Crônica de Muntaner: diferenças entre revisões
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Revisão das 17h33min de 26 de abril de 2009
A Crônica de Muntaner é um manuscrito em catalão do século XIV, abrangendo do engendramento de Jaime I de Aragão (1207) até a coroação de Afonso IV de Aragão (1328). Foi escrita pelo soldado e cronista Ramon Muntaner.
Muntaner manteve uma relação pessoal com todos os reis da Casa de Aragão[1] que foram os seus contemporâneos. Ao escrever a obra, recorreu especialmente aos textos historiográficos para os temas sobre os reinados de Jaime I e Pedro o Grande. A partir de Afonso o Franco, a sua fonte quase exclusiva foi a sua própria experiência.
A obra foi escrita para ser lida em voz alta. Desde que se dirige ao seu ouvntes, acostuma nomeá-los como "senhores". Muntaner consegue estabelecer uma comunicação direta com os seus espectadores. Para isso utiliza técnicas típicas do jogral como a interrogação "què us diré?" ("que vos direi?") além de utilizar uma linguagem viva e coloquial. Utiliza expressões populares e provérbios bem como referências aos romances de cavalaria.
O objetivo fundamental da obra é a de glorificar os reis da Coroa de Aragão. O sangue, um destino comum e a língua (à qual chama el bell catalanesc) são os elementos que integram a base da comunidade catalano-aragonesa. A consciência do perigo de divisão e o valor da união ficam também expressados na sua crônica, especialmente no exemplo da Mata de Jonc. A crônica de Muntaner é também um valioso testemunho sobre as expedições dos almogávares.
Referências
- ↑ Ramon Muntaner refiriu-se sempre à dinastia aragonesa como "Casal d'Aragó" ou "Casa d'Aragó", cfr. Rosanna Cantavella et. al., Traducción y práctica literaria en la Edad Media Románica, Universitat de València, 2003, pág. 217. ISBN 978-84-370-5846-7
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Crónica de Muntaner», especificamente desta versão.