Edmund Husserl: diferenças entre revisões

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Revisão das 03h44min de 7 de março de 2006

Edmund Gustav Albrecht Husserl (8 de Abril de 1849, Prossnitz26 de Abril de 1938, Freiburg-am-Brisgau) foi um filósofo alemão, conhecido como fundador da fenomenologia.

Biografia

Husserl nasceu numa família judia em Prossnitz (atualmente Prosteroj), numa província do antigo Império Austro-Húngaro chamada Morávia (atual República Tcheca). Aluno de Franz Brentano e Carl Stumpf, Husserl influenciou entre outros os alemães Edith Stein, Eugen Fink e Martin Heidegger, e os franceses Jean-Paul Sartre, Maurice Merleau-Ponty, Michel Henry e Jacques Derrida. O interesse do matemático Hermann Weyl pela lógica intuicionista e pela noção de impredicatividade teria resultado de contatos com Husserl. Na verdade, a impulsão primeira da lógica positivista, como seus desenvolvimentos mais recentes, seríam estreitamente tributários da crítica de certos aspectos da filosofia de Husserl pelas filosofias insulárias e americanas. Ao reverso, a obra do discípulo Heidegger foi considerada pelo mestre como resultando de graves desinterpretações de seus ensinos e métodos. Em 1887, Husserl converte-se ao cristianismo e junta-se à Igreja Luterana. Começa ensinando filosofia em Halle como tutor (Privatdozent) desde 1887, continua em Göttingen como professor em 1901 e mais tarde em Friburgo (Friburg-am-Brisgau) a partir de 1916, até que se aposente em 1928. Como aposentado, Husserl continuou suas pesquisas e atividades nas instituições de Friburgo, até que foi definitivamente demitido por causa de sua ascendência judia, sob o reitorado de seu antigo aluno e protegé, Heidegger.

Primeiras obras

Husserl estudou inicialmente matemática nas universidades de Leipzig (1876) e Berlin (1878), seguindo as lições de Karl Weierstrass e Leopold Kronecker. Em 1881, vai a Viena para estudar sob a direção de Leo Königsberger (antigo aluno de Weierstrass), obtendo seu doutorado em 1883, apresentando a tese Beiträge zur Variationsrechnung (« Contribuições ao calculo das variações »).

Em 1884, começa a atender as lições de Franz Brentano em filosofía na Universidade de Viena. Brentano tanto impressionou Husserl que ele prentende então dedicar sua vida à filosofia. Em 1886 Husserl vai à Universidade de Halle, recomendado por Brentano para Carl Stumpf para sua habilitação. Sob sua direção, Husserl escreve Über den Begriff der Zahl (« Sobre o Conceito do Numero », 1887) cujos arquivos fornecerão as bases de sua primeira obra importante, Philosophie der Arithmetic ("Filosofia da Aritmetica", 1891). Nessas primeiras pesquisas, Husserl tenta combinar matemática com a filosofia empírica pela qual tinha sido iniciado em Viena. Seu objetivo central será contribuír a fornercer fundações sólidas para a ciência matematica. O tema de seu estudo será a análise dos processos mentáis necessários para a formação do conceito de número; baseado em suas próprias análises, como nos métodos atípicos de seus profesores, tentará projetar a possibilidade de uma teoria sistemática. Em relação ao ensino de Karl Weiestrass, Husserl tenta derivar a idéia de que o conceito de número se obtém por um "desconto" de certas coleções de objetos; em respeito a Brentano-Stumpf, Husserl desenvolve a distinção entre as noções de presentações próprias e impróprias. Temos uma presentação própria quando o objeto está "atualmente" presente (no campo de vista, contexto ou intuição). Imprópria (ou simbólica, como tambem é referida), se podemos indicá-lo somente através de signos, símbolos etc. As Investigações Lógicas, de 1901, foram interpretadas como o início da teoría simbólica dos conjuntos e suas partes, também referída como mereología.

Outro elemento importante herdado por Brentano foi a noção de intencionalidade, que define a forma essencial dos processos mentáis. Uma definição simples dirá que a principal caractéristica da conciência é de ser sempre intencional. A conciência sempre é conciência de alguma coisa : a análise intencional e descritíva da conciência definira as relações essenciáis entre atos mentáis e mundo externo. Mais para Brentano, o objetivo fóra generar com métodos empíricos (apoiando-se na introspeção pura), um critério-chave que possa caracterisar os fenômenos psichicos por oposto aos fenômenos físicos, distinção cujo gol fora legitimar uma ciência psicológica nova, e abstrata de preconceitos (Psychologie vom empirischen Standpunkt, 1874). Para Brentano, todo ato mental tem seus conteúdos, caracterizados por sua direção à um objeto ("objeto intencional"). Toda creência, desejo, tem necessariamente seus objetos : o desejado, o acreditado, etc. Brentano usou da expressão “inexistência intencional” para indicar o estátuo dos objetos mentáis. Com a noção de intencionalidade, o filósofo austrio propós um conjúnto de traços que distinguiriam de maneira perfeitamente empírica os fenômenos psíchicos dos fenômenos físicos : para Brentano, fenômenos físicos não tem intencionalidade. O desenvolvimento e a crítica do conceito brentaniano aparece como o motívo permanente, central, da obra de Edmund Husserl. A principal diferência, em sua interpretação da noção de intencionalidade, aparece na crítica de seu modo in-existente ("inexistência" como existencia "interna"): a transcendéncia necessária da mente e do discurso, a objetividade óbvia e no entanto contraditória do porvenir científico e histórico, a objetividade radical, constituidóra, da subjetividade, formarão a marca do trabalho do primeiro fenomenôlogista, e seus elementos próprios de facinação.


Lista de obras

  • Über den Begriff der Zahl. Psychologische Analysen (1887).
  • Philosophie der Arithmetik. Psychologische und logische Untersuchungen (1891).
  • Logische Untersuchungen. Erste Teil: Prolegomena zur reinen Logik (1900).
  • Logische Untersuchungen. Zweite Teil: Untersuchungen zur Phänomenologie und Theorie der Erkenntnis (1901).
  • Philosophie als strenge Wissenschaft (1911).
  • Ideen zu einer reinen Phänomenologie und phänomenologischen Philosophie. Erstes Buch: Allgemeine - - Einführung in die reine Phänomenologie (1913).
  • Vorlesungen zur Phänomenologie des inneren Zeitbewusstseins (1928).
  • Formale und transzendentale Logik. Versuch einer Kritik der logischen Vernunft (1929).
  • Méditations cartèsiennes (1931).
  • Die Krisis der europäischen Wissenschaften und die transzentale Phänomenologie: Eine Einleitung in die phänomenologische Philosophie (1936).
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