashtag #ForaDoria, e apelidando o SarsCov-2 de "doriavirus".[1][6]
Em 12 de abril, participou de uma manifestação na Avenida Paulista carregando um caixão falso, para simbolizar o velório político do governador João Doria. Segundo Kogos, o caixão simbolizava o enterro político de João Doria, do nazismo, do comunismo e daquilo que chamou de ‘psdbismo'.[1]
Em consequência, foi atacado nas redes sociais por considerarem o gesto um desrespeito com as dezenas de milhares de mortes até então causadas pela COVID-19 em todo o mundo. Circulavam então no Twitter uma série de vídeos e fotos de Kogos em situações aleatórias, como no enterro de Hebe Camargo e no lançamento de vinhos de Galvão Bueno.[1] Kogos acabaria por postar um vídeo se desculpando a João Doria.[6][10]
Segundo a Veja, após a veiculação de uma entrevista no site da revista, Kogos teria sido expulso do Club Athletico Paulistano, o mais elitista do Brasil. Kogos nega esta informação, confirmando, no entanto, haver recebido uma advertência verbal por se ter envolvido em uma briga de torcida de futebol, em 2016.[2]
Em junho do mesmo ano, surgiu fantasiado de cavaleiro templário em manifestações da Avenida Paulista contra João Doria, em uma simbologia enquadrada na admiração da extrema-direita pela Idade Média europeia e pelas Cruzadas Templárias.[11]
Em setembro de 2020, Kogos não usou a máscara em um shopping de São Paulo servindo-se do pretexto de estar tomando um sorvete. A mídia referiu-se jocosamente ao ato como a "Revolta do Sorvete".[12]
Redes sociais
Em 2018, o canal do Youtube de Paulo Kogos foi identificado num trabalho acadêmico da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa como uma das vozes dominantes no ecossistema de movimentos populistas da direita brasileira naquela plataforma. O uso do algoritmo Force Atlas 2 e das métricas Modularidade e Grau Médio Ponderado permitiram detetar toda uma comunidade centrada no canal de Kogos, inserindo-se tanto na rede dominada pelo Movimento Brasil Livre (MBL), como na dominada pelo canal "Ideias Radicais", esta com uma densidade de utilizadores cinco vezes superior à da rede dominada pelo Movimento Brasil Livre, atuando como ponte entre as comunidades de ambas as redes. O canal surge com grau ponderado alto na rede dominada pelo "Ideias Radicais", caracterizada pelas relações de grande coerência no quadro do liberalismo e do anarcocapitalismo.[13]
Ficou conhecido pelas declarações políticas polêmicas no seu canal no YouTube, referido tanto como “Cavaleiros Templários” como "Ocidente em Fúria", que contava em novembro de 2020 com 126 mil inscritos.[14] Kogos afirma-se cristão, defendendo no seu canal a Igreja e a sociedade contra o que chama de devastação moral. Afirma que Jair Bolsonaro acertou quando apelou contra a cristofobia no seu discurso na 75ª Assembleia Geral da ONU, a 22 de setembro, afirmando ser um problema mundial.[8] Defende o separatismo, a volta da Inquisição e das Cruzadas.[6]
Kogos classifica a COVID-19 como "um vírus [sic; na verdade é uma doença] pouco pior do que uma gripezinha”, afirmando que a Organização Mundial de Saúde "deveria ser militarmente extinta por comandos armados”.[6] Manifestou-se contrariamente ao isolamento social de forma enérgica, tendo com isso vindo a ganhar alguma projeção tanto positiva como negativa.[2] Em abril de 2020, o vídeo "Contra o Coronavírus, Sejamos Politicamente Incorretos" havia tido mais de 44 mil visualizações.[6] Kogos tem igualmente usado o seu canal do YouTube para atacar a vacinação contra a Covid-19.[15]
Na foto de perfil do Instagram, posa de metralhadora em punho, aparecendo também caracterizado de templário e guerreiro viking, em odes à Idade Média, e fazendo arminha com as mãos.[6]
Em abril de 2020, Kogos havia sido expulso da rede social Twitter, que cancelou o seu perfil por julgar impróprio o conteúdo de suas postagens.[2]
Referências literárias
Kogos aparece como personagem no livro infantil de propaganda liberal escrito por Giuliano Miotto, "Anya e o Mistério do Sumiço do Cãozinho Galt", publicado em agosto de 2019, no papel de Kogros, o terrível, “um garoto que pensava ser um ogro”.[16]
Veja também
Referências
- ↑ a b c d e f g h Batista Jr., João (13 de abril de 2020). «"Doria é neonazista", diz Paulo Kogos, que participou de ato com caixão | VEJA Gente». VEJA. Consultado em 25 de fevereiro de 2021
- ↑ a b c d e f g h i Batista Jr., João (14 de abril de 2020). «Paulo Kogos, do meme do caixão: 'Sou vítima de um massacre de reputação' | VEJA Gente». VEJA. Consultado em 25 de fevereiro de 2021
- ↑ Live comemorativa de 100 mil inscritos, consultado em 28 de junho de 2021
- ↑ «Bolsonaristas hesitam, discutem voto forçado em Covas e até cogitam Boulos». Valor Econômico. 22 de novembro de 2020. Consultado em 25 de fevereiro de 2021
- ↑ Caetano, Guilherme (8 de maio de 2020). «Deputado bolsonarista de SP tem contrato com empresa de acusado por ataques virtuais». O Globo. Consultado em 25 de fevereiro de 2021
- ↑ a b c d e f g Trindade, Eliane (21 de abril de 2020). «Guerra do botox contra o coronavírus une a família Kogos». Folha de S. Paulo
- ↑ Sampaio, Paulo (5 de novembro de 2020). «'Nunca namorei na vida', diz Paulo Kogos, influencer com 126 mil seguidores». tab.uol.com.br. Consultado em 21 de junho de 2021
- ↑ a b c «'Bolsonaro acertou, cristofobia atinge todo o mundo', diz Paulo Kogos – Jovem Pan». ‘Bolsonaro acertou, cristofobia atinge todo o mundo’, diz Paulo Kogos – Jovem Pan. 6 de novembro de 2020. Consultado em 25 de fevereiro de 2021
- ↑ Lara, Matheus (23 de agosto de 2020). «Para 8 em cada 10, democracia não é conceito absoluto - Política». Estadão. Consultado em 25 de fevereiro de 2021
- ↑ «Boletim Matutino da VICE 15/04/20». www.vice.com. Consultado em 25 de fevereiro de 2021
- ↑ Kneipp, João Conrado (2 de junho de 2020). «Entenda a simbologia presente nos protestos bolsonaristas». br.noticias.yahoo.com. Consultado em 25 de fevereiro de 2021
- ↑ Lacsko, Madeleine (5 de janeiro de 2021). «A Revolta do Sorvete: o parque de areia antialérgica mostra suas garras». Gazeta do Povo. Consultado em 25 de fevereiro de 2021
- ↑ Silva, Rodrigo Oliveira (2019). Um mapa da «direita» no YouTube do Brasil através dos métodos digitais. Lisboa: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) , Universidade Nova
- ↑ Sampaio, Paulo (5 de novembro de 2020). «'Nunca namorei na vida', diz Paulo Kogos, influencer com 126 mil seguidores». tab.uol.com.br. Consultado em 25 de fevereiro de 2021
- ↑ Caetano, Guilherme (21 de agosto de 2020). «Vacina chinesa testada em SP é atacada nas redes sociais por bolsonaristas». Época. Consultado em 25 de fevereiro de 2021
- ↑ Cordeiro, Tiago (16 de agosto de 2019). «Mises e Scruton: livros infantis fazem iniciação ao pensamento liberal». Gazeta do Povo. Consultado em 25 de fevereiro de 2021
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