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'''Quitina é um [[Carboidrato|polissacarídeo]], insolúvel e córneo formado por unidades de N-[[acetilglicosamina]] (b-(1-4) 2-acetamido-2-deoxi-Dglicose) e precursor direto da [[quitosana]]. É o constituinte principal dos [[exosqueleto]]s dos [[artrópode]]s, e está presente, com menor importância, em muitas outras espécies [[animalia|animais]]. É, também, o constituinte principal das paredes celulares nos [[Fungi|fungo]]s. No caso dos [[foraminífero]]s e outros animais, a [[concha]] ou carapaça, em geral é formada por uma primeira camada de quitina.
'''Quitina é um [[Carboidrato|polissacarídeo]], insolúvel e córneo formado por unidades de N-[[acetilglicosamina]] (b-(1-4) 2-acetamido-2-deoxi-Dglicose) e precursor direto da [[quitosana]]. É o constituinte principal dos [[exosqueleto]]s dos [[artrópode]]s, e está presente, com menor importância, em muitas outras espécies [[animalia|animais]]. É, também, o constituinte principal das paredes celulares nos [[Fungi|fungo]]s. No caso dos [[foraminífero]]s e outros animais, a [[concha]] ou carapaça, em geral é formada por uma primeira camada de quitina. A quitina é um polímero de cadeia longa derivado da glicose encontrado em muitos lugares do mundo natural. Quitina é o principal componente das paredes celulares de fungos; exoesqueletos de artrópodes como crustáceos (caranguejo, camarão, lagosta) e insetos (formigas, abelhas, borboletas); e partes de moluscos.
A quitina é útil para propósitos médicos e industriais. Quimicamente a quitina relaciona-se de perto com a quitosana, um derivado da quitina mais solúvel em água.


Foi descoberta em [[cogumelo]]s pelo professor francês [[Henri Braconnot]], em [[1811]], recebendo então a denominação inicial de fungina. O nome quitina foi dado por [[Odier]], em [[1823]], quando esta foi isolada de [[inseto]]s. Somente em [[1843]], [[Payen]] descobriu que a quitina continha [[nitrogênio]] em sua estrutura, a qual é semelhante à [[fibra vegetal]] denominada [[celulose]]. A diferença estrutural entre as duas fibras se deve aos grupos [[hidroxila]] localizados na posição 2, que na quitina foram substituídos por grupos acetamino. É a mais abundante fibra de ocorrência natural depois da celulose.
Foi descoberta em [[cogumelo]]s pelo professor francês [[Henri Braconnot]], em [[1811]], recebendo então a denominação inicial de fungina. O nome quitina foi dado por [[Odier]], em [[1823]], quando esta foi isolada de [[inseto]]s. Somente em [[1843]], [[Payen]] descobriu que a quitina continha [[nitrogênio]] em sua estrutura, a qual é semelhante à [[fibra vegetal]] denominada [[celulose]]. A diferença estrutural entre as duas fibras se deve aos grupos [[hidroxila]] localizados na posição 2, que na quitina foram substituídos por grupos acetamino. É a mais abundante fibra de ocorrência natural depois da celulose.

Revisão das 17h36min de 26 de maio de 2009

Estrutura da molécula de quitina

Quitina é um polissacarídeo, insolúvel e córneo formado por unidades de N-acetilglicosamina (b-(1-4) 2-acetamido-2-deoxi-Dglicose) e precursor direto da quitosana. É o constituinte principal dos exosqueletos dos artrópodes, e está presente, com menor importância, em muitas outras espécies animais. É, também, o constituinte principal das paredes celulares nos fungos. No caso dos foraminíferos e outros animais, a concha ou carapaça, em geral é formada por uma primeira camada de quitina. A quitina é um polímero de cadeia longa derivado da glicose encontrado em muitos lugares do mundo natural. Quitina é o principal componente das paredes celulares de fungos; exoesqueletos de artrópodes como crustáceos (caranguejo, camarão, lagosta) e insetos (formigas, abelhas, borboletas); e partes de moluscos. A quitina é útil para propósitos médicos e industriais. Quimicamente a quitina relaciona-se de perto com a quitosana, um derivado da quitina mais solúvel em água.

Foi descoberta em cogumelos pelo professor francês Henri Braconnot, em 1811, recebendo então a denominação inicial de fungina. O nome quitina foi dado por Odier, em 1823, quando esta foi isolada de insetos. Somente em 1843, Payen descobriu que a quitina continha nitrogênio em sua estrutura, a qual é semelhante à fibra vegetal denominada celulose. A diferença estrutural entre as duas fibras se deve aos grupos hidroxila localizados na posição 2, que na quitina foram substituídos por grupos acetamino. É a mais abundante fibra de ocorrência natural depois da celulose.

A quitina poderá substituir futuramente os produtos que empregam plásticos, pois os plásticos tem uma meia-vida muito longa (acima de 300 anos), ao contrário da quitina que é biodegradável, além de apresentar a possibilidade de ser empregado na construção civil como material de extrema resistência à pressão. Até ao momento não foi possível a síntese industrial (in vitro) somente a síntese em laboratório (in vivo).

Não deve ser confundida com a [[queratina], que uma [[proteína].