Afonso V de Portugal: diferenças entre revisões

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Revisão das 21h03min de 4 de março de 2006

Afonso V, rei de Portugal

D. Afonso V, cognominado o Africano pelas conquistas que fez no norte de África, décimo terceiro Rei de Portugal (terceiro da dinastia de Avis), nasceu em Sintra a 15 de Janeiro de 1432 e morreu na mesma cidade a 28 de Agosto de 1481. Era filho do rei Duarte de Portugal e de sua mulher, a princesa Leonor de Aragão. Afonso V sucedeu a seu pai em 1438, com apenas seis anos.

Durante a sua menoridade, Portugal foi regido pela sua mãe, Leonor de Aragão, de acordo com o desejo expresso em testamento pelo rei Duarte de Portugal. No entanto, por ser mulher e estrangeira, Leonor de Aragão não era uma escolha popular e a oposição cresceu. O único aliado da rainha mãe era Afonso, irmão ilegítimo de Duarte e Conde de Barcelos. Em 1439, as Cortes decidem a retirar a regência a Leonor e entregá-la a Pedro, Duque de Coimbra, o tio mais velho de Afonso. Como regente, Pedro procurou limitar o desenvolvimento de grandes casas aristocratas, verdadeiros reinos dentro do reino, e concentrar o poder na pessoa do rei. O país prosperou sob a sua alçada, mas o ambiente político não era o mais saudável uma vez que Pedro intreferia com a ambição dos nobres. O Conde de Barcelos, inimigo pessoal de Pedro, apesar de serem meios-irmãos, tornou-se no tio favorito de Afonso V e começou a conspirar pelo poder. Em 1442, Afonso torna o tio no primeiro Duque de Bragança. Com este título e terras adjacentes, Afonso torna-se no homem mais poderoso de Portugal e num dos homens mais ricos da Europa. Para assegurar a sua influência junto de Afonso, Pedro organiza o casamento do jovem rei com a sua filha Isabel de Coimbra.

A 9 de Junho de 1448, Afonso V atinge a maioridade e assume o controlo do reino. A 15 de Setembro do mesmo ano, desejoso de mostrar independência política, anula todos os edictos aprovados durante a regência. A situação torna-se instável e, no ano seguinte, levado por informações que mais tarde viriam a provar-se falsas, Afonso declara o tio e sogro Pedro rebelde e inimigo do reino. Juntamente com Afonso de Bragança, derrota o Duque de Coimbra na batalha de Alfarrobeira, onde este é morto em combate. Depois desta batalha e da perda do mais notável príncipe da Ínclita geração, Afonso V passa a ser totalmente controlado pelo Duque de Bragança.

Finda a instabilidade interna, a atenção de Afonso V concentrou-se na expansão no Norte de África, depois da conquista de Ceuta em 1415. O exército real conquistou, nas campanhas que valeram a Afonso o cognome de o Africano, Alcácer Ceguer (1458), Anafé (1464) e Arzila (1471); com a tomada desta praça caíram também nas mãos dos Portugueses as de Tânger e Larache. O rei subsidiou ainda as explorações do Oceano Atlântico organizadas pelo seu tio o Infante D. Henrique, mas depois da morte deste em 1460, Afonso nada fez para as prosseguir. Do ponto de vista administrativo, Afonso foi um rei ausente que não promoveu o desenvolvimento das leis ou do comércio.

Com as campanhas africanas terminadas, Afonso V encontrou novas batalhas, desta vez políticas, na Península Ibérica e na vizinha Castela, onde um escândalo de consequências dinásticas acabava de começar. O rei Henrique IV de Castela morreu em 1474, sem herdeiros a não ser Joana, princesa de Castela. Mas a paternidade da princesa era contestada com base na suposta impotência do rei e na relação escandalosa da rainha, a princesa Joana de Portugal irmã de Afonso, com um nobre chamado Beltrán de La Cueva. Ninguém portanto a considerava legítima, excepto o próprio Henrique IV que a adorava como filha, e a coroa de Castela passou para a tia, a rainha Isabel I. É neste ponto que Afonso V interfere, casando em 1475 com a sobrinha e assumindo as suas pretensões ao trono. Afonso V declara-se rei de Castela e invade o país vizinho. A campanha resulta em fracasso, visto que Afonso foi derrotado na batalha de Toro, onde as tropas de Castela foram lideradas pelo rei Fernando II de Aragão, recentemente casado com Isabel. Sem perder a esperança, Afonso procura o apoio de Luís XI de França, mas ao ver-se traído regressa a Portugal em 1477. Desiludido e com sintomas de depressão, Afonso retira-se para um mosteiro em Sintra e abdica para o filho João. Foi retirado da vida política, morrendo em 1481.

Descendência

Ver também


Precedido por
Duarte I
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1438 - 1458
Sucedido por
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Precedido por
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1458 - 1471
Sucedido por
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Precedido por
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1471 - 1481
Sucedido por
João II