Língua gótica: diferenças entre revisões

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==Alfabeto==
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''Veja [[Alfabeto Gótico]].''
''Veja [[Alfabeto gótico]].''


Ulfilas' Gothico, bem como os ''Skeireins'' e vários outros manuscritos foram escritos usando um alfabeto que mais provavelmente foi inventado por Ulfilas para as suas traduções. Alguns estudiosos, como Braune, acreditam que simplesmente deriva do [[Alfabeto Grego]], enquanto outros afirmam que há letras góticas de origem [[Runica]] ou [[Latina]].
Ulfilas' Gothico, bem como os ''Skeireins'' e vários outros manuscritos foram escritos usando um alfabeto que mais provavelmente foi inventado por Ulfilas para as suas traduções. Alguns estudiosos, como Braune, acreditam que simplesmente deriva do [[Alfabeto Grego]], enquanto outros afirmam que há letras góticas de origem [[Runica]] ou [[Latina]].


Este [[alfabeto gótico]] não tem nada haver com [[Escrita gótica]], que foi usada para escrever o [[alfabeto romano]] do [[Século XII]] até o [[Século XII]] e evoluiu mais tarde para o [[Fraktur_(script)]], associação tipica com escrita Germânica.
Este [[Alfabeto gótico]] não tem nada haver com [[Escrita gótica]], que foi usada para escrever o [[alfabeto romano]] do [[Século XII]] até o [[Século XII]] e evoluiu mais tarde para o [[Fraktur_(script)]], associação tipica com escrita Germânica.


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Revisão das 04h27min de 8 de março de 2009

Gótico

*Gutisk

Falado(a) em: Europa continental
Extinção: Século X
Família: Indo-europeia
 Germânica
  Oriental
   Gótico
Escrita: Alfabeto gótico
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: got
ISO 639-3: got

A língua gótica (*gutiska razda), sendo uma língua germânica, faz parte da família de línguas indo-européias, constituindo de maneira atestada a mais antiga das línguas germânicas, apesar de não ter tido nenhum descendente moderno. Os mais antigos documentos em língua gótica datam do século IV.

O uso da língua sofreu um declínio pela metade do século VI, devido em parte à derrota militar dos Godos para os Francos, à eliminação dos Godos da Itália, à conversão em grande escala ao Catolicismo romano (que utilizava primariamente o latim) e ao isolamento geográfico.

A língua sobreviveu na Península Ibérica até o século VIII, tendo o autor franco Walafrid Strabo relatado que ainda era falada na área do baixo Danúbio e em regiões montanhosas isoladas da Criméia no início do século IX. Os termos parecendo pertencer ao gótico encontrados em manuscritos posteriores (século XVI) na Criméia não parecem pertencer à mesma língua. A existência atestada deste corpus arcaico torna a língua gótica um objeto de interesse em Lingüística comparada.

História

O gótico foi a língua de dois povos germânicos: os visigodos e os ostrogodos. Os mais antigos textos germânicos, excetuando-se umas poucas inscrições rúnicas, são fornecidos por esta língua. Esses textos são procedentes da tradução que Ulfilas fez da Bíblia no século IV e de outros materiais do século VI.

A história primitiva dos godos é obscura. Tradicionalmente o historiador do século VI Procópio afirma que se deslocaram a partir de Götland no leste da Suécia até a região costeira próxima à desembocadura do rio Vístula no século I a.C.; Tácito informa a existência dos gotones até o ano 98 d.C. na mesma região. Até o ano 200 d.C. emigraram até a região meridional da Rússia, alcançando o Mar Negro, na região do Mar de Azov. Pode-se distinguir dois grupos: os visi (“bons”) e os ostrogodos (godos orientais). Posteriormente a designação visigodos se introduziu e foi interpretada como “godos ocidentais”, pois geograficamente estavam localizados no lado oriental do Império Romano e após a queda dos romanos na Península Ibérica a partir do século V junto com outros grupos germânicos, de cujas línguas só são conhecidos os nomes (burgundios, vândalos, etc.). Os godos e sua língua são enquadrados entre os germânicos orientais, em contraste com os povos germânicos setentrionais e suas línguas da Escandinávia e os germânicos ocidentais da Europa central.

No século IV os godos estavam em estreito contato com o Império Romano Oriental; os cativos das batalhas eram cristianizados e a nova religião era introduzida por outros meios também. Os avós de Ulfilas foram feitos cativos em uma incursão romana no povoado de Sadagolthina, na Capadócia, no ano de 264 d.C. o que leva a supor que Ulfilas foi educado na fé cristã. No ano de 336 viajou como parte de uma delegação à corte imperial e ali abraçou a doutrina ariana em sua forma homoiana. Por esta razão, quando Ulfilas retorna ele leva consigo esta forma de cristianismo, do que pode-se supor que os godos se fizeram arianos e quando invadiram o Império Romano, fundaram reinos cuja inspiração religiosa é desta índole. O fim político e militar dos godos ocorre em 555 quando os ostrogodos são derrotados pelo general Belisário e no ano de 711 quando os visigodos na Espanha são derrotados pelos exércitos muçulmanos.

Alfabeto

Veja Alfabeto gótico.

Ulfilas' Gothico, bem como os Skeireins e vários outros manuscritos foram escritos usando um alfabeto que mais provavelmente foi inventado por Ulfilas para as suas traduções. Alguns estudiosos, como Braune, acreditam que simplesmente deriva do Alfabeto Grego, enquanto outros afirmam que há letras góticas de origem Runica ou Latina.

Este Alfabeto gótico não tem nada haver com Escrita gótica, que foi usada para escrever o alfabeto romano do Século XII até o Século XII e evoluiu mais tarde para o Fraktur_(script), associação tipica com escrita Germânica.

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Fontes