Império Aiúbida: diferenças entre revisões

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Revisão das 00h37min de 22 de agosto de 2009


الأيوبيو
Dinastia Aiúbida

 

1171 – 1342
Localização de Aiúbidas
Localização de Aiúbidas
Continente Ásia
Capital Cairo
Língua oficial Árabe (oficial)
Governo Não especificado
História
 • 1171 Fundação
 • 1342 Dissolução

Os aiúbidas ou aiubitas, também conhecidos como dinastia aiúbida ou Império Aiúbida, é o nome que se dá à linhagem dinástica que governou um grande império muçulmano durante os séculos XII e XIII, nas regiões dos atuais Síria e Egipto.

Foram os responsáveis pela criação do exército mameluco, com o objectivo de criar uma força de combate mortal e altamente bem treinada. Os membros desta elite chegavam a ser comprados muito novos, com idades a rondarem os 14 e os 18 anos, para serem disciplinados numa cultura militar.

Os aiúbidas atingiram o auge do seu poder, no tempo de Saladino, quando este se imortalizou na história como um herói para os muçulmanos, mas a partir daí esta linhagem teve uma queda impressionante, sendo o autor do golpe final, o famoso general e posteriormente também sultão Baybars, que ao matar Turanshah e toda a sua possível descendência, impôs um novo rumo na história, elevando os Mamelucos ao poder.

A morte do ultimo lider desta dinastia representa, como na altura e após a morte de Saladino, as várias tribos do Médio Oriente, se começaram a dividir, criando assim um clima propicio para que os mongóis, pudessem avançar em direcção ao Egipto, pois enquanto os aiúbidas discutiam entre si, a Siria foi-se dividindo em outras pequenas dinastias situadas nas cidades de Alepo, Hamah, Homs e Damasco.

Só quando os mamelucos se decidiram impor para se defenderem da invasão mongol e para expulsarem os cristãos da terra Santa, é que houve uma certa noção de unidade muçulmana, embora isso fosse na altura mais uma aparencia imposta à força do que algo aceite de pura liberdade.

A responsabilidade desta decisão coube a Aibek, um comandante mameluco, que não apoiava os ideais dos lideres desta dinastia e por isso decidiu em conjunto com outros comandantes, ordenar um golpe de Estado, que pôs no poder o sultão Qutuz, por achar que os mamelucos eram os verdadeiros lutadores do império, pois eram eles que davam a vida em combate.

No apogeu

O Império Aiúbida, quando atingiu o seu apogeu, destacou-se muito na área da cultura, transformando o Egipto num centro erudito e de literatura árabe, que fascinaria a qualquer apreciador de cultura. Foram lá encontrados diversos manuscritos sobre filósofos e escritores famosos daquela cultura.

A Síria de certa forma aperfeiçoou esta visão, tornando-se num centro cultural bastante procurado e servindo de complemento chave para a hegemonia Aiúbida, conservando esse tesouro até no periodo moderno da história. Infelizmente, as constantes guerras e as marcas do tempo têm apagado essa grande visão, reduzindo a cinzas tudo o que foi símbolo de uma grande evolução intelectual.

Para se ter noção do que os Aiúbidas representaram no mundo, estes eram muito mais evoluídos do que o mundo ocidental, principalmente nos ramos mais ligados às ciências, como por exemplo: matemática, medicina, astrologia e física.

Mas depois das invasões do Império Mongol tudo se perdeu.

O comércio e a economia

Em termos comerciais e económicos, o Império Aiúbida beneficiou-se muito da visão de Saladino, que cedo percebeu que poderia ganhar muito, em relações comerciais com os Cristãos, que incrementaram o comércio daquelas regiões. Por isso teve a necessidade de conquistar e manter o Iémen sob controlo, pois este representava um ponto estratétigico para que estas trocas pudessem beneficiar o império.

Neste tempo podemos dizer, que o Egipto e a Síria atingiram em conjunto um periodo de grande prosperidade e desenvolvimento, tendo como base as exportações que tinham como destino o continente europeu. A razão para que esta balança comercial se tornasse tão favorável era o facto que os produtos orientais tinham uma grande procura, precisamente por serem raros, exóticos e até mesmo uma novidade para muitos dos ocidentais.